terça-feira, 14 de junho de 2011

A síndrome pós-aborto persegue as mulheres para o resto da vida


BUENOS AIRES, 13 Jun. 11 (ACI) .- Quando na Argentina os legisladores debatem a aprovação do aborto, o Dr. Ernesto Beruti, especialista em clínica obstétrica e ex-chefe da Maternidade do hospital Rawson (Argentina) recordou que em um aborto sempre há duas vítimas: a criança que está por nascer e a mãe, que geralmente termina sofrendo a síndrome pós-aborto, às vezes durante toda a sua vida.

Em uma reunião do Consórcio de Médicos Católicos em Buenos Aires, o perito assinalou que "ante a tragédia do aborto sempre há duas vítimas: a primeira é a criança que está por nascer, que perde o direito mais importante que temos todos os seres humanos, que é o direito à vida; a segunda é a mulher, que muitas vezes o faz por pressão do entorno, do marido, da família, e muitas vezes padece a síndrome pós-aborto, um calvário que despedaça a sua alma e a acompanha o resto de sua vida".

O Dr. Beruti disse que "é preciso ajudar, aliviar, acompanhar e não julgar –com um conceito de total compreensão– a essas pobres mulheres que tiveram a desgraça de ter abortado".

"É mais fácil que uma mulher tire um filho do ventre que retirá-lo de sua cabeça e de seu coração", acrescentou, referindo-se à síndrome pós- aborto.

Ao explicar este padecimento, citou o caso de uma anciã de 82 anos, que perguntou a um homem sentado ao lado em um ônibus que idade ele tinha. Quando este lhe respondeu que tinha 52 e inquiriu por quê a mulher perguntava, ela disse, em voz baixa: "Porque supus que você teria mais ou menos a idade que meu filho teria... se eu tivesse deixado ele viver!"

Outra cita que usou o Dr. Beruti remetia ao folheto "Qual é a causa de minha dor?", da Wisconsin Right to Life Education Fund, dos Estados Unidos. Uma mulher, Nereida Ortiz, dizia: "Disseram-me que essa era a melhor decisão. Mas não me falaram sobre o vazio emocional e físico que ia sentir e que me destruiria para sempre. O que posso fazer com a dor que sinto?".

Beruti explicou os métodos cirúrgicos usados pelos que fazem abortos e mostrou fotografias de pequenos abortados poucas semanas após sua gestação, com todos seus órgãos visíveis e diferenciados.