segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Lumen Fidei.1 - Jesus é a Luz que dissipa toda a Treva

            

           Atento as necessidades de nosso tempo e aos desafios pelos quais os crentes atravessam no mundo hodierno, o santo padre, Papa Francisco escreve sobre a Fé. Mas não somente sobre a fé, enquanto comportamento, postura filosófica ou teológica, mas como fonte de luz. Ou ainda mais, sobre como a fé deve ser para cada um dos cristãos católicos, a referência, o paradigma, o norte pelo qual deve-se referendar suas escolhas e decisões.
            
           É Jesus a luz que veio ao mundo e que dissipa toda treva. Apenas com ele nossa vida pode efetivamente deixar a superficialidade do efêmero e encontrar a sua essência no eterno.

É por conta disto, que iniciamos hoje essa coluna diária em nosso blog, sobre o documento do Papa Francisco, Lumen Fidei. Sempre transcreveremos um número do documento, seguido de uma breve reflexão. Esperamos desta forma, com o  auxílio do Espírito Santo, contribuir para que à Luz da Fé, com os olhos fixos em Jesus, possamos crer, para ver.

                                                                                  Um abraço Fraterno,

Christian Moreira
Membro da Comunidade Canção Nova

CARTA ENCÍCLICA
LUMEN FIDEI

DO SUMO PONTÍFICE
FRANCISCO  AOS BISPOS
AOS PRESBÍTEROS E AOS DIÁCONOS
ÀS PESSOAS CONSAGRADAS
E A TODOS OS FIÉIS LEIGOS
SOBRE A FÉ


1. A luz da fé é a expressão com que a tradição da Igreja designou o grande dom trazido por Jesus. Eis como Ele Se nos apresenta, no Evangelho de João: « Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em Mim não fique nas trevas » (Jo 12, 46). E São Paulo exprime-se nestes termos: « Porque o Deus que disse: "das trevas brilhe a luz", foi quem brilhou nos nossos corações » (2 Cor 4, 6). No mundo pagão, com fome de luz, tinha-se desenvolvido o culto do deus Sol, Sol invictus, invocado na sua aurora. Embora o sol renascesse cada dia, facilmente se percebia que era incapaz de irradiar a sua luz sobre toda a existência do homem. De facto, o sol não ilumina toda a realidade, sendo os seus raios incapazes de chegar até às sombras da morte, onde a vista humana se fecha para a sua luz. Aliás « nunca se viu ninguém — afirma o mártir São Justino — pronto a morrer pela sua fé no sol ».[1] Conscientes do amplo horizonte que a fé lhes abria, os cristãos chamaram a Cristo o verdadeiro Sol, « cujos raios dão a vida ».[2] A Marta, em lágrimas pela morte do irmão Lázaro, Jesus diz-lhe: « Eu não te disse que, se acreditares, verás a glória de Deus? » (Jo 11, 40). Quem acredita, vê; vê com uma luz que ilumina todo o percurso da estrada, porque nos vem de Cristo ressuscitado, estrela da manhã que não tem ocaso.