sexta-feira, 22 de junho de 2012

Série Memórias - Padre Rufus Pereira - Jesus: o Salvador do mundo


Jesus: o Salvador do mundo 
Ouça o Salmo 77 cantado pela missionária Giuliana:
"Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!


Certa vez fui numa livraria e lá eu vi um pequeno livro com o título "O Evangelho em muitas línguas". Comprei aquele livro, e vi que apenas um versículo do Evangelho era traduzida. Quis saber por que aquela frase era tão importante para ser chamada de Evangelho e para muita gente essa palavra era o resumo do Evangelho inteiro.

A Palavra está em João 3,16: “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Eu espero que vocês nunca esqueçam esse versículo. Ele contém os seis elementos mais importantes da proclamação do Evangelho:

1º - Quem é Este que nos amou? São João diz que Deus nos ama. É simples, Deus nos ama, pode ter algo mais simples que isso?

2º - A quem Deus ama? São João diz que Deus amou tanto o mundo, que não é mundo da natureza, é a pessoa. Por isso que todas as vezes que João fala dessa parte ele fala com grande aversão, ele fala dessa palavra mundo como se não gostasse dela. João fala: “Esse mundo que eu não gosto Deus amou tanto”. Você quer saber que mundo é esse que João tinha aversão? É esse mundo que você ver no jornal todos os dias. Apesar de todas as descobertas do mundo hoje, elas tem tornado o mundo melhor para se viver? São João diz que esse mundo é tão mal e ainda Deus o ama. A quem Deus ama? Não só as pessoas santas, mas também as pecadoras.

3º - De que forma Deus ama o mundo? A prova do amor de Deus é que Ele deu seu único Filho, tudo que Ele tinha de precioso que era Seu único Filho. Para o cristianismo Jesus é sinal do amor de Deus.

4º - Por que Deus deu Seu Filho? Ele deu Seu Filho para que nós não morrêssemos e nem fôssemos oprimidos pelo inimigo de Deus. Então usamos a linguagem do Evangelho, o Senhor enviou Seu Filho para que pudéssemos ser salvos.

5º - O Senhor enviou seu Filho para que pudéssemos viver uma vida nova, e Jesus diz em João 10,10: “Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância.” Todos que acreditam nessa vida nova.

6º - Qual a condição que o Senhor pede a cada um de nós? São João diz que não há nenhuma condição. O que significa isso: Para aqueles que crêem? Significa que eu não tenho que fazer nada para que eu tenha vida nova, mas devo acreditar que, se eu deixar, Jesus faz novas todas as coisas.

Para qualquer cristão essa é a Palavra mais importante: João 3, 16:“Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Vou contar um caso de libertação de alguém por quem eu rezei:

Ouça essa história na íntegra



Eu tive que dar um retiro para umas Irmãs Carmelitas na Índia. Quando eu fui ver a sala de palestra, a capela, eu vi uma cruz, a maior cruz que eu já havia visto em uma capela, e quando eu olhei para ela a figura de Jesus parecia estar viva.

Eu senti que havia algo santo na capela, então eu disse para as irmãs que todo retiro seria na capela, Missa, orações e palestras. Foi a primeira vez que eu fiz aquilo, então assim começamos o retiro.

No segundo dia de retiro eu recebi a carta de uma mulher, escrita por um padre famoso da Índia, que dizia: “Prezado, padre Rufus, eu estou te enviando essa mulher porque ela precisa de ajuda, de libertação porque há 20 anos ela tem tido possessões”.

A mulher me disse que havia 20 anos que ela caía na rua sem motivo e via em determinados lugares como se demônios tivessem surgindo.

O que eu fiz? Eu não me esqueci daquela cruz. Normalmente eu teria rezado por ela numa sala, mas eu a trouxe para a capela e coloquei-a diante da cruz. Quando eu olhei para ela, ela ainda não tinha olhado para cruz. Eu perguntei quem é você? A reposta foi: “Por que você está me fazendo essa pergunta? Nós nos já encontramos outras vezes”.

Eu não perguntei mais, então ela olhou para a cruz e ali todo o inferno apareceu, e ela começou a dizer palavras duras para Jesus. “Por que você me trouxe aqui diante de Ti? Essa casa é minha? Eu estava aqui há 20 anos eu tenho que sair porque você ainda está nesta cruz, desça da cruz”.

E como nada estava acontecendo ele começou a dizer palavras sujas para Jesus, que a irmã que estava traduzindo não podia repetir. Então eu me lembrei das passagens do Evangelho em que os fariseus diziam para Jesus descer da cruz para que as pessoas acreditarem n’Ele. Eu percebi que quem estava dizendo para Jesus descer da cruz há dois mil anos era o espírito mal, o mesmo que estava na mulher. Mesmo o ladrão que estava na cruz disse isso para Jesus, e como Jesus não desceu da cruz o ladrão começou a amaldiçoá-Lo.

Eu percebi que a última tentação de Jesus foi no Monte Calvário, e não foram somente três vezes foram quatro vezes. O inimigo colocou a palavra na boca dos soldados e das pessoas que por lá passavam e agora eu estava ouvindo dos lábios daquela mulher, mas Jesus não se rendeu. Jesus morreu por nós, Ele foi crucificado por nós. Percebi qual foi a última tentação de Jesus.

Quando Jesus disse que iria ser crucificado, Pedro disse que isso não aconteceria, quem disse não foi Pedro, por isso Jesus lhe disse: “Afasta de mim satanás”. Imagine Jesus dizendo isso para o primeiro Papa. Satanás usou até de Pedro, o primeiro Papa para que Jesus não fosse crucificado. O que o Papa atual nos diz, ele escreveu uma carta, olhem para Aquele que vocês crucificaram, não pedindo para Ele descer da cruz.

A mulher dizia coisas horríveis, mas Jesus não desceu da cruz porque Ele já tinha vencido. O que eu podia fazer para aquela mulher? Nada. Então eu repeti as palavras da Missa: “Por sua cruz e ressurreição o Senhor nos libertou. Tu és o Salvador do mundo”. Eu fiz oração de libertação para aquela mulher? Não. Jesus já tinha morrido na cruz para ela.

Quando eu estava rezando por ela eu perguntei: Por que você possui essa mulher? E ele pelo poder o Espírito Santo me disse que quando essa mulher, antes de se casar, para ir a igreja ela tinha que passar debaixo de uma árvore e ele estava na árvore, ela era bonita ele se apaixonou e entrou nela.

Como o inimigo pode possuir uma jovem passando debaixo da árvore? Essa mulher quando era adolescente queria entrar no convento, mas os pais queriam que ela casasse. Ela começou a desobedecer aos pais. Ser freira é bom, mas talvez essa não era a vontade de Deus na vida dela. A coisa não é ser bom ou ruim, mas se é vontade de Deus.

Ela não admitia não ser freira, ficou ofendida contra os seus pais, criou uma amargura e ressentimento por eles, e ao passar debaixo da árvore indo para igreja esses sentimentos fizeram com que ela estivesse aberta para o inimigo.


Eu perguntei: O que aconteceu quando você passou debaixo daquela árvore? Ela sentiu que caiu algo nela, parecia ser uma flor, mas não viu nada. São os sentimentos ruins que fazem com que sejamos atacados. A partir daquele dia tudo dava errado na vida dela. Quando o padre perguntou se ela aceitava aquele rapaz ela não conseguia dizer, a mãe teve que ajudar. Quando ela olhava as fotos do casamento era como se ela não tivesse ali.

Depois da oração ela se sentiu livre, eu fiz com que ela perdoasse os pais e aceitasse o casamento. No momento em que estava terminando a conversa percebi que ela estava grávida, quase nove meses. Ela disse que todos faziam a mesma pergunta para ela, mas ela não estava grávida, mas quando ela casou já estava assim. Ela passou a sentir sentimentos de grávida desde quando algo caiu na cabeça dela debaixo da árvore, porque o inimigo não queria que ela se casasse com ninguém, por isso a deixou com esses sentimentos.

Eu a levei diante do crucifixo porque aquele era um sinal de que o inimigo ainda estava a perturbando. Eu fiz uma oração e ela caiu no chão inconsciente, eu já sabia que não era gravidez natural, eu toquei de leve o estomago dela e disse: Em nome de Jesus sai de dentro dessa pessoa, e minha mão desceu e todo aquele inchaço saiu de dentro dela. Foi uma liberação instantânea.

Eu gostaria que você visse o que eu vi, porque Jesus morreu numa cruz por nossos pecados. Foi uma operação natural, obra do Espírito Santo de Jesus que morreu por nós numa cruz.

Ouça oração após a comunhão feita por padre Rufus

Construir a santidade no cotidiano



Aprendendo com a vida e missão de João Batista

Santidade é vocação de todos os cristãos, sem exceção. A redescoberta da Igreja, como um povo unido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo não pode deixar de implicar um reencontro com sua santidade, entendida no seu sentido fundamental de pertença àquele que é o Santo por antonomásia, o três vezes Santo (cf. Is 6,3). Professar a Igreja como santa significa apontar o seu rosto de Esposa de Cristo, que a amou entregando-se por ela precisamente para santificá-la (cf. Ef 5,25-26). Este dom de santidade é oferecido a cada batizado. Mas, o dom gera um dever, que há de moldar a existência cristã inteira: "Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação" (1 Ts 4,3). É um compromisso que diz respeito aos cristãos de qualquer estado ou ordem, chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Significa exprimir a convicção de que, se o batismo é um ingresso na santidade de Deus, por meio da inserção em Cristo e da habitação do Seu Espírito, seria um contrassenso contentar-se com uma vida medíocre (Cf. Novo Millenio ineunte 30-31).

A formação da cultura dos povos é marcada positivamente pela presença da Igreja e por homens e mulheres que se elevam pelo seu comportamento e suas opções de vida, mostrando que, efetivamente, é possível sair da rotina do “mais ou menos” para confirmar que uma alma que se eleva, eleva o mundo. Tenho descoberto esta santidade em homens e mulheres que a testemunham na fidelidade ao Evangelho, na coerência de suas opções e na estatura com que enfrentam as dificuldades da vida. Há de se abrir os olhos e descobrir tais pessoas, vendo-as como provocação positiva ao risco de acomodamento que nos cerca continuamente.
Assista: "O que é a santidade? Quem é chamado a ser santo?", com o Papa Bento XVI


A Igreja reconhece, publicamente, a santidade com o que chama de “beatificação” e “canonização”. Hoje, o Brasil já conta com diversas pessoas assim reconhecidas, entre cristãos leigos, religiosos ou sacerdotes, crianças, jovens e adultos, confessores da fé e mártires. São homens e mulheres, cuja santidade heroica merece ser posta diante dos olhos do mundo. Não nos envergonhemos de dizer que os cristãos têm para oferecer ao mundo o que existe de melhor em humanidade. Não nos furtemos à responsabilidade de superar as falhas humanas existentes com a virtude comprovada e testemunhada. Nosso tempo tem direito a receber dos cristãos a oferta da santidade. Ao reconhecer que o mistério da iniquidade se encontra presente no meio do mundo e também entre os cristãos, continue como referência a medida alta da santidade!

No período em que nos encontramos, chamado pela Igreja de “tempo comum”, as verdades do Evangelho são mostradas a todos pelo testemunho dos santos e santas que se consagraram a Cristo e são sinais luminosos de luta e de perfeição, além de reconhecidos como valorosos intercessores para aqueles que acreditam “na comunhão dos santos”, como dizemos na Profissão de Fé. E como sempre acontece, os santos de maior devoção geraram cultura e hábitos na sociedade. Multiplicam-se as festas patronais em nossa região, muitas pessoas retornam a sua terra natal para as férias que se aproximam e para se alimentarem de legítimas e positivas tradições religiosas que contribuem para que se tome consciência de que não nos inventamos a nós mesmos, mas somos tributários de uma magnífica herança, como tocha da grande olimpíada da vida a ser mantida acesa e passada às sucessivas gerações. São conhecidos de forma especial os santos do mês de junho, Santo Antônio, São João Batista e São Pedro. São figuras que geraram cultura popular entre nós.

Ponho em relevo, de modo especial, a figura de São João Batista, cujo nome, vida e missão são reconhecidos pela tarefa que a Providência Divina lhe confiou, como precursor da chegada do Messias, aquele que mostrou presente o Salvador do mundo, pregador da penitência, capaz de abrir, nos corações humanos, a estrada para que chegasse Aquele “que tira os pecados do mundo”, como foi por Ele mesmo apresentado (Cf. Jo 1,29).

Um dia, Jesus recebeu emissários de João Batista com a pergunta sobre sua identidade de Messias. De fato, João se revelou sempre radical em suas escolhas e profundamente honesto em seu desejo de fidelidade à missão recebida. Mandou-lhe a magnífica resposta: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são curados, surdos ouvem, mortos ressuscitam e aos pobres se anuncia a Boa-Nova. E feliz de quem não se escandaliza a meu respeito!” (Mt 14,4-5). Às multidões de ontem e de hoje, Jesus fala sobre João Batista: “Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Que fostes ver? Um homem vestido com roupas finas? Olhai, os que vestem roupas finas estão nos palácios dos reis. Que fostes ver então? Um profeta? Sim, eu vos digo, e mais do que profeta. Este é de quem está escrito: 'Eis que envio meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho diante de ti'" (Mt 14,7-10).

Viver para servir, ser honestos na procura da verdade e coerentes no comportamento. Com exemplos de tal quilate, descobrimos o quanto é bom viver para servir e amar. A vida e a missão de João Batista, unidas à sua oração fervorosa, nos façam acolher as verdadeiras alegrias vindas do Salvador e nossos passos se dirijam no caminho da salvação e da paz.


Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

Fanáticas do aborto protestam na Rio+20 e não se conformam com retirada da expressão “direitos reprodutivos” do documento oficial.



A presidente Dilma Rousseff discursou nesta quinta-feira no evento “O futuro que as mulheres querem”, no âmbito da conferência “Rio+20″. Enfrentou o protesto de feministas inconformadas com a retirada da expressão “direitos reprodutivos” do documento oficial da conferência. Dilma deu uma boa resposta, já chego lá, que deveria servir de norte, diga-se, para o seu próprio governo, que abriga uma abortista fanática como Eleonora Menicucci (Ministério das Mulheres) e que flerta com a possibilidade de oferecer no SUS atendimento pré-aborto, sob o pretexto de adotar política de redução de danos. Já trato do assunto. Vamos a algumas considerações gerais sobre o assunto, necessárias para que fique claro do se cuida aqui.
Fosse eu psicanalista, dedicar-me-ia, com a paixão do entomologista dissecador, a entender a alma das militantes do aborto. Não conheço grupo mais fanático. O sectário religioso mais ensandecido, que está certo de suas prefigurações místicas como dois e dois são quatro, não tem a mesma paixão pela causa e, em larga medida, o mesmo ódio. A defesa do aborto é uma causa peculiar porque, à diferença da luta por, sei lá, comida, moradia, terra, igualdade de direitos etc, pressupõe a morte. Não por acaso, os grupos abortistas precisam coisificar o feto para que a sua postulação ganhe a estatura de uma reivindicação justa e humanista.
Não podendo negar que o feto seja vida — e, sendo vida, há de ser alguma forma de vida: eu me arriscaria a dizer que é “humana”, não? —, então sacam da algibeira retórica o argumento que consideram definitivo: “É vida, mas, até o terceiro mês, ainda não tem cérebro, logo…” Chega-se mesmo a perguntar qual a diferença entre alguém com morte cerebral diagnosticada — o que permite a extração de órgãos para transplante — e o feto das primeiras semanas, com o cérebro não formado. Ora, a diferença é aquela que separa a vida da morte, nada menos. O feto traz consigo todas as potencialidades do que vive; a morte cerebral é o prenúncio da fatalidade. No feto, irreversível é a vida; na morte cerebral, irreversível é a morte do corpo. Não é preciso ser religioso para reconhecer a diferença entre uma coisa e outra.
Por que o fanatismo das abortistas? Parecem querer dizer algo assim: “Se é o nosso corpo a garantir a vida de outro ser — e um feto é “o outro”, ou estaríamos falando de uma amputação, certo? —, então podemos negar-lhe essa licença”.Trata-se da apropriação de um dom da natureza (a reprodução não coube às mulheres em razão de alguma injustiça primitiva, imposta pela força) para a imposição de uma vontade contra a natureza desse dom.
Essa que é uma luta “de gênero” entende que a mulher é apenas o ser político com o direito de “decidir sobre o seu corpo”. Essa autonomia corresponderia à superação do que, então, deixa de ser um dom para ser uma danação: a reprodução. A mais recente reivindicação das extremistas do aborto é que, também na esfera legal, os homens sejam alijados da decisão e tenham cassado até o direito à opinião. A reprodução da espécie passaria a ser um tema exclusivo das mulheres. Parece-me uma forma de loucura.
Pois bem. As ONGs revindicavam que o texto final da Rio+20 defendesse os tais “direitos reprodutivos”, expressão generalista e eufemística para “direito ao aborto”. De fato, a Igreja Católica e outras denominações cristãs se mobilizaram para que a expressão fosse substituída pela garantia de “serviços de saúde” às mulheres. As feministas acusam o que consideram uma indevida interferência da religião no assunto. Ora, por que ela seria indevida? O direito dos cristãos de se manifestar teria sido suprimido por alguma instância representativa ampla a ponto de  suprimir até mesmo a liberdade de expressão?
Dilma discursou, e as feministas fizeram o seu protesto. A presidente retomou a palavra e lembrou, de maneira apropriada: “É preciso recuar de argumentos para permitir outros (…) Exercer o multilateralismo implica, necessariamente, levar em consideração posições diversas. Diversas como? Diversas das minhas ou da de cada um de nós”. A presidente estava, em suma, lembrando à fanáticas que a defesa do aborto como um direito universal está longe de ser um consenso.
As mulheres — ou os fetos do sexo feminino — são hoje as principais vítimas do aborto em razão de questões culturais e econômicas. Na China, por exemplo, a soma do ultrassom com a política oficial do filho único leva à prática do aborto seletivo em massa. Numa país em que inexistem os direitos sociais da velhice (sabem como são aqueles comunistas…), os filhos homens são as únicas garantias  dos pais na velhice.  Há dias, por pouco, a Câmara dos Deputados nos EUA não aprovou uma lei — teve maioria ampla, mas não o suficiente — para punir mãe e médico em caso de aborto decidido por questão de gênero. Descobriu-se que a interrupçã legal da gravidez está sendo usada para impedir o nascimento de meninas. Os democratas de Barack Obama se mobilizaram contra a proposta porque não aceitam restrições aos tais “direitos reprodutivos”…
Quando vejo “a luta” dos ditos “grupo feministas” em defesa do aborto em nome “dos direitos da mulher”, pergunto-me que luta de emancipação é essa que começa por negar às próprias mulheres o direito à vida.
A interdição ao aborto foi um dos fatores que fizeram com que o cristianismo se expandisse primeiro entre as mulheres. Dois mil anos depois, essa continua a ser uma prática contra as mulheres, só que, agora, defendida por feministas.
Por Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Polônia: O anticatolicismo continua o único preconceito aceitável!



TV TRWAN PEDE O DIREITO DE TRANSMISSÃO NA PLATAFORMA DIGITAL

A história de como forças políticas e ideológicas dominantes na Polônia, reduzem a liberdade de informação procurando limitar a transmissão da única rede de TV católica do país é pouco conhecida.
Infelizmente, a cristofobia parece estar na moda no mundo liberal-radical da mídia,porque, como dizia o professor de comunicação Henry Jenks, o novo anticatolicismo continua o único preconceito aceitável.
Mas o que realmente acontece na Polônia? Recordemos os fatos:
Em 19 de dezembro de 2011 o Conselho Nacional de Radio e Televisão Polonesa (em polonês KRRiT) não concedeu à única TV católica do país um espaço na plataforma digital que, a partir de 2013 garante aos poloneses o acesso gratuito a uma série de emissoras de TV.
Janeiro de 2012, a Fundação Lux Veritais, propritária da TV Trwam, recorreu contra esta decisão no Tribunal administrativo de Varsavia.
Em 30 de janeiro de 2012, o partido Direito e Justiça (PIS) de Jaroslaw Kaczynski, morto tragicamente em um acidente aéreo, apresentou uma ação no Tribunal do Estado e a alguns membros do Conselho Nacional de Rádio e Televisão (KRRiT).
Enquanto isso, os deputados poloneses no Parlamento Europeu: Miroslaw Piotrowski, histórico, professor da Universidade Católica de Lublino e Zbigniew Ziobro, ex-ministro da justiça, junto a outros parlamentares do partido “Polônia Solidária” e “Direito e Justiça” apresentaram um pedido à Comissão Européia, questionando o que poderia ser feito para garantir a transparência no processo de concessão de freqüência na plataforma digital, e para o respeito ao princípio de igualdade dos intervenientes no mercado polonês dos meios de comunicação.
Segundo o professor Protrowski, a decisão do KRRiT vai contra o respeito dos valores fundamentais da União Européia, dentre os quais o princípio da não discriminação por motivos religiosos.
O deputado Ziobro; exigindo a mudança da injusta e danosa decisão do KRRiT, destacou que “não é aceitável que uma instituição estatal descrimine uma emissora católica, que tem um posicionamento consolidado, é estimada e respeitada, e cuja programação enriquece o telespectador com uma visão da vida inspirada nos ensinamentos morais e sociais da Igreja.
A sociedade polonesa não aceitou a injusta decisão. Mais de dois milhões de pessoas assinaram uma petição contra a decisão do Conselho Nacional de Rádio e Televisão.
Diante dos protestos populares os representantes do KRRiT responderam de modo insolente afirmando que cartas de protesto não contam.
Em defesa da TV Trwam muitas empresas se uniram, incluindo a Associação dos Jornalistas Católicos Polacos. No comunicado por eles enviado lê-se: “a negação do espaço na plataforma digital à única televisão católica está em contradição com o princípio do estado democrático: a liberdade da palavra, o pluralismo de opinião e a liberdade de expressão; o mesmo acesso para todos os meios técnicos que permitem expressar as diversas opiniões”.
A conferência episcopal polaca preparou um apelo destacando que a exclusão de uma emissora de caráter religioso infringe o principio do pluralismo e da igualdade perante a lei.
O Bispo emérito de Lomza, Dom Stanislaw Stefanek, lembrou que as mais de dois milhões de assinaturas em defesa da Televisão Trwam demonstram que a “nossa sociedade está acordando e cresce no senso de responsabilidade”.
A não abertura das autoridades polonesas a qualquer protesto dos cidadãos terminou por mudar a luta pelo pluralismo midiático da Polônia para Bruxelas: dia 5 de junho um grupo de políticos polacos organizou no Parlamento Europeu, o assim chamado “public hearing”, um debate publico, com o escopo de mostrar aos parlamentares e jornalistas europeus a história da discriminação da única televisão católica na Polônia.
O principal organizador do debate, professor Miroslaw Piotrowski, disse que: “o tratado de Lisboa deu à Polônia a cidadania UE, agora os problemas poloneses são resolvidos não apenas na Polônia, mas também a nível europeu.
Em entrevista ao jornal polaco “Niedziela” (O domingo),o Sr Tadesz Rydzyk, diretor da TV católica, lembrou que o ex-presidente Alesander Kwasniewski, comentando sobre o caso da televisão católica Kwasniewski, disse: “se eu estivesse ainda no poder, os padres redentoristas (emissores da Rádio Maria, e a TV Trwan depende da província polaca dos redentoristas) teriam recebido o justo espaço na plataforma digital. Mesmo eu pessoalmente não assistindo à TV Trwam, em uma sociedade pluralista também esta TV teria seu lugar”.
Deveria ser objeto de reflexão que o ex-chefe da juventude comunista e ex-presidente comunista da Polônia, possa dar lição de democracia aos governantes polacos.
(Tradução:MEM)

Aids: O que Uganda ensina ao Brasil e ao mundo!




Falei quase nada sobre Aids até agora, o que é uma falha, visto que a doença virou uma marca registrada desse continente.
Então é bastante apropriado que eu toque no assunto aqui, em Uganda. Aids é uma obsessão nesse país, quase uma mania nacional. Por onde você anda, vê centros clínicos, ONGs, igrejas, escolas, com aconselhamento de prevenção ou tratamento para HIV/Aids etc. etc. E placas, cartazes, faixas, tudo que se refere à doença.
De vez em quando é bom ver uma história de sucesso nesse continente, só para variar, e o combate à Aids em Uganda é um sucesso inquestionável. Há 15 anos, cerca de 30% da população tinham o vírus; hoje, são 6,5%.
Enquanto outros países perdiam tempo fingindo que nada acontecia, e até negando que HIV cause Aids (como na África do Sul, onde a taxa é de mais de 20%), os ugandenses agiam para conter a doença. Falar sobre o assunto, assumir o problema e discutir candidamente foi o primeiro passo. Mas teve mais.
Uganda trata a Aids de uma maneira como nós nunca faríamos no Brasil. Uma maneira inusitada, para dizer o mínimo. E assumidamente moralista.
Um exemplo do que acontece por aqui: imagine que você é um oficial do governo e precise traçar uma estratégia para reduzir a incidência de Aids junto a caminhoneiros. Em vários países, esse é um grupo delicado: estão sempre longe de casa, cruzam fronteiras, são cercados por prostitutas o tempo todo. São potencialmente um fator de disseminação da doença. E muitos chegam em casa e podem contaminar suas esposas.
A meu ver, a lógica mandaria que se propagandeasse o uso de camisinhas entre caminhoneiros. Mas veja como é o cartaz do governo de Uganda que vi na sede de uma ONG: (em cima)
Diz o pôster: “um motorista responsável se importa com sua família; ele é fiel a sua mulher”. O foco não é tentar fazê-lo se proteger quando dormir com prostitutas. Mas tentar convencê-lo, antes de tudo, a não ter a relação sexual. Parece ingênuo, mas o governo acha que funciona. E talvez funcione mesmo.
No Brasil, a ênfase das campanhas contra Aids é no sexo seguro: use camisinha, em outras palavras. Em Uganda, a promoção dos preservativos é apenas a perna mais fraca de um tripé que conta também com a promoção de abstinência e a fidelidade.
O slogan do governo é ABC: A é a inicial de abstinência, B é de “be faithful”, ou seja fiel, e C é para condom, ou camisinha.
Uganda é um país com forte influência das igrejas católica e evangélicas. O presidente, Yoweri Museveni, é, a exemplo de George Bush, um “born again christian”, ou seja, um cristão renascido, que descobriu sua fé no meio da vida. A primeira-dama, Janeth, é ainda mais religiosa.
Não surpreende, então, que o governo coloque tanta ênfase nas letras A e B. Abstinência é direcionada aos jovens, principalmente de menos de 25 anos, idade média em que eles se casam, incentivando-os a se manter virgens até o altar.
O B é dedicado aos casais, pedindo que sejam fiéis. Só em último caso, se a pessoa não conseguir se abster ou for um pulador de cerca contumaz, vem o C: pelo menos use camisinha.
Percebeu a diferença? O enfoque tradicional em vários países, inclusive no Brasil, é centrar fogo na camisinha. Em Uganda, camisinha é um último caso, quase o recurso dos pecadores.
Hoje conversei com representantes de duas ONGs, esperando ouvir algumas críticas à política do ABC. Nada. Aprovam 100%. Há um consenso nacional em torno do tema. Sobra para organizações estrangeiras descerem o pau, dizendo que é irreal esperar que um jovem de 20 anos se mantenha virgem.
Mas os números estão aí, desafiando o que diz a lógica e a convicção de muitos (como eu). São um tapa na cara dos céticos.
Fonte:
http://penaafrica.folha.blog.uol.com.br/arch2008-05-01_2008-05-31.html

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Onde estão as riquezas do Vaticano?



Traduzido para o Veritatis Splendor por Emerson Honório de Oliveira.
A crítica contra os templos
Freqüentemente se acusa a Igreja de ser rica por ter numerosos templos.
Os templos são sagrados porque são dedicados ao culto de Deus. Os cristãos desejam refletir na construção do amor e respeito devido a Deus. Nada pode ser mais importante que o culto divino.
Jesus Cristo freqüentava a sinagoga e, quando estava em Jerusalém, assistia ao templo e ensinava nele. Jesus põe como exemplo a uma viúva que oferece ao templo o que necessita para comer (Cf. Mc 12:44). Seu zelo foi tanto para com o Templo que expulsou os vendilhões que ali estavam (Mt 21,12-13).
Os templos não são propriedades do clero. Pertencem a todos. São o único lugar adequado onde os pobres sabem que estão em sua própria casa. Os templos são construídos com o esforço de todos os crentes, ricos e pobres e todos tem acesso igual a eles pois não se cobra a entrada.
Dar culto a Deus não é escapar das realidades do mundo. Ao contrário. Só aquele que se encontra em Deus saberá viver as exigências do amor sobrenatural que Deus nos pede para com os pobres.
Ainda olhando sob este ponto de vista puramente material, o custo de cosntruir templos não empobrece mas enriquece. A construção gera emprego pois requer muita mão-de-obra e as Igrejas são umas das poucas obras que mesmo os pobres podem participar de sua construção e o fazem como se estivessem construindo sua própria casa, pois eles mesmos vão à Igreja com toda a família. Os pobres são os que mais vão a Igreja, afirmando ali sua dignidade e união com Deus que é Pai de todos. Os templos podem durar por séculos, sendo assim, enriquecem a várias gerações. Que seriam de nossas cidades hoje sem as belas igrejas que nossos antepassados construíram?
Os templos são lugar de oração, centro religioso da comunidade, patrimônio cultural da humanidade. Seus frutos não se podem calcular só em termos econômicos. A esperança da humanidade está em seu encontro com Deus, em sua conversão e em seu culto a Deus. É da experiência de fé que surge o novo homem capaz de trabalhar para um mundo mais justo que vença os males, entre eles a pobreza.
Se calcularmos a longevidade dos templos e as centenas e até milhares de quilômetros que durante os anos dão culto a Deus, podemos descobrir que os gastos da construção de um templo são recursos muito bem aporveitados.
Qual então, é a verdadeira razão dessa crítica contra os templos? Não será em muitos casos a mesma queixa de Judas diante do perfume daquela mulher? Jesus respondeu:
"Por que criticais a esta mulher? Pois uma 'boa coisa' me fez. Porque tereis sempre pobres convosco mas a mim não tereis sempre." Mt. 26:10-11.
Jesús olhava com outros olhos e certamente não lhe faltava amor para com os pobres.
Não são os templos que mantêm a pobreza mas a corrupção, os vícios, o egoísmo, a fata de adequada produção, os salários injustos e outros fatores que são frutos do pecado. Só quando colocamos Deus por cima de tudo é que podemos nos liberar disso e muito mais. Os templos servem como lugar de encontro para esta liberação.
As riquezas do Papa
O Papa não é rico nem vive como tal. É um homem de Deus totalmente dedicado a seu minstério em serviço da humanidade. A vida do Papa é austera. Os que o vêem em seu apartamento e escritório sabem a verdade. Começa o dia na capela às 5 da manhã...
Tudo o que faz o faz para a glória de Deus e o bem das almas.
Que vive em um palácio? Vive em um antigo "palácio" no Vaticano pois sua missão não o permite viver em um apartamento da cidade. Pode-se imaginar um Papa tomando um ônibus para ir ao Vaticano todo dia? Os que dizem estas coisas não compreendem como as pessoas amam o Papa. Quando o Papa sai em público entra em cena um grande sistema para que as pessoas não pulem em cima dele.
Que viaja muito? -Sim, porque quer chegar pessoalmente com o Evangelho a todos os seus filhos. São viagens esgotantes. Nãoé um passeio turístico de milionário. Cada visita custa milhões, mas não é por rpazer pessoal. É para o bem de milhões. Quem já esteve presente numa missa ou audiência papal sabe muito bem a graça que isto representa.
Que tem muito dinheito e riquezas? Não é certo. O Papa é um administrador. Não são riquezas pessoais. Por acaso alguém diz que um piloto comercial é rico porque tem um grande avião em seu controle? Como pastor da Igreja Universal, o Papa é responsável pela administração do Vaticano e isto implica recursos econômicos. Esses recursos são na realidade uma quantidade muito moderada diante das reais necessidades da Igreja a serviço da grei.
Os museus do Vaticano não são propriedades do Papa, mas da Igreja, quer dizer, de todos os batizados. São patrimônio da humanidade. Milhões os visitam a cada ano, sem consideração de religião ou falta dela.
O dinheiro do Vaticano
Como se sutenta economicamente o Vaticano?
Fala o monseñor Sebastiani, prefeito para Assuntos Econômicos da Santa Sé. CIDADE DO VATICANO, 23 julho de 1998. Extraído de Zenit .
"Para a Igleja as doações livres tem se revelado mais rentáveis que as taxas. Talvez a razão é psicológica. Mas se a Santa Sé tem saneado, pouco a pouco, suas próprias contas, isto tem sido graças a uma verdadeira solidariedade entre os fiéis, conferências episcopais e ordens religiosas, que começou em 1992 com a reforma do código canônico. Aqui no Vaticano temos aplicado o axioma comum a qualquer empresa bem administrada: conter os gastos e aumentar as entradas. É tudo. Inclusive, ainda este ano, temos aumentado as ajudas familiares a nossos empregados em uns 40%. Mas quem diz que temos só imensas riquezas, tesouros escondidos, cai num erro. Cuidamos muito da manutenção dos nossos imóveis, porque é melhor gastar antes que quando o imóvel fica velho. Vamos cuidando do grande patrimônio herdado do Estado italiano com o Pacto de Latrão".
O arcebispo italiano Sergio Sebastiani, de 67 anos, 38 dos quais vividos nas nunciaturas apostólicas de meio mundo, sorri persuasivo como só os diplomatas de longa data sabem fazer. Sebastiani é, desde poucos meses, presidente da Prefeitura para Assuntos Econômicos. Em declarações dadas ao "Corriere della Sera", o maior jornal italiano, explicou em que consiste o trabalho do organismo vaticano que dirige. "Equivale ao Ministério da Economia e Fazenda e, ao mesmo tempo, ao Tribunal de Contas do Estado - explica - mas ao fazer certas comparações não se pode esquecer que a igreja tem uma missão espiritual, não material. Aqui os recursos econômicos são só o meio, não o fim".
Em seu sóbrio escritório, anexo a colunata de São Pedro, o monsenhor Sebastiani conta como, nos anos 67-68, como jovem secretário do cardeal Giovanni Benelli, colaborou justamente com o nascimento da Prefeitura que hoje preside. Depois, com o trabalho da Cúria, para Sebastiani abriu-se o caminho da diplomacia vaticana. "Aqui estamos todos marcados pela experiência diplomática vivida no exterior. É nosso guia mental. Mas, quem diria que ainda voltaríamos aqui? Encontrei este organismo pós-conciliar estruturado, reforçado e respeitado".
--Monsenhor Sebastiani, como se tem pago as finanças da Santa Sé?
--Até 92, tínhamos um forte déficit. Este ano marcamos um superavit record de 19.000 milhões de liras: uma situação talvez irrepetível, devido à mudança favorável das divisas. Quer dizer, ao reforço do dólar --a divisa em que recebemos muitas ofertas - respeito a lira, a moeda que usamos nas contas.
--A diferença se deve às doações?
--Hoje recebemos um total de mais de 100 milhões de liras ao ano em doações livres, das quais 34 milhões vem dos bispos. Estes últimos, segundo o canon 1.271 do Código de Direito Canônico, tem a obrigação moral de contribuir as necessidades materiais da Igreja.
No fundo, a Santa Sé está ao serviço das comunidades eclesiais locais da mesma forma como o Estado está ao serviço dos cidadãos. As dioceses individuais, portanto, tem seus próprios assuntos econômicos mas dão uma contribuição voluntária a Roma porque, em troca, recebem um serviço. Pense em nossa atividade diplomática ou nas missões. Seguindo o mesmo princípio, a sua vez as dioceses recebem contribuições dos fiéis."
--Quais são as conferências episcopais mas generosas para Roma?
--Em primeiro lugar está, desde alguns anos, a Conferência Episcopal Alemã, seguida da americana e italiana. Depois estão as privadas: nos Estados Unidos, criou-se associações que recolhem fundos para a Santa Sé como os Cavaleiros de Colón ou a Fundação Papal. E sabe quem dá mais? Os pobres, não os ricos. A Igreja se sustêm graças ao óbolo da viúva. Além das contribuições dos fiéis e dos bispos, chega as contribuições das congregações religiosas, pouco mais de 2.500 milhões ao ano".
--E o óbolo de São Pedro?
--Não entra em nosso capital consolidado, mas se trata separadamente para que o Santo Padre faça com esse dinheiro o que ache mais conveniente. Não sabemos o destino exato desta soma, que de todas maneiras vem sendo usadas para obras de caridade, missões e assistência a igrejas pobres".
--Por que a Igreja não tem uma estrutura financeira centralizada, como se sucede a nível doutrinal?
--Ao contrário do que sucede no campo doutrinal, onde o Papa tem o mandato de conservar através dos séculos o depósito da fé, na gestão dos próprios recursos, a Igreja é uma realidade descentralizada. Quer dizer, deixa a autonomia a cada administração vaticana, ainda que sob o controle da Prefeitura dos Assuntos Econômicos.

Deus salve nossos filhos e crianças! Veja Isso!!


Tenho divergências quanto a” forma de reação” do Deputado Bolsonaro em relação a esse tema…mas se não fosse ele, muitas coisas teriam passado sem o conhecimento da população brasileira.

As propostas -inclusive o kit gay- são financiadas com o dinheiro de nossos impostos!
Veja esse vídeo com atenção!


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Cristofobia: Perseguição contra cristãos em países islâmicos é destaque na Revista Época.


 

A Revista Época publicou uma matéria na qual destaca a perseguição sofrida por cristãos em países de maioria islâmica como na África Ocidental, no Oriente Médio, no Sul da Ásia e também na Oceania.
O texto foi assinado pela pesquisadora Ayaan Hirsi Ali, nascida na Somália, e que hoje vive na Holanda. Hirsi Ali falou em seu texto sobre a situação vivida pelos cristãos em lugares onde a liberdade religiosa é combatida com armas, bombas e muita violência, e lembrou os diversos ataques sofridos por cristãos em países como a Nigéria, onde o grupo extremista Boko Haram já matou dezenas de pessoas desde o começo desse ano.
Além da Nigéria, foram destacados também problemas do Sudão onde, governados pelo regime autoritário do norte, muçulmanos sunitas atormentam as minorias cristãs e animistas do sul do país.
Segundo a revista, os extremistas usam as leis contra a blasfêmia como pretexto para empregar a violência contra minorias religiosas, valendo-se de assassinatos brutais, bombardeios, mutilações e incêndios em lugares sagrados.
A pesquisadora cita em seu texto o fato de que a mídia local desses países não divulga os casos de cristofobia, e afirma que a influência de grupos de lobby como a Organização da Cooperação Islâmica é uma das várias origens do problema que faz com que a constante matança de cristãos não seja divulgada.
Veja infográfico que retrata o mapa da violência contra os cristãos nesses países:

O autêntico cristão JAMAIS será homofóbico!



Publicamos a seguir um artigo de reflexão do nosso colaborador especialista em Bioética, Pe. Hélio Luciano, membro da comissão de bioética da CNBB.
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Nas últimas semanas temos acompanhado novas discussões sobre leis contra a homofobia – discussão que volta à tona pelo seminário organizado pela Senadora Marta Suplicy sobre o Projeto de Lei da Câmara 122/2006 (mais conhecido como PLC 122) e pelas propostas para o novo Código Penal Brasileiro. Com base nessas discussões, poderíamos perguntar-nos, qual é a posição dos católicos em relação à homofobia?
É já ideia comum entre os não-católicos – e infelizmente entre muitos católicos também – pensar que nós, católicos, somos homofóbicos. Nada mais equivocado. Atitudes de violência física ou moral, ridicularizações – ou o famoso bullyng, que agora está de moda – são tão contrários à doutrina católica como qualquer outro pecado contra a caridade. Sendo assim – repito para deixar bem claro – não somos e jamais seremos homofóbicos se queremos seguir a Cristo.
Ao mesmo tempo somos também contrários aos atuais projetos de lei propostos e já citados. Por sermos homofóbicos? Não. Mas por diversas outras razões.
A primeira delas é por ser um projeto legislativamente desnecessário. Contra a violência – seja física ou moral – e contra a discriminação, já existem leis às quais as pessoas que se sintam injustiçadas podem recorrer. Não é necessário criar uma nova lei, mas sim fazer que as leis já existentes se apliquem de fato. Porque estamos vivendo em uma tendência de multiplicar leis que já existem?
Em segundo lugar, a lei apresentada é contrária à liberdade de expressão e à liberdade religiosa. É verdade que a liberdade de expressão não é e não pode ser absoluta – por exemplo, ninguém nunca pode incitar à violência recorrendo à liberdade de expressão.Mas também é verdade que, com a nova lei, os limites do que poderá ser interpretado como agressão ou não-agressão – do ponto de vista moral – serão muito frágeis. Se um pastor protestante ou um sacerdote católico lerem ou pregarem sobre a 1ª Carta de São Paulo aos Corintios – Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os ladrões herdarão o reino de Deus – não poderá alguém recorrer à “nova” lei por sentir-se agredido? Se um sacerdote negar a comunhão a um “casal” homossexual, estes não poderiam acusar ao sacerdote de “homofóbico”?
Queremos apenas a liberdade de poder afirmar aquilo em que acreditamos. De poder dizer claramente, sem nenhuma pretensão de ofender a ninguém, que uma pessoa que vive atos homossexuais está ofendendo a Deus. De poder oferecer ajuda – somente àquelas pessoas que queiram e acreditem que precisam ser ajudadas – a que vivam o amor de Deus em plenitude. Queremos ser livres, sem ofender a ninguém, mas ser de fato livres para pensar.
Em um artigo escrito há aproximadamente dois anos sobre este mesmo tema, fui acusado em um blog – por pessoas que não me conhecem – de ser pedófilo, pederasta, homossexual, etc. Tudo isso pelo simples fato de ser sacerdote. Como sabemos, a discriminação atual contra a Igreja e contra os sacerdotes não são casos isolados – somos os únicos que não temos mais direito à liberdade. Devemos criar então uma lei de “sacerdociofobia” ou “eclesiofobia”por causa disso? Não. Por que então reivindicam que para os grupos homossexuais é necessária uma lei específica?
**Pe. Hélio é graduado em filosofia e teologia pela Universidade de Navarra, na Espanha, Mestrado em bioética pela mesma Faculdade; Mestrando em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz (PUSC), na Itália, doutorando em bioética pela Faculdade de Medicina do Campus Biomedico di Roma (UNICAMPUS), na Itália e Membro da Comissão de Bioética da CNBB.

Curas inexplicáveis em Lourdes e a aliança entre a ciência e a Fé.




SEMINÁRIO INTERNACIONAL DISCUTE AS INFLUÊNCIAS NA CURA DE DOENTES
Com a palestra Ciência e fé, do presidente do Conselho Pontifício para os Agentes de Saúde, dom Zygmunt Zimowski, foi aberto na última sexta-feira, em Lourdes, o seminário científico internacional Lourdes, a saúde e a ciência: o que significa curar-se hoje?.

Por ocasião do vigésimo aniversário de instituição da Jornada Mundial do Enfermo, criada pelo beato João Paulo II e realizada pela primeira vez nesta cidade francesa em 1993, o Escritório de Constatações Médicas, presidido por Alessandro de Franciscis, convidou especialistas de renome mundial para debater sobre o assunto de um ponto de vista racional e científico, e em consonância, não em oposição, com a ideia de que a fé e a oração influenciam a cura física.
O evento foi organizado em parceria pelo Comitê Médico Internacional de Lourdes e pelo Conselho Pontifício de Pastoral da Saúde. Entre os expoentes figuram o professor Luc Montagnier, prêmio Nobel de Medicina em 2008, e o cardeal arcebispo de Lyon, Philippe Barbarin.
“Ciência e fé”, afirmou Zimowski, “vivem hoje, a seu modo, uma tensão rumo àquela que Paulo VI chamou de civilização do amor, na qual deverá haver espaço e tempo para o bem, para a verdade, para a pacífica convivência. E ambas são chamadas a oferecer a sua efetiva contribuição para o bem da humanidade, na concórdia, no diálogo, no apoio mútuo. Ciência e fé podem e devem se tornar aliadas, depois de terem passado tempo demais numa postura de distância, de desconfiança e até de contraposição”.
Esta postura de união entre ciência e fé, prosseguiu o arcebispo, deve prestar quatro tipos de serviços: ao homem, à verdade, à vida e de uma para a outra: “Ciência e fé devem servir ao homem. Não são experiências que se referem somente a si mesmas; são abertas. Por exemplo, uma ciência que não fosse voltada a enriquecer a humanidade e a servir aos mais fracos seria uma atividade monstruosa, temível, exposta ao risco de se tornar escrava do poder. Do mesmo modo, uma fé cristã que esquecesse que Deus se revelou, se fez carne, morreu e ressuscitou por nós e pela nossa salvação seria uma experiência ofensiva a respeito de Deus, mais até do que a respeito dos homens”.
Citando São Tomás de Aquino (Summa contra Gentiles), o presidente do Conselho Pontifício para os Agentes da Saúde afirma que ciência e fé são aliadas também porque “provocam e ajudam” uma à outra. “A ciência provoca o crente e o leva a cultivar a inteligência, especialmente quando ele reflete sobre a mais inatingível e indescritível das realidades: a de Deus”. Por sua vez, “a fé é para o homem de ciência um convite permanente à ulterioridade, a olhar para o homem, para a realidade e para a história com a consciência de que existe, além do mundo fenomenológico, um nível mais alto, que necessariamente transcende as previsões científicas; o mundo humano da liberdade e da história” (cf. Bento XVI, Discurso aos participantes na reunião plenária da Academia Pontifícia de Ciências, 6 de novembro de 2006).
A fé, observa Zimowski, citando a encíclica Fides et Ratio, de João Paulo II, ”ajuda a dar o passo, tão necessário quanto urgente, do fenômeno para o fundamento. Não é possível ficar apenas na experiência. Mesmo quando esta expressa e manifesta a interioridade do homem e a sua espiritualidade, é necessário que a reflexão especulativa atinja a substância espiritual e o fundamento que a sustenta”. A ciência e a fé, sublinha o expoente, devem ter como referência principal o homem, a sua dignidade, o seu bem-estar, a sua realização: “São como dois trilhos de ferro paralelos, diferentes e inconfundíveis um com o outro. Caminhando sobre eles, rumamos para um futuro de luz, de bem, de solidariedade para a humanidade”. Por isto, conclui o prelado, ninguém deve sentir-se excluído do cuidado devido à sua pessoa e à sua saúde, no respeito da igual dignidade de cada um.

Os “desconstrucionistas” presentes no jornalismo e na cultura brasileira, você os identifica?



Vício Consagrado
Olavo de Carvalho
A afetação de neutralidade superior, especialmente quando se quer impingir à platéia opiniões arriscadas e mentiras cínicas, é a essência mesma do “estilo jornalístico”.
Os “grandes jornais” deste país praticam-no com destreza tal que a maior parte de seus leitores, tomando a forma pelo conteúdo, acredita seguir a razão e o equilíbrio no instante mesmo em que vai se acomodando, pouco a pouco, anestesicamente, às propostas mais dementes, às modas mais escandalosas, às idéias mais estapafúrdias.
Quando a Folha, quase vinte anos atrás, começou a promover discretamente o gayzismo sob a inócua desculpa mercadológica de que os gays eram também parte do público consumidor, quem, entre os leitores, poderia imaginar que com o decurso do tempo essa gentil atenção concedida a uma faixa do mercado se converteria numa estratégia global de imposição do homossexualismo como condutasuperior, inatacável, sacrossanta, só rejeitada por fanáticos e criminosos?
Quem, aliás, tem a paciência e os meios intelectuais de examinar as mudanças progressivas e sutis da linguagem de um jornal ao longo de vinte anos? No começo, o processo é invisível porque seus primeiros passos são discretos e aparentemente inofensivos. No fim, é invisível porque sua história se apagou da memória popular. A lentidão perseverante é a fórmula mágica das revoluções culturais. É verdade que o grosso do público não tem a mais mínima idéia das técnicas de engenharia social que, de uns trinta anos para cá, se substituíram maciçamente às normas do bom jornalismo. Não há uma só faculdade de jornalismo no Brasil que tenha escapado à influência das doutrinas “desconstrucionistas”, segundo as quais não existe verdade objetiva, nem fato, nem relato fidedigno – há apenas a “vontade de poder” e, conseqüentemente, a “imposição de narrativas”.
Notem bem: não se trata de impor “opiniões”, julgamentos de valor. Trata-se de modelar a seqüência, a ordem e o sentido dos episódios narrados, de tal modo que sua simples leitura já imponha uma conclusão valorativa sem que esta precise ser defendida explicitamente. É a arte de fazer a vítima aceitar passivamente, de maneira mais ou menos inconsciente, opiniões com as quais, numa discussão aberta, jamais concordaria.
Antigamente os jornais buscavam ser neutros e objetivos nas páginas noticiosas, despejando nas seções editoriais as opiniões candentes, a retórica exaltada, as campanhas empolgantes. Hoje os editoriais são todos escritos num mesmo estilo insosso, diplomático, sem cor nem sabor, porque as opiniões que se deseja impingir ao público já vêm embutidas no noticiário, onde gozam do privilégio – e da eficácia – dos ataques camuflados.
No Brasil, todo estudante de jornalismo, mesmo quando incapaz de conjugar um verbo ou atinar com uma regência pronominal, sai da faculdade afiadíssimo nessa arte. Não porque a tenha “estudado” – o que suporia uma discussão crítica incompatível com a natureza mesma dessa prática –, mas justamente porque teve de exercê-la para passar de ano, sem discuti-la, de tal modo que seu sucesso escolar depende de sua docilidade em consentir com o embuste até o ponto em que deixe de percebê-lo como embuste. Então ele está pronto para usá-lo contra os leitores sem ter qualquer suspeita de estar lhes fazendo algum mal.
É por isso que a “grande mídia”, hoje em dia, já não vale absolutamente nada como forte de informação, e continuar a consumi-la como tal é apenas um vício consagrado, fundado no prestígio residual de um jornalismo extinto.