sábado, 26 de dezembro de 2009

Natal, tempo novo....

"E o Verbo de Deus se fez carne, e habitou entre nós"!

Sempre que vivencio o Natal do Senhor, me sinto convidado a fazer uma experiência de reencontro, de revigoramento do "amor primeiro". Isto porque, não apenas simbolicamente, mas de fato, Jesus está vivo em nosso meio. E é necessário que estejamos atentos e dispostos a esta experiência, para não corrermos o risco de nos ofuscarmos com as luzes das lojas ou com o ho,ho,ho do papai noel e desviarmos nosso olhar do presépio, que abriga a verdadeira Luz do Mundo, e o Pai, o Papai das Misericórdias, que não nos troxe presentes efêmeros, passageiros, mas a vida e a Vida Eterna.

Que Deus mantenha em nós a disposição do amor primeiro, nesta oitava de natal.

De seu irmão,

Christian Moreira.

É Natal!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

sábado, 19 de dezembro de 2009

Presépio - Escola da Vida

Caros irmãos e irmãs!
Já estamos no terceiro domingo do Advento. Hoje na liturgia ecoa o apelo do Apóstolo Paulo: "Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos... o Senhor está próximo” (Filipenses 4:4-5). A mãe Igreja, enquanto nos prepara para o santo Natal, ajuda-nos a redescobrir o sentido e o sabor da felicidade cristã, tão diferente daquela do mundo. Neste domingo, dando continuidade a uma bela tradição, as crianças de Roma trazem ao Papa, para que sejam abençoadas, as pequenas estátuas do Menino Jesus, que serão depois colocadas em seus berços. E, de fato, vejo presentes, aqui na Praça de São Pedro, tantas crianças e adolescentes, juntamente com pais, professores e catequistas.
Caríssimos, vos saúdo com todo o afeto e vos agradeço por terem vindo. Para mim é motivo de grande júbilo saber que em vossas famílias se conserva a tradição de montar o presépio. Porém, ainda que importante, repetir este gesto tradicional não é suficiente. É necessário buscar viver, na realidade do dia-a-dia, aquilo que o presépio representa, isto é, o amor de Cristo, a sua humildade, sua pobreza. Foi o que fez São Francisco de Assis em Greccio: representou ao vivo a cena da Natividade, para assim poder contemplá-la e adorá-la, mas principalmente para que pudesse saber a melhor forma de pôr em prática a mensagem do Filho de Deus, que por amor a nós despojou-se de tudo e se fez uma pequena criança.
A bênção dos “Bambinelli” – como se diz em Roma – nos lembra que o presépio é uma escola de vida, do qual podemos aprender o segredo da verdadeira felicidade. Esta não consiste de muitas posses, mas em nos sentirmos amados pelo Senhor, em doar-se aos outros e no querer bem. Olhemos para o presépio: Nossa Senhora e São José não parecem uma família de muita sorte; tiveram seu primeiro filho em meio a grandes dificuldades; e, no entanto, estão plenos de alegria interior, porque se amam, se ajudam, e, principalmente, porque estão certos de que Deus está a operar em sua história, o Qual se fez presente no pequeno Jesus. E quanto aos pastores? Que motivos teriam para se alegrarem? Aquele recém-nascido não mudará sua condição de pobreza e marginalização. Mas a fé os ajuda a reconhecer no “menino envolto em faixas e deitado numa manjedoura”, o “sinal” do cumprimento das promessas de Deus para todos os homens “que são do seu agrado” (Lc 2,12.14), inclusive para eles!
É nisto, caros amigos, que consiste a verdadeira felicidade: no sentir que nossa existência pessoal e comunitária é visitada e preenchida por um grande mistério, o mistério do amor de Deus. Para sermos felizes, necessitamos não apenas de coisas, mas também de amor e de verdade: necessitamos de um Deus próximo, que aqueça nosso coração, que responda aos nossos anseios mais profundos. Esse Deus se manifestou em Jesus, nascido da Virgem Maria. Por isso, aquele Menininho, que colocamos na cabana ou na gruta, é o centro de tudo, é o coração do mundo. Oremos para que cada homem, como fez a Virgem Maria, possa acolher, como o centro da própria vida, o Deus que se fez Menino, fonte da verdadeira felicidade.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Basta de Corrupção!

“Basta de corrupção!”: nota da CNBB
BRASÍLIA, sexta-feira, 11 de dezembro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos a nota que a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) difundiu hoje sobre a corrupção no país.
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Nós, bispos membros do Conselho Episcopal de Pastoral (CONSEP), reunidos em Brasília, na sede da CNBB, em 10 de dezembro de 2009, em vista de nossa missão de promover a ética e a fraternidade no concerto social, exigimos que seja dado um basta à vergonhosa situação de corrupção em nosso país.
O Dia Mundial de Luta contra a Corrupção, comemorado ontem, nos faz olhar para o Brasil, onde grande número de cidadãos eleitores tem sido traído por aqueles que foram eleitos, dadas as suas atitudes ilícitas no trato da coisa pública. Nas esferas nacional, estadual e municipal, bem como nas três instâncias dos poderes do Estado Brasileiro, os Executivos, Legislativos e Judiciários, o que temos continuamente são as escandalosas situações de corrupção, como se vê hoje no Distrito Federal, em que agentes públicos, eleitos para promover o bem comum, são descobertos repartindo o fruto de seu crime. Causa-nos repulsa ainda mais quando tais pessoas unem-se numa blasfêmia em forma de oração como a pedir que Deus lhes seja companheiro no roubo praticado.
A consciência cidadã não permite calar e deixar a corrupção corroer e minar as estruturas sociais. A impunidade causa desânimo e ao mesmo tempo torna-se agente provocador de grandes injustiças. Por isso mesmo, consideramos pertinente toda manifestação dessa mesma consciência, desde que feita na ordem e no respeito ao patrimônio público, e repudiamos qualquer violência do Estado sobre ela.
Os que buscam o exercício de cargos públicos, eleitos ou não, devem fazê-lo com uma profunda consciência cidadã, para a qual o exercício do poder, qualquer que seja, deve se traduzir num real serviço ao bem comum. A corrupção deturpa a democracia que tem no povo o princípio do Poder. E não nos esqueçamos dos que promovem os atos de corrupção através do poder econômico. Daí se exigirem providências enérgicas, medidas saneadoras, e uma legislação que puna exemplarmente todos os implicados em tais atos. Como nos diz o profeta, “sem punição não te posso deixar” (Jr 16,28).
Para acabar com a impunidade, uma das ações eficazes é o aprimoramento da legislação. E o momento presente pede urgência! Por isso mesmo, lembramos os mais de 1.500.000 eleitores que protocolaram no Congresso Nacional o Projeto de Lei popularmente denominado “Ficha Limpa”. Através deste exigem a mudança na legislação a fim de que seja impossibilitada a eleição dos condenados em primeira instância por crimes graves, e de tornar inelegível a quem renuncia ao cargo para não ser cassado. Insistimos na urgência para a votação do citado Projeto de Lei pelo Congresso.
Rogamos a Deus que ilumine os políticos para que sejam fiéis ao mandato, na firmeza da atuação pela causa do bem comum, a serviço da Nação brasileira.
Brasília-DF, 10 de dezembro de 2009
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana Presidente da CNBB
Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus Vice-Presidente da CNBB
Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro Secretário-Geral da CNBB

Mensagem do Dia

"Estejamos sempre com a foice na mão para eliminar a erva daninha." (Padre Pio de Pietrelcina)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Mensagem do Dia

"Reavive a todo momento a sua fé em Deus, especialmente nas provações." (Padre Pio de Pietrelcina)

sábado, 12 de dezembro de 2009

Evangelho de Domingo

Evangelho do domingo: uma alegria sem fim
Por Dom Jesús Sanz Montes, ofm, arcebispo eleito de Oviedo
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 10 de dezembro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos o comentário ao Evangelho deste domingo (Lucas 3,10-18), 3º do Advento, redigido por Dom Jesús Sanz Montes, ofm, bispo de Huesca y de Jaca, arcebispo eleito de Oviedo.
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Foi como uma estranha loteria que ganhou sem ter jogado, sem merecê-la, mas que teve acerto. E explodiu uma alegria sem data de vencimento. Todos os profetas que no mundo foram, sofreram a vertigem de anunciar esperança a um povo desesperançado; anunciar alegria a pessoas resignadas à tristeza e ao luto: vocês veem o deserto, os ermos e a pradeira? Pois eles florescerão como o narciso e sorrirão com uma alegria verdadeira. Vocês sentem o peso da solidão, que sua situação não há ninguém nem nada que possa mudar? Então não pactuem com a tristeza e que o medo não roube o seu coração; sejam fortes, não temam: seu Deus vem em pessoa, para indenizá-los e salvá-los. E como quem está cego e volta à luz, como quem manca e começa a saltar, como um mudo que consegue cantar... assim verão terminar o seu desterro, solidão, tristeza, pesar, e voltarão à sua terra como resgatados do Senhor. Esta explosão de vida que tem o selo do único Criador, prolonga-se no Evangelho: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, aos pobres é anunciada a Boa Notícia. A alegria profetizada por Isaías encontrará sua plenitude em Jesus.
Cada um terá que reconhecer quais são seus desertos e seus ermos; e dar biograficamente nome à cegueira, à surdez ou à mudez que nos oprimem. Mas é em toda essa situação que devemos esperar aquele que vem para nos resgatar da morte, da tristeza, do fatalismo. Somos chamados a testemunhar diante do mundo essa alegria que nos aconteceu, que se fez também para nós o Rosto, a Carne e a História de Jesus Cristo: vão e anunciem não as fantasias que lhes ocorrerem, mas o que estão vendo e ouvindo. Assim fizeram os primeiros cristãos, e assim transformaram já o mundo uma vez. Então a alegria deixa de ser um luxo conquistado ou uma pose fingida, e se converte em uma urgência, em uma evangelização, em um catecismo.
Esta é a alegria que esperamos e que nos será dada por quem está chegando. Uma alegria que não nos será arrebatada, como já profetizou Cristo. A alegria que consiste em reconhecer esse fator novo que se introduziu na história, que permite ver as coisas de maneira diferente, e abraçá-las, e dispor-se da melhor maneira para chegar a transformá-las. Esse fator se chama graça e tem o nome e o rosto de quem a dá: Jesus, o esperado; Jesus, aquele que veio; Jesus, aquele que voltará sem ter deixado nunca o nosso caminho.

Mensagem do Dia!!!

"O Coração de Jesus não deixará cair no vazio a nossa oração se ela for plena de fé e de confiança." (Padre Pio de Pietrelcina)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Papa: dom imenso ter por mãe Maria Imaculada

Intervenção no Ângelus desta terça-feira
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 8 de dezembro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos o discurso que Bento XVI dirigiu ao meio-dia de hoje, ao rezar o Ângelus com os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, na solenidade da Imaculada Conceição.
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Caros irmãos e irmãs!
No dia 8 de dezembro celebramos uma das mais belas festas da Beata Virgem Maria: a solenidade da sua Imaculada Conceição. Mas o que significa dizer que Maria é “Imaculada”? E que quer dizer para nós este título? Primeiramente, façamos referência aos textos bíblicos da liturgia de hoje, especialmente ao grande “afresco” que é o terceiro capítulo do Livro do Gênesis, e à narrativa da Anunciação do Evangelho de Lucas. Após o pecado original, Deus se dirige à serpente, que representa Satanás, a amaldiçoa e acrescenta uma promessa: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gen 3, 15). É o anúncio de uma virada: Satanás no início da criação parece levar a melhor, mas virá um filho de mulher que lhe esmagará a cabeça. Assim, mediante a posteridade da mulher, o próprio Deus vencerá. Essa Mulher é a Virgem Maria, da qual nasceu Jesus Cristo que, com seu sacrifício, derrotou de uma vez por todas o antigo tentador. É por isso que, em tantas pinturas e estátuas da Imaculada, Ela é representada esmagando uma serpente com o pé.
O Evangelista Lucas, ao contrário, mostra-nos a Virgem Maria que recebe o anúncio do mensageiro celeste (cfr Lc 1, 26-38). Ela aparece como a humilde e autêntica filha de Israel, verdadeira Sião na qual Deus quer fazer sua morada. É a muda da qual deve nascer o Messias, o Rei justo e misericordioso. Na simplicidade da casa de Nazaré está o “restante” puro de Israel, do qual Deus quer fazer renascer seu povo, como uma nova árvore que estenderá seus ramos por todo o mundo, oferecendo a todos os homens bons frutos de salvação. Diferentemente de Adão e Eva, Maria se mantém obediente à vontade do Senhor, pronunciando seu "sim" com tudo o que tem e se colocando plenamente à disposição do projeto divino. É a nova Eva, verdadeira mãe de todos os viventes, de todos os que pela fé em Cristo recebem a vida eterna.
Caros amigos, que dom imenso é ter por mãe Maria Imaculada! Toda vez que experimentamos nossa fragilidade e a sugestão do mal, podemos nos voltar a Ela, e nosso coração recebe luz e conforto. Também nas provações da vida, nas tempestades que fazem vacilar a fé e a esperança, pensemos que somos seus filhos e que as raízes de nossa existência afundam na infinita graça de Deus. A própria Igreja, ainda que exposta às influências negativas do mundo, encontra sempre Nela a Estrela para orientar-se e seguir o caminho indicado por Cristo. Maria é de fato a Mãe da Igreja, como proclamou solenemente o Papa Paulo VI e o Concílio Vaticano II. Enquanto damos graças a Deus por este sinal estupendo de sua bondade, confiemos à Virgem Imaculada cada um de nós, nossas famílias e nossas comunidades, toda a Igreja e o Mundo inteiro. É o que eu mesmo farei esta tarde, segundo a tradição, aos pés do monumento a Ela dedicado na Praça de Espanha.

Mensagem do dia

"Que Nossa Senhora te sirva de doce exemplo e te inspire todas as virtudes!" (Padre Pio de Pietrelcina)

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Mensagem do Dia

"É Advento. Despojemo-nos do 'homem velho'." (Padre Pio de Pietrelcina)

Calendário - Grupo Combatentes

Amados irmãos e irmãs,

A partir desta terça-feira, dia 08 de Dezembro (Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Rogai por nós!), estaremos entrando em recesso das atividades de terça-feira. Isto porque na semana seguinte, dia 15 será o segundo dia do encontro com o Padre Vagner Baía, ao qual somos todos convidados. As semanas subsequentes correspondem ao Natal do Senhor e ao Ano Novo. Assim sendo, nossos encontros semanais retornarão na primeira semana de 2010, no dia 05.
Sabemos que mesmo longe fisicamente, nos irmanamos no banquete eucarístico e em nosso coração adorador e combatente.

A todos um Feliz e Santo Natal e até breve!

Christian Moreira.

Mensagem do Dia

"Jesus quer de você a constância e a perseverança no bem." (Padre Pio de Pietrelcina)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Como devo rezar?

Como devo rezar?
No dia de hoje, o Senhor vem nos ensinar como nos dirigir ao Pai. Rezar não é citar fórmulas, mas, acima de tudo, abrir o coração e falar ao Senhor. É no recolhimento, no silêncio que nos encontramos com o Senhor, através da oração.

Muitas vezes, até que o Senhor nos atenda, é preciso "bater na mesma tecla", insistir na mesma oração e acreditar que, no momento certo, Sua providência acontecerá em nossa vida.

O primeiro ensinamento de Jesus com relação à oração foi chamar a Deus de Pai: "que não se faça a minha vontade, mas a sua". Que não aconteça como eu quero, mas como Deus quer.

Jesus nos ensina a bendizer o nome do Senhor. É preciso rezar o Pai-Nosso, não como uma simples repetição de palavras, mas meditando com muito amor, sabendo e saboreando o que estamos rezando .

É a oração completa, nela contém toda a graça do nosso crescimento espiritual.

Deus o abençoe

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib

sábado, 5 de dezembro de 2009

Espiritualidade

Primeira pregação do Advento: “servos e amigos de Jesus Cristo”
Do pregador da Casa Pontifícia, padre Raniero Cantalamessa
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 4 de dezembro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos a seguir a primeira meditação do Advento que o pregador da Casa Pontifícia, padre Raniero Cantalamessa, OFM Cap., pronunciou hoje na presença de Bento XVI, na capela Redemptoris Mater, do Palácio Apostólico.
O tema da meditação é: “Ministros de Cristo e administradores dos mistérios de Deus” (1 Coríntios 4, 1).
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1. A fonte de todo sacerdócio
Na escolha do tema a ser proposto nestas pregações à Casa Pontifícia, busco sempre me guiar pelo momento de graça especial que a Igreja está vivendo. No ano passado, era a graça do Ano Paulino, este ano é a graça do Ano Sacerdotal, por cuja proclamação, Santo Padre, estamos profundamente gratos.
O Concílio Vaticano II dedicou ao tema do sacerdócio um documento inteiro, Presbyterorum ordinis; João Paulo II, em 1992, dirigiu a toda Igreja a exortação apostólica pós-sinodal Pastores dabo vobis, sobre a formação dos sacerdotes nas circunstâncias atuais; o atual Sumo Pontífice, neste Ano Sacerdotal, traçou um breve mas intenso perfil do sacerdote, à luz a vida do Santo Cura d'Ars. Isso para não falar das intervenções de cada bispo sobre o tema, e também dos livros escritos sobre a figura e missão do sacerdote no século recém-terminado, alguns dos quais obras literárias de primeira grandeza.
Que se pode acrescentar a tudo isso no breve período de uma meditação? Encoraja-me o dizer com o qual um pregador iniciava sua fala: Non nova ut sciatis, sed vetera ut faciatis: “O importante não é conhecer coisas novas, mas colocar em prática o que sabe”. Renuncio então a qualquer tentativa de síntese doutrinal, de apresentação global ou perfil ideal sobre o sacerdote (não teria tempo nem capacidade) e busco, se possível, fazer vibrar o nosso coração sacerdotal, ao contato com algo da Palavra de Deus.
A palavra da Escritura que servirá como fio condutor é 1 Coríntios 4, 1, que muitos de nós recordamos na tradução latina da Vulgata: Sic nos existimet homo ut ministros Christi et dispensatores mysteriorum Dei: "Que as pessoas nos considerem como ministros de Cristo e administradores dos mistérios de Deus”. A esta podemos ligar, em alguns aspectos, a definição da Carta aos Hebreus: “Cada sumo sacerdote, escolhido entre os homens, é constituído para o bem dos homens como mediador nas coisas que dizem respeito a Deus” (Hebreus 5, 1).
Essas frases têm a vantagem de reportar à raiz comum de cada sacerdócio, que é aquele estágio da revelação em que o ministério apostólico ainda não é diversificado, dando origem aos três graus canônicos de bispo, sacerdote e diácono, que, ao no que diz respeito às respectivas funções, ficará claro apenas com Santo Inácio de Antioquia, no início do século II. Essa raiz comum é realçada pelo Catecismo da Igreja Católica, que define a Ordem como “o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo aos Apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até ao fim dos tempos: é, portanto, o sacramento do ministério apostólico” (n. 1536).
É a este estágio inicial que tentaremos nos referir o quanto possível em nossa meditação, a fim de captar a essência do ministério sacerdotal. Neste Advento, levaremos em consideração apenas a primeira frase do Apóstolo: "Servos de Cristo". Se Deus quiser, prosseguiremos na Quaresma nossa reflexão, meditando sobre o que significa para um sacerdote ser "administradores dos mistérios de Deus" e quais são os mistérios que deve administrar.
"Servos de Cristo!" (com ponto exclamativo para indicar a grandeza, dignidade e beleza desse título): eis a palavra que deve tocar nossos corações nesta meditação e fazê-lo vibrar com santo orgulho. Não estamos falando dos serviços práticos ou ministeriais, como administrar a palavra e os sacramentos (disso, como comentei, falaremos na Quaresma); não falamos, em outras palavras, do serviço como ato, mas do serviço como estado, como vocação fundamental e como identidade do sacerdote, e falamos sobre isso na mesma direção e com o mesmo espírito de Paulo, que ao início de suas cartas apresenta-se como: "Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação".
No passaporte invisível do sacerdote, aquele com o qual se apresenta cada dia diante de Deus e de seu povo, no campo “profissão”, dever-se-ia poder ler: "Servo de Jesus Cristo". Todos os cristãos são naturalmente servos de Cristo, mas o sacerdote o é a um título e modo todo particular, como todos os batizados são sacerdotes, mas o ministro ordenado o é a um título e modo diverso e superior.
2. Continuadores da obra de Cristo
O serviço essencial que o sacerdote é chamado a oferecer a Cristo e continuar sua obra no mundo: "Como o Pai me enviou, também eu vos envio" (Jo 20, 21). O Papa São Clemente, na sua famosa carta aos Coríntios, diz: "Cristo é enviado por Deus e os Apóstolos, por Cristo... Eles, pregando por toda parte nos campos e nas cidades, nomearam os seus primeiros sucessores, estando à prova do Espírito, para ser bispos e diáconos”. Cristo foi enviado pelo Pai; os apóstolos, por Cristo; os bispos, pelos apóstolos: é a primeira enunciação clara do princípio da sucessão apostólica.
Mas a palavra de Jesus não tem só um significado jurídico e formal. Não funda, em outras palavras, apenas o direito dos ministros ordenados de falar como "enviados" de Cristo; também indica o motivo e o conteúdo deste mandato, que é o mesmo pelo qual o Pai enviou o Filho ao mundo. E por que Deus enviou seu Filho ao mundo? Aqui também renunciamos a uma resposta global, completa, para o qual deveríamos ler todo o Evangelho; apenas algumas declarações programáticas de Jesus.
Diante de Pilatos, ele declarou solenemente: "Para isso vim ao mundo, para dar testemunho da verdade" (Jo 18, 37). Continuar a obra de Cristo comporta para o sacerdote dar testemunho da verdade, fazer brilhar a luz da verdade. Só temos de ter em conta o duplo sentido da palavra verdade, aletheia, em João. Oscila entre a realidade divina e o conhecimento da realidade divina, entre um significado ontológico ou objetivo e um gnosiológico ou subjetivo. A verdade é "a realidade eterna enquanto revelada aos homens, referente tanto à própria realidade como a sua revelação" [H. Dodd, L’interpretazione del Quarto Vangelo, Paideia, Brescia 1974, p. 227].
A interpretação tradicional tem assinalado a "verdade" especialmente no sentido de revelação e conhecimento da verdade, em outras palavras, como verdade dogmática. Esta tarefa é, sem dúvida, essencial. A Igreja, como um todo, a aborda através do magistério, dos concílios, dos teólogos e do sacerdote individualmente, pregando ao povo a "sã doutrina".
Mas não devemos esquecer o outro significado joanino de verdade: o da realidade conhecida, mais que conhecimento da realidade. Nesta luz, a tarefa da Igreja e do sacerdote individual não se limita a proclamar as verdades da fé, mas deve ajudar a fazer a experiência, a entrar em contato íntimo e pessoal com a realidade de Deus, através do Espírito Santo.
"A fé, escreve São Tomas de Aquino, não termina no enunciado, mas na coisa" (Fides non terminatur ad enuntiabile sed ad rem). Da mesma forma, os mestres da fé não podem se contentar a ensinar as verdades de fé, devem ajudar as pessoas a atingir a "coisa"; não apenas ter uma ideia de Deus, mas fazer a experiência d’Ele, segundo o sentido bíblico de conhecer, que é diferente, como se sabe, do sentido grego e filosófico.
Outra declaração programática é aquela que Jesus fala em frente a Nicodemos: “Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”. Essa frase deve ser lida à luz do que a precede: "De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16). Jesus veio revelar aos homens a vontade salvífica do amor misericordioso do Pai. Toda sua pregação se resume na palavra dirigida aos discípulos na Última Ceia: “o Pai vos ama!” (Jo 16, 27).
Ser continuador no mundo da obra de Cristo significa fazer própria essa atitude fundamental para com o povo, mesmo os mais distantes. Não julgar, mas salvar. Não deve passar despercebido o trato humano sobre o qual insiste a Carta aos Hebreus ao delinear a figura de Cristo Sumo Sacerdote e de cada sacerdote: a simpatia, o senso de solidariedade, a compaixão para com as pessoas.
De Cristo é dito: "De fato, não temos um sumo sacerdote incapaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, sem todavia pecar”. Do sacerdote humano se afirma que “é tomado do meio do povo e representa o povo nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Ele sabe ter compaixão dos que estão na ignorância e no erro, porque ele mesmo está cercado de fraqueza. Por isso, deve oferecer, tanto em favor de si mesmo como do povo, sacrifícios pelo pecado” (Hebreus 4, 15-5, 3).
É verdade que Jesus, nos Evangelhos, também se mostra severo, julga e condena, mas com que o faz? Não com as pessoas simples, que o seguiam e vinham escutá-lo, mas com os hipócritas, os auto-suficientes, os mestres e guias do povo. Jesus não era, como se diz de certos políticos, "forte com os fracos e fraco com os fortes". Muito pelo contrário!
3. Continuadores, não sucessores
Mas em que sentido podemos falar dos sacerdotes como continuadores da obra de Cristo? Em cada instituição humana, como era então o Império Romano e como são hoje as ordens religiosas e todas as empresas humanas, os sucessores continuam a obra, mas não a pessoa do fundador. Este, em ocasiões, é corrigido, superado e inclusive repudiado. Isso não acontece com a Igreja. Jesus não tem sucessores, pois não morreu; está vivo, “ressuscitado da morte, a morte já não tem poder sobre Ele”.
Qual é então a tarefa de seus ministros? A de representá-lo, quer dizer, fazê-lo presente, dar forma visível a sua presença invisível. Nisso consiste a dimensão profética do sacerdócio. Antes de Cristo, a profecia consistia essencialmente em anunciar uma salvação futura, “nos últimos dias”, depois d’Ele, consiste em revelar ao mundo a presença escondida de Cristo, em gritar como João Batista: “No meio de vós há alguém que não conheceis”. Um dia alguns gregos dirigiram-se ao apóstolo Felipe com esta pergunta: “Senhor, queremos ver Jesus” (João 12, 21); a mesma pergunta, mais ou menos implícita, leva no coração quem se aproxima hoje do sacerdote.
São Gregório de Nisa lançou uma famosa expressão, que normalmente se aplica à experiência dos místicos: “Sentimento de presença” (Gregorio Nisseno, Sul Cantico, XI, 5, 2 –PG 44, 1001– aisthesis parousias). O sentimento de presença é algo mais que a simples fé na presença de Cristo; é ter o sentimento vivo, a percepção quase física de sua presença como Ressuscitado. Se isso é próprio da mística, então quer dizer que todo sacerdote tem de ser um místico, ou pelo menos um “mistagogo”, aquele que introduz as pessoas no mistério de Deus e de Cristo, como levando-as pela mão.
A tarefa do sacerdote não é diferente, ainda que esteja subordinada, à que o Santo Padre apresentava como prioridade absoluta do sucessor de Pedro e de toda Igreja, na carta dirigida aos bispos, a 10 de março passado: “No nosso tempo em que a fé, em vastas zonas da terra, corre o perigo de apagar-se como uma chama que já não recebe alimento, a prioridade que está acima de todas é tornar Deus presente neste mundo e abrir aos homens o acesso a Deus. Não a um deus qualquer, mas àquele Deus que falou no Sinai; àquele Deus cujo rosto reconhecemos no amor levado até ao extremo (cf. Jo 13, 1) em Jesus Cristo crucificado e ressuscitado... Conduzir os homens para Deus, para o Deus que fala na Bíblia: tal é a prioridade suprema e fundamental da Igreja e do Sucessor de Pedro neste tempo”.
4. Servos e amigos
Mas agora temos de dar um passo adiante em nossa reflexão. “Servos de Jesus Cristo”: este título nunca deveria ir sozinho; deve-se acompanhar sempre, ao menos no profundo do coração, de outro título: o de amigos!
A raiz comum de todos os ministérios ordenados que se perfilarão posteriormente é a eleição que um dia fez Jesus dos Doze; isso é o que da instituição sacerdotal se remonta até o Jesus histórico. A liturgia apresenta, é verdade, a instituição do sacerdócio na Quinta-Feira Santa, por causa da palavra que Jesus pronunciou depois da instituição da Eucaristia: “Fazei isto em memória de mim”. Mas esta frase também pressupõe a eleição dos Doze, sem contar que, se for tomada sozinha, justificaria o papel de sacrificador e de liturgo do sacerdote, mas não o de anunciador do Evangelho, que é da mesma forma fundamental.
Que disse naquela ocasião Jesus? Por que escolheu os Doze, depois de ter rezado durante toda a noite? “Instituiu Doze para que estivessem com ele, e para enviá-los a pregar” (Marcos 3, 14-15). Estar com Jesus e ir pregar: estar e ir, receber e dar: em poucas palavras, apresenta-se o essencial da tarefa dos colaboradores de Cristo. Estar “com” Jesus não significa apenas uma proximidade física; implica já toda a riqueza que Paulo encerrará na fórmula “em Cristo”, ou “com Cristo”. Significa compartilhar tudo de Jesus: sua vida itinerante, certamente, mas também seus pensamentos, seus objetivos, seu espírito. A palavra companheiro procede do latim medieval e significa quem tem em comum (con-) o pão (panis), que come o mesmo pão.
Nos discursos de adeus, Jesus dá um passo adiante, completando o título de companheiros com o de amigos: “Não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que seu amo faz; chamo-vos amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai, vos dei a conhecer” (João 15, 15).
Há algo comovedor nesta declaração de amor de Jesus. Sempre recordarei o momento em que recebi a graça, por um instante, de experimentar algo desta comoção. Em um encontro de oração, alguém abriu a Bíblia e leu esta passagem de João. A palavra “amigos” me tocou com uma profundidade nunca antes experimentada; removeu algo no profundo de meu ser, até o ponto de que durante o resto do dia repetia a mim mesmo, cheio de maravilha e incredulidade: “Chamou-me de amigo! Jesus de Nazaré, o Senhor, meu Deus! Sou seu amigo! E me parecia que com essa certeza era possível voar pelos ares e atravessar o fogo.
Quando fala do amor de Jesus Cristo, São Paulo sempre dá a impressão de que se comove: “Quem nos separará do amor de Cristo?” (Romanos 8, 35), "me amou e se entregou por mim!" (Gálatas 2, 20). Tendemos a desconfiar da comoção e inclusive nos envergonharmos dela. Não sabemos a riqueza que perdemos. Jesus “se comoveu profundamente” e chorou ante a viúva de Naim (cf Lucas 7, 13) e ante as irmãs de Lázaro (cf João 11, 33-35). Um sacerdote capaz de comover-se quando fala do amor de Deus e do sofrimento de Cristo ou quando recebe a confidência de uma grande dor, convence mais que com agudas racionalizações. Comover-se não significa necessariamente começar a chorar; é algo que se percebe nos olhos, na voz. A Bíblia está cheia do pathos de Deus.
5. A alma de todo sacerdócio
Uma relação pessoal, cheia de confiança e de amizade com a pessoa de Jesus, é a alma de todo sacerdócio. Neste Ano Sacerdotal, voltei a ler o livro do abade Jean-Baptiste Chautard, A alma de todo apostolado", que fez tão bem e sacudiu tantas consciências nos anos anteriores ao Concílio. Em um momento em que se dava um grande entusiasmo pelas “obras paroquiais”: cinema, jogos, iniciativas sociais, círculos culturais, o autor voltava a centrar bruscamente a atenção sobre o problema, denunciando o perigo de um ativismo vazio. “Deus –escrevia– quer que Jesus seja a vida das obras”.
Não reduzia a importância das atividades pastorais, no entanto, afirmava que sem uma vida de união com Cristo, não eram mais que “muletas” ou, como as definia São Bernardo, “malditas ocupações”. Jesus disse a Pedro: “Simão, tu me amas? Apascenta minhas ovelhas”. A ação pastoral de todo ministro da Igreja, desde o Papa até o último sacerdote, não é mais que a expressão concreta do amor por Cristo. “Tu me amas? Então apascenta”. O amor por Jesus marca a diferença entre o sacerdote funcionário ou executivo e o sacerdote servo de Cristo e dispensador dos mistérios de Deus.
O livro do abade Chautard poderia ter o título “A alma de todo sacerdócio”, pois em toda a obra fala d’Ele como agente e responsável em primeira linha da pastoral da Igreja. Naquela época, o perigo ante o qual se tentava reagir era o chamado “americanismo”. O abade se remonta com frequência, de fato, à carta de Leão XIII Testem benevolentiae, que hava condenado essa "heresia".
Hoje esta heresia, se de heresia pode-se falar, já não só é “americana”, mas uma ameaça que, inclusive por causa da diminuição da proporção de sacerdotes, afeta o clero de toda Igreja: chama-se ativismo frenético. (Por outro lado, muitas das instâncias que procediam naquele tempo dos cristãos dos Estados Unidos, e em particular do movimento criado pelo servo de Deus Isaac Hecker, fundador dos Paulist Fathers, tachadas de "americanismo", por exemplo, a liberdade de consciência e a necessidade de um diálogo com o mundo moderno, não eram heresias, mas instâncias proféticas que o Concílio Vaticano II fará em parte suas).
O primeiro passo para fazer de Jesus a alma do próprio sacerdócio consiste em passar do personagem Jesus ao Jesus pessoa. O personagem é alguém “de” quem se pode falar com alegria, mas “a” quem ninguém pode dirigir-se e “com” quem ninguém pode falar. Pode-se falar de Alexandre Magno, de Júlio César, de Napoleão tudo o que se quiser, mas se alguém dissesse que fala com alguns deles, lhe mandariam direto para o psiquiatra. A pessoa, pelo contrário, é alguém com quem se pode falar e a quem se pode escutar. Quando Jesus não é mais que um conjunto de notícias, de dogmas ou de heresias, alguém do passado, uma memória, não uma presença, fica-se em um personagem. É necessário convencer-se de que está vivo e presente. É mais importante falar com ele que falar d’Ele.
Um dos aspectos mais bonitos da figura do Dom Camilo, de Giovanni Guareschi, tendo obviamente em conta o gênero literário, aprecia-se quando fala em voz alta com o Crucifixo sobretudo o que lhe sucede na paróquia. Se nos acostumássemos a fazer isso, com tanta espontaneidade, com nossas palavras, quanto mudaria em nossa vida sacerdotal! Nos daremos conta de que não falamos ao vazio, mas a alguém que está presente, que escuta e reponde, talvez não em voz alta como a Dom Camilo.
6. Em primeiro lugar, as "pedras grandes"
Assim como em Deus toda a obra exterior da criação emana de sua vida íntima, “do incessante fluxo de seu amor”, e assim como toda atividade de Cristo emana de seu diálogo ininterrupto com o Pai, do mesmo modo todas as obras do sacerdote devem ser prolongação de sua união com Cristo. “Como o Pai me enviou, assim vos envio”, também significa isto: “Eu vim ao mundo sem me separar do Pai, vocês vão ao mundo sem se separar de mim”.
Quando se interrompe este contato, acontece como em uma casa, quando acaba a energia e tudo pára e fica às escuras. Às vezes se escuta: como ficamos tranquilos rezando quando tantos necessitados reclamam nossa presença? Como não correr quando se está queimando a casa? É verdade, mas imaginemos o que aconteceria a uma equipe de bombeiros que fosse, com as sirenes ligadas, apagar um incêndio, e, ao chegar, se desse conta de que não tem uma gota de água. É o que acontece quando corremos a pregar ou a exercer outros ministérios vazios de oração e do Espírito Santo.
Li uma história que me parece que se aplica de maneira exemplar aos sacerdotes. Um dia, um ancião professor foi convidado como especialista para falar sobre o planejamento mais eficaz do próprio tempo aos executivos de grandes companhias norte-americanas. Decidiu fazer um experimento. De pé, tirou de sob a mesa um grande jarro de vidro vazio. Tomou depois uma dezena de pedras do tamanho de bolas de tênis, que depositou com cuidado, uma por uma, no jarro até preenchê-lo. Quando já não havia espaço para outras pedras, perguntou aos alunos: “acreditam que este jarro está cheio?”, e todos disseram que sim.
Agachou-se de novo e pegou uma caixa cheia de pequenas pedras as quais derramou no jarro. Depois, perguntou: “Agora está cheio?”. Com mais prudência, os alunos responderam: “talvez ainda não”. Então ele tomou um saco de areia, que derramou no jarro. “E agora?”, questionou. E eles, diretamente: “não”. Então o ancião pegou uma garrafa de água e derramou até encher o jarro.
“Qual é a grande verdade que nos mostra este experimento?”, perguntou. O mais atrevido respondeu: “Demonstra que, ainda nossa agenda esteja totalmente cheia, com algo de boa vontade sempre se pode acrescentar algum compromisso, algo mais por fazer”. “Não”, disse o professor. “O que demonstra o experimento é que se não se colocam no jarro em primeiro lugar as peças grandes, depois elas não podem entrar”. “Quais são as grandes peças, as prioridades de nossa vida? O importante é pôr estas grandes peças em primeiro lugar em nossa agenda”.
São Pedro indicou ode uma vez por todas quais são as grande peças, as prioridades absolutas, dos apóstolos e de seus sucessores, bispos e sacerdotes: “nós nos dedicaremos à oração e ao ministério da Palavra” (Atos 6, 4).
Nós, sacerdotes, mais que qualquer outro, estamos expostos ao perigo de sacrificar o importante pelo urgente. A oração, a preparação da homilia ou da missa, o estudo e a formação são coisas importantes, mas não urgentes; se se suspendem, aparentemente, não acaba o mundo, enquanto que há muitas coisas pequenas –um encontro, um telefonema, um trabalhinho material– que são urgentes. Deste modo, acaba-se suspendendo sistematicamente o importante para um “depois” que nunca chega.
Para um sacerdote, pôr em primeiro lugar no jarro as grandes peças pode significar concretamente começar o dia com um tempo de oração e de diálogo com Deus, de maneira que as atividades e os diferentes compromissos não acabem ocupando todo o espaço.
Concluo com uma oração do abade Chautard que se encontra no programa destas meditações: "Oh Deus, dê à Igreja muitos apóstolos, mas suscita em seu coração uma sede ardente de intimidade contigo e, ao mesmo tempo, um desejo de trabalhar pelo bem do próximo. Dê a todos uma atividade contemplativa e uma contemplação ativa”. Assim seja.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sobre a AIDS

AIDS: eufemismos, manipulações e verdadeira prevenção
No dia mundial de prevenção a essa enfermidade
ROMA, terça, 1 de dezembro de 2009 (ZENIT.org).- É uma utopia educar os jovens do século XXI em programas de abstinência e fidelidade como os únicos meios para prevenir a difusão da AIDS? Tornaram-se inúteis os programas de educação sexual para reduzir o número de contágios no mundo?
“Creio que programas como ‘Educação para a vida’ e ‘Juventude viva’, que tiveram seus inícios em Uganda e que agora estão-se apresentando na África e em outros países do mundo, têm uma aproximação positiva”, afirma a ZENIT Dom Robert Vitillo, conselheiro especial de Cáritas Internacional sobre HIV e AIDS.
O prelado refere-se a uma campanha do Ministério da Saúde de Uganda, iniciada em 1986 com o nome ABC (referindo-se a abstinência, fidelidade e preservativo como última via), que reduziu as taxas de contágio da AIDS de 30% para 5%.
Mas como podem se tornar atrativos tais programas para os jovens de hoje? “Nós os apresentamos como ‘boa notícia’ –explica Dom Vitillo– e não simplesmente como uma série de mandamentos negativos ou como um alerta para prevenir a infecção do HIV”.
O prelado indica que se trata, em primeiro lugar, de que o ser humano reconheça sua dignidade para logo “ajudar as pessoas a entender o significado especial da sexualidade que Deus nos deu”.
E “depois ajudá-los a desenvolver suas capacidades, a atuar responsavelmente e a seguir o mandamento de Deus de que a atividade sexual deve ser exercida somente no contexto de uma relação permanente e fiel no matrimônio entre um homem e uma mulher”.
Preservativo... seguro?
No entanto, são outros os “valores” cada vez mais presentes nos diferentes programas de educação sexual ao redor do mundo.
O Papa Bento XVI, no dia 18 de março passado, durante sua viagem à África, deu a um dos jornalistas a conhecida resposta que logo criou uma forte polêmica mundial sobre o uso do preservativo.
“Não se pode superar o problema da AIDS apenas com slogans publicitários. Se não está a alma, se não se ajudam os africanos, não se pode solucionar este flagelo somente distribuindo profilácticos: ao contrário, existe o risco de aumentar o problema”.
Bento XVI tinha razão?
O índice de falhas no preservativo é de ao menos 15,7% só na prevenção da gravidez. “Devido a que uma mulher possa conceber só uns poucos dias (6 a 8) por mês, e também sabemos, que o índice de deficiência dos preservativos deve ser mais alto quando se trata de prevenir uma enfermidade que pode ser transmitida nos 365 dias do ano”, assegurou em um artigo enviado a ZENIT o médico peruano Raúl Cantella Salaverry, fundador, diretor e gerente do Centro de Diagnóstico Cantella SAC, na cidade de Lima.
Entre heterossexuais, assinala Cantella, a seção médica da Universidade do Texas descobriu recentemente que os preservativos só resultam efetivos em 69% dos casos para a prevenção à transmissão do HIV.
Um estudo de casais casados realizado durante um ano e meio em que um deles estava infectado determinou que 17% dos companheiros que utilizavam preservativos para se proteger foram contagiados.
Segundo o doutor Cantella, os planos de educação sexual para os jovens trazem consequências muito perigosas: a primeira é convencê-los de que podem ter relações de modo “100% seguro”, a segunda é ver a iniciação cada vez mais cedo da sexualidade como um comportamento “que todos estão fazendo”. Por outro, fazem crer aos jovens “que os adultos ‘responsáveis’ esperam que o façam”.
No entanto, a realidade é outra: um estudo realizado por Bayer, MTV e MySpace em uma população de 5.000 jovens da Argentina, Colômbia e México demonstra que dois em cada três jovens não utilizam nenhum sistema de proteção frente a uma gravidez ou possíveis enfermidades de transmissão sexual.
Prevenção realmente segura
Nas famosas declarações de 18 de março passado, durante a viagem à África, o Papa propôs a “humanização da sexualidade”, que se define como “uma renovação espiritual e humana que leve consigo um novo modo de comportar-se um com o outro, e, segundo, uma verdadeira amizade também e sobretudo com os que sofrem”.
Para realizar tal proposta, Raul Cantella indica a ZENIT que "o melhor professor de educação sexual para os meninos é um pai responsável, e a melhor professora para as meninas, uma mãe responsável”.

Mensagem do Dia

"O sofrer é de todos. O saber sofrer é de poucos." (Padre Pio de Pietrelcina)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Mensagem do dia

"Não se inquiete. Não se angustie." (Padre Pio de Pietrelcina)

Precisamos de uma esperança confiável

CIDADE DO VATICANO, domingo, 29 de novembro de 2009 (ZENIT.org).- Oferecemos a seguir o discurso pronunciado hoje pelo Papa durante a oração do Ângelus com os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
* * *
Queridos irmãos e irmãs!
Este domingo iniciamos, pela graça de Deus, um novo Ano Litúrgico, que se abre naturalmente com o Advento, tempo de preparação ao nascimento do Senhor. O Concílio Vaticano II, na constituição sobre a liturgia, afirma que a Igreja “distribui todo o mistério de Cristo pelo correr do ano, da Incarnação e Nascimento à Ascensão, ao Pentecostes, à expectativa da feliz esperança e da vinda do Senhor”. “Com esta recordação dos mistérios da Redenção, a Igreja oferece aos fiéis as riquezas das obras e merecimentos do seu Senhor, a ponto de os tornar como que presentes a todo o tempo, para que os fiéis, em contato com eles, se encham de graça” (Sacrosantum Concilium, 102). O Concílio insiste no fato de que o centro da liturgia é Cristo, como o sol em torno do qual, como os planetas, circulam a Bem-aventurada Virgem Maria –a mais próxima– e os mártires e outros santos, que “cantam hoje a Deus no céu o louvor perfeito e intercedem por nós” (Ibidem, 104).
Esta é a realidade do Ano Litúrgico, por assim dizer, “partindo do lado de Deus”. E partindo do lado –digamos– do homem, da história e da sociedade? Que importância pode ter? A resposta sugere propriamente o caminho do Advento, que hoje empreendemos. O mundo contemporâneo necessita sobretudo de esperança: necessitam dela as populações em vias de desenvolvimento, mas também as economicamente desenvolvidas. Cada vez mais advertimos que nos encontramos em um mesmo barco e devemos nos salvar todos juntos. Sobretudo nos damos conta vendo cair tantas falsas seguranças, de que necessitamos de uma esperança confiável, e esta se encontra apenas em Cristo, quem, como diz a Carta aos Hebreus, “é o mesmo ontem, hoje e sempre” (13, 8). O Senhor Jesus veio no passado, vem no presente e virá no futuro. Ele abraça todas as dimensões do tempo, porque morreu e ressuscitou, é “o Vivo” e, compartilhando nossa precariedade humana, permanece para sempre e nos oferece a própria estabilidade de Deus. É “carne” como nós e é “rocha” como Deus. Quem deseja a liberdade, a justiça e a paz pode voltar-se a levantar e alçar a cabeça, porque em Cristo a libertação está próxima (cf. Lc 21,28) –como lemos no Evangelho de hoje. Podemos portanto afirmar que Jesus Cristo não só olha os cristãos, mas todos os homens, porque Ele, que é o centro da fé, é também o fundamento da esperança. É a esperança que todo ser humano necessita constantemente.
Queridos irmãos e irmãs, a Virgem Maria encarna plenamente a humanidade que vive na esperança baseada na fé no Deus vivo. Ela é a Virgem do Advento: está bem enraizada no presente, no “hoje” da salvação; em seu coração recolhe todas as promessas passadas, e se estendem ao cumprimento futuro. Introduzamo-nos em sua escola, para entrar de verdade neste tempo de graça e acolher, com alegria e responsabilidade, a vinda de Deus a nossa história pessoal e social.

Falso Estado de Coma

Falso coma de Rom Houben não é caso isolado
Durante 23 anos ele pôde sentir e ouvir
BRUXELAS, quinta-feira, 25 de novembro de 2009 (ZENIT.org).- “Eu gritava mas ninguém me escutava”, declarou Ron Houben, agora com 46 anos, à revista alemã Der Spiegel.
O paciente, aficcionado por artes marciais e estudante de engenharia, passou 23 anos em um suposto estado de coma após um acidente de trânsito.
Em 2006, Houben conseguiu novamente se comunicar, por meio de um teclado especial, graças a que o neurologista Steven Laureys, da Universidade de Lieja, descobrisse que os médicos tinham se equivocado em seu diagnóstico inicial. Sua história foi revelada esta semana através de um ensaio publicado na revista BioMedCentral Neurology.
Incomunicável
Pouco tempo depois do acidente, ocorrido em 1983, os médicos e enfermeiros que atenderam Houben na cidade de Zolder (Bélgica), asseguraram que não existia nenhuma esperança de que pudesse despertar do suposto coma.
“Eu gritava sem que ninguém pudesse escutar”, assegurou Houben. “Fui testemunha do meu sofrimento enquanto meus médicos tentavam falar comigo, até o dia em que renunciaram”, indicou.
O paciente assinalou que, ainda que permaneceu tanto tempo incomunicável, “agora quero ler, falar com meus amigos por meio do computador e aproveitar minha vida, agora as pessoas sabem que não estou morto”.
Sua mãe, Fina Houben, que cuidou dele durante todos estes anos, assegurou que sempre acreditou que seu filho estava consciente. “Pequenas coisas me demonstravam isso. Quando eu lhe dizia que me olhasse, ele levantava um pouco a cabeça e me olhava um pouco. Dizia-lhe para virar a cabeça, e ele tentava”.
Por sua parte, o neurologista Steven Laureys assinalou que cerca de 40% dos casos em que se diagnostica estado vegetal são equivocados e que um estudo mais exaustivo pode revelar neste percentual vários sinais de consciência.
Laureys conta que com a nova tecnologia de “scanning”, os especialistas puderam demonstrar que a atividade cerebral do paciente não tinha sido interrompida. Logo utilizaram um instrumento de alta sensibilidade em que puderam registrar mínimos movimentos dos quais se valeram para “falar com Rom”, que pôde contar sua história.
Dr. Laureys sustenta em seu informe que o termo “estado vegetal”, em grande parte dos casos, consiste em uma questão de “etiquetas que se colocam no paciente” e que podem marcar uma grande diferença entre a vida e a morte.
O próprio Houben, ao se comunicar, indicou: “se uma pessoa em uma cama de hospital tem uma etiqueta em que diz “estado de mínima consciência” ou “estado vegetal”, dificilmente se poderia tirar”.
Sobre este tema, o médico Fulvio De Nigris, diretor da casa de cuidados intensivos “Luca De Nigris”, em Bolonha, assinalou que tanto para ele como para seus colegas, este fato “não é uma novidade”, e que, ao contrário, pode reforçar “a esperança que os familiares têm de que qualquer coisa pode ocorrer”, disse à Rádio Vaticano.
Nigris assegurou que o aspecto mais difícil e mais valente nestes casos é “olhar para estas pessoas com os olhos da sensibilidade, da sociabilidade e da democracia”.

sábado, 28 de novembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Rir é um bom remédio



Nunca nos esqueçamos, todo o poder vem de Deus! Mantenha-mos pois nossos olhos fitos no Senhor!

Foto da semana

Dependência de Deus

Você vive a dependência de Deus?
Vivemos da Divina Providência! A Canção Nova é a linda aventura de viver, nos dias de hoje, a total dependência de Deus. Depender de Deus é difícil, porque exige de nós dar a Ele o controle de tudo e não mais ter as rédeas da nossa vida, como nos propõe o mundo atual, com seu individualismo. Mas temos de saber o que o Senhor quer de nós.

Muitos não têm a coragem de viver dessa maneira. Por isso, e somente por isso, não experimentam a ação da Providência Divina em suas vidas. Continuo com minha carteira quase sempre vazia e minha conta bancária contém o mínimo para não ser fechada. Pelas minhas mãos passaram milhões, mas eu, graças a Deus, não possuo nada. Não tenho nenhuma propriedade. Empreguei a herança de meus pais no terreno que adquirimos em Cachoeira Paulista.

Graças a Deus, não tenho nada. Posso afirmar que minha única propriedade é o Senhor. Ao dizer isso, não estou me vangloriando, mas testemunhando que tudo isso foi necessário, imprescindível, para que hoje tivéssemos tudo o que o Senhor nos dá por acréscimo.

Deus o abençoe!

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib

Mensagem do Dia

"A busca de Deus é a busca da alegria. O encontro com Deus é a própria alegria."
(Santo Agostinho)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Tenha fé!

Tenha fé
Fomos marcados por um conceito totalmente errado sobre fé. Como se esse dom fosse somente acreditar, com a inteligência, na existência de Deus; acreditar nos dogmas da Igreja, na virgindade de Maria, na ressurreição da carne, na inefabilidade do Papa... Sem dúvida, é também tudo isso. Mas o primeiro passo de fé não é crer intelectualmente, e sim confiar em Deus: naquilo que Ele é. Acreditar nas verdades que a Igreja ensina é uma consequência da fé.

Vencemos o demônio resistindo firmes na fé. E firmes na fé significa acreditar na vitória do Senhor em nós. Talvez pensemos que a nossa posição é defensiva, mas o Senhor nos ensina o contrário. Nossa atitude é de reação; reagir firmes na fé.

Reagir fortes na fé: esta é a vitória de Deus na nossa casa, na nossa família.

Qual é o seu impossível: uma doença? Uma deficiência física? Algum alcoólatra na família? Desemprego? Seja o que for Jesus se compadece de você. Ele é o primeiro a estar junto para derramar bênçãos sobre sua vida. Aproxime-se do Senhor e, pela fé, apresente o seu impossível a Ele e creia que Ele virá em seu socorro. Creia que Ele fará o melhor acontecer. Tenha fé.

Deus o abençoe

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

III Resgata-me parte 03







No último fim de semana, Deus oportunizou-me a graça de estar em missão na cidade de Crateús no III Resgata-me(Encontro Diocesano da RCC) na companhia de santos irmãos: James Apolinário - Coordenador Estadual do Ministério de Pregação; Emanuel - Membro do núcleo diocesano de pregadores; Arnaldo - coordenador do Ministério de Música da Com. Canção Nova e Sidney - vocacionado à Com. de Aliança na Canção Nova.
O Senhor foi prodigioso em graças e sinais. Como diz meu irmão James - "O fogo desceu!"
Um abraço em todos irmãos amados de Crateús e até breve se Deus quiser.

Christian Moreira - Missionário Canção Nova - Comunidade de Aliança

III Resgata-me - Crateús parte 02




III Resgata-me - Crateús parte 01




Mensagem do Dia

"Durante uma provação, chame Jesus constantemente." (Padre Pio de Pietrelcina)

Mensagem do Dia

"Que o dulcíssimo Jesus traga paz a todos os corações aflitos." (Padre Pio de Pietrelcina)

Confraternização - Grupo Combatentes III





Salmos, 99
1. Salmo de ação de graças. Aclamai o Senhor, por toda a terra.
2. Servi o Senhor com alegria. Vinde, entrai exultantes em sua presença.
3. Sabei que o Senhor é Deus: ele nos fez, e a ele pertencemos. Somos o seu povo e as ovelhas de seu rebanho.
4. Entrai cantando sob seus pórticos, vinde aos seus átrios com cânticos; glorificai-o e bendizei o seu nome,
5. porque o Senhor é bom, sua misericórdia é eterna e sua fidelidade se estende de geração em geração.

Boa Noite, combatentes!

Peço a Deus Pai Todo Poderoso que cumule todos e cada um de vocês de todas as bençãos necessárias as suas casas; A vida de cada um de vocês combatentes é um evento único e irrepetível. Jamais esqueçam que são preciosos aos olhos de Deus e aos nossos olhos.

Coordenação do Grupo Combatentes.

"O verdadeiro guerreiro não é aquele que sempre vence, mas aquele que nunca desiste da luta"! Christian Moreira

Deixe seu comentário com seu testemunho.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Confraternização - Grupo Combatentes II





Confraternização - Grupo Combatentes I





Instituições católicas podem romper com Washington

WASHINGTON, segunda-feira, 23 de novembro de 2009 (ZENIT.org).- Devido à determinação dos legisladores de redefinir o matrimônio, a arquidiocese de Washington, D.C., Estados Unidos, anunciou que não terá outra opção a não ser retirar-se de sua colaboração com o governo na cidade.
Uma norma sobre “igualdade do matrimônio civil” exigiria que as instituições católicas oferecessem os mesmos benefícios aos empregados que têm uma união homossexual que a um empregado com um matrimônio heterossexual. As licenças das instituições educativas e profissionais católicas estão também em jogo.
Em um artigo de opinião no Washington Post, na semana passada, o arcebispo Donald Wuerl explicava por que a lei obrigaria a arquidiocese a cancelar sua parceria.
Ele afirma que a Igreja não dá ultimato, mas simplesmente reconhece que “os novos requerimentos da cidade às organizações religiosas para que reconheçam os casamentos homossexuais em suas políticas poderia restringir nossa capacidade de proporcionar o mesmo nível de serviços que temos agora”.
“Isso se deve a que o Distrito requer das entidades caritativas católicas certificar sua conformidade com as leis da cidade quando for solicitar contratos e donativos. Dado que as entidades caritativas católicas não podem cumprir os mandatos da cidade e promover os casamentos homossexuais, a cidade teria de recusar contratos e licenças”, esclarece.

Foto da Semana



Nós pregamos o Cristo crucificado, coluna de nossa fé e certeza de nossa ressureição.

Testemunho

Mulher é curada de um câncer durante Missa do Clube da Evangelização

Maria Eunice, da cidade de Formiga (MG), sócia fiel, testemunha que recebeu a cura de um câncer durante Missa do Clube da Evangelização, em julho de 2006.



"Estava em casa assistindo à TV Canção Nova, como faço de costume, pois sou telespectadora assídua da Santa Missa do Clube da Evangelização. Estava com um grande tumor na garganta, era visível a todos. O médico determinou que eu iria fazer dez sessões de quimioterapia; e a quarta seria numa sexta-feira.



E enquanto o padre rezava durante a Santa Missa, passei de telespectadora a participante. Parece que eu estava na Canção Nova, junto com todo aquele povo que se encontrava no Rincão. Rezei muito, com muita fé! Na homilia, padre Edimilson proclamou a cura de uma pessoa que estava com um caroço na garganta. Proclamou também que essa pessoa o cuspiria e foi o que aconteceu. Na sexta-feira, retornei ao médico. Ele passou inúmeros exames e não aceitei fazer a sessão de quimioterapia, como estava combinado.

E para a surpresa de todos, quando os exames chegaram, eu estava curada! O médico ficou desconsertado e pediu que eu repetisse os exames. Submeti-me novamente aos exames e mais uma vez foi comprovado que eu estava curada. O médico disse: "Se você acredita em Deus, você está diante de um milagre, pois a medicina não explica a sua cura". Graças a Deus, graças à TV Canção Nova, eu estou curada!



Muito obrigada por ser canal da cura em minha vida! E testemunho o que Deus operou em minha vida e digo mais: vamos ajudar esta obra, porque ela é de Deus. Falo isso porque experimentei isso".




A Canção Nova só pôde ser canal de cura na vida de Maria Eunice, porque existem milhares de pessoas que sustentam esta obra de evangelização com orações e doações.

Muito obrigado, sócio evangelizador! Você é um grande benfeitor na vida de muitos, proporcionando-lhes momentos de cura e libertação como esse. Juntos somos mais! Juntos para a restauração de mais famílias, por meio de milagres e prodígios, juntos promovendo a vida!

Seja você também um benfietor desta obra de Deus. Associe-se já pelo fone:(12)3268-2600. Deus te abençoe!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Confie em Deus!

Confie e Deus derramará muitas graças sobre você
A Providência Divina que funciona na Canção Nova, funciona também na vida de qualquer pessoa que ousa confiar inteiramente em Deus. Deixe-me dizer-lhe diretamente: Deus quer agir na sua vida como age na Canção Nova.

O que faz conosco, Ele quer fazer com você, na sua vida, na sua família. A condição é sempre a mesma para nós e para você: confiar inteiramente na Providência d'Ele. Confiar cada dia mais. Confiar como alguém que trabalha, mas sabe que o resultado não será simplesmente fruto do seu trabalho, mas da Providência Divina.

Deus, que não se deixa vencer em generosidade, haverá de derramar muitas graças sobre você e sua família.

Deus o abençoe!

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib

sábado, 21 de novembro de 2009

Mensagem do Dia

"Faltar com a caridade é pecar contra a própria natureza." (Padre Pio de Pietrelcina)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Adoração - Dom de Deus

Adoração: Dom de Deus
A adoração é um dom de Deus e não um esforço nosso. O primeiro passo sempre é de Deus. É Ele quem toma a iniciativa de estar conosco, de se relacionar conosco para estabelecer uma relação íntima, de amizade. Por isso, a adoração não é apenas um desejo do nosso coração, mas mais do que isso, é um desejo do Senhor.

Cada um de nós tem um coração de adorador que precisa ser trabalhado e desenvolvido para crescer no dom da adoração. Insisto: essa indisposição que você sente para não adorar ao Senhor não é sua.

Este trabalho para crescer na adoração consiste em um acolhimento da graça de Deus. Sim, é um dom que o Todo-poderoso quer nos dar pela ação do Espírito Santo. É dom, é preciso em primeiro lugar acolhê-lo.

Adoremos a Deus sem outros interesses, porque Deus é Deus. Tudo nos virá por acréscimo, porque saímos do sistema do mundo que nos colocava como centro e colocamos o Criador como único centro de nossa vida.

Deus o abençoe!

Seu irmão,


Monsenhor Jonas Abib.

fonte: cancaonova.com

A Cultura Relativista

Cultura relativista manipula as consciências, adverte Papa
Mensagem pontifícia à Congregação para a Evangelização dos Povos
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 17 de novembro de 2009 (ZENIT.org).- O Papa advertiu que a cultura relativista contamina a família, a educação e outros âmbitos da sociedade, manipulado as consciências.
Bento XVI tocou nessa questão em uma mensagem dirigida ao prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, o cardeal Ivan Dias, com motivo da assembleia plenária da Congregação, que começou ontem na Universidade Urbaniana de Roma, com o tema “São Paulo e os novos areópagos”.
O Santo Padre destacou que, como São Paulo anunciou o Evangelho em Atenas usando uma linguagem inculturada, a Igreja deve proclamar hoje o Evangelho aos novos ambientes, afirmou o Papa.
“O desejo do cristão é que toda a família possa invocar a Deus como Pai Nosso”, explicou na mensagem, publicada nesta segunda-feira pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
Mas “não se trata apenas de pregar o Evangelho, mas de alcançar e quase sacudir com a força do Evangelho os critérios de juízo, os valores determinantes, os pontos de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que estão em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio de salvação”, disse, citando Paulo VI.
“A atividade missionária da Igreja deve portanto se orientar para estes centros neurálgicos da sociedade do terceiro milênio”, continuou.
Sobre as necessidades particulares da sociedade atual por evangelizar, o Papa indicou que “não se deve menosprezar a influência de uma difundida cultura relativista, a maioria das vezes carente de valores, que entra no santuário da família, infiltra-se no âmbito da educação e em outros âmbitos da sociedade e os contamina, manipulando as consciências, especialmente as juvenis”.
Para Bento XVI, “como em outras épocas de mudanças, a prioridade pastoral é mostrar o verdadeiro rosto de Cristo”, o qual “exige que cada comunidade cristã e a Igreja em seu conjunto ofereçam um testemunho de fidelidade a Cristo”.
E isso “construindo pacientemente essa unidade querida por Ele”, porque “a unidade dos cristãos fará, de fato, mas fácil a evangelização e a confrontação com os desafios culturais, sociais e religiosos de nosso tempo”.
“Nesta empreitada missionária podemos olhar o apóstolo Paulo, imitar o ‘estilo’ de vida e o mesmo ‘espírito’ apostólico centrado totalmente em Cristo”, propôs.
E seguidamente assegurou: “com esta completa adesão ao Senhor, os cristãos poderão mais facilmente transmitir às futuras gerações a herança da fé, capaz de transformar também as dificuldades em possibilidades de evangelização”.
Na mensagem, o Santo Padre dedicou palavras de “apreço e de gratuidade” ao cardeal Dias e a toda Congregação para a Evangelização dos Povos, “pelo serviço que se faz à Igreja no âmbito da missão ad gentes”.
Também considerou a assembleia que estão celebrando um “convite urgente a saber valorizar os “areópagos” de hoje, onde se enfrentam os grandes desafios da evangelização”.
“Quer-se analisar este tema com realismo, tendo em conta as muitas mudanças sociais ocorridas –reconheceu. Um realismo apoiado pelo espírito de fé, que vê a história à luz do Evangelho, e com a certeza que tinha Paulo da presença de Cristo ressuscitado”.
E assegurou que, perante essa missão da Igreja, apesar dos problemas, o “Espírito Santo está sempre em ação”.
Bento XVI afirmou que atualmente “se abrem de fato novas portas ao Evangelho e se vai estendendo no mundo o desejo de uma autêntica renovação espiritual e apostólica”.
Referindo-se à encíclica Caritas in veritate, destacou que o desenvolvimento econômico e social da sociedade contemporânea precisa recuperar a atenção à vida espiritual”.
Recuperar também, acrescentou, uma “séria consideração das experiências de confiança em Deus, de fraternidade espiritual em Cristo, de confiança na Providência e na Misericórdia divinas, de amor e de perdão, de renúncia a si mesmo, de acolhida ao próximo, de justiça e de paz”.

Fonte: zenit

Educação dos filhos - Formar para coragem!

Os filhos medrosos

Há medos instintivos: como a galinha foge ao ver pela primeira vez a raposa, o homem recua diante do que lhe representa perigo. Quando o perigo é determinado e conhecido, o medo revigora o homem para a luta ou para a fuga. Quando, porém, a pessoa teme sem saber ao certo o que nem porque, não tendo para onde fugir, toma o tormentoso caminho da angústia.
É instintivamente que as crianças de dois meses estremecem com ruídos súbitos ou com uma luz mais viva que de repente se acende. E mais tarde choram em face de um desconhecido, correm de animais, recuam ante o fogo, gritam quando as suspendem bruscamente ou as giram, etc.
Medo ao desconhecido
Tudo o que é súbito, intenso ou desconhecido produz medo à criança. É por isso que seus terrores são tanto mais numerosos quanto maior é sua ignorância das coisas. Vejam como se apavora facilmente um pequenino de dois a quatro anos. À medida que ele for tomando conhecimento da vida, vai perdendo muitos medos, a menos que uma errada educação os agrave e multiplique.
Ensina-se o medo

A criança é extremamente sugestionável: aprende com facilidade o que vê e escuta.
Se vê a mãe subir à cadeira por causa de uma barata, o pai espavorido com o número 13, as irmãs apavoradas com o trovão, etc., é natural que tome as mesmas ridículas atitudes. Assim se explicam os idiotas pavores de escuro, máscaras, cor preta, soldado, velho mendigo, sangue, etc.
Do ambiente doméstico lhe vêm outros medos: lobisomem, fantasmas, almas de outro mundo, cadáveres, doenças, micróbios, tabus alimentares, supertições mil, personagens imaginários e até reais, mas que antes devem infundir simpatia – soldado, padre, médico, dentista, mendigo…
Há medos cultivados pelos adultos. Pais, incapazes de se fazerem obedecer, apelam para intimidações; empregadas, para acalmarem as crianças, ou as fazerem comer, dormir, etc., ameaçam-nas com a guarda ou bicho-papão! Mães os sugerem a ponto de deformar a criança.
As sugestões provêm também de histórias macabras, filmes impressionantes (entre estes citamos os “infantis” “Branca de Neve” e “Chapeuzinho Vermelho”), certas revistas de quadrinhos, que vão povoando a imaginação das crianças de cenas de violências e sangue, de personagens agressivos e medonhos, e de perigos que ameaçaram outras crianças.
Recomendações excessivas

- “Não subam nas árvores, para não caírem“
- “Não joguem bola, para não se feriem”
- “Não corram na bicicleta, para não quebrarem a espinha”
- “Não se debrucem na janela, que é muito perigoso”
- “Não tomem chuviscos, para não ficarem tuberculosos”
São lições de poltroneria, de falta de iniciativa, de caráter varonil! O que vale é que, em sua maioria, as crianças as desprezam… E se as não desprezam prejudicam-se!
Vida doméstica
Calma e tranqüila, a vida da família espalha nas crianças confiança e bem-estar. Agitada e procelosa, infunde-lhes desassossego e insegurança, levando-as ao medo difuso, gerador de angústias. Se a família é agitada por brigas do casal, por cenas de alcoolismo ou perturbação mental, não admira sejam os filhos agitados por sobressaltos ao menor ruído ou alteração de vozes…
Evitemos o medo
Não pretendemos extirpar da criança todos os medos. Não creio que seja isto possível aos adultos normais. Por mais fortes que sejamos, temos sempre algum medo, embora não o confessemos com facilidade, pois não é lá muito honroso… Procuremos, contudo, evitá-lo nas crianças.
Dar segurança
Um ambiente de segurança, em que os adultos não falem de medos e não os tenham desnecessariamente, é condição essencial. Medo gera medo; segurança estabelece segurança. Amadas, felizes, sentir-se-ão em garantia as crianças. Mesmo em face de perigos, portem-se os pais com moderação e tranqüilidade, sem espantos, porque espanto produz medo.
Ambiente normal
Dê-se aos pequeninos um ambiente normal, habituando-os aos rumores comuns da casa (sem exagerados silêncios para dormirem), à meia luz do quarto para repouso diurno, à escuridão para a noite (e assim se elimina o medo à escuridão).

A criança forte
É necessário dar à criança confiança em si : sono suficiente, alimento, exercício físico, jogos de bola, corrida, exercícios de bicicleta… Isso lhe dá segurança. Arranhou? Mercúrio-cromo… Quebrou? Engessa… Se os companheiros fazem isto tudo, e ela não o faz, por medo, sentir-se-á inferiorizada. O essencial é educar uma criança sadia de corpo e espírito.
Não meter medo
Vigiar para não se falar do que mete medo às crianças; nem a família, nem as empregadas. E quando elas o ouvirem de estranhos, reduzir as coisas a suas verdadeiras dimensões, apontando o ridículo dos que temem o inofensivo.
Não ridicularizar
Quando a criança tem medo (é impossível não o ter), evite-se ridicularizá-la. Mesmo que não haja motivo real, há o subjetivo: ela vê o perigo, porque crê nele! Ridicularizar outros medrosos está certo; a própria criança não, porque isso a inibe e a inferioriza.
Confiança em Deus
Nós, que não compreendemos a educação sem o fator religioso, devemos valorizar, com a criança, a confiança em Deus: Ele nos protege. Pense a criança em Deus, invoque-O, e fique tranqüila.
Temores benéficos
Sempre que haja um perigo real, a criança deve saber temê-lo, a fim de evitá-lo. O melhor será saber com evitá-lo… A boa educação requer que não apenas se conheçam os perigos, mas se saiba evitá-los – preparando a criança para isto.
O temor de Deus
O grande temor de que o educador deve impregnar seus pupilos é aquele a que o Espírito Santo chama “o princípio da sabedoria” (Prov. 1,7). Quem tem na alma, firme e profundo, o temor de Deus, está em condições de resistir a todos os perigos e vencer todos os temores.
Teme-se o pecado, porque é ofensa ao Pai, muito mais do que pela conseqüência de levar ao inferno. Teme-se o perigo de pecar, porque as fragilidades da natureza não precisam mais de experiências para prová-las. Teme-se as más companhias, porque são elementos de perdição mais perniciosos que o próprio demônio.
Educar para o temor de Deus é educar para a sabedoria, porque o “temor do Senhor é a própria sabedoria” (Jo 28,28). É educar para o horror ao mal e o amor ao bem. É educar para a coragem, a fortaleza, a energia, a coerência – virtudes que estão faltando assustadoramente a nossos contemporâneos. É preparar homens que, em face do dever, saberão cumpri-lo sem olhar conveniências subalternas, porque desconhecem o medo da opinião alheia e não se apavoram dos instáveis julgamentos humanos.
É para esta educação que nos devemos orientar.
(Corrija o seu filho – Mons. Álvaro Negromonte)

Mensagem do Dia

"Leia, medite e pratique a Palavra de Deus." (Padre Pio de Pietrelcina)

A Igreja pelo Mundo

Sentença que veta crucifixo mobiliza Igreja ortodoxa grega
O primaz Ieronymos está disposto a convocar um Sínodo extraordinário
ATENAS, segunda-feira, 16 de novembro de 2009 (ZENIT.org).- O primaz da Igreja ortodoxa grega, Ieronymos II, declarou-se disposto a convocar um Sínodo extraordinário para desenhar um plano de ação contra a recente sentença do Tribunal Europeu de Direitos Humanos que veta o crucifixo nas escolas.
“Não são só as minorias que têm direitos; os direitos são também das maiorias”, disse o primaz em uma declaração recolhida por diferentes agências de imprensa e da qual hoje informa o diário vaticano “L’Osservatore Romano”.
A sentença do Tribunal se produziu após lhe ser apresentado um caso na Itália. Decretou-se que a exposição do crucifixo nas salas escolares viola o direito dos pais à educação de seus filhos e restringe a liberdade de pensamento e de religião dos alunos.
Ieronymos se declarou disposto a convocar um Sínodo extraordinário, na próxima semana, para desenhar um plano de ação, no temor de que esta sentença possa constituir um precedente também para a Grécia. E fez um chamado aos católicos para rebater esta “ameaça aos símbolos cristãos”, contra aqueles juízes “que ignoram o papel do cristianismo na formação da identidade da Europa”.
A tomada de posição do primaz ortodoxo segue a uma tentativa por parte do Observatório para a aplicação dos Acordos de Helsinki na Grécia (Espe) de fazer ordenar desde um tribunal, após a decisão europeia sobre a Itália, a retirada de todos os símbolos religiosos das escolas, edifícios públicos e salas de justiça.
A respeito destas últimas, o Espe pediu ainda eliminar a presença do Evangelho da fórmula de juramento para as testemunhas. O tribunal de Atenas –indica a agência Ansa– rechaçou o pedido por falta de jurisprudência, mas não excluiu voltar a examiná-lo se a sentença europeia se fizer definitiva.
Por sua parte, a coalizão de esquerda (Syriza) perguntou ao governo como pensa se comportar a esse respeito, sublinhando que se a sentença do Tribunal de Estrasburgo fosse definitiva, deveria ser aplicada não apenas pela Itália, mas por todos os países europeus. A ministra de Educação, Anna Diamantopoulou, respondeu que “o problema não está na ordem do dia” , porque “os problemas da escola na Grécia são outros”.
O bispo ortodoxo de Thessaloniki, Anthimos, disse que espera que o Governo recorra contra qualquer sentença do tribunal grego ou europeu que obrigue a retirar os símbolos religiosos das escolas do país (geralmente um ícone do rosto de Cristo). E o bispo de Phthiotis, Nikolaos, advertiu que “em breve os jovens já não terão nenhum símbolo que os proteja” e que “os ídolos do futebol e do pop são sucessores pobres”.
A Igreja ortodoxa grega, à qual pertence 92% da população, interveio recentemente também para denunciar como “injusta” a decisão de triplicar o imposto sobre as propriedades, tomada pelo governo no contexto de um plano para sanar as contas públicas.
O Sínodo dos bispos, em uma declaração, afirmou que, ainda estando a Igreja disposta a cumprir com seu dever, a decisão de taxas as propriedades a 3 por mil, em lugar do precedente 1 por mil, coloca-a em uma situação de “desigualdade comparando com outras entidades legais”.
(Nieves San Martín)

Mensagem do Dia

"Escutemos a voz de nossa consciência." (Padre Pio de Pietrelcina)

domingo, 15 de novembro de 2009

Formação - Cura Interior

SOFRER SEM SE QUEIXAR


Por Thiamer Toth



A vida humana é uma série ininterrupta de aIegrias e tristezas que alternadamente se sucedem; e, para muitos de nós, os dias sombrios são mais numerosos que os de bom sol. Quem diz viver, diz sofrer.



Na vila de um jovem há já a dificuldade, provações mais ou menos duras, insucessos, mal-entendidos, doenças, sofrimentos fisicos e morais. E onde melhor se reveIa o carater é precisamente em suportar os golpes que o ferem: Sustine! Muitas vezes, os indigentes olham os ricos com inveja, e os estudantes pobres invejam os seus colegas mais afortunados. Parecem não acreditar que cada um de nós tem, sobre a terra, o seu quinhao de aflições - de uma maneira ou de outra.



Há homens que cerram furiosamente a mão e que bIasfemam contra a sua sorte no tempo de sofrimento: são aImas grosseiras. Outros há que, de cabeça baixa e morte na alma, choram o seu destino com impotente resignação: sao almas fracas. E há os ainda que, sofrendo embora nas horas de provação ou de doença, chorando a morte de um ente querido, sabem que o sofrimento viriImente suportado é o fogo que dá ao aço do carater a mais bela têmpera. Pode-se ser pobre e feliz, rico e infeliz ao mesmo tempo. Pode ser-se feliz com um corpo doente, e infeliz com uma saúde de ferro. Pode ser- se cego e feliz, ao mesmo tempo, como melancólico com oIhos de águia.



Tudo depende da maneira como nós deixamos o sofrimento operar em nossa aIma. Utiliza-o então, meu filho, na educação do teu carater. Lembra-te sempre de que uma dor suportada pacientemente aumenta o vaIor de um homem, que aquele que se faz pequeno cresce, que aquele que sabe humilhar-se se eleva, que a cólera dominada torna mais forte: numa palavra, que o sofrimento suportado com Deus torna a alma mais pura e o carater mais nobre.



Um quadro tem sempre Iuz e sombras. O talento do artista consiste precisamente em harmonizar estes dois contrastes e fazer sair deles a beIeza. Deus, que é o nosso Pai celeste, conhece as nossas dificuldades. Foi Ele que permitiu que tal infortúnio nos viesse. Tal infortúnio faz, portanto, parte dos seus designios a nosso respeito. Qual é este designio? Como o poderíamos nós conhecer com o nosso pobre cérebro humano? Punir-nos-á peIos nossos pecados passados? Quererá tornar-nos mais fortes em vista do futuro? Purificarmos? tornar-nos mais sérios? Quererá dar-nos ocasião de fazermos provisao de merecimentos? Não o sabemos. Mas uma coisa sabemos nós: é que a nossa alma deve sair mais pura, mais profunda, mais grave, melhor, numa palavra, do fogo do sofrimento.



A nossa oração, nesses dias sombrios, deve ser esta: Senhor, seja feita a vossa vontade, No bom tempo como na tempestadel Vossa Vontade se faca Senhor, Na alegria ou quando chega a dorl Senhor, vossa vontade seja feita: Vós sabeis o porque – Minha alma aceita-a!



0 sofrimento suportado sem se queixar é um exceIente meio de desenvolver o carater e fortalecer a vontade. É naturaI que o homem procure livrar- se do sofrimento. Mas, se não o consegue, mau e que procure aIiviar se, lamentando-se e chorando. Procura tu, com todas as tuas forças, resignar-te naquilo gue não puderes mudar, por em paz a tua alma, e terás feito muito para forticares a vontade. A alma de vontade fraca deixa-se reduzir a pó sob o camarteIo do sofrimento. Inversamente, o carater viril, lançará, taIvez, chispas, mas, tal como o aço, torna-se depois mais resistente. “Pode-se mostrar-se tanto heroismo no Ieito da dor, como no campo de batalha”- disse Sêneca.



Isto significa que o sofrimento é a melhor escola do carater. Se te encontrares a braços com a contrariedade, lembra-te das paIavras do barão J. Eotvos: “As provações da vida não tem o poder de abater aquele que sabe, no meio de atrozes torturas, guardar a confianca na Providência”. Do fundo da tua alma roga como aqueIe grande cristão: Dai, Senhor, aos outros, caminhos planos nos quais se pode caminhar muito tempo sem fadiga. Dai Ihes os bens que eIes mais desejam. Para mim, peço-vos uma senda pedregosa e áspera, com bom aspecto todavia, que me conduza sempre mais resoluto, e que eu possa seguir com a convicção de que não me perderei”.



Se os Romanos diziam que “é uma virtude romana fazer grandes coisas” – “fortia agere romanun est” - acrescenta-lhe tu que “é uma virtude cristã sofrer muito”- “fortia pati christianun est”.



Pensa um pouco na tristeza sem nome, no negro pessimismo, na melancoIia indizível, que inundavam no tempo do paganismo, as aImas mais nobres. Hoje não encontro um único ser que não preferisse a morte a tal existência. 0s gosos desregrados dos sentidos davam-lhes o desgosto do mundo e, no entanto, não tinham outros anseios senão esses. Somente um ou dois tiveram como que um pressentimento do Cristianismo, o que os eIevou as mais puras regiões. Quando estão na adversidade, o pagão e o descrente não sabem senão ranger os dentes, ao passo que o cristão suporta a dor pacientemente, e não com o cego fatalismo daqueles. Sem dúvida, o Cristianismo não pode fazer desaparecer do mundo a miséria, o sofrimento e as multiplas tentações que conduzem ao pecado, mas sabe, ao menos, dar lhes explicação, justificar os designios de Deus.



Acaso, sofres tu muito, meu fiIho? És pobre e doente? Teus pais estão na miséria? Suportas duras provações? Pergunta-te onde quererá Deus chegar. Talvez te esteja punindo dos teus pecados passadosl TaIvez EIe queira amadurecer a tua alma para uma vida mais fervorosa, temperar a tua alma como o fogo tempera o aço. Talvez ainda Ele queira aumentar os teus merecimentos para a vida eternal Talvez te conduza através da Existência como o guia da montanha conduz o viandante! – “Porque escolhes estas veredas escarpadas, pedregosas e incômodas”? - pergunta este.— “É preciso assim”- responde aquele – “porque só por estas veredas podemos chegar ao sitio maravilhoso que vamos ver. Pelos caminhos largos e fáceis, em breve estaríamos na planicie”.



“Porque motivo devo eu sofrer tanto”? - exclamas tu tambem. Mas como podes tu sabe-lo? Só Deus o sabe! Examina bem um belo tapete da Persia: que magnifica harmonia de linhas e de cores! VoIta-o: no avesso não verás senão uma intrincada confusão de fios. É assim a vida. Nós só vemos o avesso. O direito, isto é, o grande pensamento unificante, está na mão de Deus. É o proprio Deus eterno que tece o tapete da nossa existência, e a nossa limitada inteIigencia não pode descobrir as suas intenções. Os seus pensamentos não são os nossos caminhos.



Um dia, Santa Catarina de Sena teve de lutar contra uma tentação extremamente violenta. Tendo-a vencido com dificuldade, lamentava-se ela tristemente : “Onde estáveis, meu Jesus, enquanto a obscuridade invadia o meu coração”? – “Estava na tua alma”- respondeu o Redentor. “ Se eu lá não estivesse, os pensamentos que assediavam o teu espírito teriam penetrado na tua vontade e teriam causado a morte a tua alma”. Quando sofreres, não te assustes então, meu filho. Toda a força do oceano embravecido pode quebrar-se contra um só rochedo! ~



Nao imites as pIantas que estão direitas enquanto o sol as acaricia, mas que se fecham e se deixam esmorecer, logo que chegou o crepúsculo. O sofrimento é uma obra de arte divina talhada no mármore da tua alma. O que Deus quereria encontrar em tua aIma é o ouro. E o ouro - sabe-lo bem -, não está à superficie; é preciso procura-lo nas profundezas. O mármore deve abafar mais de um soluço sob as marteIadas do escuItor. Mas não vês que, se o artista ligasse importancia a isso, não poderia nunca fazer dele uma linda estátua,... uma obra-prima?...



Por isso, meu filho, não busques o sofrimento; mas se eIe vier, oIha-o bem de frente.



TOTH, Thiamer – O Jovem de carater – Quadrante – Pags 202- 208.