sexta-feira, 29 de julho de 2011

Mais da metade dos brasileiros são contra união gay, revela pesquisa do Ibope

Uma pesquisa do Ibope Inteligência divulgada hoje, 28 de julho, mostra que 55% dos brasileiros são contrários à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu como família a união civil entre pessoas do mesmo sexo.

O estudo, realizado entre os dias 14 e 18 de julho, identifica que as pessoas menos incomodadas com o tema são as mulheres, os mais jovens, os mais escolarizados e as classes mais altas. 

Sobre a decisão do STF, 63% dos homens e 48% das mulheres são contra. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 60% são favoráveis, enquanto 73% dos maiores de 50 anos são contrários.

Considerando a escolaridade, 68% das pessoas com a quarta série do fundamental são contra a decisão, enquanto apenas 40% da população com nível superior compartilha a opinião.

Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, 60% são contra. Já no Sul a proporção cai para 54% e, no Sudeste, 51%.

Questionados se aprovam a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, a proporção de pessoas contrárias é a mesma dos que não querem a união gay: 55%.

Apesar da maioria contrária à união gay, a pesquisa revela que o brasileiro, de modo geral, é tolerante com homossexuais em seu cotidiano. Perguntados se se afastariam de um amigo caso ele revelasse ser homossexual, 73% disseram que não. A maioria também aprova totalmente que gays trabalhem no serviço público como policiais (59%), professores (61%) ou médicos (67%).

"Os dados mostram que, de uma maneira geral, o brasileiro não tem restrições em lidar com homossexuais no seu dia a dia, tais como profissionais ou amigos que se assumam homossexuais. Mas se mostra resistente a medidas que possam denotar algum tipo de apoio da sociedade a essa questão, como o caso da institucionalização da união estável ou o direto à adoção de crianças", afirma Laure Castelnau, diretora do Ibope Inteligência.

A pesquisa ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos em 142 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Veja na íntegra os resultados da pesquisa União Estável entre Homossexuais.

Publicado pelo jornal Folha de São Paulo.
São Paulo, 28 de julho de 2011

França: Jovem religiosa defende o uso público do hábito desafiando a Cristofobia.


Luis Dufaur
A Irmã Ana Verônica, oblata de São Francisco de Sales em Paris (Foto abaixo), foi convocada juntamente com vários outros professores de Filosofia ao Liceu Carnot, da capital francesa. O objetivo da reunião era combinar a correção de muitas provas da matéria que tinham ficado sem corrigir no fim do ano escolar.
Ela se apresentou como de costume: com o hábito completo do instituto religioso a que pertence.
Sua presença foi pretexto para um rebuliço. Professores laicistas e socialistas exigiram das autoridades do Liceu a expulsão da religiosa. Pretextavam que ela ofendia a laicidade e, de forma caricata e ofensiva, compararam seu hábito com o véu islâmico.
As autoridades nada fizeram, pois sabiam que o procedimento da religiosa era irrepreensível do ponto de vista legal.
Os professores laicistas exigiram que ela tirasse o hábito. “V. poderia ser mais discreta!”, desabafou uma professora laicista.
- “Eu não posso fazer melhor nem pior. Eu devo levá-lo”, respondeu a jovem religiosa.
Os jornais fizeram estardalhaço com o fato e o secretariado geral do ensino católico exigiu que a irmã Ana Verônica desse prova de “juízo” e comparecesse usando roupas civis.
Com tom sereno e respeitoso, mas firme, a freira respondeu a seus detratores em carta publicada pelo jornal parisiense “La Croix”, de 13-07-2011:
Nós repetimos claramente que jamais tiraremos nosso hábito. …
“Um hábito religioso é o sinal da resposta a um chamado para se consagrar a Deus, que nem todos os batizados recebem.
“Desde 8 de setembro de 2004, data de minha entrada na vida religiosa, minha vida mudou muito e o hábito não é mais que a expressão visível disso.
“Comparecer agora de outra maneira, sem o hábito religioso, é uma coisa impossível para mim, pois eu não uso mais outros vestidos que não sejam os de minha consagração religiosa.
“Eu não sou religiosa por horas.
“Fazemos a profissão para viver seguindo Cristo até a morte.
“Esta consagração religiosa inclui todas as dimensões de nosso ser: corpo, coração, alma e espírito.
“O jovem homem rico do Evangelho recuou diante do apelo de Jesus para segui-Lo, quando Ele posou seu olhar sobre ele.
Religiosas em procissão na Polônia
“Isso significa que a decisão de se consagrar a Deus não é fácil de tomar. Ela pressupõe certas renúncias…
O hábito religioso é sinal desse fato. Ele pode, portanto, ser um sinal de contradição. Nós sabemos que nosso hábito não deixa indiferentes as pessoas. Ele é um testemunho da presença de Deus.
Por meio dele nós relembramos, de modo silencioso mas eloqüente, que Deus existe neste mundo que se obstina a não querer pensar nem sequer na possibilidade da transcendência divina.
“Mas, Jesus nos diz no Evangelho que o servidor não é maior que seu mestre. Vós conheceis a continuação? “Se eles me perseguiram, eles vos perseguirão também” (Jn 15, 20).
E Jesus acrescentou: “As pessoas vos tratarão assim por causa de Mim, porque eles não conhecem Aquele que me enviou” (Jn 15, 21).
A carta da corajosa irmã Ana Verônica causa viva impressão na França.
No Brasil, o PNDH-3 pretende banir os símbolos religiosos dos locais públicos e instalar um laicismo – na realidade, um anti-catolicismo mal disfarçado – como o francês. Para atingir sua finalidade extremada, não poderá deixar de tentar proibir as próprias vestes talares dos religiosos e das religiosas.

Holanda: Freira chamada de “Irmã 2.0″ faz “sucesso” na internet com jovens.

A internet pode ser uma ponte entre a igreja e os jovens, acredita a irmã Elvira Maria, das Carmelitas do Divino Coração de Jesus:
“Na Holanda, cada vez menos jovens frequentam a igreja. Embora eles tenham muitas perguntas sobre religião. Mas infelizmente, muitas paróquias e padres não estão abertos para os jovens. Isso acontece por falta de tempo ou porque pensam que eles não têm mesmo nenhum interesse. Os jovens então ficam isolados, mas via internet é possível se comunicar com eles.”
Messenger
A irmã Elvira Maria entrou na rede há dez anos, por curiosidade. Ela estava entre jovens que perguntaram: “Irmã, nós podemos conversar com a senhora pelo Messenger?” Na época, ela não sabia nada de computadores, mas aprendeu rápido: “Muitas pessoas faziam contato com perguntas sobre religião, sobre seus estudos, sobre seus relacionamentos. Elas podem falar sobre tudo. Quando perguntam alguma coisa, dou uma resposta sincera e isso é o que elas esperam.” Mesmo que tome tempo, ela responde a todos com carinho, diz a irmã.
Facebook
Com o tempo ela começou a gostar da atividade. Elvira Maria criou páginas em redes de relacionamento social como Facebook e Hyves (versão holandesa do Facebook) e também fez um site para o convento das carmelitas da cidade de Vogelenzang.
As outras freiras não estão todas online, mas acompanham suas atividades. Até a mais idosa, de 92 anos. “Quando um jovem tem dificuldades, elas dizem: mande lembranças nossas no e-mail e diga que vai estar nas nossas preces. As irmãs não estão diretamente online, mas seus corações sim.”
Missão
Os jovens com quem ela tem contato estão em vários lugares:
“Eu falo com todo mundo. Alguns da Alemanha, dos Estados Unidos, Irlanda, Bélgica. E da Holanda, claro, que é de onde vem a maioria. Não digo: ‘Os outros não podem’, mas a Holanda é realmente o país para esta missão. Poucos jovens frequentam a igreja. Mas muitos estão à procura de alguma religiosidade, alguma espiritualidade.”
A irmã também recebe muitos contatos de países como o Peru, mas para ela isso é difícil. “O problema é que eu não conheço a cultura de lá. É diferente de falar com pessoas que estão mais próximas. Não consigo me pôr no lugar de alguém de lá, e isso é importante quando se quer ajudar uma pessoa.”
Vocação
Como consequência de suas atividades na internet, duas jovens já se uniram ao convento. Mas este não é o principal objetivo: “Se eu quisesse apenas levar meninas para o convento e meninos para o seminário, não teria credibilidade. Minha motivação é ajudar. Mas se uma vocação se revela, é algo muito bonito.”
Não sem perigos
A internet também pode levar freiras para o ‘mau caminho’. “A internet não pode tomar conta da sua vida no convento”, alerta Elvira Maria. “As orações têm prioridade. Se você começa a visitar sites nos quais não tem nada que procurar, é porque não é fiel a sua própria vida e a Jesus. Aí coisas ruins podem acontecer.”
Curso
A irmã Elvira Maria também dá cursos. Recentemente ela esteve em Roma, a convite do Vaticano, para ensinar outras freiras como elas podem usar a internet. Por suas aventuras na rede, ela agora é conhecida como Irmã 2.0, ou Irmã Digital:
“Claro que dou risada disso. Na Itália, uma pessoa disse: ‘Irmã, vi que a senhora é chamada de guru da web.’ Uma vez fui apresentada num congresso como Irmã 2.0. O que posso fazer? Sou uma freira. Não sou alheia a estes temas, mas também não sou nenhuma especialista em computadores.”

Simulação e políticas pró-abortistas nos acordos da ONU sobre juventude

O texto abaixo foi publicado pela Aliança Internacional da Juventude (AIJ) que estiveram presentes ontem e hoje na Reunião de Alto Nível da ONU sobre Juventude. No encontro houve simulação, atitudes autoritárias por parte dos funcionários da ONU, acordos prévios com entidades pró-abortistas, a imposição arbitraria da ideologia de gênero e a exclusão da voz dos representantes da Asia, África e Latino América. O Centro Schuman faz parte da AIJ, a tradução ao português do texto é nossa.

Apesar de a recessão econômica ter aumentado de 11,9% para 13% a taxa de desemprego entre os jovens do mundo e de ter disparado a mais de 81 milhões a quantidade de desempregados, na Reunião de Alto Nível da ONU sobre a juventude, realizada em 25 e 26 de julho de 2011, os participantes preocuparam-se mais em impulsionar políticas pró-abortistas e a favor do homossexualismo, deixando de fora quaisquer opiniões de jovens procedentes de países africanos, asiáticos e da América Latina relativas à proteção da vida e da família.

Rafael Becerra González, presidente da Alianza Internacional de la Juventud, reconheceu que depois de dois dias de trabalho “os defensores dos direitos da humanidade, a ONU, traíram mais uma vez seus princípios, excluindo as vozes que se pronunciam a favor da vida desde sua concepção e pelo fortalecimento dos princípios da família. Só incorporaram às conclusões finais as propostas de grupos pró-aborto e pró-homossexuais, replicando a manipulação que levaram a cabo durante a reunião ocorrida em maio de 2010 na cidade de León Guanjuato, México”.

Rafael Becerra González disse que, em uma clara mostra de simulação, no discurso dos funcionários da ONU seguiu-se insistindo que o desemprego e a deficiência de educação são os maiores desafios que enfrentam os jovens no mundo e que urge diminuir a diferença entre demanda e oferta de emprego, embora eles não tenham tocado nesse assunto na reunião nem se preocupado em fazer acordos concretos para ajudar as economias das nações marginalizadas ou em vias de desenvolvimento. “Tudo se reduziu a legitimar um documento que já estava previamente combinado e que se relaciona estreitamente com o enfraquecimento do conceito de família tradicional e do fortalecimento das correntes pró-abortistas e pró-homossexuais”.

Os jovens atualmente enfrentamos uma constante violação de nossos direitos. A redução das matrículas nas instituições de ensino superior nega-nos a possibilidade de cursar uma faculdade e incorporarmo-nos ao mundo profissional. A forte concorrência no mercado de trabalho nos coloca à mercê do desemprego ou do subemprego: baixos salários, expectativas nulas de crescimento profissional e falta de direitos no trabalho.

O Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, declarou que quer que a ONU represente e seja o que se plasma na declaração Universal dos Direitos do Homem, e o que vemos agora é uma aliança reprovável com os antivalores, eis o que se vem propondo como imposição desde a Conferência Mundial da Juventude, em 2010, celebrada em León Guanajuato.

Na citada reunião, a manipulação da Conferência esteve voltada para uma agenda contra a integridade da família e a vida das crianças por nascer. A própria configuração dessa conferência, viciada desde a origem, estava planejando deixar os jovens como meros espectadores, sem voz nem vez, enquanto os acordos cupulares eram apresentados como fruto do diálogo e das inquietudes daquela juventude contratada e hospedada nos melhores hotéis pela mesma ONU.

A ONU declarou o ano de 2010 como o Ano Internacional da Juventude. A última em vez que isso foi celebrado foi em 1985, há 26 anos. Em agosto de 2010, a Cidade de León, Guanajuato, no México, foi sede da Conferência Mundial da Juventude (CMJ), um espaço de reunião de representantes de governo, legisladores e de organismos da sociedade civil. A promessa era identificar prioridades de ação com relação à juventude para que fossem apresentadas na agenda internacional do desenvolvimento mais além das Metas do Milênio.

Os principais compromissos da Conferência Mundial da Juventude de 2010 foram:

1) Criação de linhas de ação global para a atenção à juventude,
2) Governos e Organizações Civis de todo o mundo trabalhando por alcançar essas ações,
3) Jovens recebendo atenção com base nesta agenda mundial,
4) Consensuar uma declaração de prioridades de ação para as políticas de juventude e desenvolvimento, a ser apresentada na Assembléia Geral da ONU,
5) Favorecer o diálogo entre organizações da sociedade civil e os governos sobre políticas de juventude e desenvolvimento,
6) Publicação de uma declaração final da World Youth Conference 2010,
7) Compartilhar experiências e conhecimentos sobre diagnósticos, políticas, estratégias e programas sobre juventude e desenvolvimento.

Durante a Conferência Mundial da Juventude, os assistentes de maneira geral manifestaram que houve uma enorme desorganização, mas ao ver os resultados somos levados a pensar que, na realidade, todas essas circunstâncias obedecem a uma estratégia muito bem planejada de manipulação e de controle, dirigida a que o documento oficial de conclusões seja o que a ONU já tinha originalmente concebido.

Para a maioria dos que assistiram à Conferência Mundial da Juventude, os resultados não representaram a opinião da juventude do mundo. Foram privilegiados os grupos pró-abortivos, pró-homossexuais, pró-leis liberais, e excluíram-se os que opinam diferente, os que defendem a vida e a família. A Conferência representa um engodo e uma manipulação para os jovens, para o governo do México e para o mundo. 

Os “defensores dos direitos e da humanidade”, a ONU, discriminaram as contribuições de países africanos, asiáticos e latino-americanos.

Somos a maior geração de jovens da história do mundo, estamos aqui para dar testemunho e para que se escreva na história que os jovens queremos e trabalhamos por um mundo melhor, mais humano, mais competitivo, mas sobretudo mais integrado e mais unido. Somos os jovens que organizamos o fórum “Dilo Bien México 2010” com a presença de mais de 2.600 jovens de diferentes partes do mundo, que surge como uma proposta específica de que a voz juvenil seja escutada e que diga bem as coisas.

Um dos resultados do “Dilo Bien” é a Aliança Internacional da Juventude (Alianza Internacional de la Juventud) para falar dos temas que interessam à juventude, sem medo de dizer o que cremos e queremos. Nós apostamos na família, nos valores, na educação de qualidade, no estímulo ao emprego e à segurança, mas principalmente na defesa da vida.

Um de nossos objetivos ao estar aqui em Nova York é apresentar o livro “Dilo bien: a historia de los jóvenes que se enfrentaran a la ONU” - que encontrou grande aceitação entre líderes juvenis de diferentes países - a fim de que as opiniões dos jovens sejam tomadas em conta e incorporadas na criação das leis e políticas públicas.

Expressamo-nos mediante manifestações públicas, para nos fazer escutar, ser respeitados e não perseguidos por nossos valores e ideais. E continuaremos a fazê-lo até conseguirmos que os direitos humanos à vida e à família sejam respeitados.

Nossa postura como Aliança Internacional da Juventude é muito clara: as conclusões da Conferência Mundial da Juventude não podem servir de referência para que parlamentares de nenhum país do mundo gerem leis e normas que rejam os povos! Viemos exigir que a voz dos jovens seja levada em conta, que se respeite a vida e a família, mas sobretudo que se fortaleça a família: só assim poderemos fortalecer os jovens, e isso é o que viemos dizer hoje.

26. 07. 2011.

18º DOMINGO DO TEMPO COMUM – A Liturgia da Palavra: "Dai-lhes vós mesmos de comer"

Por Dom Emanuele Bargellini, Prior do Mosteiro da Transfiguração



Dai-lhes vós mesmos de comer
Leituras: Is 55, 1-3; Rm 8, 35-37.39; Mt 14, 13-21
Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes” (Mt 14, 14).
Eis que o reino de Deus, semente espalhada com generosidade em todo tipo de terreno, boa semente no meio do joio, pequeno grão de mostarda das potencialidades inesperadas, tesouro escondido no campo a ser procurado com discernimento vigilante e perseverança, vem à luz e se manifesta em toda sua energia vital em Jesus, que não mostra potência, mas se enche de compaixão ao ver o povo que o está procurando com tamanha insistência (Mt 14, 14).
O povo que procura por Jesus e o segue, vagando como ovelhas sem pastor, faminto da sua palavra e da esperança por ele suscitada, impele Jesus a sair de um cuidado prudente para consigo mesmo e para com seus queridos discípulos.
Para si e para eles tinha procurado um lugar deserto e afastado, para se subtrair à pressão do poder prepotente - manifestado na morte violenta de João pelas mãos de Herodes - e por um pouco de descanso, depois da fatigosa missão dos doze (Mt 14, 3; Mc 6, 31-32).
Escolha razoável, “mas, ao ver...”. O que Jesus vê o impele a sair do próprio cuidado, para encontrar e assumir sobre si mesmo o outro, o povo sofrido. Ele escreve na sua pele o ensino que vai transmitir aos discípulos, como condição essencial para tornar-se seu discípulo: “Aquele que acha a sua vida, a perderá, mas quem perde a sua vida por causa de mim, a acha” (Mt 10, 39). “Vinde a mim, todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo, e vos darei descanso” (Mt 11, 28).
Mais uma vez, na atitude compassiva e solidária de Jesus se manifesta o coração do Pai, desde sempre atento em ver a miséria, em ouvir o grito dos sofridos, e a intervir para abrir novos caminhos em favor deles (cf. Ex 3, 7-8). O Verbo de Deus, pelo qual tudo foi feito e no qual tudo tem consistência, continua a se fazer carne, a se esvaziar de poder, a assumir como própria a fraqueza de cada um, e a revelar assim a proximidade do Pai aos pequeninos (cf. Jo 1, 14. 18).
Nele, o céu desce à terra e a terra encontra o céu, naquele admirável intercâmbio que faz Deus tornar-se homem e o homem participar da vida de Deus. O cuidado na cura dos doentes ilumina a missão de Jesus, colocando-o no caminho do “Servo do Senhor”, que leva sobre si nossos sofrimentos, carrega nossas dores e nos cura por suas feridas (cf. Is 53, 4-5). O reino de Deus, escondido no campo e na pequenez do grão de mostarda, se torna experiência de renascimento à vida feita pelos pobres e famintos. Hoje, assim como ontem. A Palavra eficaz de Jesus manifesta sua energia vital para com todos aqueles que a procuram e se abrem a ele com fé.
A mesma estrutura narrativa do evangelista nos revela este dinamismo.
O acontecimento da alimentação milagrosa da multidão feita por Jesus marca uma passagem decisiva no processo da auto-revelação de Jesus como messias e da sua ação messiânica.  A multiplicação dos pães é testemunhada por todos os evangelistas. Enquanto Lucas (9,10-17) e João (6,1-13) a narram como um episodio único, Mateus (Mt 14,13-21; 15,32-39) e Marcos (Mc 6,30-44; 8, 1-10) a relatam duas vezes, caracterizando cada narração com acentos diferentes. Os estudiosos do NT observam que, através desta estrutura literária, os evangelistas destacam a atualidade da ação de Jesus e da Palavra de Deus, que se exprime e atua em contextos diferentes da vida do povo.
Enquanto a primeira narração de Mateus evidencia a missão e a ação de Jesus em prol do povo de Israel, em cumprimento das promessas de Deus aos patriarcas e aos profetas, a segunda sublinha sua extensão em favor dos pagãos. Jesus é o enviado do Pai para todos, e para todos os tempos e situações culturais, raciais, religiosas. Uma lição que a comunidade dos discípulos apreendeu aos poucos e com grande fatiga, e não sem contradições, como nos atestam as mesmas narrações evangélicas, os Atos dos Apóstolos e a história da Igreja ao longo dos séculos.
O contexto literário comum às duas narrações da multiplicação dos pães é constituído pelo deserto, pela procura do caminho de Deus, pela fome física e espiritual do povo. Elementos simbólicos de alta ressonância para ouvintes e leitores do evangelho, familiarizados com acontecimentos bem conhecidos do Antigo Testamento: a saída de Israel do Egito, com a dura experiência do deserto e a intervenção extraordinária de Deus, que alimenta seu povo com o maná (Ex 16; Nm 11); a multiplicação do azeite e do pão por parte do profeta Eliseu em prol da viúva (2 Rs 4).
Jesus, com seu gesto de solidariedade, atua como o verdadeiro Moisés, o profeta de Deus. Realiza o plano de Deus e oferece o alimento escatológico, capaz não somente de saciar a fome do corpo, mas de doar a vida plena.
Ele mesmo tinha vivenciado a experiência do deserto no início da sua missão. Submetido às provações, não aceita o convite do diabo para recorrer aos milagres. Pelo contrário, reafirma, diferentemente do Israel do deserto, que o verdadeiro pão que sustenta no caminho da vida não é o que o homem pode providenciar para si mesmo, mas a palavra de Deus: “Não de só pão vive o homem mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4, 4).
Este é o mesmo caminho que Jesus indica aos discípulos, como destaca a grande reflexão do próprio Jesus sobre o pão, na sinagoga de Cafarnaum, referida por João (Jo 6, 22 - 71).
Os discípulos, porém, estão ainda longe das perspectivas do mestre. São homens muito razoáveis: pedem a Jesus que ele despeça o povo, pois as condições do lugar deserto e a hora do tempo sugerem que o melhor é que o povo seja mandado embora para que cada um providencie para si mesmo. “Jesus porém....” (Mt 14, 16) tem outros critérios: o da solidariedade com o povo e o da confiança no Pai. Ele convida os discípulos a entrar no seu mesmo horizonte e a tornarem-se colaboradores ativos da sua escolha tão diferente: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14, 16).
A resposta dos discípulos não pode que destacar a absoluta desproporção dos meios à disposição diante da enorme necessidade: “Só temos cinco pães e dois peixes” (14, 17). Ele, porém, os transforma em colaboradores confiantes e ativos, pela fé que brota silenciosamente dos seus corações.
A escolha e o chamado inicial dos discípulos a segui-lo, assim como o chamado dos profetas a se tornarem voz e braço de Deus no meio do povo (cf. Is 6, 1-10; Jer 1, 4-10), não foram diferentes. Sempre acompanhados pela promessa: “Não temas, eu estou contigo”. Ontem, assim como hoje.
Na fragilidade do colaborador se manifesta a gratuidade e o poder da graça, nos lembra São Paulo ( 2 Cor 4,7).
Jesus acolhe as necessidades do povo em toda sua complexidade. Cuida do corpo, assim como do espírito, da fome física, assim como da palavra de vida. E abre o caminho para o pão que dá a vida plena e abundante, sendo ele mesmo o pão doado do Pai, que sustenta o povo na caminhada ao longo da história, até sua vinda gloriosa.
A fé da Igreja, desde a mais antiga tradição, vislumbrou na multiplicação dos pães o pão escatológico por excelência, a eucaristia, da qual se alimenta no dia do Senhor.
Na luz desta fé, o evento milagroso da multiplicação dos pães é narrado com a sucessão dos gestos de Jesus que constituem a estrutura da celebração eucarística desde a primeira tradição conhecida: “Jesus tomou os pães... ergueu os olhos para o céu... pronunciou a bênção... partiuos pães e os deu aos discípulos... Os discípulos os distribuíram” (14,19). A eucaristia é indicada nesta maneira como o lugar onde o próprio Jesus forma e alimenta o povo peregrinante de Deus.
Do quase nada, em relação ao número das pessoas, brota a superabundância, como da semente de mostarda brota o grande arbusto onde os pássaros fazem o ninho. “Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão.... Vós abris a vossa mão prodigamente e saciais todo ser vivo com fartura” (Sl 144- Responsorial).
Tal é a experiência que pode testemunhar todo aquele e aquela que se entrega com fé ao Senhor, até nas circunstâncias mais difíceis da vida. A entrega confiante e quase temerária ao seu amor se transforma em profunda alegria e inesperada paz. “Quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação? Angústia? Perseguição? Fome?... Em tudo isso somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou!” (Rm 8,35 – segunda leitura).
Hoje a comunidade cristã se encontra por sua vez na condição de enfrentar novos horizontes e desafios, nos quais a fome do homem e da mulher contemporânea assume novas formas e profundidades. Junto com a fome material, provocada pelos desequilíbrios sociais e econômicos, se eleva forte, embora confuso, o grito da fome espiritual e do sentido da vida por parte de tantas pessoas.
No seu recente discurso à FAO, papa Bento XVI destacou a dramaticidade desta situação e a exigência de uma profunda conversão pessoal e de mudanças das estruturas políticas e econômicas para deparar o drama, também através do empenho de pessoas honestas no âmbito profissional e político, come ele destacou em outras ocasiões: “A pobreza, o subdesenvolvimento, e portanto, a fome, são com freqüência os resultados de atitudes egoístas que, partindo do coração do homem, se manifestam no seu agir social, nas mudanças econômicas, nas condições do mercado, na falta de acesso ao alimento e traduzem-se na negação do direito primário de cada pessoa e nutrir-se e, portanto, e ser libertada da fome” [1].
Como fazer com que estas pessoas possam encontrar a compaixão de Jesus, e que o pão da vida seja distribuído também a elas?
Que não aconteça que, fechados nos pequenos mundos do passado, ligados a atitudes pastorais que tendem a repetir a si mesmas mais do que abrir-se aos novos pedidos, contentes de repetir nossa linguagem eclesiástica, herdeira de outro contexto cultural e espiritual, corramos o risco de oferecer pedras a quem nos pede pão, e cobras a quem nos procura peixes, como nos admoesta Jesus (cf Mt 7, 9).
Mateus e Marcos, com a dupla narração da multiplicação dos pães, nos ensinam que é preciso saber atualizar a palavra, para que Jesus possa continuar a atuar na vida de cada um. O Concílio Vaticano II não propôs à Igreja inteira o critério da “fidelidade dinâmica e criativa” ao evangelho e à tradição doutrinal e espiritual, para ficar fiel ao Senhor e à missão em prol dos homens e das mulheres do nosso tempo, para os quais ela é enviada como a Esposa solícita do Verbo vivente do Pai?
É realmente a palavra do Senhor o que estamos oferecendo ao povo de Deus no nosso ensino e em nossas homilias, ou, às vezes a misturamos e substituímos com palavras piedosas de nossa invenção, do nosso grupo, da nossa ideologia, talvez prometendo até milagres?
Paulo com clareza denuncia que a falta de solidariedade para com os irmãos necessitados constitui uma contradição radical com a celebração da ceia do Senhor (cf 1 Cor 10, 20-22),
“quem não reconhece” o corpo do Senhor, que é o eucarístico e também a comunidade, “come e bebe a própria condenação” (1 Cor 10, 29).
A tomada de consciência da seriedade e da beleza da participação à eucaristia se faz invocação humilde para que o Senhor sustente com o pão da vida o caminho coerente da comunidade: “Acompanhai, ó Deus, com proteção constante os que renovastes com o pão do céu e, como não cessais de alimentá-los, tornai-os dignos da salvação eterna” (Oração depois da comunhão)
Notas: 
1. Discurso aos participantes à XVII Conferencia  da Organização das Nações Unidas para a Alimentação  e a Agricultura – FAO  em inglês - Roma , 1 de julho 2011.


SÃO PAULO, quinta-feira, 28 de julho de 2011 (ZENIT.org) – Apresentamos o comentário à Liturgia da Palavra do 18º domingo do Tempo Comum – Is 55, 1-3; Rm 8, 35-37.39; Mt 14, 13-21 –, redigido por Dom Emanuele Bargellini, Prior do Mosteiro da Transfiguração (Mogi das Cruzes - São Paulo). Doutor em liturgia pelo Pontificio Ateneo Santo Anselmo (Roma), Dom Emanuele, monge beneditino camaldolense, assina os comentários à liturgia dominical, às quintas-feiras, na edição em língua portuguesa da Agência ZENIT. 
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Homilia Diária - 29.07.2011 - "Na multiplicidade de nossas ocupações, busquemos o único bem!".


As palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo – que acabamos de ler no Evangelho – advertem-nos de que, no meio da multiplicidade das ocupações deste mundo, há um bem único para o qual devemos tender. Tendemos porque ainda estamos a caminho e não em morada permanente; em viagem e não na pátria definitiva; em tempo de desejo e não da posse perfeita. Mas devemos tender, sem preguiça e sem parar, a fim de podermos um dia chegar ao fim.
Marta e Maria eram duas irmãs, ambas irmãs não só de sangue, mas também pelos sentimentos religiosos. Ambas estavam unidas ao Senhor; ambas, em perfeita harmonia, serviam o Senhor corporalmente presente.
Marta recebeu-O como costumam ser recebidos os peregrinos; e no entanto, era uma serva que recebia o seu Senhor, uma doente que acolhia o Salvador, uma criatura que hospedava o Criador. Recebeu o Senhor para Lhe dar o alimento corporal, ela que precisava do alimento espiritual. Com efeito, o Senhor quis tomar a forma de servo e nesta condição de servo quis ser alimentado pelos servos, por condescendência e não por necessidade. De fato, também foi por condescendência que se apresentou para ser alimentado, porque tinha assumido um corpo sujeito à fome e à sede.
E assim pôde ser hospedado o Senhor, Aquele que veio para o que era Seu e os Seus não O receberam; mas a quantos O receberam deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Adotou os servos e fê-los irmãos; remiu os cativos e fê-los co-herdeiros. Mas ninguém dentre vós ouse dizer: “Oh! Bem-aventurados os que mereceram receber a Cristo na sua própria casa!” Não tenha pena, não se lamente por ter nascido num tempo em que já não pode ver o Senhor na sua carne. Ele não o privou dessa honra, porque Ele mesmo disse:“O que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes”.
Além disso, você, assim como Marta, – com sua licença o direi, e bendita seja pelos seus bons serviços – busca o descanso como recompensa do seu trabalho. Ela estava ocupada com muitos serviços, querendo alimentar os corpos mortais, embora de pessoas santas. Porventura, quando chegar à outra pátria, poderá encontrar um peregrino a quem hospedar, um faminto com quem repartir o pão, um sequioso a quem dar de beber, um doente a quem visitar, algum litigante a quem reconciliar, algum morto a quem sepultar?
Lá, não haverá nada disso. Que haverá então? O que Maria escolheu: lá, seremos alimentados e não daremos alimento. Lá, há de cumprir-se em plenitude aquilo que Maria aqui escolheu: daquela mesa opulenta, ela recolhia as migalhas da Palavra do Senhor. Quer saber o que haverá lá? O próprio Senhor fala a respeito dos Seus servos: “Em verdade vos digo, que Ele os mandará sentar à mesa e, passando no meio deles, os servirá”.
Padre Bantu Mendonça

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Discriminação ou enganação?

Dois fatos semelhantes se mesclam. Primeiro fato: o Ministério de Educação (MEC) veicularia nas escolas públicas de Ensino Médio uma cartilha de orientação sexual. A cartilha foi considerada como propaganda por determinada opção sexual e, por isso, foi vetada pela presidente Dilma. Segundo fato: anteprojetos de lei da criminalização da homofobia se requentam no Congresso.

Grupos de pressão açodam a opinião pública forçando o povo a aceitar o estilo de vida homossexual, ademais da cruzada de combate à homofobia. Em outras palavras, tudo quanto se oponha ao comportamento homossexual seria considerado uma discriminação. Os dois fatos enunciados apontam para o esvaziamento e o desmonte da instituição familiar.

Ao equiparar a união de casais homossexuais à constituição de uma família, o Supremo Tribunal Federal (STF) ofereceu grande contributo ao desmonte da família, célula-mãe do tecido social.

O que a fé cristã tem a dizer sobre isso? Primeiro: sobre a cartilha vetada cabe aos pais o direito e o dever de orientar os seus filhos segundo a lei natural e os valores familiares. Essa tarefa não cabe ao Estado laico nem à escola.

Sobre a lei contra a homofobia: o Código Penal (CP) prevê tudo aquilo que possa ser considerado como delito ou crime contra todo e qualquer cidadão brasileiro, independentemente de sua opção sexual. O artigo 129 do CP prevê agressões de menor ou maior gravidade, com lesões corporais. O artigo 140 é aplicado em casos de injúrias com emprego de violência. Quem cometer homicídio doloso qualificado por motivo torpe é julgado e condenado à pena de 12 a 20 anos de reclusão.

Não há qualquer motivo para se criar leis que privilegiem uma nova casta surgida a partir de grupos de pressão adeptos do comportamento homossexual, reconhecidos por siglas congêneres. Na eventualidade de aprovação de lei contra a homofobia pelo Congresso como fica? Talvez o Congresso remeta ao STF, pelo novo modo de legislar no País. Pergunta-se: a tal lei causaria insegurança jurídica, ou uma confusão interpretativa, ou ainda outras dificuldades para a sua real aplicabilidade?

O enfraquecimento da instituição familiar deve-se à nova concepção antropológica redutiva sobre os relacionamentos humanos. Desvincula-se a relação entre homem e mulher em função da formação de uma família, gerando uma vida. A nova concepção dos grupos de pressão reduz o relacionamento afetivo e sexual à questão de gênero e de opção cultural.

Ora, segundo a lei natural, identifica-se gênero sexual como homem ou como mulher. Os grupos de pressão adotam a ideologia da escolha, por opção de gênero cultural. Eu escolho se quero ser uma coisa ou outra ou tudo misturado. Afirmam eles que a sociedade impôs o padrão masculino e feminino, gerando a dominação e exploração do homem sobre a mulher.

Com a sadia visão antropológica humanista e cristã, nós que acreditamos na instituição familiar, afirmamos que não há discriminação alguma em educar os filhos segundo a lei que Deus colocou sabiamente na natureza. Somente a união entre homem e mulher forma uma família, gerando filhos e os educando com amor.

Sobre as formas de violência contra pessoas homossexuais, nada justificaria tais práticas, contrárias aos direitos fundamentais de todos e cada um dos cidadãos brasileiros, garantidos pela Constituição. Qualquer prática velada ou declarada de violência deve ser responsabilizada, julgada e penalizada, conforme prevê as disposições do Código Penal.

Dom Aldo di Cillo Pagotto é Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese da Paraíba.
João Pessoa, 04 de junho de 2011.

Só Cristo pode fundar uma Igreja

É ilógico dizer que todas as religiões são equivalentes entre si


Temos de respeitar a crença de cada pessoa; a liberdade religiosa é algo fundamental, mas não é verdade que todas as religiões e Igrejas são igualmente válidas. As muitas religiões ou seitas foram fundadas por simples mortais, e não por Deus, por isso não se pode dizer que todas as religiões são boas, e que basta ser religioso e seguir qualquer uma delas. Se isso fosse verdade, Jesus não precisaria ter vindo a este mundo, fundar a Sua Igreja e morrer numa cruz. Bastava deixar os homens continuar no paganismo ou se salvarem nas outras religiões. Assim não seria necessário todo o esforço de evangelização em todo o mundo, com milhares de mártires, missionários, etc..
É ilógico dizer que todas as religiões são equivalentes entre si, pois elas propõem Credos diferentes, que se excluem mutuamente. Algumas religiões professam o politeísmo (muitos deuses), outras o panteísmo (tudo é Deus), ou o monoteísmo (há um só Deus).  Veja, na questão mais essencial da religião, isto é, a concepção de Deus, já há uma enorme diversidade, que se excluem mutuamente; como, então, querer que todas as religiões sejam equivalentes e igualmente boas? É ilógico e irracional. Então há que se descobrir a Verdade. Se a verdade plena está numa doutrina, esta é a verdadeira e as outras são falsas.
Ora a verdade é uma só, logo, objetivamente falan­do, há Credos verídicos e credos errôneos. Cada reli­gião tem a sua doutrina, seu culto e sua moral própria; e é aqui que estão as divergências: uns creem na reencarnação, outros não a acei­tam; alguns aceitam o divórcio, o aborto, o homossexualismo, a guerra santa, a poligamia... e há quem não os admita.

Com quem está Verdade? A verdade não pode estar com todos. Logo, não podem ser boas todas as religiões.

O Concílio Vaticano afirmou:
“Professa o Sacro Sínodo que o próprio Deus manifestou ao gêne­ro humano o caminho pelo qual os homens, servindo a Ele, pudessem salvar-se e tornar-se felizes em Cristo. Cremos que essa única verdadei­ra Religião subsiste na Igreja católica e apostólica, a quem o Senhor Jesus confiou a tarefa de difundi-la aos homens todos, quando disse aos Apóstolos: “Ide pois e ensinai os povos todos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-lhes a guardar tudo quanto vos mandei” (Mt 28, 19-20). Por sua vez, estão os homens todos obriga­dos a procurar a verdade, sobretudo aquela que diz respeito a Deus e a Sua Igreja e, depois de conhecê-la, a abraçá-la e praticá-la”. (Declaração Dignitatis Humanae, n.1).
“Esta é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo professamos una, santa, católica e apostólica (12), e que o nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, confiou a Pedro para que ele a apascentasse (cf. Jo 21, 17), encarregando-o, assim como aos demais Apóstolos, de a difundirem e de a governarem (cf. Mt 28, 18s), levantando-a para sempre como “coluna e esteio da verdade” (1 Tm 3, 15). Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele, ainda que fora do seu corpo se encontrem realmente vários elementos de santificação e de verdade, elementos que, na sua qualidade de dons próprios da Igreja de Cristo, conduzem para a unidade católica”. (Lumen Gentium, nº 8).
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

Jovens “enraizados em Cristo”

Aproxima-se a Jornada Mundial da Juventude da Espanha. A partir de 10 de agosto, jovens de todos os países do mundo chegarão às dioceses espanholas para participar da pré-jornada; serão acolhidos pelos jovens espanhóis e, com eles, compartilharão experiências, a alegria da mesma fé e a pertença à Igreja de Cristo; tudo, numa grande variedade de línguas, culturas e tradições, mas irmanados na mesma Família de Deus.
O Brasil estará bem representado por mais de 13 mil jovens. Boa parte deles desembarcará na Andaluzia, em cidades como Sevilha, Granada e Córdoba. Será uma experiência religiosa cultural única! A história colonial do Brasil está bem ligada também à Espanha.
Depois, a partir de 15 de agosto, centenas de milhares de jovens encherão de vida e alegria a capital, Madrid. Nos dias 17, 18 e 19, haverá catequeses, celebrações, eventos religiosos e culturais e interações entre os jovens, distribuídos em muitos grupos linguísticos. Dia 19, chegará também o papa Bento 16 e será acolhido pelos jovens. Dia 20, sábado, haverá a grande vigília dos jovens com o papa; será bonita e valerá a pena acompanhar pela TV. Dia 21, domingo, a missa com o papa e a conclusão da jornada, com o anúncio do país e da cidade que serão a sede da próxima, em 2013. Esperamos que seja o Brasil!
O tema escolhido pelo papa Bento 16 para a Jornada da Espanha é belo, profundo e muito atual: “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (cf Cl. 2,7). Vamos refletir sobre este tema, começando pela 1ª parte. O texto é da Carta aos Colossenses e São Paulo exorta os fiéis a não se deixarem abalar na sua fé em Cristo.
O tema aponta para algo central na vida cristã: nossa referência e relação com Cristo. Ser cristão é ser discípulo de Cristo; é estar ligado a ele e dele receber um sentido novo para a vida, mediante a fé e o Batismo. Para São Paulo, isso significa “estar nele”, ser edificados sobre ele, estar enraizados nele. Sem esta referência essencial a Cristo, o cristão perde o rumo e a Igreja, o seu sentido.
“Enraizados em Cristo” – isso nos lembra a parábola do semeador. A semente que caiu em terreno pedregoso brotou logo, a plantinha até começou a crescer, mas logo secou, porque não conseguiu afundar as raízes, a terra era pouca, havia muita pedra. Planta sem raiz seca logo e não produz fruto. Árvore com raiz apenas superficial é arrancada pelo vento...
Vivemos tempos de superficialidade, de consumismo, a cultura do descartável, dos modismos passageiros, das novidades que suplantam as convicções a toda hora. Certezas duradouras estão fora de moda! E isso tende a invadir também o campo religioso e das certezas morais. Nada de novo sob o sol: já São Paulo advertia seu jovem colaborador Timóteo a se manter firme na fé e a não diluir o Evangelho, só para satisfazer ao gosto “daqueles que têm comichão no ouvido” e desviam sua atenção da verdade, para ir atrás de fábulas (cf. 2Tm 4,1-5). Isso vale ainda hoje, quando a verdade é trocada pelos sentimentos, emoções ou satisfações imediatas; ou ainda, quando a verdade, o bem e os valores são medidos pela balança do lucro e das vaidades!
“Enraizados em Cristo”: os cristãos, jovens e não-jovens, são convidados a lançar suas raízes em Cristo, para não serem como plantas arrastadas pelas correntes e tempestades, folhas secas, caniços agitados pelo vento” (cf Mt 11,7). O cristão precisa ter convicções firmes e bem fundamentadas, aprendidas do Evangelho, da fé vivida pela Igreja, do testemunho dos santos, dos mártires. A verdade não é medida por aquilo que todos dizem ou fazem: Jesus Cristo é, 
para nós e para o mundo, “caminho, a verdade e a vida”.



Publicado em O SÃO PAULO, edição de 26/7/2011
Arcebispo de São Paulo

Resposta para um CRISTÃO evangélico EM DÚVIDA


Desde a época das eleições, temos feito o possível para responder todos os emails e encaminhar esclarecimentos à imprensa, blogueiros e leitores.

Diferentemente do que fazemos, publicando endereço eletrônico visível no blog - domluizbergonzini.com.br - muitos se escondem atrás dos blogs ou de emails desconhecidos, que impedem a comunicação. Entendemos que essas pessoas que se escondem não são capazes de debater idéias. Só ficam agredindo pessoas.

Outras pessoas, até mesmo cristãs, não estão suficientemente esclarecidas a respeito do aborto e das iniquidades. Um homem que se disse cristão evangélico nos escreveu e nós respondemos. Julgamos importante publicar estes argumentos porque há muitos cristãos católicos, evangélicos e de outras denominações que continuam em dúvida e precisam ser esclarecidos.

Disse ele sobre o aborto: "Ocorre que há milhares de casos onde - independente de nossa vontade - haverá o aborto. Sem que estas mulheres tenham acesso a hospitais e clínicas especializadas, muitas delas irão morrer..."

Respondemos: O senhor situou bem o problema - acesso a hospitais e clínicas especializadas. A saúde pública brasileira está na UTI. Em plena Brasília, Capital do Brasil, uma mulher ficou com uma criança morta em seu útero por oito dias, outra recebeu o feto dentro de um vidro! Há partes do país onde as seringas são reutilizadas, depois de lavadas com água do rio, conforme a televisão mostrou.

Segundo a medicina, em até 30% das gravidezes os bebês não nascem vivos, por causas naturais. Esses casos são chamados abortos espontâneos. E muitas mulheres não têm assistência médica.

O estudo do IBGE aponta que a principal causa de mortalidade materna é a falta de assistência médica.

Todas as pessoas querem jogar a responsabilidade da falta de assistência médica sobre a Igreja Católica, quando a responsabilidade é do Governo que não investe em Saúde.
Estamos falando, há bastante tempo, que o problema da mortalidade materna é a falta de atendimento médico, de exames, de dar dignidade para a mulher durante a gravidez. As pessoas distorcem e desviam o foco para a religião, porque isso afeta partidos governantes, que não fazem nada em matéria de saúde. Só pensam em matar crianças, impedi-las de nascer. 

Disse ele sobre as iniquidades e a Igreja Católica: "A Igreja Católica poderia oferecer uma importante contribuição à prevenção do aborto caso passasse a estimular a educação sexual nas escolas e alertasse os jovens sobre a importância do uso de preservativos, da pílula e outros contraceptivos. Como sabemos, entretanto, faz exatamente o contrário. A razão é simples: acima das pessoas a Igreja defende seus dogmas. É isto, no fundo, o que nos separa."

Respondemos: A Igreja Católica, ao contrario do que o senhor afirma, tem programas de orientação sexual. Tem a Pastoral da Criança que atende a mulher desde o dia da fecundação e acompanha a criança depois do nascimento. A razão da Igreja para não apoiar o uso de preservativos, de pílulas abortivas e outras drogas é que elas incentivam a promiscuidade, a permissividade, a infidelidade e outras iniquidades e vão contra o Evangelho. Não são os dogmas que repudiam as iniquidades. É o Evangelho:
"Por isso é que lhes digo: vivam segundo o Espírito, e assim não farão mais o que os instintos egoístas desejam. Porque os instintos egoístas têm desejos que estão contra o Espírito, e o Espírito contra os instintos egoístas; os dois estão em conflito, de modo que vocês não fazem o que querem. Mas , se forem conduzidos pelo Espírito, vocês não estarão mais submetidos à Lei. Além disso, as obras dos instintos egoístas são bem conhecidas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ciúme, ira, rivalidade, divisão, sectarismo, inveja, bebedeira, orgias e outras coisas semelhantes. Repito o que já disse: os que fazem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, mansidão e domínio de si. Contra essas coisas não existe lei. Os que pertencem a Cristo crucificaram os instintos egoístas junto com suas paixões e desejos. Se vivemos pelo Espírito, caminhemos também sob o impulso do Espírito. Não sejamos ambiciosos de glória, provocando-nos mutuamente e tendo inveja uns dos outros." (Galatas, 5 - 16,26)


Se o senhor é CRISTÃO como eu, o Papa Bento XVI, os bispos do Brasil , os padres e muitos pastores de várias denominações, também deveria pregar a fidelidade ao Evangelho. São Paulo, em sua Carta aos Gálatas, mostra que estão contra o Espírito e contra o Evangelho: a permissividade, a promiscuidade, a infidelidade, o aborto e outras iniquidades pregadas pelos adeptos do comunismo e do maligno. 


Jesus nos previne contra o demônio, que nos leva a transigirmos: 


"Dizei somente: 'Sim', se é sim; 'não', se é não. Tudo o que passa além disto vem do maligno" (Mt 5,37). 


Incluirei o nome do senhor em minhas orações, rogando a Jesus Cristo que remova os obstáculos que separam os CRISTÃOS VERDADEIROS, para que, todos juntos, possamos pregar o Evangelho em uníssono.


Dom Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo de Guarulhos

Hunky Jesus: Evento homossexual zomba do Cristianismo elegendo o “melhor e mais atraente” Jesus Cristo gay.


Todos os anos é realizado na cidade de Mission Dolares Park, em San Francisco – Califórnia, o concurso “Hunky Jesus”. Evento este que tem como objetivo eleger o melhor Jesus Cristo gay, e é realizado durante o período de celebração da ressurreição de Cristo – a Páscoa – ridicularizando e zombando do cristianismo.
O vencedor do concurso, realizado ao ar livre, é o “Jesus Cristo” gay mais atraente para o público, formado praticamente apenas de homossexuais.
Algumas imagens são inaceitáveis pelo grau de desrespeito. Sem dúvida, um evento que tem o Diabo como inspirador.
O Vídeo, com imagens muito fortes, foi retirado do You Tube hoje( Quarta, dia 27/07)
Apesar da maioria das fotos serem impublicáveis, selecionamos algumas abaixo.
Caso queira, no google tem mais em Hunky Jesus, imagens. Aviso: Algumas fotos são extremamente chulas e agressivas, quase pornográficas.
Comentário:

Não tecerei nenhum comentário de caráter religioso, Bíblico ou teológico, pois estes senhores não são suscetíveis a estes argumentos. No entanto, faço uma reflexão jurídica: Quem quer respeito, deve respeitar. Eu como homem, cidadão, cristão, profissional,  preciso por força de minha fé e de lei, respeitar a todos e agora "forçosamente" querem tolher meu direito de pensamento e de crença, em explicitar minha opinião contrária ao comportamento homossexual, taxando todo tipo de discordância de homofobia. 

No entanto, estas "pobres vítimas",  se revelam como eficazes e contumazes agressores dos princípios e valores cristãos, instalando no mundo uma cristofobia, imposta pela ditadura gay. 

Quem falará em nome dos crsitãos?

Salmos, 120

1.Cântico das peregrinações. Para os montes levanto os olhos: de onde me virá socorro?
2.O meu socorro virá do Senhor, criador do céu e da terra.
3.Ele não permitirá que teus pés resvalem; não dormirá aquele que te guarda.
4.Não, não há de dormir, nem adormecer o guarda de Israel.
5.O Senhor é teu guarda, o Senhor é teu abrigo, sempre ao teu lado.
6.De dia, o sol não te fará mal; nem a lua durante a noite.
7.O Senhor te resguardará de todo o mal; ele velará sobre tua alma.
8.O Senhor guardará os teus passos, agora e para todo o sempre.