segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A presença real de Jesus na Eucaristia




Os primeiros cristãos acreditavam na Presença Real
"Assim então, irmãos, ficai firmes e conservai as tradições que vos foi ensinado por nós, de viva voz ou por carta." (2 Tes 2,15)
"E que você tem escutado de mim ante muitas testemunhas, confia a homens de confiança, capazes de ensinar também aos outros." (2 Tim 2,2)
Muitos Católicos e não-católicos pensam que a Igreja Católica Romana inventou a doutrina da transubstanciação. Transubstanciação significa que o pão e vinho apresentados no altar na Missa, torna-se o Corpo e Sangue de Cristo, pela força do Espírito Santo, na consagração. A consagração é o momento em que o padre chama a presença do Espírito Santo para mudar o pão e vinho no  Corpo e Sangue de Cristo. Entretanto, o Corpo e Sangue mantém a aparência de pão e vinho. A Igreja Católica Romana (Igreja Católica de Rito Latino, e outras Igrejas Católicas em comunhão com o Roma) acredita que a Eucaristia é a Presença Real de Cristo Jesus, corpo, sangue, alma e divindade. As Igrejas Ortodoxas e a maioria das outras Igrejas do Oriente assim também acreditam. Anglicanos [Episcopais] e outras denominações Protestantes têm interpretado a presença de Cristo na celebração do Senhor ou Eucaristia como sendo uma presença unicamente espiritual, ou simbólica, ou não-real.
Uma leitura atenta aos escritos dos primeiros cristãos, facilmente comprovará que toda a Igreja, ou seja, os cristãos, pregavam a presença Real de Jesus Cristo na Eucaristia. Isto assombra muita gente, mas é o relato de séculos de História. Até o ano 500 depois de Cristo, nenhum cristão negou a Presença Real de Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia. Não existem debates até esta data. Após esta data, movidos por impulsos humanos, alguns negaram - como fazem hoje os protestantes - a Presença Real, defendida pela própria Palavra de Deus Escrita: A Bíblia.
Peço a Deus que este texto apologético traga as luzes do alto sobre os católicos que estão afastados da Eucaristia, fazendo com que reconheçam o Mestre no Sagrado Sacramento do altar. Que todos se deixem levar pelo Amor de Deus, pela Fé que tem fielmente sido transmitida por dois mil anos. Peço que o Espírito Santo conceda a você a Fé para crer em Nosso Senhor Jesus Cristo no Sacramento do altar, e que o motive a receber Jesus na Missa e a visitá-lo no sacrário. Ele está pacientemente esperando por você, porque ele o ama e deseja que você venha para a Casa do Pai.
Também peço para que este texto apologético motive os não-católicos a se perguntar sobre o Sacramento do altar, para que possam aprender mais sobre o Pão Vivo descido dos céus. Nosso Senhor Jesus Cristo está Realmente presente entre nós, em sua Carne e Sangue, na Sagrada Eucaristia. Peço a Deus que um dia (muito brevemente) vocês, irmãos e irmãs, sejam capazes de experimentar a prazer de receber Jesus na Missa.
"A taça de benção que nós abençoamos, não é comunhão no sangue de Cristo? O pão que nós partimos, não é comunhão no corpo de Cristo? Porque há um único pão, nós somos muitos em um só corpo, porque nós todos participamos do único pão." (1 Cor 10,16-17)
"Eu recebi do Senhor o que eu também vos transmiti, que o Senhor Jesus na noite quando ele foi traído pegou o pão, e tendo dado graças, ele partiu-o e disse: 'Isto é meu corpo, que e dado por vós; fazei isto em minha memória'. Do mesmo modo, após a ceia, tomou o cálice e disse: 'Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; toda vez que o beberdes, fazei-o em minha memória.' Toda vez que comeis deste pão e bebeis deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. Quem quer que, portanto, come o pão ou bebe o cálice do Senhor indignamente, peca contra o corpo e sangue do Senhor." (1 Cor 11,23-27)
Somente estas duas passagens bastariam para firmar a Doutrina Católica da Presença Real de Cristo Jesus na Eucaristia, mas vou expor outros escritos (atestados pela arqueologia como autênticos) dos primeiros cristãos.
*** algumas traduções podem ser diferentes, mas o conteúdo é o mesmo ***
*** comentários estão entre colchetes [comentário]***
O DIDAQUÉ
O Didaqué, ou "Os Ensinamentos dos Doze Apóstolos" é um manuscrito do primeiro século e muito utilizado no primeiro e segundo séculos por bispos e padres na instrução dos catecúmenos. Muitos escritores cristãos fazem referencia a este escrito, tornando-o de grande valia.
"Não deixes que ninguém coma ou beba da Eucaristia, mas apenas o batizado no nome do Senhor; para isto, também se aplica o dito pelo Senhor: ' não dê aos cães o que é sagrado'". (Cap. 9,5)
"No dia próprio do Senhor, reúna-se em comum para partir o pão e oferecer ações de graças; mas primeiro confessa seus pecados, de modo que seu sacrifício possa ser puro. Entretanto, ninguém que discutiu com seu irmão pode participar do encontro,  até que estejam reconciliados; seu sacrifício não deve ser aceito. Para isto nós temos o dito do Senhor: 'Em todo lugar e tempo oferece me um sacrifício puro; Eu sou um Rei poderoso, diz o Senhor; e meu Nome espalha terror dentre as nações.'"Cap 14.
SÃO CLEMENTE DE ROMA
São Clemente foi o terceiro sucessor de Pedro como Bispo de Roma.
"Sendo evidentes todas essas coisas e tendo nós sondado as profundezas do conhecimento de Deus [cf Rom 11,33; 1Cor 2,10], temos que realizar segundo a ordem tudo quanto o Senhor nos mandou cumprir nos tempos determinados: Mandou-nos oferecer os sacrifícios e realizar o culto [é a primeira vez que se grafa o termo Liturgia = ?lait? ? do grego = Povo; ?ergia? ? do grego = Ação], não ao acaso ou sem ordem, mas em tempos e horas marcadas [Vê-se a organização litúrgica da Igreja primitiva]. Onde e por que ministros hão de ser feitos, foi Ele quem o fixou por sua decisão altíssima, para que tudo se fizesse santamente e assim fosse aceito por sua vontade. Os que por conseguinte fazem as suas oferendas em tempos determinados são-lhe agradáveis e abençoados, pois seguem as determinações do Senhor e não pecam. Pois ao sumo sacerdote foram confiadas funções particulares e aos sacerdotes um lugar próprio, aos levitas serviços determinados; o leigo [leigo, pela primeira vez empregado na língua grega, já significa ?o homem que pertence a Deus?] está ligado pelas ordenações destinadas aos leigos." São Clemente, bispo de Roma, ano 80, aos Coríntios
"E não será pequena a nossa falta, se depusermos do episcopado aos que ofereceram, de maneira irrepreensível e santa [cf 1Tess 2,10] os sacrifícios [Eucaristia (cf Cartas de Santo Inácio de Antioquia)]. Felizes os presbíteros que nos precederam na caminhada e tiveram um fim carregado de frutos e de perfeição. Não têm a temer que alguém os remova do lugar para eles preparado [fina ironia do autor contra os que tentaram depor presbíteros em Corinto]." Carta aos Coríntios [44,4]
SANTO  INÁCIO DE ANTIOQUIA
Santo Inácio foi o terceiro bispo de Antioquia, sendo sucessor de Santo Evodius, que foi o sucessor imediato de São Pedro. Ele escutou São João a  pregar, quando ele era um menino, e conheceu São Policarpo, bispo de Esmirna. Sete de suas cartas foram escritas para várias comunidades cristãs estão preservadas. Santo Inácio foi preso, acorrentado e conduzido à Roma, onde ele recebeu coroa do mártir como ele foi jogado para feras na arena.
"Compreenda-o quem for capaz de o compreender. Ninguém se ufane de sua posição, pois o essencial é a fé e o amor, e nada se lhes prefira. Considerai bem como se opõem ao pensamento de Deus os que se prendem a doutrinas heterodoxas a respeito da graça de Jesus Cristo, vinda a nós. Não lhes importa o dever de caridade, nem fazem caso da viúva e do órfão, nem do oprimido, nem do prisioneiro ou do liberto, nem do que padece fome ou sede. Abstêm-se eles da Eucaristia e da oração, por­que não reconhecem que a Eucaristia é a carne de nosso Salvador Jesus Cristo, carne que padeceu por nos­sos pecados e que o Pai, em Sua bondade, ressuscitou. Os que recusam o dom de Deus, morrem disputando". (Carta aos Esmirnenses, parágrafo 6 e 7, cerca de 80-110 d.C.)
"Sigam todos ao bispo, como Jesus Cristo ao Pai; sigam ao presbitério como aos apóstolos. Acatem os diáconos, como à lei de Deus. Ninguém faça sem o bispo coisa alguma que diga respeito à Igreja. Por legítima seja tida tão-somente a Eucaristia, feita sob a presidência do bispo ou por delegado seu. Onde quer que se apresente o bispo, ali também esteja a comunidade, assim como a presença de Cristo Jesus também nos assegura a presença da Igreja católica. Sem o bispo, não é permitido nem batizar nem celebrar o ágape. Tudo, porém, o que ele aprovar será também agradável a Deus, para que tudo quanto se fizer seja seguro e legítimo." parágrafo 8.
"Na graça que procede do Nome, vos reunis na mesma fé e em Jesus Cristo, que descende segundo a carne de Davi, filho do homem e filho de Deus, para obedecermos ao bispo e ao presbitério numa concórdia indivisível, partindo um mesmo pão, que é o remédio da imortalidade, antídoto contra a morte, mas vida em Jesus Cristo para sempre".   Carta aos Efésios, parágrafo 20, cerca de 80-110 d.C.
"Não me agradam comida passageira, nem prazeres desta vida. Quero pão de Deus que é carne de Jesus Cristo, da descendência de Davi, e como bebida quero o sangue d?Ele, que é Amor incorruptível".  Carta aos Romanos, parágrafo 7, cerca de 80-110 d.C.
"Apartai-vos das ervas daninhas que Jesus Cristo não cultiva, por não serem plantação do Pai.Não que tenha encontrado em vosso meio discórdias, pelo contrário encontrei um povo purificado. Na verdade, o que são propriedade de Deus e de Jesus Cristo estão com o Bispo, e todos os que se converterem e voltarem à unidade da Igreja, pertencerão também a Deus, par terem uma vida segundo Jesus Cristo. Não vos deixeis iludir, meus irmãos. Se alguém seguir a um cismático, não herdará o reino de Deus se alguém se guiar por doutrina alheia, não se conforma com a Paixão de Cristo. Sede solícitos em tomar parte numa só Eucaristia, porquanto uma é a carne de Nosso Senhor Jesus Cristo, um o cálice para a união com Seu sangue; um o altar, assim como também um é o Bispo, junto com seu presbitério e diáconos, aliás meus colegas de serviço. E isso, para fazerdes segundo Deus o que fizerdes" . (Carta aos Filadelfienses, parágrafos 3 e 4, 110 d.C.)
SÃO JUSTINO, MÁRTIR
São Justino, Mártir, nasceu pagão, mas se converteu ao cristianismo depois de estudar filosofia. Ele foi um escritor prolífero e muitos na Igreja o consideravam o maior apologeta - defensor da fé - do segundo século. Ele foi degolado com seis de seus companheiros entre os anos de 163 e 167.
"Esta comida nós chamamos Eucaristia, da qual ninguém é permitido participar, exceto o que creia que as coisas nós ensinamos são verdadeiras, e tenha recebido o batismo para perdão de pecados e renascimento, e que vive como  Cristo nos ordenou. Nós não recebemos essas espécies como pão comum ou bebida comum; mas como Cristo Jesus nosso Salvador, que se encarnou pela Palavra de Deus, se fez carne e sangue para nossa salvação, assim também nós temos ensinado que o alimento consagrado pela Palavra da oração que vem dele, de que a carne e o sangue são, por transformação, a carne e sangue daquele Jesus Encarnado." - (Primeira Apologia", Cap. 66, cerca de 148-155 d.C.)
"Deus tem portanto anunciado que todos os sacrifícios oferecidos em Seu Nome, por Jesus Cristo, que está, na Eucaristia do Pão e do Cálice, que são oferecidos por nós cristãos em toda parte do mundo, são agradáveis a Ele."  - (Diálogo com Trifão, Cap. 117, cerca de 130-160 d.C.)
"Outrossim, como eu disse antes, concernente os sacrifícios que vocês, naquele tempo, ofereciam, Deus fala através de Malaquias, um dos doze, como segue: 'Eu não tenho nenhum prazer em você, diz o Senhor; e Eu não aceitarei os sacrifícios de suas mãos; do nascer do sol até seu ocaso, meu Nome tem sido glorificado dentre os gentios; e em todo o lugar incenso é oferecido em meu Nome, e uma oferta pura: Grande tem sido meu nome dentre os gentios, diz o Senhor; mas você O profana.' Assim são os sacrifícios oferecidos a Ele, em todo lugar, por nós os gentios, que são o Pão da Eucaristia e igualmente a taça da Eucaristia, que Ele falou naquele tempo; e Ele diz que nós glorificamos Seu nome, enquanto vocês O profanam." (Diálogo com Trifão, [41, 8-10])
SANTO IRINEU DE LIÃO
Santo Irineu foi o sucessor de São Potinus, sendo segundo bispo de Lion em 177. Muito jovem ele estudou sob São Policarpo. Considerado, um dos grandes teólogos do segundo século, Santo Irineu  melhor, por seu conhecimento, para refutar as heresias dos gnósticos.
declarou o cálice, uma parte de criação, por ser seu próprio Sangue, pelo qual faz nosso sangue fluir; e o pão, uma parte de criação, ele estabeleceu como seu próprio Corpo, pelo qual Ele completa nossos corpos." (Santo Irineu de Lião, Contra Heresias, 180 d.C.)
"Assim então, se a taça misturada e o pão fabricado recebem a Palavra de Deus e tornam-se Eucaristia, que é dizer, o Sangue e Corpo de Cristo, que fortifica e reconstrói a substância de nossa carne, como podem essas pessoas dizer que a carne é incapaz de receber o presente de Deus que é a vida eterna, quando isto é feito pelo Sangue e Corpo de Cristo, que são Seu membro? Como o apóstolo abençoado diz em sua carta aos Efésios, 'Nós somos membros de Seu Corpo, de sua carne e de seus ossos' (Ef 5,30). Ele não está falando de forma 'espiritual' e de ' homem invisível',  'um espírito não tem carne e ossos' (Lc 24,39). Não, ele está falando do organismo possuído por um ser humano real, composto de carne e nervos e esqueleto. Isto é este que é nutrido pela taça que é Seu Sangue, e é fortificado pelo pão que é Seu Corpo. O talo da vinha toma raiz na terra e futuramente dá frutos, e 'o grão de trigo cai na terra' (Jo 12,24), dissolve, ascende outra vez, multiplicado pelo Espírito de Deus, e finalmente depois é processando, é colocado para uso humano. Esses dois então recebe a Palavra de Deus e torna-se Eucaristia, que é o Corpo e Sangue de Cristo."  (Cinco Livros = Desmascarando e Refutando a Falsidade)
"Somente como o pão que vem da terra, tendo recebido a invocação de Deus, não é mais pão comum, mas Eucaristia, consistindo de duas realidades, divina e terrestre, assim nossos corpos, tendo recebidos a Eucaristia, não são mais corruptíveis, porque eles têm a esperança da ressurreição."    - "Cinco Livros = Desmascarando e Refutando a Falsidade - especificamente a  Gnose". Livro 4,18; 4-5, cerca de 180 d.C.
SÃO CLEMENTE DE ALEXANDRIA
São Clemente de Alexandria estudou sob Pantaenus. Ele mais tarde o sucedeu como o diretor da escola de catecúmenos em Alexandria, Egito por volta do ano  200.
"O Sangue do Senhor, realmente, é duplo. Há Seu Sangue corpóreo, por que nós somos redimidos da corrupção; e Seu Sangue espiritual, com que nós somos ungido. Que significa: beber o Sangue de Jesus é compartilhar sua imortalidade. O vigor da Palavra é o Espírito somente como o sangue é o vigor do corpo. Do mesmo modo, como vinho é misturado com água, assim é o Espírito com o homem. O Único, o Vinho e Água nutrido na fé, enquanto o outro, o Espírito, conduzindo-nos para a imortalidade. A união de ambos, entretanto, - da bebida e da Palavra, - é chamada Eucaristia, digna de louvor e presente excelente. Aqueles que partilham disto na fé são santificados no corpo e na alma. Pela vontade do Pai, a mistura divina, homem, está misticamente unida ao Espírito e à Palavra." (O Instrutor das Crianças". [2,2,19,4] + - 202.)
"A Palavra é tudo para uma criança: ambos Pai e Mãe, ambos Instrutor e Enfermeira. 'Comam minha Carne,' Ele diz, 'e Bebam meu Sangue.' O Senhor nos nutre com esses nutrientes íntimos. Ele nos entrega Sua Carne, e nos dá Seu Sangue; e nada é escasso para o crescimento de Suas crianças. Oh mistério incrível!". (O Instrutor das Crianças [1,6,41,3] + - 202.)
SÃO CIPRIANO DE CARTAGO
São Cipriano de Cartago convertido do paganismo por volta do ano 246. Logo depois, ele aspirou ao presbiterado e logo em seguida foi ordenado bispo de Cartago. Ele foi degolado por causa da Fé no ano 258. Assim ele foi o primeiro bispo Africano a ser martirizado.
"Achas tu que alguém pode afastar-se da Igreja, fundar, a seu arbítrio, outras sedes e moradias diversas e ainda perseverar na vida? Ouve o que foi dito a Raabe, na qual era prefigurada a Igreja: ?Recolhe teu pai, tua mãe, teus irmãos e toda a tua família junto de ti, na tua casa, e qualquer um que ouse sair fora da porta da tua casa, será ele próprio culpado da sua perda? (Jos 2,18-19). Igualmente o sacramento da Páscoa [antiga], como lemos no Êxodo, exigia que o cordeiro, morto como figura de Cristo, fosse comido numa só casa. Eis as palavras de Deus: ?Seja comido numa só casa, não jogueis fora da casa carne alguma dele? (Ex 12,46). A carne de Cristo, o Santo do Senhor   [?Sanctum Domini? O Santo do Senhor ? era como os primeiros cristãos chamavam a Eucaristia ? O Corpo e Sangue de Cristo Jesus], não pode ser jogado fora. Para os que nele crêem, não há outra casa a não ser a única Igreja". ("A Unidade da Igreja Católica" - cap. 8, 4-5 -  escrita entre os anos de 249-258.
"O padre que imita o que Cristo fez, verdadeiramente toma o lugar de Cristo, e oferece lá na Igreja um sacrifício perfeito e verdadeiro ao Deus e Pai."  - (São Cipriano escreveu aos Efésios por volta do ano 258.)
Muito haveria ainda para se citar, mas para não tornar a leitura cansativa, findo por aqui. Só para se ter uma idéia, outros famosos escritores católicos dos primeiros séculos afirmavam a Presença Real de Jesus Cristo na Eucaristia. Dentre eles: 
SÃO CIRILO DE JERUSALÉM, SÃO HILÁRIO DE POITERS, SÃO BASÍLIO, SÃO GREGÓRIO DE NISSA, SÃO  GREGÓRIO DE NAZIANZO, SÃO JOÃO CRISOSTOMO, SANTO AMBROSIO DE MILÃO, SÃO JERÔNIMO, SÃO CIRILO DE ALEXANDRIA, entre muitos outros.
Para finalizar, incluo uma frase de Santo Agostinho:
"Você deve saber que você tem recebido, que você vai receber, e que você deve receber diariamente. Aquele Pão que você vê no altar, tendo sido santificado pela palavra de Deus, é o Corpo de Cristo. O cálice, ou melhor, que está naquele cálice, tendo sido santificado pela palavra de Deus, é o Sangue de Cristo." - (Sermões [227, 21])
Espero sinceramente que Deus o (a) abençoe e lhe mostre a imensidão deste Mistério de Amor: A Sagrada Eucaristia, o PRÓPRIO CRISTO JESUS!
Fonte: www.veritatis.com.br

O sexo tem consequências - Padre Paulo Ricardo

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Homilia Diária - 28/02/2011 - "Quando a riqueza ocupa o coração e o olhar"


O evangelho de hoje traz dois assuntos: conta a história do homem rico que perguntou pelo caminho da vida eterna; e Jesus chama a atenção para o perigo das riquezas.
O homem rico não aceitou a proposta de Jesus, pois era muito rico. Uma pessoa rica é protegida pela segurança que a riqueza lhe dá. Ela tem dificuldade em abrir mão desta segurança. Agarrada às vantagens dos seus bens, vive preocupada em defender seus próprios interesses. Uma pessoa pobre não costuma ter esta preocupação. Mas pode haver pobres com cabeça de rico. Então, o desejo de riqueza cria neles uma dependência e faz com que eles também se tornem escravos do consumismo. Ficam devendo prestações em todo canto e já não têm mais tempo para dedicar-se ao serviço do próximo. Com esta problemática na cabeça, tanto das pessoas como dos países, vamos ler e meditar o texto do homem rico.
Alguém chega perto de Jesus e pergunta: “Bom mestre, o que devo fazer para herdar a vida eterna?” O Evangelho de Mateus informa que se tratava de um jovem (Mt 19,20.22). Jesus responde bruscamente: “Por que me chamas bom. Ninguém é bom senão só Deus!” Jesus desvia a atenção de si mesmo e aponta para Deus, pois o que importa é fazer a vontade de Deus, revelar o projeto do Pai. Em seguida, Jesus afirma: “Você conhece os mandamentos: não matar, não cometer adultério, não roubar, não levantar falso testemunho, não defraudar ninguém, honrar pai e mãe”. É importante olhar bem a resposta de Jesus. O jovem tinha perguntado pela vida eterna. Queria a vida junto de Deus! Mas Jesus não mencionou os três primeiros mandamentos que definem nosso relacionamento com Deus. Ele só lembrou aqueles que dizem respeito à vida junto do próximo. Para Jesus, só conseguimos estar bem com Deus, se soubermos estar bem com o próximo. Não adianta se enganar. A porta para chegar até Deus é o próximo.
O homem responde dizendo que já observava os mandamentos desde a sua juventude. O curioso é o seguinte: ele tinha perguntado pelo caminho da vida. Ora, o caminho da vida era e continua sendo fazer a vontade de Deus expressa nos mandamentos. Quer dizer que ele observava os mandamentos sem saber para que serviam. Do contrário, não teria feito a pergunta. É como muitos católicos de hoje: não sabem dizer para que serve ser católico. ”Nasci num país católico, por isso sou católico!” Coisa de costume!
Ouvindo a resposta do jovem, “Jesus olhou para ele, o amou e lhe disse: Só uma coisa te falta: vai, vende o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu, e em seguida vem e segue-me!” A observância dos mandamentos é apenas o primeiro degrau de uma escada que vai mais longe e mais alto. Jesus pede mais! A observância dos mandamentos prepara a pessoa para ela poder chegar à doação total de si a favor do próximo. Jesus pede muito, mas ele o pede com muito amor. O moço não aceitou a proposta de Jesus e foi embora, “pois era muito rico”.
Depois que o jovem foi embora, Jesus comentou a decisão dele: como é difícil um rico entrar no Reino de Deus! Os discípulos ficaram admirados. Jesus repete a mesma frase e acrescenta: é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino! A expressão “entrar no Reino” diz respeito, não só e nem em primeiro lugar à entrada no céu depois da morte, mas também e sobretudo à entrada na comunidade ao redor de Jesus. A comunidade é e deve ser uma amostra do Reino. A alusão à impossibilidade de um camelo passar pelo buraco de uma agulha vem de um provérbio popular da época usado pelo povo para dizer que uma coisa era humanamente impossível e inviável. Os discípulos ficaram chocados com a afirmação de Jesus e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” Sinal de que não tinham entendido a resposta de Jesus ao homem rico: “Vai vende tudo, dá para os pobres e vem e segue-me!” O jovem tinha observado os mandamentos desde a sua juventude, mas sem entender o porquê da observância. Algo semelhante estava acontecendo com os discípulos. Eles já tinham abandonado todos os bens conforme o pedido de Jesus ao jovem rico, mas sem entender o porquê do abandono! Se o tivessem entendido, não teriam ficado chocados com a exigência de Jesus. Quando a riqueza ou o desejo da riqueza ocupa o coração e o olhar, a pessoa já não consegue perceber o sentido do Evangelho. Só Deus mesmo para ajudar! Jesus olhou para os discípulos e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível.”
Pai, não permitas que o meu coração se apegue de tal forma aos bens deste mundo, a ponto de levar-me a te colocar em segundo lugar.

O Papa: Aborto não resolve nada pois mata as crianças e destrói as mulheres


VATICANO, 26 Fev. 11 / 06:34 pm (ACI)

Ao receber este meio-dia (hora local) os participantes da assembléia geral da Pontifícia Academia para a Vida, o Papa Bento XVI assinalou que o aborto não resolve nada, ao contrário, mata uma criança, destrói a mulher, cega a consciência do pai da criatura e arruína a família.

Em seu discurso na Sala Clementina do Vaticano, o Papa explicou que o síndrome pós-abortiva, um dos temas da assembléia, "revela a voz insuprimível da consciência moral e a ferida gravíssima que ela sofre cada vez que a ação humana atraiçoa a inata vocação do ser humano ao bem, que a ação testemunha."

Com o aborto, a consciência moral se vê ofuscada, mas nunca deixa de ser "aquele "juízo da razão, pelo qual a pessoa humana reconhece a qualidade moral dum ato concreto que vai praticar, que está prestes a executar ou que já realizou" (n. 1778). É, de fato, missão da consciência moral discernir o bem do mal nas diversas situações da existência, a fim de que, com base nesse juízo, o ser humano possa, livremente, orientar-se para o bem".

Bento XVI disse logo que "a quantos desejariam negar a existência da consciência moral no homem, reduzindo a sua voz ao resultado de condicionamentos externos ou a um fenômeno puramente emocional, é importante rebater que a qualidade moral do agir humano não é um valor extrínseco talvez opcional e não é nem mesmo uma prerrogativa dos cristãos ou dos fiéis, mas acomuma todo o ser humano".

"Na consciência, o homem todo inteiro – inteligência, emoção, vontade – realiza a sua vocação ao bem, de forma que a escolha pelo bem ou pelo mal nas situações concretas da existência chega a assinalar profundamente a pessoa humana em toda a expressão de seu ser".

O Papa recordou também que "quando o homem refuta a verdade e o bem que o Criador lhe propõe, Deus não o abandona, mas, exatamente através da voz da consciência, continua a procurá-lo e a falar com ele, a fim de que reconheça o erro e se abra à Misericórdia divina, capaz de curar qualquer ferida".

Bento XVI se referiu logo aos médicos afirmando que "não podem fazer pouco caso da séria missão de defender do engano a consciência de muitas mulheres que pensam encontrar no aborto a solução para dificuldades familiares, econômicas, sociais, ou a problemas de saúde da sua criança".

"Especialmente nessa última situação, a mulher é muitas vezes convencida, às vezes pelos próprios médicos, de que o aborto representa não somente uma escolha moralmente lícita, mas mesmo um necessário ato "terapêutico" para evitar sofrimentos à criança e à sua família, e um 'injusto" peso à sociedade".

Sobre este tema o Santo Padre precisou que "cenário cultural caracterizado pelo eclipse do sentido da vida, em que se é muito atenuada a comum percepção da gravidade moral do aborto e de outras formas de atentados contra a vida humana, pede-se aos médicos uma especial fortaleza para continuar a afirmar que o aborto não resolve nada, mas mata a criança, destrói a mulher e cega a consciência do pai da criança, arruinando, frequentemente, a vida familiar".

"Tal tarefa, todavia, não diz respeito somente à profissão médica e aos agentes de saúde. É necessário que a sociedade toda se coloque em defesa do direito à vida do concebido e do verdadeiro bem da mulher, que nunca, em nenhuma circunstância, poderá se realizar na escolha do aborto".

Nesse sentido o Papa recordou que “também será necessário – como indicado pelos vossos trabalhos – não esquecer os auxílios necessários às mulheres que, tendo infelizmente já recorrido ao aborto, estão agora experimentando todo o drama moral e existencial. Múltiplas são as iniciativas, em nível diocesano ou de parte de voluntariados, que oferecem apoio psicológico e espiritual para uma recuperação humana plena. A solidariedade da comunidade cristã não pode renunciar a esse tipo de corresponsabilidade".

Bento XVI também se referiu ao segundo tema da assembléia, os bancos de cordões umbilicais, alentou estas iniciativas solidárias e ressaltou a validez ética destes trabalhos, especialmente no campo das células tronco para evitar a eliminação de embriões humanos.

“Convido, portanto, todos vós a fazer-vos promotores de uma verdadeira e consciente solidariedade humana e cristã”, finalizou o Papa. 

Obama rechaça a defesa do matrimônio nos tribunais dos EUA



WASHINGTON DC, 25 Fev. 11 / 02:03 pm (ACI)

O Presidente Barack Obama ordenou ao Departamento de Justiça que deixe de defender nos tribunais a lei federal que define o matrimônio como a união entre um homem e uma mulher, para permitir que os grupos homossexuais obtenham sentenças a favor do "matrimônio" gay.

Conforme informou o Secretário de Justiça, Eric Holder, em um comunicado publicado no dia 23 de fevereiro, Obama chegou à conclusão de que a "Lei de Defesa do Matrimônio" é inconstitucional porque discrimina aos casais do mesmo sexo. Esta lei federal de 1996 define ao matrimônio como "uma união legal entre um homem e uma mulher" e exige aos maridos que sejam de "sexos opostos".

A Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) deplorou a decisão da Administração Obama. O principal conselheiro legal da USCCB, Anthony R. Picarello, explicou que a decisão do mandatário é uma ameaça contra aqueles que defendem o matrimônio autêntico em todo o país.

"O matrimônio se entendeu há milênios e em todas as culturas como a união entre um homem e uma mulher", recordou Picarello em uma declaração publicada depois do anúncio da Obama.

O jurista explicou que "a Lei de Defesa do Matrimônio" recolhe a definição tradicional do matrimônio e foi "aprovada por um Congresso republicano e assinada por um presidente democrata (Bill Clinton, NDT) apenas quinze anos atrás".

Picarello sustentou que com sua decisão, Obama abdica "da responsabilidade do Poder Executivo de cumprir com sua obrigação constitucional de velar para que as leis dos Estados Unidos sejam executadas fielmente".

Esta medida, afirma o legista, "também é uma grave afronta aos milhões de americanos que rechaçam a discriminação injusta e que afirmam o valor único e inestimável do matrimônio entre um homem e uma mulher", acrescentou.

Picarello assinalou que "apoiar o matrimônio verdadeiro não é fanatismo" e sim um critério sumamente “razoável, que afirma a instituição fundamental da sociedade civil". O fato que o governo sugira que este critério represente uma "discriminação" é "uma grave ameaça para a liberdade religiosa dos partidários do matrimônio em todo o país".

Bento XVI: com os pés na terra e o coração no céu - Intervenção por ocasião do Ângelus

Queridos irmãos e irmãs:
Hoje, a liturgia repete uma das palavras mais impressionantes da Sagrada Escritura. O Espírito Santo as deu a nós através da pluma do chamado "segundo Isaías", quem, para consolar Jerusalém, afetada pelo infortúnio, diz assim: "Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequeno, a ponto de não ter pena do fruto de seu ventre? Se ela se esquecer, eu, porém, não me esquecerei de ti!" (Isaías 49,15).
Este convite a confiar no amor infalível de Deus é apresentado junto à passagem, também sugestiva, do Evangelho de Mateus, em que Jesus exorta seus discípulos à confiança na Providência do Pai celestial, que alimenta os pássaros do céu, veste os lírios do campo e conhece todas as nossas necessidades (cf. 6, 24-34). Assim diz o Mestre: "Não vos preocupeis, dizendo: ‘O que vamos comer? O que vamos beber? Como vamos nos vestir?'. Os pagãos é que procuram essas coisas. Vosso Pai, que está nos céus, sabe que precisais de tudo isso".
Diante da situação de muitas pessoas, próximas ou distantes, que vivem na pobreza, estas palavras de Jesus podem parecer irrealistas, ou melhor, evasivas. Na verdade, o Senhor quer dar a entender claramente que não se pode servir a dois senhores: Deus e a riqueza. Quem crê em Deus, Pai cheio de amor por seus filhos, coloca em primeiro lugar a busca do seu Reino, da sua vontade. É o oposto do fatalismo ou do ingênuo irenismo. A fé na Providência, de fato, não exime da luta por uma vida digna, mas sim liberta da preocupação com as coisas e do medo do amanhã.
É claro que este ensinamento de Jesus, mantendo sua veracidade e validez para todos, é praticado de diferentes maneiras, segundo as diversas vocações: um frade franciscano pode segui-lo de maneira mais radical, enquanto um pai de família deverá considerar seus deveres para com sua esposa e filhos. Mas em todos os casos, o cristão se distingue pela sua confiança absoluta no Pai celestial, como Jesus.
Precisamente a relação com Deus Pai dá sentido a toda a vida de Cristo, às suas palavras, aos seus atos de salvação, à sua paixão, morte e ressurreição. Jesus nos demonstrou o que significa viver com os pés firmemente plantados na terra, atentos às situações concretas do próximo, e, ao mesmo tempo, tendo o coração no céu, imerso na misericórdia de Deus.
Caros amigos, à luz da Palavra de Deus deste domingo, convido-vos a invocar a Virgem Maria com o título de Mãe da Divina Providência. A Ela confiamos a nossa vida, o caminho da Igreja, as vicissitudes da história. Em particular, invocamos sua intercessão para que todos possam aprender a viver seguindo um estilo simples e sóbrio na vida cotidiana e no respeito pela criação, que Deus confiou à nossa guarda.

CIDADE DO VATICANO, domingo, 27 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - Apresentamos as palavras que Bento XVI dirigiu hoje, ao meio-dia, aos peregrinos do mundo inteiro, reunidos na Praça de São Pedro para a oração do Ângelus.
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[Tradução: Aline Banchieri. ©Libreria Editrice Vaticana]

Mensagem do Dia

"Quanto mais se conhece, mais se ama."
Leonardo Da Vinci

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mensagem do Dia

"Sirva a Deus alegremente e com o espírito despreocupado." (Padre Pio de Pietrelcina)

8º Domingo do Tempo Comum - Ano A 27.02.2011

Homilia Diária - 25/02/2011 - "JESUS FALA SOBRE O DIVÓRCIO Mc 10,1-12"


Sacerdote: O Senhor esteja convosco!
Todos: Ele está no meio de nós!
Sacerdote: Proclamação do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São…
Todos: Glória a Vós Senhor

Jesus saiu daquele lugar e foi para a região da Judéia que fica no lado leste do rio Jordão. Uma grande multidão se ajuntou outra vez em volta dele, e ele ensinava todos, como era o seu costume. Alguns fariseus, querendo conseguir uma prova contra ele, perguntaram:  - De acordo com a nossa Lei, um homem pode mandar a sua esposa embora?  Jesus respondeu com esta pergunta:  - O que foi que Moisés mandou?  Eles responderam:  - Moisés permitiu ao homem dar à sua esposa um documento de divórcio e mandá-la embora.  Então Jesus disse:  - Moisés escreveu esse mandamento para vocês por causa da dureza do coração de vocês. Mas no começo, quando foram criadas todas as coisas, foi dito: “Deus os fez homem e mulher. Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa.” Assim, já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu.  Quando já estavam em casa, os discípulos tornaram a fazer perguntas sobre esse assunto. E Jesus respondeu:  - O homem que mandar a sua esposa embora e casar com outra mulher estará cometendo adultério contra a sua esposa. E, se a mulher mandar o seu marido embora e casar com outro homem, ela também estará cometendo adultério.           
           
Sacerdote: Palavra da Salvação!
Todos: Glória a Vos Senhor!

HOMILIA

Estamos diante dos fariseus que já tinham uma opinião formada sobre a questão do divórcio. Eles não buscavam uma resposta, mas armavam uma cilada para Jesus. Eles não estavam focados nos princípios de Deus sobre o casamento, mas na concessão mosaica para o divórcio. O que queriam era colocar Jesus contra Herodes. Foi nessa mesma região que João Batista foi preso e degolado por denunciar o divórcio ilegal e o casamento ilícito de Herodes com sua cunhada Herodias. Os fariseus instigavam Jesus a ter a mesma atitude de João, pensando que com isso, teria o mesmo destino. O que os fariseus queriam era que Jesus se tornasse intolerável em termos políticos e religiosos. Por outra, eles queriam colocar à prova a ortodoxia de Jesus, para poderem acusá-lo de heresia. Se Jesus dissesse que era lícito, ele afrouxaria o ensino de Moisés sobre o divórcio. Mateus registra essa mesma pergunta acrescentando um dado importante: “É lícito ao marido repudiar sua mulher por qualquer motivo”? (Mt 19.3). Moisés havia ensinado que se o homem encontrasse alguma coisa indecente na mulher, lavraria carta de divorcio e a despediria (Dt 24.1). A grande questão é entender o que significa essa “coisa indecente”.
Jesus não caiu na armadilha dos fariseus. Ele respondeu a pergunta deles com outra pergunta, abrindo a porta para a verdadeira interpretação sobre a concessão de Moisés acerca do divórcio. Algumas verdades são destacadas aqui:
Deus instituiu o casamento, não o divórcio. O casamento é a expressa vontade de Deus, não o divórcio. No princípio, quando Deus instituiu o casamento (Gn 1.27; 2.24), antes da queda humana, não havia nenhuma palavra sobre divórcio. Ele é fruto do pecado. Ele é resultado da dureza do coração. Enquanto o casamento é digno de honra entre todos (Hb 13.4), Deus odeia o divórcio (Ml 2.16).
Jesus como supremo intérprete da Escritura diz que Moisés não mandou divorciar por qualquer motivo, ele permitiu por um único motivo, a dureza de coração (10.4,5; Mt 19.8). Mateus registra a pergunta dos fariseus assim: “Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar”? (Mt 19.7). Na verdade, Moisés nunca mandou. O divórcio nunca é um mandamento ou ordem, mas uma permissão e uma permissão regida por balizas bem estreitas, ou seja, a dureza da coração.
O casamento foi instituído por Deus, o divórcio não. O casamento é ordenado por Deus, o divórcio não. O casamento agrada a Deus, o divórcio não. Deus ama o casamento, mas odeia o divórcio. Deus permite o divórcio, mas jamais o ordena. Ele jamais foi o ideal de Deus para a família.
“Vocês ouviram a apelação dos mestres judeus sobre Deuteronômio 24:1, com a intenção de consubstanciar uma prática que permita aos maridos divorciar-se, livremente e a seu bel-prazer, de suas esposas, fornecendo-lhes simplesmente um estúpido documento legal de transação”.  “Mas eu digo a vocês”, continuou Jesus, que tal comportamento irresponsável da parte do marido fará com que ele, sua esposa e os novos parceiros tenham uniões que não constituem casamentos, mas adultérios. Neste princípio geral, temos uma exceção. A única situação em que o divórcio e o novo casamento são possíveis sem transgredir o sétimo mandamento é quando o casamento já foi quebrado por algum sério pecado sexual.
            Não podemos esquecer que o divórcio existe por causa da dureza do coração humano. Tanto o contexto anterior como todo ensino da Bíblia fala de reconciliação [arrependimento e perdão]. O padrão é o coração de Deus, não o coração duro do homem. Antes de falarmos de divórcio temos que falar sobre o que é casamento e sobre reconciliação. Depois dessa compreensão é que podemos achar espaço para falarmos de divórcio. O divórcio por questões banais: o amor acabou, achou alguém mais atraente, não sinto mais nada, não há comunicação. Se você entrar para o divórcio, se houver outro casamento haverá adultério, pois mesmo se legalmente for aprovado, diante do Senhor você é casado com o cônjuge. O divórcio não é a resposta, abre ferida. As conseqüências são terríveis para todos.
A solução é o perdão não o divórcio.  Conclusão: Dicas para proteger seu matrimônio: 1. Ponha Deus em primeiro lugar. 2. Ponha Seu Cônjuge em primeiro depois de Deus. Não são os filhos.  3. Comunique-se Diariamente com Seu Cônjuge. Fale de suas necessidades. 4. Gaste Tempo a sós com seu cônjuge. 5. Elogie Seu Cônjuge Regularmente, Reservadamente e Publicamente. 6. Tenha expectativas realistas. 7. Tenha determinação de permanecer casado. 8. Pese o Custo humano de Divórcio – Advogado, pensão, os efeitos nas crianças, reputação.  9. Aprenda a Crescer nas Dificuldades. 10. Peça ajuda de alguém na crise.
Pai, que os casais cristãos, unidos pelo sacramento do matrimônio, saibam reconhecer e realizar o mistério de comunhão que os chama a viver.