quarta-feira, 30 de maio de 2012

Jesus teve irmãos?



Para entrar nesse assunto é bom sempre lembrar que Jesus foi o primogênito e o unigênito da família de Nazaré. Quanto aos "supostos irmãos de Jesus" a Bíblia não os mencionam como "filhos de Maria". Somente o Mestre é chamado "filho de Maria", com o artigo no original (Marcos 6,3).
Antes de aprofundar este tema, é bom lembrar 05 pontos fundamentais:
Primeiro - se Jesus teve irmãos, porque Maria é chamada "Mãe de Jesus"  e nunca mãe dos "irmãosde Jesus"?
Segundo - A família de Nazaré aparece apenas com 03 pessoas. Jesus, Maria e José.
Terceiro - porque seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da páscoa e Jesus nunca aparece ao lado dos "supostos irmãos"?
Quarto - Porque Jesus entrega sua mãe aos cuidados de João o Evangelista, e não aos "supostos irmãos"?
Quinto - porque esses "supostos irmãos" não aparecem na crucificação de Jesus?
A Bíblia deixa bem claro, quando se trata de um filho, e quem são os pais. Para entender melhor citemos alguns textos:
No Antigo Testamento
"Adão conheceu outra vez sua mulher, e esta deu à luz um filho, ao qual pôs o nome de Set, dizendo, Deus deu-me uma posteridade para substituir Abel, que Caim matou". (Gênese 4, 25)
"Então falou Deus a Noé, sai da arca, com tua mulher, teus filhos e as mulheres de teus filhos"(Gênese 8, 15-16)  Confira mais em: (Gênese 5,1-32) (Gênese 10, 1-32) (Gênese 11, 10-32) onde se fala de filhos e filhas.
No Novo Testamento 
 "Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados" (Mateus 1, 21).
"Senhor, tem piedade de meu filho, porque é lunático e sofre muito: ora cai no fogo, ora cai na água..."(Mateus 17,15).
"Respondeu um homem dentre a multidão: Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um espírito mudo"(Marcos 9,17).
"Ao chegar perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto a ser sepultado, filho único de uma viúva; acompanhava-a muita gente da cidade" (Lucas 7,12).
"Porque tinha uma filha única, de uns doze anos, que estava para morrer. Jesus dirigiu-se para lá, comprimido pelo povo" (Lucas 8,42).
Em centenas e centenas de textos Bíblicos, fica muito claro, onde se fala de filhos e de pais, e os protestantes afirmam por paus e pedras que, Jesus teve irmãos. Para isso se baseiam em (Marcos 6,3) "Por acaso não é ele o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão?".
Explicação: A palavra irmão, aqui tem o significado de "primo ou parente próximo, pois a língua hebraica não possui a palavra primo".
- Quem eram Tiago, José, Judas e Simão?
Explicação: A mãe de Jesus tinha uma parente que se chamava também Maria, casada com Cleófas.
- De fato lemos na Bíblia: "Perto da cruz de Jesus, permanecia de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas." (João 19,25)
- Tiago e José eram filhos de Cléofas com a parente de Nossa Senhora, que se chamava Maria.
- logicamente Judas era irmão de Tiago. De fato lemos: "Judas, irmão de Tiago" (Judas 1 e Lucas 6,16) todos eles eram primos de Jesus, ou parentes próximos, como Simão pelo mesmo motivo.
Há muitos exemplos na Bíblia em que os parentes próximos são chamados de irmãos: "Disse Abraão a Lot: Peço-te que não haja rixas, pois somos irmãos."(Gênesis 13,8) - Abraão não era irmão de Lot, mas tio.
"Eleazar morreu e não teve filhos, mas filhas e estas se casaram com os filhos de Cis, seus irmãos."(1 Crônicas 23,22) - As filhas de Eleazar eram primas dos filhos de Cis.
- Ver também: (Êxodo 2,11) (Mateus 23,8) (Gênesis 9,6) (Mateus 5,21-22) (1 Coríntios 15,6).
Respondendo objeções
1ª  Objeção: os "Irmãos de Jesus". É assim que a Bíblia se refere nominalmente a quatro pessoas: Tiago, José, Judas e Simão (Marcos 6,3). Eles seriam, irmãos carnais de Jesus, concluem os protestantes.
No entanto, nada mais falso, pois três desses "Irmãos de Jesus", têm seus pais nomeados na Bíblia. Vejamos: o 1º é Tiago. É ele, segundo (Gálatas 1,19), Tiago Apóstolo, o Menor (Marcos 15,40), cujo pai é Alfeu (Mateus 10,3); o 2º, José, é irmão carnal de Tiago, pois ambos são filhos de uma das três Marias que estiveram ao pé da Cruz (Mateus 27,56), e cujo irmão pai é também Alfeu; o 3º é Judas, o Tadeu, que também é irmão de Tiago (Judas 1,1). Seu pai é também Alfeu. São Lucas o chama "Judas de Tiago" ou seu irmão (Lucas 6,16).
O último da lista é Simão, cujos pais não têm os nomes expresso na Bíblia. Mas o historiador Hegezipo (sec. II), informa que ele é filho de Cléofas, esposo de "Maria, irmã da Mãe de Jesus" (João 19,25). Ele é, pois, primo de Jesus. E se Cléofas e Alfeu são nomes em hebraico e aramaico da mesma pessoa, como pensam muitos, os quatro chamados "irmãos de Jesus" são entre si, irmãos carnais. Em qualquer hipótese eles são primos ou parentes de Jesus.
De fato, é muito comum na Bíblia, parentes próximos serem chamados de irmãos. É só conferir (Gênesis 13,8) comparado com (Gênesis 12,5 e 11,28-31) (Gênesis 29,13 e 15) (Levítico 10,4) (1 Crônicas 23,22) etc.
2ª Objeção: ela é tirada do título de "primogênito" atribuído a Jesus em Lucas 2,7. Daí concluem os protestantes que Maria teve outros filhos além de Jesus.
Isso revela grande ignorância, pois "primogênito" é termo jurídico da Bíblia que tem significado bem determinado: é o primeiro filho, quer venha outro, quer não. Não se esperava por outro filho para que o 1º fosse tido e tratado como primogênito a vida toda.
Confirma isto o túmulo, recém-descoberto, de uma judia do 1º século, com a inscrição: "Aqui jaz Arsinoé, morta ao dar à luz o seu primogênito".
3ª Objeção: é tirada de (Mateus 1,25), onde se lê: "E José não a conheceu até que ela deu à luz. . ."os protestantes concluem que a conheceu depois.
Mais uma vez outra falsa conclusão. Parece desconhecerem que a expressão "até que" é, na Bíblia, um hebrismo que significa "Sem que", invertendo-se os termos da frase. Significa, então, que Maria "deu á luz sem que José A tivesse conhecido", e nada mais.
São incontáveis os exemplos disso na Bíblia. Eis apenas um: "O coração do justo está firme e não temerá ?até que? veja confundidos os seus inimigos"(Salmos 111,8). Ora, se não temeu antes, não temerá depois. O sentido é: "os inimigos serão confundidos sem que o coração do justo tema". Assim Mateus quis apenas afirmar que "Maria concebeu sem participação de José".
Conferir na Bíblia outros casos desse modo de falar: (Deuteronômio 7,24) (Sabedoria 10,14) (Salmos 56,2 71,7; 93,12-13; 109,1) (Isaias 22,14) (Mateus 5,18 22,44) (Hebreus 1,13; 10,12-13; etc.)
4ª e última objeção: é tirada de (Mt 1,18) onde se lê que Maria concebeu do Espírito Santo "antes que coabitassem". Os protestantes concluem erradamente que conheceu depois.
Isso porque eles não se importam com o contexto literário e histórico da Bíblia. E tomam, no caso, "coabitar" no sentido de relação carnal, quando, pelo contexto, e pelo modo como os judeus se casavam, só cabe o sentido de "morar juntos".
De fato, o casamento dos judeus era feito em duas etapas: a 1ª se realizava na casa dos pais da moça em cerimônia simples. Marcavam-se então as núpcias festivas - era a segunda etapa - na qual a esposa era levada para a casa do esposo. Era esta a coabitação (morar juntos), de que fala o evangelista no citado texto. Foi entre essas duas cerimônias que se deu o mistério da Encarnação.
Conclusão
Segundo a Bíblia, a Tradição e o Magistério da Igreja, Maria teve um único filho, e disso, nós temos certez
a

É bom fazer promessas?



Em síntese: O presente artigo analisa a prática das promessas feitas a Deus ou aos santos por pessoas desejosas de obter alguma graça. Tal prática tem fundamentado na própria Bíblia (cf. Gn 28,20-22; 1Sm 1,11). Todavia verifica-se que os autores bíblicos faziam advertências aos fiéis no sentido de não prometerem o que não pudessem cumprir (cf. Ecl 5,4). No Novo Testamento São Paulo quis submeter-se às obrigações do voto do nazireato (cf. At 18,18; 21,24). Estas ponderações mostram que a prática das promessas como tal não é má. É certo, porém, que as promessas não movem o Senhor Deus a nos dar o que Ele não quer dar, pois Deus já decretou desde toda a eternidade dar o que Ele nos dá no tempo, mas as promessas contribuem para afervorar o orante, excitando neste maior amor. Acontece, porém, que muitas vezes os cristãos não têm noção clara do porquê das promessas ou prometem práticas que eles não podem cumprir. Daí surgem duas obrigações para quem tem o encargo de orientar os irmãos: 1) mostre-lhes que as promessas nada têm de mágico ou de mecânico, nem se destinam a dobrar a vontade de Deus, como se o Senhor se pudesse deixar atrair por promessas, à semelhança de um homem; 2) procure incutir a noção de que o cristão é filho do Pai e, por isto, não precisa de prometer ao Pai; o amor filial com que o cristão reze a Deus, é mais eloqüente do que a linguagem das promessas, que podem ter um sabor “comercial” ou muito pouco filial.
Comentário: Entre os fiéis católicos não é raro fazerem-se promessas a Deus ou a algum santo,… promessas de algum ato heróico a ser cumprido caso a pessoa receba a graça que deseja. Em conseqüência, fala-se de “pagar promessas”. Não raro os fiéis que prometem, depois de atendidos, não têm condições físicas, psíquicas ou financeiras para pagar as suas promessas. Sentem-se então angustiados, pois receiam que algo de mau ou um castigo lhes sobrevenha da parte de Deus por não cumprirem as suas “obrigações”. O problema é tormentoso e merece ser analisado desde as suas raízes, ou seja, a partir do conceito mesmo de piedade que os fiéis cristãos devem alimentar. É o que vamos fazer nas páginas subseqüentes, examinando: 1) a fundamentação bíblica, 2) a justificativa teológica das promessas, 3) a casuística ocasionada, 4) uma conclusão final.
1. Fundamentação bíblica
O costume de fazer promessas ou, segundo linguagem mais bíblica, votos tem origem na piedade popular anterior a Cristo. É documentado pela própria Bíblia, que nos mostra como pessoas, em situações difíceis necessitando de um auxílio de Deus, prometeram fazer ou omitir algo, caso fossem ajudadas pelo Senhor. Foi, por exemplo, o que aconteceu com Jacó, que, ao fugir para a Mesopotâmia, exclamou: “Se Deus estiver comigo, se me proteger durante esta viagem, se me der pão para comer e roupa para vestir e se eu regressar em paz à casa de meu pai,… esta pedra… será para mim casa de Deus e pagarei o dízimo de tudo quanto me concederdes” (Gn 28, 20-22). Ana, estéril, mas futura mãe de Samuel, fez a seguinte promessa: “Senhor dos exércitos, se vos dignardes olhar para a aflição da vossa serva e… lhe derdes um filho varão, eu o consagrarei ao Senhor durante todos os dias de sua vida e a navalha não passará sobre a sua cabeça”  (1Sm 1,11). Alguns salmos exprimem os votos ou as promessas dos orantes de Israel; assim os de número 65. 66. 116; Jn 2,3-9.
A própria Escritura, porém, dá a entender que, entre os membros do povo de Deus, houve abusos no tocante às promessas: algumas terão sido proferidas impensadamente: “É melhor não fazer promessas do que fazê-las e não as cumprir” (Ecl 5,4). Havia também quem quisesse cumprir as suas promessas oferecendo o que tinha de menos digno ou valioso em vez de levar ao Templo as suas melhores posses; é o que observa o Senhor por meio do profeta Malaquias: “Trazeis o animal roubado, o coxo ou o doente e o ofereceis em sacrifício. Posso eu recebê-lo de vossas mãos com agrado?… Maldito o embusteiro, que tem em seu rebanho um animal macho, mas consagra e sacrifica ao Senhor um animal defeituoso” (Ml 1, 13s). Com o tempo os mestres de Israel procuravam restringir a prática das promessas, pois podiam tornar-se um entrave para a verdadeira piedade. No Evangelho Jesus supõe que certos filhos se subtraiam ao dever de assistir aos pais, alegando que tinham consagrado a Deus todo o dinheiro disponível:
“Vós por que violais o mandamento de Deus por causa da vossa tradição? Com efeito, Deus disse: “Honra teu pai e tua mãe” e “Aquele que maldisser pai ou mãe, certamente deve morrer”. Vós, porém, dizeis: “Aquele que disser ao pai ou à mãe: Aquilo que de mim poderias receber, foi consagrado a Deus, esse não está obrigado a honrar pai ou mãe”. Assim invalidastes a Palavra de Deus por causa da vossa tradição” (Mt 15, 3-6).
Todavia não consta que o Senhor Jesus tenha condenado o costume de fazer promessas como tal; ao contrário, os escritos do Novo Testamento atestam a prática de S. Paulo, que terá sido a dos cristãos da Igreja nascente e posterior:
“Paulo embarcou para a Síria… Ele havia rapado a cabeça em Cencréia por causa de um voto que tinha feito” (At 18,18).
“Disseram os judeus a Paulo: “Temos aqui quatro homens que fizeram um voto… Purificar-te com eles, e encarrega-te das despesas para que possam mandar rapar a cabeça. Assim todos saberão que são falsas as notícias a teu respeito, e que te comportas como observante da Lei” (At 21, 23s).
Em síntese, a praxe das promessas não é má, pois a S. Escritura não a rejeita, mas, ao contrário, torna-se objeto de determinações legais, como se depreende dos textos abaixo:
Lv 7,16: “Se alguém oferecer uma vítima em cumprimento de um voto ou como oferta voluntária, deverá ser consumida no dia em que for oferecida, e o resto poderá ser comido no dia imediato”.
Nm 15,3: “Se oferecerdes ao Senhor alguma oferenda de combustão, holocausto ou sacrifício, em cumprimento de um voto especial ou como oferta espontânea…”.
Nm 30,4-6: “Se uma mulher fizer um voto ao Senhor ou se impuser uma obrigação na casa de seu pai, durante a sua juventude, os seus votos serão válidos, sejam eles quais forem. Se o pai tiver conhecimento do voto ou da obrigação que se impôs a si mesma será válida. Mas, se o pai os desaprovar, no dia em que deles tiver conhecimento, todos os seus votos… ficarão sem valor algum. O Senhor perdoar-lhe-á, porque seu pai se opôs”.
Dt 12,5s: “Só invocareis o Senhor vosso Deus no lugar que Ele escolher entre todas as vossas tribos para aí firmar o seu nome e a sua morada. Apresentareis ali os vossos holocaustos,… os vossos holocaustos,… os vossos votos…”
Verifica-se, porém, que a prática dos votos nem sempre é salutar, merecendo por isto advertências da parte dos autores sagrados.
2. Qual a justificativa das promessas?
É certo que as promessas não são feitas para atrair Deus como se atrairia um homem poderoso, capaz de ser aliciado por dádivas e “pagamentos”; Deus não muda de desígnio; desde toda a eternidade Ele já determinou irreversivelmente dar-nos o que Ele nos concede dia por dia. Todavia, ao determinar que nos daria as graças necessárias, Deus quis incluir no seu desígnio a colaboração do homem que se faz mediante a oração; com outras palavras: Deus quer dar…, e dará…, levando em conta as orações que Lhe fazemos. Sobre este fundo de cena as promessas têm valor não tanto para Deus quanto para nós, orantes; sim, as promessas nos excitam a maior fervor; são o testemunho e o estímulo da nossa devoção; supõe-se que quem promete e cumpre a sua promessa, exercita em seu coração o amor a Deus; ora isto é valioso. Por conseguinte, quem vive a instituição das promessas em tal perspectiva, pode estar fazendo algo de bom, pois concebe mais amor e fervor. Diz o Senhor no Evangelho, referindo-se à pecadora que lhe lavou os pés pecados lhe estão perdoados” (Lc 7,47). Paralelamente diríamos, pode estar-se abrindo mais plenamente à misericórdia e à liberalidade do Senhor Deus.
3. E a casuística das promessas?
Há pessoas que, depois de receber o dom de Deus, se vêem embaraçadas para cumprir as suas promessas, porque não têm condições de saúde, de tempo ou de bens materiais para executar o que prometeram.
Que fazer?
- Antes do mais, afastem a hipótese, às vezes comunicada por religiões não cristãs, de que, se não “pagarem as suas obrigações”, estarão sujeitos a graves desgraças; na verdade, Deus não é vingativo nem é policial que pune contravenções, mas é Pai…, de tal modo que pensar em Deus deve despertar no cristão sentimentos de paz, confiança e alegria. Isto, porém, não quer dizer que o cristão despreocupadamente deixe de cumprir as suas promessas. Quem não as pode executar, procure um sacerdote e peça-lhe que troque a matéria da promessa. Esta solução condiz com os textos bíblicos que, de um lado, exortam a não deixar de cumprir o prometido (cf. Ecl 5,3), e, de outro lado, prevêem a insolvência dos fiéis e a possibilidade de comutação dos votos (ou promessas) por parte dos sacerdotes:
“Se aquele que fizer um voto não puder pagar a avaliação, apresentará a pessoa diante do sacerdote e este fixá-la-á; o valor será fixado pelo sacerdote de acordo com os meios de quem fizer voto” (Lv 27, 8; cf. Lv 27,13s.18.23).
Poderá acontecer que, em certos casos, o padre julgue oportuno dispensar, por completo, de certa promessa o fiel cristão.
A propósito convém incutir que, se alguém quer fazer uma promessa, evite propor certas práticas que são um tanto irracionais (como ocorre na peça “O pagador de promessas”); procure, ao contrário, prometer práticas não somente exeqüíveis e razoáveis, mas também úteis à santificação do próprio sujeito ou ao bem do próximo. Não tem sentido prometer algo que outra pessoa deverá cumprir, como é o caso de pais que prometem vestir o seu filho “de São Sebastião” no dia da festa do Santo; esta prática como tal não fomenta o amor a Deus e ao próximo. Quanto aos ex-voto (cabeças, braços, pernas… de cera), que se oferecem em determinados santuários, podem ter seu significado, pois contribuem para testemunhar a misericórdia de Deus derramada sobre as pessoas agraciadas; assim levarão o povo de Deus a glorificar o Senhor; mas é preciso que as pessoas agraciadas saibam por que oferecem tais objetos de cera, e não o façam por rotina ou de maneira inconsciente. Entre as práticas que mais se podem recomendar, apontam-se as três clássicas que o Evangelho mesmo propõe: a oração, a esmola e o jejum (cf. Mt 6,1-18). Com efeito, a S. Missa é o centro e o manancial, por excelência, da vida cristã, vida cristã que se nutre outrossim mediante a oração; a esmola e a colaboração com o próximo recobrem a multidão dos pecados (cf. 1Pd 4,8; Tg 5,20; Pr 10,12); o jejum e a mortificação purificam e libertam das paixões o ser humano, possibilitando-lhe mais frutuoso encontro com Deus através dos véus desta vida. Se a prática das promessas levar o cristão ao exercício destas boas obras, poderá ser salutar. Requer-se, porém, que os pastores de almas e os catequistas instruam devidamente os fiéis a fim de que compreendam que as promessas nada têm que ver com as “obrigações” dos cultos afro-brasileiros, mas hão de ser expressões do amor filial e devoto dos cristãos ao Senhor Deus.
4. Conclusão
Como se vê, a prática das promessas pode ser fundamentada na própria Bíblia. Verifica-se, porém, que já os autores sagrados lhe faziam certas restrições. Hoje em dia nota-se que freqüentemente alimenta uma mentalidade religiosa “comercial” ou amedrontada e doentia, gerando facilmente o escrúpulo mórbido. Muitas pessoas se sobrecarregam com promessas e mais promessas que elas não conseguem cumprir; em vez de fomentar a vida cristã, as promessas a prejudicam não raras vezes. Por  isto é de sugerir que os cristãos reconsiderem tal costume, que de resto parece mais fundado numa concepção antropomórfica de Deus (concebido como o Grande Banqueiro, cuja benevolência é preciso cativar) do que na autêntica visão que o Cristianismo tem de Deus. Este é Pai, Aquele que nos amou primeiro, antes mesmo que O pudéssemos amar (cf. 1Jo 4,19.9s; Rm 5,7s); por conseguinte, somos seus filhos, certos de que o amor do Pai é irreversível ou não volta atrás, cientes também de que, antes que Lhe peçamos alguma coisa, Ele já decretou dar-nos tudo o que seja condizente com o nosso verdadeiro bem; diz São Paulo: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como não nos terá dado tudo com Ele?”  (Rm 8,32).
Fonte: Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS” Nº 262 – Ano 1982 – Pág. 202
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São Paulo e a luta pelo Deus que realmente era desconhecido.




São Paulo foi o eco fiel d’Aquela voz, que com uma só palavra era suficiente para fazer o Universo inteiro estremecer. Em Atenas, cidade-estado localizada no sudeste da Grécia, esse eco se fez ouvir. O objeto de sua pregação nesse lugar? O de sempre, “Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos” (1 Cor 1, 23), mas, desta vez sob o pretexto do Deus desconhecido.
O ressoar, ou melhor, o ribombar das palavras do Apóstolo vibram ainda hoje, quando nos deparamos com as entusiasmantes linhas do livro dos Atos dos Apóstolos. Nesse livro, vemos que o portador da Verdade de Cristo, veio pregar em Atenas a doutrina ortodoxa que respondia inúmeras dúvidas, e batia de frente contra incontáveis pensamentos filosóficos carregados pelos gregos desde o surgimento da filosofia. De certa maneira ele foi o primeiro a dar início ao “batismo” da filosofia pagã.
O que se passou ali? Ao ver a cidade de Atenas entregue à idolatria, o seu coração encheu-se de amargura, e enquanto esperava Silas e Timóteo, aproveitou para disputar nas sinagogas contra os judeus e prosélitos, e nas praças contra todos os que ali se encontravam. (cf. At. 17,16-17). Até que alguns filósofos epicuristas e estóicos, “tomaram-no consigo e levaram-no ao Areópago[1], e lhe perguntaram: Podemos saber que nova doutrina é essa que pregas? Pois o que nos trazes aos ouvidos nos parece muito estranho.” (At 17, 19-20).
Quem eram esses epicuristas e estóicos? A escola de Epicuro foi a primeira das grandes escolas helenísticas.[2] Assim como os epicúrios, os estóicos nasceram em Atenas no fim do séc. IV a.C. A escola de Estoá (palavra que significa pórtico, que acabou dando o nome à escola), tornou-se posteriormente a mais famosa da época helenística. Seu fundador foi um jovem de raça semítica, Zenão, nascido em Cício, na ilha de Chipre, por volta de 333/332 a.C.[3] Eram duas escolas filosóficas rivais, até então muito em voga, os estóicos, que professavam um panteísmo materialista, penetrados de una elevada idéia do dever e aspirando a viver de acordo com a razão, indiferentes ante a dor, e os epicúrios, também materialistas, entretanto menos especulativos, que colocavam o fim da vida na busca do prazer.[4]
Ao tomarmos nota da pregação de São Paulo no Areópago, ficamos com a impressão de que ele – seja por ação do Espírito Santo ou não – já conhecia quais eram as teorias de ambas as escolas, pois ele argumentou contra as principais idéias e “preencheu” diversos “vãos” – que, aliás, se encontra em todas as filosofias heterodoxas – quase impreenchíveis apenas com a luz da razão, dos filósofos seguidores de Epicuro e Zenão.
Assim começou sua pregação: “Homens de Atenas, em tudo vos vejo muitíssimo religiosos. Percorrendo a cidade e considerando os monumentos do vosso culto, encontrei também um altar com esta inscrição: A um Deus desconhecido. O que adorais sem o conhecer, eu vo-lo anuncio!” (At 17, 22-23). E continua: “o Deus, que fez o mundo e tudo o que nele há, é o Senhor do céu e da terra, e não habita em templos feitos por mãos humanas” (At 17, 24). Ao anunciar isso, ele evidencia a existência de um só Deus Verdadeiro, Criador e Princípio de todas as coisas. Já quando declara que Ele não habita em templos feitos por homens, de forma tácita indica: esse mesmo Deus é Puríssimo Espírito. Assim fica lançada por terra o materialismo dos epicuristas e estóicos, pois segundo Epicuro: “além dos corpos e do vazio tertium non datur, porque não seria pensável nada que exista por si mesmo e não seja afecção dos corpos”.[5] Já para os Estóicos, o ser “é só aquilo que tem capacidade de agir e sofrer” [6], isto é, apenas o corpo. No que diz respeito ao princípio de todas as coisas, essa última escola garantia: “o fogo é o princípio que tudo transforma e tudo penetra; o calor é o princípio sine qua non (imprescindível) de todo nascimento, crescimento e, em geral, de toda forma de vida.” [7] E por fim, para pôr os “pontos finais” nessa questão, São Paulo pronuncia: “é ele quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas.” (At 17, 25).
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São Paulo Apóstolo
(Basílica de São Paulo Extramuros)
Epicuro afirmava que os deuses não se ocupam com os homens, apesar de dizer que o nosso conhecimento vem por “simulacros” ou “eflúvios”[8] provenientes deles.[9] Qual a resposta do Apóstolo a esse pensamento? “Procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo como que às apalpadelas, pois na verdade ele não está longe de cada um de nós. [...] Nós somos também de sua raça…” (At 17, 27-28).
Seu timbre eloquente prossegue: “Porquanto fixou o dia em que há de julgar o mundo com justiça, pelo ministério de um homem que para isso destinou.” Como Deus estabeleceu o dia em que vai julgar o mundo se ele é, de certa maneira, eterno? Provavelmente essa era a pergunta estava na mente de alguns estóicos. Esses sustentavam a teoria da “apocatástase”, ou seja, diziam que “no dia fatídico final dos tempos haverá a ‘conflagração universal’, uma combustão geral do cosmo”,[10] mas, à destruição do mundo se seguirá que tudo nascerá novamente exatamente como antes.
Depois de admoestá-los a respeito do juízo, se refere à ressurreição. Mas, quando o ouviram falar sobre isso, alguns começaram a zombar… Para os discípulos de Epicuro, que considerava a morte apenas como a dissolução da alma e do corpo,[11]falar sobre uma ressurreição dos corpos seria absurdo. E disseram: “A respeito disso te ouviremos outra vez” (At 17, 32). Assim saiu Paulo do meio deles (At 17, 33).
Ele teve que se retirar, no entanto, saiu vitorioso, pois: “todavia, alguns homens aderiram a ele e creram: entre eles, Dionísio, o areopagita, e uma mulher chamada Dâmaris; e com eles ainda outros” (At 17, 34). O Apóstolo dos gentios colocou, assim, em prática a seguinte máxima de Epicuro: “É vão o discurso do filósofo que não cure algum mal do espírito humano”.[12]
Por Lucas Alves Gramiscelli
[1] Areópago: lugar onde, segundo a lenda, haviam-se reunido os deuses para julgar a Marte, e onde, em tempos antigos, eram realizadas as sessões do tribunal supremo de Atenas. Cf. TURRADO, Lorenzo. Biblia Comentada: Hechos de los Apóstoles y epístola a los Romanos. 2 ed. BAC: Madrid. 1975. p. 179.
[2] Cf. REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia: Filosofia pagã antiga. Tradução: STORNIOLO, Ivo. 3 ed. São Paulo: Paulus. 2007. p. 259.
[3] No entanto, essa escola formou-se também pela ação ulterior de dois outros filósofos além de Zenão, são eles: Cleanto de Assos e Crisipo de Sôli, ao qual devemos a sistematização da doutrina. Cf. REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. Opus. Cit. p. 279.
[4] Cf. TURRADO, Lorenzo. Opus cit. p. 178.
[5] REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. Opus cit. p. 264.
[6] Idem. p. 284.
[7] Idem. p. 285.
[8] Simulacros e eflúvios são palavras usadas por Epicuro para tentar designar, em sua teoria do conhecimento, os objetos que causam impacto de fluxos de átomos em nossos sentidos, causando assim a sensação.
[9] Ibidem. p. 266.
[10] Ibidem. p. 287.
[11] Ibidem. p. 270.
[12] Idem. p. 247.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Marcha das “Vadias”: A favor das mulheres, CONTRA os homens?




A marcha é “legal” e é um direito das mulheres, enquanto cidadãs, de defenderem seus pontos de vista e de assim chamar a atenção da sociedade.
As frases acima , algumas corretas enquanto princípio ( opressão de uma pessoa sobre a outra, por exemplo) são, no entanto, reflexo da desorientação que o feminismo radical chegou, onde em nome da legitima liberdade se atinge o cerne do amor entre um homem e uma mulher; o centro na relação afetiva não é mais o outro mas eu mesmo, confundem individualidade com individualismo.”Não quero amar, quero apenas ser amado!”
Afinal, a marcha é a favor da mulher ou é contra os homens?
Veja imagens da marcha do ano passado(aviso: algumas frases são agressivas)http://g1.globo.com/distrito-federal/fotos/2011/06/marcha-das-vadias-em-brasilia.html

Quando é que uma pessoa deve pedir ajuda psicológica no campo afetivo? dependência afetiva é uma doença?



Um conversa com Dra. Michela Pensavalli, Psicóloga-Psicoterapeuta
Por Thácio Siqueira
Um congresso sobre o tema do amor, em uma época líquida em que as relações são rápidas, frenéticas e virtuais dificilmente fazemos uma pausa para compreender as nossas emoções e os nossos sentimentos.
Entrevista com Dra. Michela Pensavalli, Psicóloga-Psicoterapeuta, Professora e Coordenadora Acadêmica SCint (Escola de Especialização em Psicoterapia Cognitivo – Interpessoal), membro da CeDic (Centro para a pesquisa e a terapia do Dep. Comportamental), Investigadora junto à ITCI (Instituto de Terapia Cognitivo – Interpessoal) e Membro do Comitê editorial da revista Modelli per la Mente e Idee in Psicoterapia.
Publicamos a seguir a entrevista:
Por que um congresso sobre o tema do amor e da afetividade?
Dra. Michela Pensavalli: Em uma época em que as relações são rápidas, frenéticas e virtuais dificilmente fazemos uma pausa para compreender as nossas emoções e os nossos sentimentos. O congresso aborda a temática do amor em tempos de liquidez mediática, explicando como funcionam os mecanismos desta nova realidade, oferecendo pontos de reflexão para entender como o Amor mudou desde a introdução da Internet, do ponto de vista comunicativo, comportamental e social.
Hoje, as pessoas buscam muito estes temas, também porque sofrem muito por isso. Onde encontrar ajuda, já que no campo psicológico há muitas escolas diferentes, e talvez algumas que realmente não ajudam a encontrar uma solução adequada?
Dra. Michela Pensavalli: Até à data as psicoterapias com mais crédito parecem ser aquelas cognitivistas. A Psicoterapia Cognitiva Interpessoal, em particular, representa uma abordagem integrada em quanto que aborda a exigência clínica de tratar os pacientes com problemas relacionais. A condução do processo de psicoterapia, envolve a construção de uma atmosfera de cooperação com o paciente, onde ele é visto como o maior especialista de si mesmo e dos seus males, enquanto que o terapeuta é o principal especialista das estratégias e das técnicas para resolvê-las. Terapeuta e paciente constroem o cenário de exploração e conhecimento das dinâmicas profundas que vão sendo expressas no contexto da relação terapêutica.
Na sua opinião, quando é que uma pessoa deve pedir ajuda psicológica no campo afetivo?
Dra. Michela Pensavalli: Quando se busca contínua e incessantemente a felicidade, uma realização de si mesmo, uma paz interior através de uma relação com um objeto ou com um evento ou com uma pessoa e esta busca entra na cotidianidade no âmbito sentimental, profissional e relacional, então pode ser útil confiar num tratamento psicoterapêutico. Por meio desta ajuda, a pessoa experimenta novas atitudes e retoma, passo a passo, o domínio da própria vida e a direção escolhida para ser perseguida nos vários âmbitos da vida cotidiana.
O que é a dependência afetiva? é uma doença? É algo normal hoje?
Dra. Michela Pensavalli: Define-se “doença das emoções”. O objeto da dependência é um relacionamento. Designa uma necessidade geral e excessiva de ser acudidos, necessidade que leva a um comportamento submisso e a uma angústia de separação. É a antítese do amor a si mesmos. O dependente afetivo não consegue desenvolver o amor próprio nem a auto-estima.
Na sociedade atual, onde é dada uma grande importância à estética e à beleza externa, o dependente afetivo vive constantemente no medo de não ser aceito e aceita fazer qualquer coisa para mostrar-se complacente como o outro ainda que este seja contrário aos seus valores e ao seu código moral.
As pessoas sentem medo de ficar na solidão, mas ao mesmo tempo não têm a coragemde tomar a sério uma relação porque é muito difícil. É realmente assim? Por quê?
Dra. Michela Pensavalli: Solidão significa entrar em contato consigo mesmos e com a própria alma, significa, às vezes, terror de viver na dor do abandono. As pessoas têm medo da solidão, porque naquele momento encontram-se diante de si mesmas. Ao mesmo tempo, no entanto, têm medo de estreitar laços fortes porque não se sentem capazes de mantê-los e gerenciá-los no tempo. A psicoterapia pós-moderna encaminha-se na direção de sustentar a pessoa enquanto busca o equilíbrio entre os excessos de extrema solidão e busca complacente e contínua do outro.
Michela, junto com Tonino Cantelmi, você escreveu um livro sobre o assunto: “Scusa se non ti chiamo piu amore”. Qual é a mensagem que você daria para os jovens de hoje que se deparam com a escolha de se casar ou não casar, que se encontram diante das dificuldades psicológicas de seus parceiros?
Dra. Michela Pensavalli: Uma justa premissa que deve ser sublinhada é saber que o amor pode transformar-se numa dependência afetiva mas a dependência não se transforma jamais em amor. Isso explica porque em muitos casos uma relação amorosa transformada em uma história de dependência recíproca pode ser curada por meio do compromisso ativo dos parceiros, enquanto que uma relação que se destacou  como dependência desde o início está destinada a acabar de um modo ou de outro, quando não termina destruindo as pessoas envolvidas.
No entanto, investir no amor é sempre a direção certa e a solução. Isto quando o amor é saudável e não vinculativo, quando se vive de forma independente e recíproca sem excluir o amor para si mesmos. A união no matrimônio não significa dependência afetiva, mas o oposto. Uma sadia relação baseia-se na liberdade e na autonomia, na pura necessidade de ser amados. Num matrimônio cada um manifesta o seu amor ao seu modo, e cada um ama o outro como acha melhor: isso é o amor humano. Amar significa aceitar o desafio de suportar e acolher sobretudo os defeitos do outro.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Estátua de Santa Edwiges em Fortaleza ameaçada de remoção.






Jornal O Povo

Há pouco mais de três anos, a estátua de 11 metros era inaugurada para completar, junto ao Altar do Milênio e à igreja, o complexo de Santa Edwiges, na avenida Presidente Castelo Branco (Leste-Oeste). Agora, a imagem passa pela segunda tentativa de remoção, segundo o padre Manoel Ferreira. “Eles dizem que um monumento só pode ser feito para pessoas que foram símbolos para a cidade, e não para santos”, lamenta.

O projeto da construção foi elaborado pelo então vereador Willame Correia e executado pela Prefeitura. “Eu não mandei fazer essa estátua, se quiserem tirar, eles têm que falar com a Prefeitura”, alega o padre. Conforme Jorge Luiz Queiroz, superintendente da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), o terreno em que a estátua foi erguida não é de propriedade da paróquia.

A imagem foi construída através de um decreto municipal, mas sem a autorização da União, segundo Jorge Luiz. Por estar em área de uso comum, uma construção não pode atrapalhar o acesso da população à orla. No caso da estátua, não há esse impedimento, mas o fato de ser um símbolo religioso é um agravante à situação e contribui para a sua retirada, de acordo com ele. “A área não foi cedida para a utilização da Prefeitura”, explica.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), há um procedimento administrativo instaurado a partir de uma representação da sociedade. A ação está na fase inicial de análise, à espera de um parecer da Consultoria Jurídica da União. No dia 23, foi realizada a primeira reunião sobre o assunto entre o padre Ferreira e representantes do MPF e da Advocacia Geral da União (AGU).

“Ela está fazendo mal a quê?”, questiona Irene Costa, que frequenta a paróquia. Para ela, a estátua é um ícone da igreja e da cidade. A população, na opinião do padre Ferreira, não vai apoiar a retirada da imagem.

A igreja de Santa Edwiges também foi erguida em terreno da União, mas a área foi cedida e, conforme o padre, não há possibilidade de que seja retirada. “Se tirarem a imagem, vão ter de tirar todas as outras da cidade. Se pode o laico, por que não pode o santo?”, argumenta o padre.

ENTENDA A NOTÍCIA

Será elaborado um estudo para avaliar a regularidade sobre a utilização da área, que é de propriedade da União. Caso a análise da AGU encontre irregularidades, a Prefeitura será notificada e a retirada será solicitada.

Saiba mais

No domingo 1º de outubro de 1995, foi celebrada a primeira missa da igreja de Santa Edwiges. A imagem de 11 metros foi inaugurada em 2008.

Santa Edwiges nasceu em 1174 na Alemanha e morreu no dia 15 de outubro de 1243. Católicos celebram o dia da santa em 16 de outubro. Canonizada pela Igreja Católica em 26 de março de 1267, Santa Edwiges é considerada a Padroeira dos pobres e endividados e protetora das famílias.

Uma linha imaginária foi traçada na costa brasileira com base na média de marés altas e baixas. A faixa de terra de 33 metros a partir da linha no sentido do litoral é considerada terreno da União.

O que pensa a Igreja sobre as “Greves” e a participação de Católicos nessas manifestações?




Sobre as greves diz Leão XIII na Rerum Novarum

22. O trabalho muito prolongado e pesado e uma retribuição mesquinha dão, não poucas vezes, aos operários ocasião de greves. E preciso que o Estado ponha cobro a esta desordem grave e frequente, porque estas greves causam dano não só aos patrões e aos mesmos operários, mas também ao comércio e aos interesses comuns; e em razão das violências e tumultos, a que de ordinário dão ocasião, põem muitas vezes em risco a tranquilidade pública. O remédio, portanto, nesta parte, mais eficaz e salutar é prevenir o mal com a autoridade das leis, e impedir a explosão, removendo a tempo as causas de que se prevê que hão–de nascer os conflitos entre os operários e os patrões.

A leitura superficial pode se revelar enganosa e, a um leitor menos atento, pode parecer que a Igreja é “contrária às greves” assim, sem mais ressalvas. Ou ainda, caso as pessoas tenham o cuidado de abrir o Catecismo da Igreja Católica, podem se deparar com a seguinte passagem e julgar que, afinal, a Igreja dizia ontem uma coisa e hoje diz o contrário:

§2435 A greve é moralmente legítima quando se apresenta como um recurso inevitável, e mesmo necessário, em vista de um benefício proporcionado. Torna-se moralmente inaceitável quando é acompanhada de violências ou ainda quando se lhe atribuem objetivos não diretamente ligados às condições de trabalho ou contrários ao bem comum.

E então? A greve é “moralmente legítima” ou é uma “desordem grave”? Vale o que foi dito no século XIX ou vale o que é dito hoje? Na verdade (e aliás como sempre), valem as duas coisas. De que maneira? Muito simples: mudou-se o que se entende por “greve”.

A Igreja sob Leão XIII nunca condenou a greve entendida como o direito de se recusar a trabalhar em condições degradantes. O que a Igreja condenou foi o evento sociológico “greve” da época, que tinha pouco ou nada a ver com as greves atuais: naquela época, era “greve” quando os trabalhadores ocupavam as fábricas, quebravam as máquinas e, se calhasse, matavam o patrão ou os que lhe eram próximos. A greve era um atentado concreto (pelo menos) ao direito à propriedade e (não raro) ao direito à vida. Óbvio, portanto, que tal coisa fosse condenada. Aliás ainda o é.

Igualmente, hoje não é “qualquer greve” que é legítima: ao contrário, são legítimas as greves que «se apresenta[m] como um recurso inevitável, e mesmo necessário, em vista de um benefício proporcionado», como está no Catecismo. E só é legítima a greve que (ao contrário daquelas historicamente condenadas pela Igreja) não seja “acompanhada de violências”. Mudaram, portanto, as contingências históricas: permanece imutável o ensino moral da Igreja, que (por definição) não se pode mudar.

Confundir realidades distintas por conta do emprego comum de um mesmo termo para designar ambas é sempre um risco. Mas outro risco é o de achar que, com a mudança das realidades contingentes, mudam-se (ou abrandam-se) as condenações da Igreja. Julgar desta maneira é não entender o que aconteceu neste caso da greve (e em outros casos análogos, como o dos juros): as condenações da Igreja não “se abrandaram”, elas permanecem integralmente válidas. O que deixou de existir foi o objeto da condenação: antes havia uma coisa caracterizada por proletários destruindo fábricas e, hoje, existe uma outra coisa que se caracteriza por empregados se recusando a trabalhar. Ambas foram contingentemente chamadas de “greve”, mas é bastante evidente que se tratam de realidades bem distintas.

Se alguém resolver quebrar máquinas hoje como se fazia no século XIX, não pode aduzir em sua defesa um alegado “direito de greve” reconhecido tanto pela Igreja quanto pelo direito brasileiro. Igualmente, se algum proletário da época da Revolução Industrial resolvesse então dizer que não ia mais trabalhar enquanto não fosse melhor remunerado, tal situação não seria de modo algum condenável pelas autoridades eclesiásticas da época.

É desse modo, portanto, que deve ser entendida a autoridade moral da Igreja Católica: separando-se as questões de princípio das questões de fato, recaindo a infalibilidade magisterial (e a sua conseqüente irreformabilidade, etc.) sobre as primeiras.

Quanto às questões de fato, é preciso ter em mente que as contingências históricas podem mudar e, portanto, pode ser que as condenações de outrora deixem de valer por mera vacuidade contingente do objeto condenável (sem que contudo o objeto deixe de ser condenável). Mas mesmo quanto às questões de fato compete às autoridades da Igreja dar a orientação definitiva.

Ninguém pode levianamente afirmar que certas condenações do passado não são mais válidas: na verdade, as condenações do passado são sempre e para sempre válidas. O que pode acontecer, repita-se, é que não exista mais o objeto anteriormente condenado; mas até para a emissão desse juízo de fato é mister estar em delicada consonância com o Magistério da Igreja.

“Coragem não é a ausência do medo, mas a decisão de que algo é mais importante que o medo. O corajoso pode não viver para sempre, mas o cauteloso nunca vive plenamente.”



 Luciana Hilário
Uma vez ouvi uma definição de coragem que gostei muito. Foi no filme “O Diário da Princesa”, da Disney. No aniversário de 16 anos da filha, o pai, já falecido, havia deixado uma carta que dizia assim:“Coragem não é a ausência do medo, mas a decisão de que algo é mais importante que o medo. O corajoso pode não viver para sempre, mas o cauteloso nunca vive plenamente.” Essa frase mexeu muito comigo, pois sou uma pessoa um “mocadinho” medrosa.
O medo é um sentimento necessário para a sobrevivência do ser humano. Numa situação de perigo de morte, por exemplo, é o medo de perder a vida que nos faz correr de um animal descontrolado, nadar em meio a fortes ondas, enfim, se esconder ou enfrentar o perigo. Isso é bom, muito bom! Mas, e quando fugimos da possibilidade de acontecer algo ruim, mesmo que não seja um perigo iminente? Isso acontece quando temos medo de um perigo, medo de sentir as dores de uma perda. Ao contrário do medo que nos move, esse medo nos paralisa, nos faz ficar estagnados, escondidos. Nesses casos, para nos mover,temos que enfrentar os medos, e não necessariamente os perigos. Nesse texto, quero refletir sobre como lidamos com nossos medos e como isso influencia a educação que damos a nossos filhos.
Para ajudar nessa reflexão, convido vocês a ver o filme“Procurando Nemo”.

Reprodução: Marlyn e Nemo
Esse filme, também da Disney, começa apresentando Marlyn e sua esposa, dois peixes palhaço que estão “adquirindo” sua nova moradia. Tudo é só felicidade: “casa” nova em um lugar privilegiado e muitos filhotinhos a espera em seus ovinhos. Em meio a essa alegria, um desastre acontece: o ninho de amor é atacado por um peixe feroz e Marlyn perde de uma só vez o amor de sua vida e seus filhotes. Só o que encontra é o vazio. Mas, em meio a esse desespero, uma ponta de esperança brilha para ele: um ovo se salvou, um filho amado que ele dá o nome de Nemo! Após uma passagem de tempo, a vida de pai e filho é só harmonia, pois os dois não se desgrudam. O cuidado de Marlyn para com Nemo é tanto, que ele protelou ao máximo a ida do filho à escola, com o intuito de protegê-lo. No entanto, todo esse zelo não adiantou. Em um descuido, Nemo é capturado por mergulhadores, e Marlyn, desesperado por mais essa perda, segue a procura de seu filho único, numa busca que irá trazer muito mais do que seu filho de volta: trará também muito amadurecimento e coragem.
Por muitas vezes, os pais protegem tanto seus filhos que acabam por sufocá-los, por não deixar que eles mesmos vivam suas experiências. Ao mesmo tempo, o dever dos pais é zelar pela segurança, proteção e cuidado de sua prole, principalmente ensinando-os o que é certo e errado, bom e ruim, enfim, ensinando os limites da vida.
Essa linha que separa a proteção saudável da super-proteção é tênue e precisa ser constantemente vigiada. Por isso é necessário estar atento às limitações de entendimento e de atividades para cada idade de seus filhos. Por mais preocupada que uma mãe possa ficar com um tombo de uma criança, por exemplo, mesmo com toda atenção prestada, isso pode acontecer, e esse  “raladinho” pode servir de aprendizado.
É possível observar no filme que o sofrimento que Marlyn passou com a perda de sua esposa e de seus outros filhos criou nele um medo enorme de perder o próprio Nemo. No fundo, ele tem um grande medo de sofrer. Quem de nós não têm medo de sofrer? Medo de perder a felicidade vivida? No entanto, temos que aprender a lidar com esses medos para que eles não nos paralisem. Precisamos aprender a ser corajosos, a perceber o que é mais importante do que o medo que sentimos.

Reprodução: Dori e Marlyn na barriga da baleia
Um dos trechos que mais me chamou atenção do filme foi a sequência em que Marlyn e Dori, uma pexinha amiga, estão presos dentro de uma baleia e Marlyn começa a ficar desanimado com os problemas e adversidades no caminho, à procura de seu filho. Dori, sempre otimista, tenta animá-lo, dizendo que vai ficar tudo bem. Marlyn então diz que prometeu que nunca deixaria nada acontecer com seu filho Nemo, e Dori responde: “Coisa engraçada de se prometer. Se você deixar nada acontecer com ele, nada vai acontecer com ele.” E é verdade!
Quando os pais, no intuito de proteger seus filhos, controlam para que nada aconteça, eles não terão a chance a aprender com as adversidades da vida, tão comuns e tão ricas para nosso amadurecimento. Talvez essas crianças acreditem que o mundo é “perfeito”, que não existem problemas, e, na vida adulta, não saberão lidar com as diferenças, com as contrariedades que encontramos no dia-a-dia.
Na continuação desta sequência, ao perceber que a baleia parou e a água está baixando, Dori diz que a baleia está pedindo para eles se soltarem e irem para o fundo da garganta. Marlyn fica desconfiado e diz que a baleia quer na verdade engoli-los. Quando Dori se solta confiante no que a baleia está dizendo, Marlyn fica desesperado e a agarra. Dori então explica para Marlyn o que a baleia quer, e no diálogo que segue, temos uma das grandes demonstrações de medo do ser humano:
Dori – Ela disse para a gente se soltar logo! Vai dar tudo certo!
Marlyn – Como sabe disso? Como sabe que não vai aparecer nenhum problema?
Dori – Não sei não!
E então, Marlyn vence seu medo e se solta junto com Dori para o fundo da garganta da baleia, para o desconhecido, que tantas vezes nos assusta, nos amedronta!
“Coragem não é a ausência do medo, mas a decisão de que algo é mais importante que o medo.” É interessante perceber que muitas vezes, nos momentos de decisões de nossas vidas fazemos essa pergunta a nós mesmos ou aos que estão junto conosco: será que vai dar certo? Não vai ter nenhum problema pelo caminho? A resposta será sempre a mesma: não sabemos! Mas isso não significa que não vai ficar tudo bem, que não “vai dar tudo certo”! Temos que acreditar nisso, ser otimistas, sem deixar de ser realistas. O ser humano tem o desejo de ter o “controle” de tudo, para que tudo saia conforme esperamos, desejamos. Mas esse controle não existe, é uma sensação falsa. No filme, Marlyn percebeu que a busca pelo seu filho amado é mais importante do que o medo que ele tem do desconhecido, das suas perdas.
Outra lição que tirei deste mesmo trecho é a de confiar naqueles que estão junto conosco na caminhada da vida, nas nossas buscas. Marlyn insiste várias vezes com a peixinha Dori de que ela não sabe falar “baleiês”, de que ela não entende o que a baleia está dizendo. Muitas vezes, nossa família, nosso cônjuge ou até amigos estão do nosso lado nos apontando para caminhos que nós não queremos enxergar, e preferimos dizer que eles não sabem o que estão falando, não entendem “baleiês”. Não confiamos porque o caminho que eles nos apontam é desconhecido, nos amedronta, pode nos trazer um sofrimento ou um resultado não “controlado” por nós. Para quem acredita em Deus, esse acreditar na “voz da baleia” e se jogar no fundo da garganta deve ser um aprendizado constante. Ele nos pede para que acreditemos nos caminhos desconhecidos, no qual não temos controle, pois com Ele ao nosso lado, “Vai dar tudo certo!”.
Compartilho com vocês esses meus pequenos aprendizados. Ainda são para mim aprendizados, pois ainda não estão enraizados no meu viver, não viraram uma prática fácil. Tenho momentos de coragem e momentos de medo. Momentos em que o medo da perda da felicidade fala mais alto. Ainda tenho que pensar muitas vezes o que é mais importante do que o medo. Sei que assim conseguirei viver mais plenamente, mesmo que tenha que ser menos ou com mais sofrimento.

PT cria núcleo para melhorar relação com religiosos EM FUNÇÃO das próximas eleições.


O PT APOIA O ABORTO!
O PT APOIA O ABORTO!
Raphael Di Cunto – jornal Valor.
“Não adianta trabalhar só nos sindicatos e nas ruas. Tem que fazer a discussão nos locais onde as pessoas têm envolvimento diário, e as igrejas e templo são ideais para isso”, discursou o coordenador do setorial inter-religioso estadual, Marcos Cordeiro, que diz articular há 20 anos a criação do núcleo.“Os centros religiosos são já células prontas, minicomitês, que a gente tem que politizar”, afirmou.

Sentada em círculo, a plateia, de 13 líderes religiosos filiados do PT concordou. “O Serra conseguiu apoio de setores católicos conservadores, como a Opus Dei e a TFP [Tradição, Família e Propriedade]. Precisamos identificar quem são as lideranças que defendem a justiça social e buscar o apoio delas”, defendeu um pré-candidato a vereador e líder espírita da região sul da cidade.

O ex-governador José Serra, pré-candidato do PSDB à prefeitura, foi bastante criticado por, segundo os petistas, tentar reeditar na eleição municipal a “tática reacionária” de instigar o voto religioso contra o PT – em 2010, setores evangélicos conservadores pregaram o voto contra a presidente Dilma Rousseff (PT) com a alegação de que ela iria liberar o aborto e fechar igrejas.

Serra tenta fazer o mesmo nesta eleição com Haddad, avaliaram os petistas na reunião. O candidato é criticado principalmente por evangélicos por causa de um projeto de combate à homofobia feito na época em que foi ministro da Educação. O “kit gay” foi atacado pela bancada evangélica, que obstruiu votações no Congresso e ameaçou convocar ministros para falar de irregularidades. Acuado, o governo desistiu da proposta.

“Nosso medo era que chegasse às crianças, aos jovens, mas isso não ocorreu. O Haddad já explicou que o material ainda não tinha passado por seu gabinete, que ainda haveriam mudanças”, defendeu o pastor Luciano, líder de uma igreja evangélica que não quis se identificar. “Teve erro, mas foi sanado, não tem porque falar disso na campanha”, disse.

Líder do PT na Câmara Municipal, o vereador Chico Macena afirmou ontem que tem acompanhado as críticas religiosas, mas que não preocupam. “É algo que pode crescer, mas que por enquanto está muito localizado em setores ligados à Record [e a Igreja Universal do Reino de Deus, proprietária da emissora], e a militância do PSDB”, analisou.

Macena disse que o partido realmente irá procurar líderes religiosos, mas sem querer discutir crenças. “Em todas as campanhas montamos um comitê religioso, mas para debater com eles os problemas e soluções da cidade”, afirmou

Na reunião do núcleo inter-religiosos, as lideranças decidiram realizar um ato com pastores evangélicos no dia 9 de junho para apoiar o candidato. “O intuito do kit era muito bom, de não ter preconceito nem segregação. A função do setorial será explicar isso para as igrejas evangélicas”, explicou Marcos Cordeiro.

Escolhido coordenador do setorial no município, o evangélico Jucelino Brandão, da Igreja Missão Rede, pediu agilidade dos integrantes do núcleo na elaboração propostas para o programa de governo do PT.

Para Cordeiro, o PT deve retomar as origens nas comunidades eclesiais de base da Igreja Católica. “Temos que politizar os centros religiosos. O [Leonel] Brizola fez isso no seu primeiro mandato no governo do Rio de Janeiro [1983 a 1986] com os CIEPs [Centros Integrados de Educação Pública], que hoje o país inteiro copia. O PT, infelizmente, erra ao não reconhecer a inspiração dos CEUs”, discursou, em referência ao Centro Educacional Unificado, vitrine da gestão petista na Prefeitura de São Paulo.

Picolé blasfemo, feito com crucifixo e vinho pretensamente consagrado gera perplexidade.



100 picolés em formato de crucifixo, produzidos com vinho pretensamente consagrado, serão entregues aos participantes da Semana do Design, em Nova Iorque.

O artista blasfemo, Sebastian Errazuriz, afirma que seus “picolés cristãos” foram feitos de “vinho sagrado que foi transformado no sangue de Cristo”. Ele levou para uma igreja uma caixa térmica com o vinho, e supôs que o material foi “inadvertidamente consagrado” durante a Missa.

Embora saibamos que o vinho nessas condições não foi consagrado, fica clara a malícia e o objetivo sacrílego de Errazuriz. Ele se proclama ateu… mas acredita na transubstanciação, isto é, que o vinho, durante a Consagração, torna-se Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Estranha contradição!

O objetivo que alega para sua “obra de arte” é combater o fanatismo religioso. Como se sua exposição não revelasse um verdadeiro fanatismo anticatólico! De fato, a obra não poderia ser mais ofensiva aos católicos, pois constitui uma blasfêmia contra o Sacramento por excelência, a Sagrada Eucaristia, e contra o crucifixo, o símbolo católico por excelência!

Se o artista tivesse feito um palito, não em forma de cruz, mas de lua crescente, com a figura de Maomé, certamente teria sido expulso do evento, sem mais delongas! Se fosse uma sátira contra o movimento homossexual, certamente o artista já estaria enfrentando processo.

Contra Nosso Senhor e seus seguidores, tudo vale. É a escalada da cristianofobia, cada vez mais patente.

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