quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Saibamos combater o bom combate




O Diabo é pecador “desde o princípio”. (1Jo 3,8)

Uma das maiores artimanhas do maligno é fazer boa parte do mundo acreditar que ele, de fato, não existe. E esse é um desafio que a Igreja Católica enfrenta, alertar os fiéis sobre esse engano e fazer com que estejam atentos e vigilantes quanto à ação do mal em suas vidas.
A Igreja procura amparar seu povo por meio do seu Catecismo que nos ensina sobre o demônio:

§414- Satanás ou o Diabo, bem como os demais demônios, são anjos decaídos por terem se recusado livremente a servir a Deus a seu desígnio. Sua opção contra Deus é definitiva. Eles tentam associar o homem à sua revolta contra Deus.

§391 – Por trás da opção de desobediência de nossos primeiros pais há uma voz sedutora que se opõe a Deus (Gen 3,1-5) e que, por inveja, os faz cair na morte (Sab 2,24). A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste ser um anjo destronado, chamado Satanás ou Diabo (Jo 8,44; Ap 12,9). A Igreja ensina que ele tinha sido anteriormente um anjo bom, criado por Deus. – “Com efeito, o Diabo e outros demônios foram por Deus criados bons em (sua) natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa.” (IV Conc. Latrão, 1215).

§392 – A Escritura fala de um pecado desses anjos (2Pe 2,4). Esta “queda” consiste na opção livre desses espíritos criados, que rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e seu Reino. Temos um reflexo desta rebelião nas palavras do Tentador ditas a nossos primeiros pais: “E vós sereis como deuses” (Gn 3,5). O Diabo é pecador “desde o princípio” (1Jo 3,8), “pai da mentira” (Jo 8,44).

§393 – É o caráter irrevogável de sua opção, e não uma deficiência da infinita misericórdia divina, que faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado. “Não existe arrependimento para eles depois da queda, como não existe para os homens após a morte.” (S. João Damasceno; De fide orthodoxa. 2,4).

§394 – A Escritura atesta a influência nefasta daquele que Jesus chama de “o homicida desde o princípio” (Jo 8,44) e que até chegou a tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai (Mt 4,1-11). “Para isto é que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo” (1Jo 3,9). A mais grave dessas obras, devido às suas consequências, foi a sedução mentirosa que introduziu o homem a desobedecer a Deus.

É preciso sabedoria e discernimento para que não só estejamos aptos a combater o demônio, mas também para interceder e auxiliar pelo bem dos nossos irmãos.

A missão do diabo é nos cegar para as ações de Deus em nossas vidas e nos acorrentar ao pecado, para que assim não sejamos dignos de entrar no Reino de Deus. Por isso, é preciso que sejamos vigilantes em todos os momentos, para que, amparados por Cristo, saibamos combater o bom combate e alcançar a vida eterna.