quarta-feira, 30 de março de 2011

Santo do Dia - 30.03.11


São João Clímaco

30 de Março



São João ClímacoNasceu na Palestina em 579, dentro de uma família cristã que passou para ele muitos valores, possibilitando a ele uma ótima formação literária.

Clímaco desde cedo foi discernindo sua vocação à vida religiosa. Diante do testemunho de muitos cristãos que optavam por ir ao Monte Sinai, e ali no mosteiro viviam uma radicalidade, ele deixou os bens materiais e levou os bens espirituais para o Sinai. Ali, com outros irmãos, deixou-se orientar por pessoas com mais experiência, fazendo um caminho pessoal e comunitário de santidade.

Foi atacado diversas vezes por satanás, vivendo um verdadeiro combate espiritual.

São João Clímaco buscou corresponder ao chamado de Deus por meio de duras penitências, pouca alimentação, sacrifícios, intercessões e participação nas Santas Missas.

Perseverou até o fim da vida, partindo para a glória aos 70 anos de idade.

São João Clímaco, rogai por nós!

Homilia Diária - 30.03.11 - "A verdadeira obediência é fruto do amor"


Hoje escutamos do Senhor: «Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas; […], não vim para abolir, mas para cumprir». No Evangelho de hoje, Jesus ensina que o Antigo Testamento é parte da revelação divina: Deus, no início, deu-se a conhecer aos homens por intermédio dos profetas. O povo escolhido reunia-se aos sábados na sinagoga para escutar a Palavra de Deus. Assim como um bom israelita conhecia as Sagradas Escrituras e as punha em prática, aos cristãos também convém a meditação frequente diária, se possível, delas [Sagradas Escrituras].
Em Jesus temos a plenitude da revelação. Ele é o Verbo, a Palavra de Deus, que se fez homem (cf. Jo 1,14), que vem a nós para dar-nos a conhecer quem é Deus e o quanto Ele nos ama. O Todo-poderoso espera do homem uma resposta de amor, manifestada no cumprimento dos Seus ensinos: «Se me amais, observareis os meus mandamentos» (Jo 14,15).
No texto do Evangelho de hoje encontramos uma boa explicação sobre isso na Primeira Carta de São João: «Pois amar a Deus consiste nisto: que observemos os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados» (IJo 5,3). Observar os mandamentos de Deus nos garante que O amamos com obras e verdadeiramente. O amor não é só um sentimento, senão que também pede obras, obras de amor, viver o duplo preceito da caridade.
Jesus nos ensina a malícia do escândalo: «Quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus» (Mt 5,19). Quem diz: «’Eu conheço a Deus’, mas não observa os seus mandamentos, é mentiroso e a verdade não está nele» (IJo2,4).
Também ensina a importância do bom exemplo: «Quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus» (Mt 5,19). O bom exemplo é o primeiro elemento do apostolado cristão. O próprio Cristo cumpria a lei, não para anulá-la, nem para destruí-la, mas para viver em obediência. Jesus instruiu Seus seguidores a observar os mandamentos.
Certa vez um jovem, príncipe e rico, aproximou-se de Jesus e perguntou-lhe: “Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E respondeu-lhe: ‘Se queres entrar na vida guarda os mandamentos’”. ( Mt 19, 16 e 17).
Jesus advertiu seus seguidores sobre o perigo de menosprezar a obediência a Seus mandamentos. Disse ele: “Nem todo o que me diz Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7, 21). Não basta, para entrar no Reino do Céu, a confissão verbal. É necessário que se cumpra e que se faça a vontade de Deus revelada. E Jesus deixou isso bem claro.
A verdadeira obediência é fruto do amor. Paulo, escrevendo aos Romanos 13:10, assim afirmou: “De sorte que o cumprimento da lei é o amor”. Jesus relacionou de forma muito clara a ligação do amor e da obediência. Em Suas orientações finais aos discípulos, pouco antes de Sua morte, Ele disse: “Se me amais guardareis os meus mandamentos”(Jo 14:15). E “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço” (Jo 15:10). Com essas declarações, Jesus não deixa dúvida alguma com respeito a esse assunto. A obediência genuína tem como fonte geradora o amor. O amor verdadeiro se manifesta por meio de atos de amor pela obediência.
São João, o apóstolo do amor, em I João 5:2 e 3 escreveu: “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são pesados”.
Jesus foi vitorioso em Sua luta contra o pecado, porque estava ligado ao Pai, de quem buscava poder para vencer como humano. Da mesma forma, a vitória de Cristo nos é oferecida! Para que ela seja a nossa vitória, necessitamos estar tão ligados a Jesus, como o ramo está ligado ao tronco.
Ligados dessa maneira a Cristo, produziremos, pelo Seu poder, o fruto da obediência. Somente se permanecermos em Cristo nos será possível prestar obediência de coração, fruto do amor.
Voltando ao Sermão da Montanha, no capítulo 5 de São Mateus, encontramos Jesus apresentando uma dimensão profundamente espiritual dos mandamentos, da lei de Deus. O povo de Israel estivera tão apegado à forma e à letra da lei, que perdera completamente o discernimento espiritual que sustentava e sustenta cada ordenança.
Uma religião legal é insuficiente para pôr a alma em harmonia com Deus. Puramente o fundamento destituído de contrição, ternura ou amor, é apenas uma pedra de tropeço. Os que agiram assim nos dias de Jesus eram como o sal que se tornara insípido. Sua influência não tinha poder algum para preservar o mundo da corrupção.
O povo de Israel perdera completamente a percepção da natureza espritual da lei. Sua obediência não passava de uma mera observância de formas e cerimônias em vez de ser uma entrega do coração à soberania do amor.
As palavras de Cristo, proferidas no sermão da Montanha, conquanto fossem serenas, eram ditas com sinceridade e poder tais que moviam o coração do povo. De pronto se admiravam e percebiam que “ensinava como tendo autoridade”.
O Salvador, com Seu divino amor e ternura, exaltava a majestade e beleza da verdade. Com branda, mas profunda influência, os homens eram atraídos para ouvir e aceitar Seus ensinos.
De igual maneira hoje, se olharmos para a lei como um fim em si mesma, nos tornaremos formais, praticantes de uma religião cerimonial destituída de alegria. Mas quando olhamos para a lei e vemos nela algo que aponta nossa necessidade de Jesus, e encontramos n’Ele o Salvador que nos perdoa e nos capacita a viver de acordo com Sua vontade nos tornamos cristãos felizes na mais completa acepção da palavra.
É essa dimensão espiritual que Cristo resgatou em Seus ensinamentos e da qual nós necessitamos para revitalizar nossa vida religiosa.
Pai, livra-me do perigo de reduzir minha obediência aos Teus mandamentos à execução mecânica de gestos exteriores. Revela-me, cada vez mais profundamente, a Tua vontade, como o fez a Jesus. Que Ele seja hoje e sempre o meu exemplo de obediência à Tua Palavra viva na Lei e nos profetas de hoje! Amém!
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Blog do Padre Bantu

Justa Homenagem - Desanse em paz!



O DIU também é abortivo

Além de matar o embrião, o DIU produz efeitos "secundários" e esterilidade provocados por seu uso, chegando  em alguns casos, inclusive à morte da usuária em alguns casos, inclusive até a morte da usurária
É inadmissível  a afirmação de que o  DIU não é abortivo, quando as próprias revistas especializadas e até a Organização Mundial da Saúde em seus informes ao respeito, assim o reconhecem explicitamente. Tanto é assim, que enquanto o aborto foi ilegal nos Estados Unidos também estava proibida sua comercialização e implantação .
O Laboratório que fabrica e distribui o Para Gard, DIU de última geração, modelo T 380 A nos Estados Unidos, distribui de forma obrigatória, um formulário com uma extensão de 11 páginas, de caráter de declaração jurada, a que deve ser rubricada pela interessada em sua colocação, em 12 oportunidades. Na mesma, há informações sobre todas as contra-indicações e efeitos colaterais que o DIU pode causar.
Lembramos que o nome T de cobre lhe é dado por causa da membrana galvanizada de cobre que recobre o corpo plástico em forma de "T" que tem o dispositivo.
Por suas características anatômicas, advertem que o DIU não é um dispositivo de barreira, quer dizer, não impede a livre circulação dos espermatozóides até encontrar-se com o óvulo. Sua função, na realidade, é, como agente exógeno ao organismo feminino, produzir irritação e inflamação nas paredes internas do útero (endométrio), o que lhe torna propenso a contrair uma série de infecções muito delicadas e que impossibilitam que o óvulo fecundado pelo espermatozóide (ovo) possa nidar-se ou implantar-se nessa parede. Isto leva ao desprendimento   e que provoque um  sangramento intermenstrual no qual é  expulso. Ou seja, ocorre um aborto.
A declaração jurada antes mencionada, elaborada pelo próprio Laboratório, explica o efeito da seguinte forma: "Como age o Para Gard: Ainda não se sabe exatamente como o Para Gard impede a gravidez. Foram  sugeridas várias teorias, entre elas, a interferência com o transporte, a fecundação e a implantação de espermatozóides. Os estudos clínicos com o DIU portadores de cobre indicam que a fecundação se altera, quer seja porque varia o número de espermatozóides ou pela falta de viabilidade destes. Os DIU não inibem a ovulação (produção e liberação de um óvulo dos ovários). O Para Gard nem sempre evita a produção de gravidez ectópica (a gravidez fora do útero, chamado às vezes gravidez tubária). A gravidez ectópica pode requerer cirurgia e deixar a mulher incapacitada de ter filhos, em  alguns casos pode causa a morte".
"Ainda não se compreende...", "Foram sugeridas várias teorias...". Em bom português, vemos que o próprio fabricante reconhece não saber como é o anticoncepcional. Na realidade, porque não o é. E fala de evitar a "implantação de espermatozóides". Como se o espermatozóide pudesse se implantar por si só no útero!
Mais adiante, a mesma declaração jurada sentença: "Fatores especiais de risco: ...Os dados indicam que há mais possibilidades em   relação  a outras mulheres, de que as usuárias do Para Gard contraiam  alguma infecção grave denominada doença inflamatória pélvica (DIP), especialmente se mantiverem  relações sexuais com mais de um parceiro. A DIP é o termo médico para designar a infecção da área pélvica superior. Nesta área  encontra-se o útero (matriz), as trompas de Falópio, o ovários e os tecidos circundantes (A vaginites, ou infecção local da vagina, não é DIP, mas pode levar a ela). Os estudos realizados indicam que o maior número de casos de DIP ocorrem pouco depois   da inserção do DIU e até   quatro meses depois. A DIP pode causar obstrução permanente das trompas, esterilidade, gravidez ectópica ou, em raras ocasiões, a morte. Se você tem agora ou já teve alguma DIP, não deve usar o Para Gard. A DIP é uma infecção causada pela gonorréia, clamídias ou outros organismos microscópicos. A DIP normalmente é um doença sexualmente transmissível (DST ou EV)..."
Vemos então, que o DIU não só não é anticoncepcional, como é abortivo, favorece as doenças de inflamação pélvica, a obstrução das trompas de Falópio, a esterilidade definitiva, os sangramentos constantes (e por conseqüências, anemias, debilitamento, etc.) e, em alguns casos, até a morte da usuária.
Muitas coisas se esclarecem quando sabemos que o dono da patente do Para Gard é o próprio Conselho de População, organismo vinculado à Fundação Rockefeller e consultor da ONU, junto ao Gyno Pharma, uma pequena corporação farmacêutica estabelecida como frente a pedido do próprio Conselho de População.
O laboratório Schering Argentina S.A.I.C. comercializa em nosso meio o DIU de terceira geração "NOVAT", para cuja propaganda acrescenta um rótulo que diz: "Método aprovado pelo Population Council" (Conselho de População).
Para tal fim, publicou uma série de cadernos onde presta informação sobre contraceptivos.
No caderno No 1, intitulado "Contracepção" (escrito por Gerd K. Doring; sem data de publicação), ao referir-se sobre a ação do DIU, diz: "Os anéis intrauterinos e as espirais impedem a implantação do ovo fecundado no endométrio" (pág. 13).
E no caderno No. 4, intitulado "Ginecologia e obstetrícia" (escrito por Adolf Eduard Schindler e Eva-María Schindler; Bs. As. Argentina, 1.989),  dedica-se à contracepção pós-coital (págs. 17 a 19), eufemismo para referir-se a métodos e práticas abortivas. Nessas páginas, mencionam o DIU, e entre outras coisas afirma: " Pode-se obter uma  contracepção pós-coital relativamente segura até 4 a 6 dias após o coito sem proteção, mediante a colocação de um DIU..." Desde então, depois de 6 dias, se as condições orgânicas da mulher eram favoráveis, a fecundação já se produziu, já há uma nova vida, já há uma pessoa. Mas ainda não ocorre a nidação do ovo no endométrio, sendo a colocação do Diu viável para impedi-la definitivamente. Estamos simplesmente diante de uma prática abortiva.
Se persistirem as dúvidas, o caderno continua, e ao mencionar as indicações para a colocação do DIU, entre outras, enumera:
". Planejamento familiar cumprido, mas não se deseja a  esterilização;
. Diretamente na interrupção da gravidez;
. Como anticoncepcional pós-coital" (pág. 21-22).
E ao mencionar as complicações possíveis com o uso do DIU, afirma:
"... Inflamação do pescoço e dos genitais internos...
. Perfuração;
. Aumento do índice de gravidez extrauterina;
. Gestações intrauterinas" (pág. 22).
Nos permitimos remeter a um artigo de atualização científica publicado na "Revista da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nacional de Cuyo, República Argentina. 1.989 VOL. XI Nro. 1"
Neste artigo, intitulado "Dispositivo intrauterino e gravide", encontramos afirmações e sentenças como as seguintes:
. "Se uma portadora de DIU fica grávida, esta situação pode ser complicada, além da posição que possa adotar o casal     sobre o futuro da gestação. É muito provável que a gravidez termine em um aborto espontâneo no primeiro ou segundo  trimestre... ...Se o DIU não for retirado, aproximadamente 50 % das gestações  ortotópicas abortam espontaneamente... Ou seja que esta situação representa de 3 a 5 vezes mais que a taxa de abortos espontâneos em usuárias de outros métodos. Alguns estudos evidenciam que mais da   metade de tais abortos ocorrem no 2otrimestre. Em 1.984 nos Estados Unidos foi   publicado um  trabalho sobre 539 mulheres com DIU, que tinham 26 vezes mais probabilidades de ter um aborto espontâneo séptico no 2o  trimestre em   relação a mulheres grávidas sem  DIU. Evidentemente que as complicações infecciosas no 2o  trimestre são mais graves que as de aborto espontâneo precoce" (pág. 35).
E continua: "Outro dos problemas que podem ocorrer é o das anomalias congênitas que costumam se apresentar em gestações das portadoras de DIU... Mishell estudou os tecidos expulsos de    mulheres que abortaram espontaneamente e eram portadoras de DIU. Em sua estatística, 21 de 110 apresentaram anomalias embrionárias" (pág. 36).
Depois acrescenta: "Se recordamos a ação do DIU,  pode-se dizer que este diminui   a nidação uterina em 99,5 %  e na trompa em 95 %. Portanto, se ocorre uma gravidez com DIU, há maior possibilidade que seja ectópica" (pág. 36).
E remata afirmando: "Há  poucos anos chamou a atenção o aumento de E.I.P (doenças de inflamação pélvica) devido às doenças sexualmente transmissíveis e foi sugerido que se produz com maior freqüência em  quase 50 % das portadoras de DIU. O teste         epidemiológico desta hipótese vem dos estudos que mostram um aumento das taxas com uma maior duração de uso do  DIU" (pág. 37).
Termina o artigo: "Por último, duas palavras sobe a recuperação da fertilidade daquelas que abandonam o uso do DIU. A recuperação não depende do tipo de DIU nem do tempo de uso, mas da gravidade do  dano que estes causam" (pág. 37).
Assina o artigo o  próprio  Dr Héctor Osvaldo Lotfi, então, Professor titular de Clínica Ginecológica da Faculdade de Cs. Médicas da U.N.C.- Mendoza - Argentina..
José Murri.
Fonte: Revista Arbil

Rebeldia x obediência - Monsenhor Jonas

Padre Fabio de Melo: "Tocando em frente"

Nenhum esforço é inútil na promoção da família fundada no autêntico matrimônio, diz o Papa

VATICANO, 29 Mar. 11 (ACI/EWTN Noticias) .- Em uma mensagem a um grupo de bispos da América Latina e o Caribe que se reúne nestes dias em Bogotá (Colômbia), o Papa Bento XVI ressalta que "nenhum esforço, portanto, será inútil para fomentar tudo aquilo que contribua para que cada família, fundada na união indissolúvel entre um homem e uma mulher, leve adiante sua missão de ser célula viva da sociedade".

Em sua mensagem aos bispos responsáveis pelas comissões episcopais de vida e família da América Latina e o Caribe que se reúne na Colômbia entre os dias 28 de março ao 1 de abril, o Santo Padre assinala que "a família é o valor mais querido pelos povos dessas nobres terras".

"Por este motivo, a pastoral familiar tem um posto destacado na ação evangelizadora de cada uma das distintas Igrejas particulares, promovendo a cultura da vida e trabalhando para que os direitos das famílias sejam reconhecidos e respeitados".

No texto dirigido ao Cardeal Ennio Antonelli, Presidente do Pontifício Conselho para a Família, que preside a reunião, o Papa afirma que ante os diversos desafios que enfrenta a instituição familiar como a migração e a pobreza, "não podemos ficar indiferentes ante estas provocações. No Evangelho encontramos luz para responder a eles sem nos desanimar".

"Cristo com sua graça nos impulsiona a trabalhar com diligência e entusiasmo para acompanhar a cada um dos membros das famílias no descobrimento do projeto de amor que Deus tem sobre a pessoa humana".

"Nenhum esforço, portanto, será inútil para fomentar quanto contribua a que cada família, fundada na união indissolúvel entre um homem e uma mulher, leve adiante sua missão de ser célula viva da sociedade, foco de virtudes, escola de convivência construtiva e pacífica, instrumento de concórdia e âmbito privilegiado no qual, de forma gozosa e responsável, a vida humana seja acolhida e protegida, desde seu início até seu fim natural".

Depois de recordar o direito e o dever dos pais de "educar as novas gerações na fé e nos valores que dignificam a existência humana", Bento XVI alenta a prosseguir com a Missão Continental e sublinha que "a Igreja conta com os lares cristãos, chamando-os a serem um verdadeiro sujeito de evangelização e de apostolado e convidando-os a tomar consciência de sua valiosa missão no mundo".

"Animo, pois, a todos os participantes nesta significativa reunião a desenvolver em suas reflexões as grandes linhas pastorais marcadas pelos episcopados congregados em Aparecida, favorecendo assim que a família possa viver um profundo encontro com Cristo através da escuta de sua Palavra, a oração, a vida sacramental e o exercício da caridade".

Deste modo, prossegue, "se ajudará a pôr em prática uma sólida espiritualidade que propicie em todos seus membros uma decidida aspiração à santidade, sem medo a mostrar a beleza dos altos ideais e as exigências éticas e morais da vida em Cristo".

"Para promover isto, é necessário incrementar a formação de todos aqueles que, de uma ou outra forma, dedicam-se à evangelização das famílias. Do mesmo modo, é importante riscar caminhos de colaboração com todos os homens e mulheres de boa vontade para seguir tutelando intensamente a vida humana, o matrimônio e a família em toda a região".

Finalmente o Papa expressa seu afeto a todas as famílias da América Latina e do Caribe e as confia "ao poderoso amparo da Santíssima Virgem Maria os frutos desta louvável iniciativa, ofereço-lhes de coração a implorada Bênção Apostólica, que estendo com gosto a quantos estão comprometidos na evangelização e promoção do bem das famílias".

O aborto nunca pode ser aprovado porque destrói a vida humana, dizem Bispos uruguaios


MONTEVIDÉU, 29 Mar. 11 (ACI/EWTN Noticias) .- Ao concluir sua assembléia plenária que se realizou entre os dias 21 a 25 de março, a Conferência Episcopal Uruguaia (CEU) deu a conhecer hoje um comunicado no qual assinalam que o aborto consiste em destruir uma vida humana inocente, algo que "nunca pode acontecer".

Assim indicaram os prelados em resposta a uma iniciativa da deputada Mónica Xavier, para despenalizar o aborto a pedido até a semana 12 da gestação.

O novo projeto de lei para despenalizar o aborto, vetado no ano 2008 pelo então presidente Tabaré Vásquez, conta com o apoio do atual presidente José Mujica, que disse publicamente que não vetaria a norma se for aprovada pelos senadores.
A respeito, no passado 8 de março, o líder pró-vida Álvaro Fernández, assinalou à agência do grupo ACI em espanhol, a ACI Prensa,  que esta norma tenta acabar com os portadores de síndrome de Down ou má formações genéticas.

Sobre este projeto, os bispos uruguaios dizem em seu comunicado de hoje que "ao preparar-nos à celebração da Páscoa, festa da Vida, golpeia nosso coração de pastores a proposta de uma cultura da morte, da qual é sinal a insistência de alguns a favor do aborto".

"A destruição de uma vida inocente nunca pode acontecer. Em uma sociedade que defende os direitos humanos, proclamamos a defesa do direito fundamental à vida dos seres humanos mais indefesos".

Os bispos ressaltam logo que "a morte do mais débil, do inocente, do que tem capacidades diferentes, não é só tirar uma vida, é também cortar uma geração".

"Neste sentido, resulta-nos paradoxal que, enquanto quer alentar o número de nascimentos, ante o inverno demográfico de nossa nação, e se fala de recorrer a cidadãos de outros países para povoar nosso chão uruguaio, promovam-se leis para dizimar nossa população".

Por isso fazem "um novo chamado à consciência de nosso povo e de nossos governantes diante deste tema de primitiva importância".

"Pensamos -concluem- que é necessário um esforço de imaginação e de humanidade para encontrar soluções que, ante as gravidezes não desejadas, contemplem as vidas das mães e de seus filhos em gestação".

Mensagem do Dia

"Aceita o que te manda o Sagrado Coração de Jesus Cristo para unir-te a Ele."
Santa Margarita Maria

terça-feira, 29 de março de 2011

Santo Padre exorta a estimar “valor pedagógico” da confissão Recebe os participantes do Curso sobre Foro Íntimo

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 28 de março de 2011 (ZENIT.org) - "O valor pedagógico da Confissão sacramental" é o principal elemento que o Papa Bento XVI quis destacar na audiência que concedeu, na última sexta-feira, aos participantes do Curso sobre Foro Íntimo, promovido pela Penitenciaria Apostólica e realizado de 21 a 25 de março.
Para o Pontífice, este é "um aspecto que talvez não tenha sido considerado suficientemente, mas que é de grande relevância espiritual e pastoral", porque a confissão pode ser "um 'lugar' real de santificação".
"Como o sacramento da Penitência educa? - perguntou ele. Em que sentido sua celebração tem um valor pedagógico, sobretudo para os ministros?"
Para responder a estas perguntas, sugeriu "partir do reconhecimento de que a missão sacerdotal é um ponto de observação único e privilegiado, no qual, cada dia, acontece a contemplação do esplendor da Divina Misericórdia".
"No fundo - reconheceu -, confessar significa atender tantas ‘professiones fidei' quanto o número de penitentes, e contemplar a ação de Deus misericordioso na história, tocando com a mão os efeitos salvíficos da Cruz e da Ressurreição de Cristo, em todos os tempos e para cada homem."
"Escola" para o sacerdote
"Conhecer e, de certa forma, visitar o abismo do coração humano, mesmo nos aspectos escuros - observou o Papa -, se, por um lado, põe à prova a humanidade e a fé do próprio sacerdote, por outro, alimenta nele a certeza de que a última palavra sobre o mal do homem e da história é de Deus e da sua misericórdia, capaz de fazer novas todas as coisas."
Das confissões, de fato, o sacerdote pode aprender muito, principalmente "de penitentes exemplares em sua vida espiritual, da seriedade com que realizam seu exame de consciência, da transparência no reconhecimento do próprio pecado e da docilidade diante do ensinamento da Igreja e das indicações do confessor".
"Da administração do sacramento da Penitência podemos receber profundas lições de humildade e de fé!", exclamou, definindo-a como "um apelo muito forte, a todo sacerdote, à consciência da própria identidade".
"Nunca, só pela força da nossa humanidade, poderemos ouvir as confissões dos irmãos!", continuou o Pontífice.
"Se eles se aproximam de nós é só porque somos sacerdotes, configurados segundo Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, e capazes de agir em seu Nome e sua Pessoa, para tornar realmente presente esse Deus que perdoa, renova e transforma."
Penitentes
Quanto ao valor pedagógico para os penitentes, o Santo Padre advertiu que é preciso admitir que "isso depende, em primeiro lugar, a ação da Graça e dos efeitos objetivos do sacramento na alma do fiel".
"A Reconciliação sacramental é um dos momentos em que a liberdade pessoal e a consciência de si mesmo são chamadas a expressar-se de forma clara, particularmente evidente. E talvez também por isso, numa época de relativismo e, consequentemente, de uma consciência atenuada do próprio ser, enfraquece-se também a prática sacramental."
Neste contexto, um importante valor pedagógico tem o exame de consciência, que "educa a ver com sinceridade a própria existência, a confrontá-la com a verdade do Evangelho e a avaliá-la com parâmetros não só humanos, mas a partir da Revelação divina".
"O confronto com os mandamentos, as bem-aventuranças e, acima de tudo, com o preceito do amor, é a primeira grande 'escola penitencial'."
A confissão integral dos pecados também "educa o penitente na humildade, no reconhecimento da própria fragilidade e, ao mesmo tempo, na consciência da necessidade do perdão de Deus e da confiança em que a graça de Deus pode transformar a vida".
Em uma época caracterizada "pelo barulho, pela distração, pela solidão, o colóquio do penitente com o confessor pode ser uma das poucas - quando não a única - oportunidade de ser ouvido de verdade e em profundidade".
Por esta razão, pediu aos sacerdotes que deem "o espaço adequado ao exercício do ministério da Penitência no confessionário: ser acolhidos e escutados também é um sinal humano do acolhimento e da bondade de Deus para com seus filhos".

Missa em ação de graças pelo Santuário do Pai das Misericórdias - Canção Nova

Missa em ação de graças pelo Santuário do Pai das                   Misericórdias

A manhã desta terça-feira, 29, começou com agradecimento na Canção Nova. O bispo de Lorena (SP), Dom Benedito Beni, presidiu uma Santa Missa em ação de graças pela construção do Santuário do Pai das Misericórdias e pelos sócios que colaboram para que a obra se torne realidade.
A Celebração Eucarística, que aconteceu às 7h, foi realizada no próprio local e contou com a presença do fundador da comunidade católica, monsenhor Jonas Abib, e dos cofundadores Wellington Silva Jardim e Luzia Santiago.
A celebração foi presidida pelo Bispo de Lorena (SP), Dom Benedito Beni, e contou com a presença do fundador da Canção Nova, monsenhor Jonas Abib
Foto: Wesley Almeida/CN

A Santa Missa comemora a finalização da estrutura do concreto armado da obra e também o início de mais uma etapa, a cobertura do santuário. Na homilia, o prelado ressaltou a figura do Pai das Misericórdias, Deus que ama e que perdoa nossos pecados. “A misericórdia de Deus é infinita, sem limites, e isso enche o nosso coração de esperança e confiança. O Pai dá como resposta ao nosso pecado o Seu perdão generoso”, explicou.
Dom Beni também salientou que os cristãos precisam fazer a sua parte, pois, segundo ele, “o perdão que nós damos ao próximo nos prepara para pedir perdão ao Senhor”. “Perdoar não significa ficar indiferente diante da ofensa. É curar uma ferida. E nós só conseguimos perdoar verdadeiramente quando unimos nosso perdão ao perdão de Cristo na cruz”, concluiu.
No final da celebração, monsenhor Jonas agradeceu à presença do bispo e fez questão de ressaltar uma frase conhecida na Canção Nova: "Nada é coincidência, tudo é providência". "Quando o senhor marcou essa data para a celebração era porque ela estava disponível na sua agenda. Mas ontem, graças a Deus, chegou o material que estávamos esperando para começar a outra etapa da obra”, comemorou.
Sobre a chuva fina, que ameaçava cair no local já no final da Missa, o sacerdote falou: “Estamos sentindo gotas de chuva, isso mostra que Jesus está satisfeito com o que estamos fazendo aqui, são chuvas de graças”.
Histórico do santuário 

A obra, que teve início em 9 de julho de 2008, está sendo construída numa área de cerca de 7.500m². A arquitetura da igreja tem o formato de uma mão, fazendo alusão ao cuidado e ao auxílio de Deus em nossa vida. O local escolhido marca o ponto mais alto dentro da sede da Canção Nova e poderá ser avistado da rodovia Presidente Dutra, que liga as duas principais capitais do país.
Com a conclusão da obra, o Santuário do Pai das Misericórdias terá capacidade para acolher 10 mil pessoas e já é considerado um dos maiores espaços para o culto cristão do Vale do Paraíba.

Assista a homília:

Homilia Diária - 29.03.2011 - "Faze-me ser pródigo e misericordioso em relação ao próximo".



“Senhor, quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” E Jesus responde: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta e sete vezes sete”. O Senhor compara o Reino do céu com um rei que vai acertar as contas com os empregados. Um dos servos devia tanto e não tinha como lhe pagar, por isso pede um prazo maior ao patrão, que teve compaixão e lhe perdoou a dívida. O empregado, porém, ao encontrar alguém lhe devia uma pequena quantia, agarrou e sufocou-o cobrando a dívida sem misericórdia, e não perdoou ao homem e mandou prendê-lo. Ao saber do acontecido, o patrão entrega o empregado aos torturadores.
Deus, em Sua infinita misericórdia, perdoa nossos pecados. E quanta dificuldade nós temos de perdoar um irmão, um amigo, marido, esposa, os pais, o irmão de caminhada, aquele colega de trabalho!? Às vezes damos tanta importância às ofensas, às magoas, que até adoecemos. Será que meus pecados, minhas ofensas a Deus, são menores que as ofensas que sofri do próximo? O Todo-poderoso nos perdoa sempre, nos livrando da condenação. E quantas vezes com nossas atitudes nós magoamos as pessoas com quem convivemos? Temos vontade de pedir-lhes  perdão, mas o orgulho e a falta de humildade não nos permitem ter esse ato; os mesmos motivos também não nos permitem perdoar. Devemos reconhecer que somos pecadores, que devemos perdoar, e para isso devemos ficar mais próximos de Deus, do Seu amor, e amar o próximo como Ele nos ama.
O nosso pedido de perdão a Deus deve ser diário, como perdoar também deve ser diário, quantas vezes forem necessárias. Ao decidir perdoar, devemos fazê-lo com coração e não ter mais ressentimento ou mágoa pelo ocorrido. Realmente isso não é fácil, existem situações as quais acreditamos não conseguir perdoar nunca, porque não as esqueceremos. A culpa, a mágoa, são sentimentos que nos paralisam, não conseguimos reagir acreditando que não temos perdão, que não conseguiremos perdoar, vivemos um verdadeiro conflito interno; muitas pessoas se tornam depressivas. Na oração do Pai-Nosso Jesus nos ensina: “Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido” (Mt 6, 12), perdoar e ser perdoado nos aproxima de Deus. E assim como o Pai nos perdoa, nós também devemos ser misericordiosos, perdoando e esquecendo as ofensas e os males que nos fizeram. São essas atitudes que o Pai quer que tenhamos para ser por Ele perdoados e vivermos em harmonia, em paz no nosso dia a dia, praticando o perdão e a misericórdia.
Pai, é meu desejo imitar Teu modo de agir no tocante ao perdão. Faze-me ser pródigo e misericordioso em relação ao próximo que precisa do meu perdão.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Blog do Padre Bantu

Rir é um bom remédio!

Mensagem do Dia

"Afaste todas as preocupações excessivas. Deus está com você." (Padre Pio de Pietrelcina)

segunda-feira, 28 de março de 2011

A Igreja não é 'a casa da mãe Joana'! O que falta é um pouco de bom senso

fORMAÇÕES

Imagem de Destaque


Todo o mundo deve saber o significado da expressão a "casa da mãe Joana". E, se você não souber, vai ficar sabendo já! O texto a seguir, fui buscá-lo na internet, essa porta sem fronteiras da modernidade tecnológica: "Ensina Câmara Cascudo que a expressão se deve a Joana, cujo nome completo se desconhece, que viveu na Idade Média entre 1326 e 1382 e foi rainha de Nápoles e condessa de Provença. Teve uma vida atribulada e em 1346 passou a residir em Avignon, na França, segundo alguns autores por ter se envolvido em uma conspiração em Nápoles de que resultou a morte de seu marido, segundo outros por ter sido exilada pela Igreja por causa de sua vida desregrada e permissiva. Em 1347, aos 21 anos, Joana regulamentou os bordéis da cidade onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: 'o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar'. Transposta para Portugal, a expressão paço-da-mãe-joana virou sinônimo de prostíbulo. Trazida para o Brasil, o termo paço, por não ser da linguagem popular, foi substituído por casa e casa-da-mãe-joana e serviu, por extensão, para indicar o lugar ou situação em que cada um faz o que quer, onde imperam a desordem, a desorganização".

Como veem, a internet pode ser um auxílio necessário à superação de nossa ignorância, até mesmo para curiosidades desse tipo. Espero que a expressão tenha sido entendida pelo meu leitor, mas, se não, vamos instigar nossa massa cinzenta.
Na verdade, eu não sei nem conheço o meu leitor, embora saiba que, vez por outra, alguém me aborde na rua para me dizer que leu e gostou, ou não, de algum texto meu. O fato é que, apesar de ter de falar certas verdades incômodas, minha intenção não é, nunca, ferir a sensibilidade de quem quer que seja, mas, sobretudo, suscitar uma reflexão oportuna sobre comportamentos que não condizem com certas circunstâncias e lugares, no caso específico, refiro-me a atitudes sem propósitos que muitos hereges de plantão querem fazer dentro da Igreja. Nunca aparecem lá, e quando vão, pensam em querer fazer dela a "casa da mãe Joana". Independentemente do que você faça ou realize como profissional, responda-me com sinceridade: "Você gostaria se alguém chegasse a seu lugar de trabalho - seu escritório, seu gabinete, sua casa, sua loja, seu supermercado, seu departamento de vendas, sua cozinha, sua barraca, sua empresa, sua farmácia - e começasse a mudar tudo de lugar, simplesmente, porque não gostou da disposição das coisas?"

Pode até ser que algum desorientado responda de maneira positiva, mas, o normal, é que diga: "Não, não gostaria!". Então, por que na Igreja tudo deve ser permitido? Especialmente em "missas de formatura" - que é um termo inapropriado para a Celebração Eucarística, porque não existe "missa de formatura" - e em casamentos, muitos aborrecimentos chegam pelo fato de que muitas pessoas, não habituadas com a celebração litúrgica, não conseguem distinguir a diferença entre a Igreja, que é o espaço sagrado do louvor e do culto prestado a Deus, cuja presença está no Sacrário, permanentemente, e outro qualquer salão de festas, ou, quando não, um salão de debutantes. Quando digo que não "há missa de formatura", quero dizer que a Liturgia da Igreja é uma só, e já está pronta no Missal Romano para as diversas circunstâncias da vivência cristã. Não somos nós que a reinventamos com as chamadas "adições inoportunas", como bem caracterizou o Papa Bento XVI.
Aí, pensa-se poder cantar de tudo, desde que cada um sinta a pulsação emocionante de seu coração embalado pelo romantismo que, às vezes, é visto na televisão. E, quando as pessoas sérias da Igreja tentam dar uma orientação conforme as exigências próprias da sagrada Liturgia, são taxadas de intransigentes e mal-educadas. Que o digam algumas pessoas entre cerimonialistas, fotógrafos, ornamentadores e cantores que, convidados a receberem formação litúrgica pela Arquidiocese, em 2010, quase em uníssono, manifestaram o desafeto em relação ao Padre da Paróquia "Jesus Ressuscitado". Nesse âmbito, o que eu considero mais engraçado - para não dizer o mais cínica e lamentavelmente deslavado - é que eles vão lá para ganhar dinheiro à custa da Igreja, e ainda querem dizer como o padre deve presidir a Santa Missa ou assistir ao matrimônio.

Torço pelo dia em que a Igreja, de modo sereno e competente, chegue a gerir sua própria casa, também nesses momentos, sem precisar de vândalos interesseiros que muito perturbam o interior da igreja, quando, na verdade, deveriam favorecer o silêncio e a dignidade do ambiente sagrado ou o lugar do culto, onde está o Senhor presente na Eucaristia.
Ora, se a gente vai ao cinema e não pode dar um "pio"; no teatro, exigem educação, silêncio e respeito durante a apresentação. Da mesma forma, quando se mora num apartamento, há um horário limite para determinados barulhos. Assim como, se alguém vai ter um encontro com uma pessoa que a julga importante, não vai com a primeira roupa que encontra pendurada no cabide do guarda-roupa. Certo dia, encontrei um jovem que foi à Missa vestindo uma camiseta regata. Então, perguntei-lhe: "Por que você não veio mais composto?" E ele respondeu: "Deus quer é o coração, não a veste". Sua falsa lógica provocativa não me dispensou imediato acinte: "Se é assim, por que não veio nu?!". Se alguém não sabe, os especialistas em etiqueta afirmam que esse tipo de roupa não combina com nenhum evento social, a não ser com esporte e lazer.

No fundo, o que falta é um pouco de bom senso e respeito pelas pessoas ao redor, e, de modo muito mais especial ainda, pelo Cristo, o Dono da Igreja, presente no Sacrário. Incrível como nossa mediocridade e banalidade encontram justificativas e desculpas para tentar impor nossas razões hipócritas e incoerentes. E o que dizer dos aborrecimentos com os atrasos, considerados por alguns de "chiques"!?. Falta de educação e respeito nunca foram "chiques" em lugar nenhum. Infelizmente, fomos mal-acostumados com o incisivo e provocante rifão do "atrasar é chique!". Entendo que nem tudo poder ser, rigorosamente, vivido na dinâmica respeitosa da pontualidade, mas, atrasar mais de meia hora, deixando o sacerdote esperando como um pateta, já é abuso. Agora, se for o padre quem atrasar, depois que os noivos e convidados tiveram entrado na igreja, coitado dele! Já tivemos sérios problemas por conta disso. Mas, os direitos deveriam ser iguais, quer dizer, direitos e deveres.
Quem não cumpre os deveres, deveria perder todos os direitos se não for capaz de encontrar legítimas e convincentes explicações para o seu atraso. De fato, esse é um problema que está presente na leviandade de muitas pessoas que não prezam por seus compromissos como deveriam, tratando-os com reverência e honradez. No aeroporto de Brasília (DF), presenciei uma confusão instantânea feita por um casal que, chegando depois do tempo previsto para o embarque, não o fizeram e perderam o direito para alguém que já estava na fila de espera havia mais de duas horas. A balbúrdia, a gritaria e o descontrole foram notáveis no balcão de controle do embarque. Eles dançaram o "samba do caboclo doido", mas não viajaram. A orientação é para que se chegue, pelo menos, uma hora antes, em voos nacionais e, duas, em voos internacionais. No caso, da Igreja, que, graças a Deus, não vai decolar para lugar nenhum, o ideal seria que o padre se atrasasse tanto tempo quanto os noivos atrasam, depois do horário marcado e previsto para o início da celebração. Aliás, quando isso acontece por alguns minutos, os ânimos se sublevam e se agitam se o padre não aparecer logo. Sendo que a celebração do Matrimônio é um momento muito importante na vida de todos, dos noivos aos seus familiares e convidados, a exigência do diálogo se faz necessária com todos os envolvidos na esteira da preparação e da realização do evento, a fim de que tudo aconteça na mais absoluta e desejada ordem. Com efeito, o casamento não é apenas um encontro social, em que nos produzimos para sair bem na foto e, consequentemente, no álbum. É mais do que isso, é um Sacramento que os noivos recebem prometendo respeito e fidelidade recíprocos por toda a vida. E, para tal atitude, contam com a graça recebida pelo Sacramento da Igreja.
Os sacerdotes não somos funcionários da arbitrariedade e da incompetência de quem não leva a sério a responsabilidade de seus compromissos, querendo transformar a Igreja "na casa da mãe Joana", onde cada um faz o que quer, quando quer e pensa que pode. Nosso desejo é que a reflexão ajude-nos a rever nossos conceitos e valores quando nos aproximamos das coisas sagradas da Igreja de Cristo, no intento de não entregarmos "pérolas aos porcos" (cf. Mt 7,6). Embora pareça dura, a expressão é de Cristo Jesus, ensinando aos Apóstolos o santo dever da consciência de não profanar as coisas santas de sua própria e amada Igreja.
Padre Gilvan Rodrigues dos Santos
Mestre em Teologia Bíblica- Pontifícia Univ. Gregoriana Roma

Santo do Dia! 28.03.2011


São Guntrano

28 de Março




São GuntranoGuntrano teve muitos descaminhos, muitas opções erradas. Teve muitas mulheres e muitos filhos. Como todo ser humano buscou a felicidade, porém, em lugares errados.

Um homem social, político e de grande influência, mas com o coração inquieto e desejoso de algo maior.

Deu toda sua herança para um sobrinho e se decidiu a viver uma radicalidade cristã, ou seja, viver o chamado à santidade.

Então, Guntrano passou a ouvir a Palavra de Deus e a acolher os conselhos dos bispos. Governou na justiça, a partir dos bons conselhos recebidos. Viveu a renúncia de si mesmo para abraçar a cruz e fazer a vontade de Deus.

Faleceu com 68 anos, depois de consumir-se no amor a Deus e aos irmãos, sendo cristão na sociedade.

São Guntrano, rogai por nós!


Homilia Diária - 28/03/2011 - "É preciso ter o coração aberto para receber os milagres"

Estamos na Cidade de Nazaré, o berço onde Jesus foi criado pelos seus pais. E então como fizeram em outros lugares, pôs-se a falar aos homens da cidade na sinagoga. Apesar de maravilhados com as palavras de Jesus, esses homens não receberam a graça dos milagres de Jesus em suas vidas. Não tinham o coração aberto para receberem tais milagres, e por isso ficaram bastante furiosos quando Jesus afirmou baseado em duas passagens do Antigo Testamento, que a graça vem para aqueles que abrem o coração ao novo, à Boa Nova.
Jesus havia crescido, evoluído em corpo, alma e divindade durante os anos em que passou afastado da sua cidade. E como é revoltante quando queremos trazer algo novo para as pessoas que cresceram conosco, e elas não nos dão credibilidade. A vontade que dá é de fazer o que Jesus fez: denunciar a falta de abertura daquelas pessoas, e seguir o caminho para outro lugar.
Acredito que seja essa a tua sensação diante dos teus, quando retornando a sua casa, sua rua, bairro, cidade. O seu marido, esposa, filhos, familiares e muitos de seus vizinhos, ou colegas do trabalho que acham que já lhe conhecem e por isso nada você tem para lhes ensinar, nem prestam muita atenção ao que você diz. Eles acham que você não vai ter muito o que acrescentar às suas vidas. E no fim das contas parece ser isso mesmo, uma sensação de superioridade em relação à você, que pode até ter crescido em tamanho, mas que não pode ter se desenvolvido tanto como pessoa. É como se fosse vergonhoso aprender ou receber alguma coisa de alguém que você considera igual ou “menor” que você.
Queremos fazer sucesso no ambiente em que as pessoas nos acolhem e nos admiram, porém nem sempre somos acolhidos e admirados porque seguimos os ensinamentos de Deus. Para todos nós é difícil evangelizar às pessoas no lugar aonde todos nos conhecem. Assim aconteceu com Elias: num tempo de seca e fome, beneficiou uma mulher estrangeira, da terra dos sidônios. O mesmo sucedeu com Eliseu: curou da lepra um general sírio, ao passo que, em Israel, essa doença vitimava muitas pessoas.
A conclusão de Jesus foi clara: já que o povo de sua cidade insistia em não lhe dar atenção, ele sentiu-se obrigado a ir em busca de quem estivesse disposto a acolhê-lo. Aos duros de coração, no entanto, só restava o castigo. Às vezes não fazemos sucesso onde queríamos, mas o Senhor nos envia a alguém a quem nem imaginamos, para que por nosso meio ela possa obter cura e libertação. Por isso, como Jesus insista no anúncio, na cura e na libertação dos seus!
Por outro lado é para mim e para ti esta palavra. Você acompanhou o crescimento de algum sobrinho, irmão ou primo mais novo? Você não tem a sensação de que conhece tudo ou quase tudo daquela pessoa? Engano seu.
Por isso, a lição de hoje é: não se ache superior a ninguém. Esteja aberto a novas possibilidades. Não é motivo de vergonha aprender ou receber algo de uma pessoa que você considere menos experiente. Alías não há nenhum pobre que não tenha nada a dar e também não há nenhum rico que não tenha nada a receber. Precisamos uns dos outros e aprender uns dos outros.
A reação dos habitantes de Nazaré, diante da pregação de Jesus, foi de aberta rejeição. Foi tal o desprezo pelas palavras do Mestre, que eles decidiram eliminá-lo lançando-o de um precipício.
É possível imaginar a decepção de Jesus, diante da rejeição de seus conterrâneos. Ele tentou compreender a situação, rememorando as experiências de profetas do passado que, rejeitados por seu povo, foram bem acolhidos pelos estrangeiros.
Longe de mim e de ti seguir o exemplo do povo de Nazaré. Jesus quer encontrar, em nós, abertura para acolhê-lo e disponibilidade para converter-nos. Ninguém é obrigado a aceitar este convite. Entretanto, fechar-se para Jesus significa recusar a proposta da vida, de salvação que Ele, em nome do Pai, veio nos trazer.
Pai, que eu saiba acolher Jesus e reconhecê-lo como de Filho de Deus, de modo a tornar-me beneficiário de seu ministério messiânico.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Blog do Padre Bantu

Urge dizer sim ao bem e não ao mal, diz o Papa em visita às fossas onde ocorreu um massacre nazista

VATICANO, 28 Mar. 11 (ACI/EWTN Noticias) .- Em sua visita na manhã de ontem às Fossas Adreatinas em Roma onde estão sepultadas 335 pessoas massacradas pelos nazistas em 24 de março de 1944, o Papa Bento XVI assinalou que urge dizer sim ao bem e não ao mal para viver como filhos de Deus.

Conforme informa a Rádio Vaticano, em sua visita depois do convite da "Associação Nacional das Famílias Italianas dos Mártires caídos pela liberdade da Pátria", o Papa citou umas palavras escritas em uma parede de uma cela de tortura escritas por um desconhecido: "Acredito em Deus e na Itália, acredito na ressurreição dos mártires e dos heróis, acredito no renascer da pátria e na liberdade do povo".

Esta entrevista, disse, "demonstra que o espírito humano fica livre até nas condições mais duras" e "afirma a primazia da fé, como manancial de confiança e esperança para esta nação e seu futuro".

O Santo Padre ressaltou que "o que ocorreu aqui no dia 24 de março de 1944 é uma ofensa muito grave a Deus, porque é violência deliberada do homem contra o homem. É o efeito mais execrável da guerra, de toda guerra, enquanto que Deus é vida, paz e comunhão".

"Como meus predecessores, venho aqui a rezar e renovar a memória. A invocar a divina Misericórdia, a única que pode preencher os vazios, as voragens abertas pelos homens quando, empurrados pela cega violência, renegam sua dignidade de filhos de Deus e irmãos entre eles. Eu também, como Bispo de Roma, cidade consagrada pelo sangue dos mártires do Evangelho do Amor, devo render homenagem a estes irmãos, assassinados a pouca distância das antigas catacumbas".

Seguidamente o Santo Padre afirmou que "outro testemunho que me impactou é o que se encontrou justo aqui, nas Fossas Ardeatinas. Uma folha de papel em que uma vítima escreveu: Deus meu Pai grande, rogamos-lhe que possa proteger aos judeus das bárbaras perseguições. 1 Pai Nosso, 10 Ave Marias, 1 Glória ao Pai'".

"Naquele momento tão trágico e desumano, no coração dessa pessoa surgiu a invocação mais alta: Deus meu Pai grande Pai de todos!"

"No nome Pai está a garantia segura da esperança, a possibilidade de um futuro distinto, livre de ódios e vinganças, um futuro de liberdade e de fraternidade, para Roma, a Itália, Europa, o mundo. Sim, em qualquer parte, em cada continente, a qualquer povo pertença, o homem é filho daquele Pai que está nos céus. É irmão de todos na humanidade. Demonstram-no, infelizmente, também as Fossas Adreatinas".

"É preciso querê-lo, é preciso dizer 'sim' ao bem e 'não' ao mal. É necessário acreditar no Deus do amor e da vida. E rechaçar toda outra falsa imagem divina, que trai seu santo Nome e, portanto, trai ao homem, feito à sua imagem".

Finalmente o Papa indicou que "neste lugar, doloroso memorial do mal mais horrendo, a resposta mais verdadeira é a de tomar-se da mão, como irmãos e dizer: nosso pai, nós acreditamos em Ti e com a força de seu amor queremos caminhar juntos, em paz, em Roma, na Itália, na Europa e no mundo inteiro. Amém".

Depois de uma homenagem floral ante a lápide que recorda a matança, o Santo Padre entrou no Sacrário e de joelhos se deteve em oração ante as tumbas. Logo o Rabino Chefe de Roma rezou em hebreu o Salmo 129 "De profundis" e o Papa o Salmo 23, "O Bom Pastor", assim como a seguinte oração:

"OH Deus, Padre misericordioso, agradecemos-lhe por haver dado a seu Filho Jesus, Pastor Bom, que deu sua vida por nós.
Com sua morte e ressurreição Ele nos liberou da escravidão do pecado e nos abriu a passagem à vida eterna.
Rogamos-lhe por nossos irmãos que neste lugar foram assassinados sem piedade:
concedei-lhes que gozem por sempre da luz e da paz de seu Reino.
Rogamos-lhe isso por Cristo nosso Senhor.
Amém".

Ao concluir sua visita o Papa assinou no Livro de visitas e escreveu em latim "Nenhum mal temerei, pois estás junto a mim", frase tirada do Salmo 23. Bento XVI é o terceiro Papa que visita as Fossas Ardeatinas. O Servo de Deus Paulo VI esteve em 12 de setembro de1965 e o Venerável Juan Paulo II no dia 21 março de 1982.

Mensagem do Dia

"Quando se passa diante de uma imagem de Nossa Senhora deve-se dizer: Eu a saúdo, ó Maria. E cumprimente Jesus por mim." (Padre Pio de Pietrelcina)

domingo, 27 de março de 2011

Jesus me amparou (padre Léo)

Repostagem das formações em áudio.

Caros irmãos e irmãs combatentes,

Atendendo a algumas solicitações de irmãos que encontramos neste fim de semana, estou repostando as formações ligadas ao tema da Providência. Foram 4 pregações, mas infelizmente apenas gravamos duas delas, que tem seus links abaixo disponibilizados para donwload.

Que Deus possa tornar o nosso coração sempre mais dependente de sua providência, pela intercessão de Maria, nossa mãe.

Nossa Senhora Mãe da Providência, rogai por nós.

os links são:

http://VivendodaProvidencia.4shared.com

http://BuscaiemprimeirolugaroReino.4shared.com

Unidos em Cristo e na sua Igreja.

Christian Moreira

Por que não consigo ouvir a Deus?

III DOMINGO DA QUARESMA - Liturgia da Palavra: Uma fonte de água que jorra para a vida eterna

Bento XVI: “Se tu conhecesses o dom de Deus” Reflexão sobre a samaritana no Ângelus de hoje

CIDADE DO VATICANO, domingo, 27 de março de 2010 (ZENIT.org) - Apresentamos as palavras que Bento XVI pronunciou hoje, antes de rezar o Ângelus com milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.
* * *
Queridos irmãos e irmãs:O terceiro domingo da Quaresma é caracterizado pelo famoso diálogo entre Jesus e a mulher samaritana, narrado pelo evangelista João. A mulher ia todo dia tirar água de um poço antigo, que remonta ao patriarca Jacó, e nesse dia ela encontrou Jesus, sentado, "cansado do caminho" (João 4, 6). Santo Agostinho comenta: "Há uma razão para o cansaço de Jesus (...). A força de Cristo te criou; a fraqueza de Cristo te regenerou (...). Com sua força nos criou, com sua fraqueza veio nos buscar" (‘In Ioannis Evangelium', 15, 2). O cansaço de Jesus, sinal da sua verdadeira humanidade, pode ser visto como um prelúdio à sua Paixão, com a qual Ele levou a cumprimento a obra da nossa redenção. Em particular, no encontro com a samaritana, junto ao poço, surge o tema da "sede" de Cristo, que culmina com o grito na cruz: "Tenho sede" (Jo 19, 28). Certamente, esta sede, como o cansaço, tem um fundamento físico. Mas Jesus, continua dizendo Agostinho, "tinha sede da fé daquela mulher" (‘In Ioannis Evangelium', 15, 11), assim como da fé de todos nós. Deus Pai o enviou para saciar a nossa sede de vida eterna, dando-nos o seu amor, mas, para oferecer-nos este dom, Jesus pede a nossa fé. A onipotência do Amor respeita sempre a liberdade do homem; toca o seu coração e espera pacientemente pela sua resposta.
No encontro com a samaritana, destaca-se, em primeiro lugar, o símbolo da água, que faz referência clara ao sacramento do Batismo, fonte de vida nova para a fé na Graça de Deus. Este Evangelho, de fato, como recordei na catequese da Quarta-Feira de Cinzas, faz parte do antigo caminho de preparação dos catecúmenos para a iniciação cristã, que tinha lugar na grande Vigília da noite da Páscoa. "Quem beber da água que eu lhe darei - diz Jesus -, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna" (João 4,14). Esta água representa o Espírito Santo, o "dom" por excelência que Jesus veio trazer da parte Deus Pai. Quem renasce na água e no Espírito Santo, ou seja, no Batismo, entra em uma relação real com Deus, uma relação filial, e pode adorá-lo "em espírito e em verdade" (Jo 4, 23.24), como continua revelando Jesus à mulher samaritana. Graças ao encontro com Jesus Cristo e ao dom do Espírito Santo, a fé do homem chega ao seu cumprimento, como resposta à plenitude da revelação de Deus.
Cada um de nós pode colocar-se no lugar da mulher samaritana: Jesus espera por nós, especialmente neste tempo quaresmal, para falar ao nosso coração, ao meu coração. Detenhamo-nos, em um momento em silêncio, em nosso quarto, em uma igreja ou em outro lugar retirado. Escutemos sua voz, que nos diz: "Se tu conhecesses o dom de Deus...". Que a Virgem Maria nos ajude a não perder esta oportunidade, que qual depende a nossa autêntica felicidade.
[Tradução: Aline Banchieri.
©Libreria Editrice Vaticana]

Redefinir o matrimônio Continuam as pressões para permitir o casamento homossexual Por John Flynn, L.C.

ROMA, domingo, 27 de março de 2011 (ZENIT.org) - A pressão por legalizar os casamentos do mesmo sexo continua, enquanto as organizações interessadas tentam convencer os legisladores de que o casamento é algo que se pode redefinir para se adaptar às últimas tendências sociais.
Na Irlanda, a coalizão de governo do ‘Fine Gael' e dos Partidos Trabalhistas, recentemente eleita, acaba de publicar sua lista de propostas políticas.
Segundo o pró-família ‘Iona Institute' irlandês, o partido de mais maior orientação liberal tenta deixar suas marcas nos temas da família.

O programa afirma que o governo vai analisar o tema do casamento homossexual, indica o instituto em sua página na internet. Também diz que a lei de pares civil será mudada para enfrentar as anomalias ou omissões. Segundo o ‘Iona Institute', isso poderia dar aos pares do mesmo sexo os mesmos direitos dos casais casados.

Além disso, o programa afirma que será dado reconhecimento legal aos transexuais e que eles terão a proteção de leis de igualdade.

Pouco antes de que se divulgasse o programa, os bispos irlandeses animaram o parlamento a defender a família. As políticas públicas devem apoiar o bem comum, afirmaram em uma declaração de 3 de março, após um encontro de todos os bispos irlandeses.

Alcançar isso exige reforças a família, baseada no casamento entre um homem e uma mulher, acrescentam.

Sem defesa

Nos EUA, o casamento homossexual tem chegado com muita frequência às manchetes de jornais. No mês passado, o promotor geral Eric H. Holder Jr anunciou que a administração Obama não continuaria defendendo nos tribunais os processos contra a Lei de Defesa do Matrimônio (DOMA), que limita o casamento aos casais heterossexuais.

O ‘New York Times' observou no dia 24 de fevereiro que o presidente Obama e Holder consideram agora que a lei é inconstitucional.

"Nossa nação e nosso governo têm o dever de reconhecer e proteger o casamento, não o de interferir nele nem redefini-lo, nem o de caricaturizar as profundas crenças de tantos cidadãos como ‘discriminação'", protestava em uma declaração de 3 de março o arcebispo de Nova York, Dom Timothy Dolan, presidente da Conferência Episcopal dos EUA.

Dom Dolan reafirmou que o casamento baseado em um homem e uma mulher é o cimento da sociedade e que, historicamente, os governos o protegeram, por sua contribuição para o bem comum.

Ele está de acordo em que a discriminação é injusta e má. No entanto, não é injusto defender uma lei que busca proteger o significado do matrimônio. Nem é discriminação afirmar que uma criança será melhor criada tendo um pai e uma mãe e que o Estado tem interesse em assegurar isso, acrescentou.

"Ter leis que afirmem a importância vital das mães e dos pais - leis que respaldem, em vez de minar, o ideal de que as crianças devem ser criadas por sua própria mãe e por seu próprio pai - é essencial para qualquer sociedade justa", afirmou Dom Dolan.

Ainda que continuem os processos contra a DOMA nos tribunais federais, continua o debate no âmbito estatal.

Em Rhode Island, no dia 10 de março, centenas de pessoas foram a uma sessão do senado sobre o tema do casamento homossexual. Os que estão a favor e os que estão contra apresentaram seus argumentos aos membros do Comitê Judicial do Senado, informou no dia 11 de março o ‘Providence Journal'.

Dom Thomas J. Tobin, bispo de Providence, é um dos opositores da medida de reconhecer o casamento homossexual. Em uma declaração de 7 de janeiro, ele adverte que legalizar o casamento para os homossexuais vai em detrimento do bem-estar do Estado.

Maryland também tem estado no centro do debate. No início do ano, o senado local aprovou uma lei que legaliza o casamento homossexual. O governador Martin O'Malley declarou que assinaria a lei se ela fosse aprovada na câmara baixa. Mas nesta instância a lei não teve apoio suficiente para sua aprovação e ficou sem ser votada.

Mudança drástica

Os três bispos católicos de Maryland se mostraram muito ativos em sua campanha contra a medida de legalizar o casamento homossexual.

"A introdução de uma legislação que redefina o casamento em nosso estado deveria ser reconhecida como aquilo que é - uma proposta de mudança drástica de uma instituição social que deriva de nossa natureza humana como homens e como mulheres", declararam o cardeal Donald Wuerl, de Washington, o arcebispo Edwin O'Brien, de Baltimore, e o bispo Francis Malooly, de Wilmington, em uma nota de 8 de fevereiro.

"Nosso objetivo como sociedade deveria ser que o matrimônio se consolide, não desmontá-lo em seu conjunto, especialmente quando os efeitos da deterioração do matrimônio são tão evidentes", afirmaram.

O cardeal Wuerl assinalou o perigo de redefinir o significado do casamento em um artigo de 13 de março no ‘National Catholic Register'.

Ao longo da história humana, o casamento foi entendido como o compromisso de um homem e uma mulher em uma comunidade de vida, tanto para seu apoio mútuo como para gerar e educar os filhos, explica.

Ele advertiu que esvaziar o casamento de seu significado com fins políticos ou em resposta a alguns grupos de pressão é um grande erro.

Poligamia e poliamor

O medo de que introduzir o casamento homossexual conduza a legalizar outras formas de união não é exagerado.
No Canadá, onde o casamento homossexual foi legalizado em 2005, está-se desenvolvendo um processo legal na Columbia Britânica para decidir se se legaliza a poligamia.

Não é a única variação de casamento que se propõe. No ano passado, o ‘Boston Globe' publicou dois artigos suspeitando das vantagens do poliamor, que é a prática de ter uma relação íntima com mais de uma pessoa por vez, com o consentimento de todos os implicados.

Hoje, quanto ao casamento, não há nada firme, após as mudanças no divórcio, na adoção e na tecnologia reprodutiva.

É verdade que o casamento e a família se desestabilizaram de modo grave nas últimas décadas, mas não parece ser uma boa razão para debilitar ainda mais uma instituição já tão debilitada.

O casamento é bom para você, proclama um estudo recente. Melhora a saúde física dos homens e o bem-estar mental das mulheres e dá como resultado uma vida mais longa e satisfatória, informou no dia 28 de janeiro o jornal ‘Independent'.

São as conclusões de um estudo realizado pelos doutores John Gallacher e David Gallacher, da Faculdade de Medicina da Universidade de Cardiff, que pesquisaram a questão do bem das relações para a saúde.

Trata-se de mais um dos incontáveis estudos de que demonstram que as famílias baseadas no casamento entre um homem e uma mulher dão uma contribuição vital para os indivíduos e a sociedade. Uma boa razão para que o Estado as apoie.

Jesus e a samaritana Artigo de Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro

RIO DE JANEIRO, domingo, 27 de março de 2011 (ZENIT.org) - Apresentamos artigo do arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, divulgado nesse sábado à imprensa, intitulado ‘Jesus e a samaritana'.
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Durante estes dias da Quaresma, o nosso itinerário batismal tem neste domingo um sinal claríssimo sobre o sinal da Água e a importância do encontro com Jesus, o Cristo. Neste ano, de maneira especial aparece este sinal, que nos ajuda a caminhar para a renovação das promessas batismais na vigília pascal.
Este domingo, chamado da "samaritana", é o terceiro Domingo da Quaresma (cf.Jo 4,5-42). A hostilidade entre judeus e samaritanos conhecemos por outros episódios, como, por exemplo, o caso do chamado "bom samaritano". As relações entre judeus e samaritanos eram de hostilidade constante e a Samaria era considerada território impuro para o ambiente judaico, de modo que não se deveria cruzá-la durante os percursos das viagens.
Jesus quis passar pela Samaria como uma necessidade salvífica, teológica, porque nas suas intenções (que são aquelas do Pai), tinha a vontade de que também aquele povo, como todos os outros existentes, entrassem na ordem da salvação, tornando-se destinatário do anúncio do Reino e da vida nova trazida pelo Cristo.
A objeção dessa mulher: "Tu que és um judeu pedes de beber a uma mulher samaritana?" dá oportunidade a Jesus para anunciar o amor infinito de Deus, a universalidade da salvação e para comunicar a nova dimensão da vida, que agora está totalmente renovada e foi estabelecida com o Reino para todos os povos e indivíduos, homens e mulheres. Superam-se as barreiras, as restrições e as divisões étnicas e raciais.
A água tornou-se a motivação do anúncio. Vemos os vários episódios sobre ela como um símbolo e um "lugar" de salvação e novidade de vida. Recordemos isso como em Meriba, quando o povo de Israel, nômade no deserto, vê a água jorrar da rocha para saciar o povo. Também a vemos no dilúvio, quando a água é destrutiva da raça humana, que deu a oportunidade de Deus mostrar a sua misericórdia para com o homem e o mundo na restauração completa da humanidade. O grande sinal desse tempo no êxodo foi a passagem do Mar Vermelho, quando as águas foram divididas para o povo de Deus passar para o outro lado e depois se fecharam sobre os egípcios. Quando a lança do soldado atingiu o lado de Jesus no alto da cruz, saiu água e sangue: o sinal do Batismo e da Eucaristia.
É dessa mesma água de vida eterna que Jesus está falando com a mulher samaritana no poço de Jacó. Ele deixa claro que a água viva é o próprio Cristo, dom do Pai à humanidade, e que acolhendo-O se obtém a salvação e a vida plena, não importa se samaritanos, ou judeus, palestinos, gregos ou outros. Como a água que sacia todos os homens, e todos estão prontos para usá-la quando estão sob o domínio da sede, assim o Cristo sacia toda a humanidade, reconciliando-a com o Pai, para tornar-se referência vital e indispensável.
Jesus satisfaz a nossa fome e a nossa sede, e com a sua presença e o seu anúncio podemos ter a certeza de sermos exaltados e postos ao seu lado e perante o mundo. Foi o que saiu anunciando a Samaritana a todos.
Dessa água da vida e da salvação, todos nós precisamos! Saciar a sede na fonte, que é Cristo, é cultivar em nós mesmos o equilíbrio, a confiança, a constância de espírito, experimentando a salvação n'Ele.
Ao comentar a liturgia do terceiro domingo deste tempo favorável, o Papa Bento XVI ensina que: "O pedido de Jesus à Samaritana - ‘Dá-me de beber' (Jo 4, 7) -, que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da ‘água a jorrar para a vida eterna' (v. 14): é o dom do Espírito Santo, que faz dos cristãos ‘verdadeiros adoradores' capazes de rezar ao Pai ‘em espírito e verdade' (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, ‘enquanto não repousar em Deus', segundo as célebres palavras de Santo Agostinho".
Depois do anúncio da samaritana, todos os que chegaram até Jesus, devido ao seu testemunho, foram unânimes em dizer: nós mesmos vimos e sabemos que Ele é o Cristo!
A experiência do cristão, que renasce no batismo e se torna discípulo de Jesus, será ainda maior quando os que ele encontrar pela vida ou que evangelizar disserem a mesma coisa, ou seja, que o testemunho foi o início, mas, agora, amadureceram e se encontraram com o Cristo vivo. Assim, a nossa missão leva as pessoas ao aprofundamento da fé e ao encontro com Jesus, multiplicando os discípulos missionários.