segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Multidão em Paris contra “casamento” gay e feministas tiram a roupa no Vaticano.



Várias centenas de milhares de pessoas se concentraram neste domingo diante da Torre Eiffel, em Paris, para protestar contra o plano do presidente François Hollande de legalizar até junho o casamento entre homossexuais e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo.
Três colunas de manifestantes, com bandeiras rosa e azul, mostrando figuras de pai, mãe e dois filhos, convergiram para o cartão postal de Paris vindos de diferentes pontos da cidade. Muitos chegaram ao local após longas viagens de trem e ônibus das províncias.
Hollande se comprometeu a levar a lei à aprovação do Parlamento, onde os socialistas têm maioria, mas a campanha dos opositores do casamento gay vem conquistando apoio público e obrigou os deputados a adiar a votação de uma proposta que permitiria a casais de lésbicas o acesso à inseminação artificial.
O Campo de Marte, parque ao redor da Torre Eiffel, ficou lotado, mas as estimativas de comparecimento variam muito. Os organizadores afirmam ter reunido 800 mil manifestantes enquanto a polícia estimava o número em 340 mil — um nível elevado de participação mesmo para a França, país onde os protestos de massa são frequentes.
“Ninguém esperava por isto há dois ou três meses”, disse Frigide Barjot, uma talentosa comediante que lidera o movimento nacional contra o casamento gay. No comício, ela leu uma carta a Hollande na qual pedia que retire o projeto de lei da pauta e amplie o debate público sobre a questão.
Fortemente apoiada pela hierarquia da Igreja Católica, Barjot e grupos que trabalham com ela mobilizaram para o protesto famílias de frequentadoras da igreja e pessoas do campo conservador, bem como muçulmanos, evangélicos e até mesmo homossexuais que se opõem ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O gabinete de Hollande informou que o comparecimento na manifestação foi “substancial”, mas não iria mudar a sua determinação de efetuar a reforma.

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Quatro militantes do grupo Femen protagonizaram hoje na Praça São Pedro, no Vaticano, mais uma manifestação em “topless”. 

As integrantes do movimento em favor do direito das mulheres e dos homossexuais exibiram mensagens de protesto no momento em que o papa Bento 16 veio à público.

As quatro mulheres estavam posicionadas ao lado da Árvore de Natal na praça, diante da Basílica de São Pedro. Quando o papa apareceu em sua janela para o Angelus, elas começaram a se despir, e em segundos mostraram os seios no meio dos fiéis.

As militantes exibiam no peito a expressão “Cale a boca” e nas costas “In gay we trust”, alusão a “In god we trust” [Em Deus confiamos, lema oficial dos Estados Unidos]. Algumas exibiam cartazes nos quais estava escrito em letras garrafais “Cale a boca”. 

O protesto durou apenas alguns minutos, até que elas fossem detidas por policiais. 

O Femen é conhecido desde 2010 por suas ações de “topless”, principalmente na Rússia, na Ucrânia e na Inglaterra. Em setembro, elas criaram em Paris “o primeiro centro de treinamento” do “novo feminismo”. 

O grupo defende também a democracia e o combate à corrupção. 

No na passado, simpatizantes do movimento criaram um braço do Femen no Brasil. Desde então, o número de integrantes no país passou a crescer, assim como os protestos feitos pelas mulheres, que tem perto de 20 anos, na maioria. 

A fundadora da unidade brasileira passou por testes e treinamento na Europa, onde as mulheres são treinadas até a reagir quando abordadas pelos policiais.