segunda-feira, 12 de julho de 2010

Você sabe quando?

Você sabe quando?


D. ESTEVÃO BETTENCOURT

É de crer que, se os cristãos conhecessem melhor a história das denominações protestantes, não adeririam tão facilmente a elas ou as deixariam sem demora, porque perceberiam que são obras de homens que se opõem à intenção de Jesus Cristo; principalmente os católicos não se tornariam protestantes, pois, assim procedendo, abandonam a única Igreja fundada por Jesus Cristo para aderir a comunidades fundadas por homens, quinze ou mais séculos após Jesus.

Será a mesma coisa seguir Jesus Cristo e seguir um ´´profeta´´ do século XVI ou XVII?

Precisamos, para facilitar aos cristãos a tomada de consciência do hiato histórico que intercede entre Jesus Cristo e as denominações protestantes, publicar a tabela seguinte:

Denominação Fundador Data/Local

Católica Jesus Cristo 30 ´ Palestina

Luterana Martinho Lutero 1517 ´ Alemanha

Episcopal (Anglicana) rei Henrique VIII 1534 ´ Inglaterra

Reformada (Calvinista) João Calvino 1541 ´ Suiça

Menonita Meano Simons 1550 ´ Holanda

Presbiteriana John Knox 1567 ´ Escócia

Congregacional Robert Browee 1580 ´ Inglaterra

Batista John Smith 1604 ´ Holanda

Quacker John Fox 1649 ´ EUA

Metodista John Wesley 1739 ´ Inglaterra

Mórmon Joseph Smith 1830 ´ EUA

Adventista Willian Miller 1831 ´ EUA

Exército da Salvação Willian/ Catarina Booth 1885 ´ Inglaterra

Ciência Cristã Mary Backer 1675 ´ EUA

Pentecostais Charles Parham e discípulos 1900 ´ EUA

Testemunhas de Jeová Charles Taze Russell 1916 ´ EUA

Amigos do Homem Alexandre Freytag 1920 ´ Suiça

Universal do Reino de Deus Edir Macedo Bezerra 1977 ´ Brasil

Observações

1. A tabela, ainda que não seja exaustiva, mostra como as denominações protestantes que hoje em dia fazem adeptos no Brasil, estão distantes de Jesus Cristo na linha da história. Antes do século XVI não se falava de Confissão Luterana; antes do século XX não se falava de Assembléia de Deus, Comunidade ´´Nova Vida´´, Igreja Socorrista´´, etc. Não foi Jesus Cristo quem deu origem a tais organizações, mas foram pastores humanos, dos quais alguns disseram ter recebido revelações mais recentes do que as de Jesus Cristo; tal é o caso de Joseph Smith (Mórmons), Charles Taze Russell e Rutherford (Testemunhas de Jeová), Alexandre Freytag (Amigos do Homem)... Quanto mais recente é a denominação protestante, mais tende a trocar o Novo Testamento pelo Antigo, chamando Deus pelo nome de Jeová, negando a Divindade de Cristo e a SS. Trindade, observando o sábado em lugar do domingo, etc.

2. Na raiz de todo este esfacelamento do Cristianismo está o princípio, estipulado por Lutero, segundo o qual a Bíblia deve ser interpretada por cada leitor em ´´livre exame´´; o que quer dizer: cada qual sente e entende a Bíblia como bem lhe pareça; em conseqüência, tira as conclusões que julga adequadas, sem orientação da Igreja. É compreensível que tal princípio, coerentemente aplicado, tenha levado e leve o Protestantismo a se autodestruir cada vez mais, dividindo´se e subdividindo´se em comunidades, das quais as posteriores pretendem sempre reformar as anteriores e são reformadas pelas subseqüentes. Os membros de tais comunidades reformadas seguem tão somente o alvitre subjetivo e imaginoso de um ´´profeta´´, e não mais a Palavra de Jesus Cristo como tal. Este fundou uma só Igreja, que Ele confiou a Pedro, dando´lhe garantia de sua assistência infalível até a consumação dos séculos.

3. Talvez, porém, alguém objete que a Igreja fundada por Cristo não tem suas falhas e não necessita de purificação e renovação? É certo que, onde existem seres humanos (e na Igreja eles existem), existe a fragilidade; esta, sem dúvida, exige purificação. Todavia a purificação da Igreja há de se fazer sem ruptura com o passado, sem perda de contato com a linhagem apostólica e a fonte ´´Jesus Cristo´´. Qualquer quebra nessa linha é mortal, pois faz da nova comunidade uma obra meramente humana, separada do seu manancial autêntico; a tal comunidade já não se aplica a Palavra, de Cristo, em Mt 28,18´20: ´´Estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos´´. A própria Igreja de Cristo, a Igreja Católica, sabe tirar do bojo da sua vitalidade o remédio aos males morais que acometem seus filhos; a Igreja é a Mãe solícita de curar as chagas que os seus filhos lhe infligem à revelia da própria Mãe. Na verdade, o católico peca, porque se afasta dos ensinamentos e da vida da Igreja.

4. Aliás, a razão pela qual não se pode conceber Reforma da Igreja fundada por Cristo (mas apenas reformas em setores disciplinares da mesma), é o próprio conceito de Igreja. Esta não é uma República (como afirmavam reformadores do século XVI), nem é uma sociedade meramente humana, mas é o sacramento que continua o mistério da Encarnação; é Jesus Cristo prolongado em seu corpo através dos séculos ´ o que significa que, por debaixo da veste humana e defectível que os homens dão à Igreja, existe o próprio Cristo presente com sua autoridade, e indefectibilidade; esta presença atuante de Cristo garante a todos quantos se chegam a Ele na Igreja, a santificação e a vida eterna; é Ele quem batiza, é Ele quem consagra o pão e o vinho, é Ele quem absolve os pecados. Consciente dessa presença indefectível de Cristo na Igreja, podia São Paulo dizer que ´´Cristo amou a Igreja e se entregou por ela... para apresentar a si mesmo a Igreja gloriosa sem manchas nem rugas ou coisa semelhante, mas santa e irrepreensível´´ (Ef 5,25´27). Com efeito, a Igreja é santa não por causa da oscilante santidade dos homens que a integram, mas por causa da presença do Santo de Deus ou de Cristo que nela se encontra. Por isso não toca a homem algum refazer a Igreja ou recomeçá´la, mas compete´lhe apenas zelar para que a face externa da Esposa de Cristo seja purificada das falhas que os homens lhe impõem.

Refletindo sobre estas verdades, os fiéis católicos hão de se recordar das palavras do Apóstolo São Paulo, que hoje parecem mais oportunas ainda do que nos tempos da Igreja nascente:

´´Rogo´vos, irmãos, que estejais alertas contra os que causam divisões e escândalos contrários à doutrina que aprendestes; afastai´vos deles´´ (Rm 16,17).

´´Alcancemos todos nós a unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, o estado de Homem Perfeito, a medida da estatura da plenitude de Cristo. Assim não seremos mais crianças, joguetes das ondas, agitados por todo vento de doutrina, presos pela artimanha dos homens e da sua astúcia, que nos induz em erro´´ (Ef 4,13s).

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Problemas Técnicos.

Boa Tarde irmãos e irmãs combatentes.

Conforme constataram alguns irmãos e irmãs que me enviaram emails, o pregação "resisti ao pecado" do Urbano está com um problema no áudio. Pedimos perdão a todos, e esperamos que este problema não mais se repita.

Desta forma estamos procedendo hoje, a exclusão deste link.

Contamos com a oração de todos para a continuidade da missão.


Unidos em Cristo em sua Igreja.


Christian Moreira.

Testemunhando a vida nova

Testemunhando a vida nova
Só pode testemunhar quem realmente tem fatos, quem pode contar o que o Senhor faz. Graças a Deus, podemos apresentar fatos, você pode apresentar o que Deus fez por você. A sua transformação, a mudança que Deus está fazendo na sua vida. Os grandes feitos do Senhor em você, e a partir de você, o que Ele fez com as pessoas que vivem com você, na sua casa, na sua família, no seu grupo, entre os seus colegas, o seu namorado, a sua namorada, o seu noivo... Você pode realmente testemunhar tudo o que o Senhor fez em sua vida.

Deus precisa de testemunhas. E os homens precisam ouvir os fatos levados a efeito por Deus no mundo. Não para que Deus seja defendido, mas para que eles se convençam e venham também eles para o Deus vivo e verdadeiro. Você tem o que falar, você tem o que dizer, você tem o que testemunhar.

Tudo aquilo que a imprensa, o rádio, a televisão trazem tem posto Deus lá embaixo, ao desconhecer suas leis, ao ignorar os princípios eternos, ao desvalorizar a condução do homem através do Evangelho. Diante disso, é preciso dar testemunho do tipo de vida nova que o Senhor trouxe para nós.

(Trecho do livro "A Sabedoria está no ar" de monsenhor Jonas Abib)

Monsenhor Jonas Abib

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Mensagem do Dia

"Se você aceita a vontade de Deus sofrendo com resignação, você nao ofende a Deus, bem ao contrário, você faz um ato de amor." (Padre Pio de Pietrelcina)

domingo, 27 de junho de 2010

Educando os filhos na Austeridade!

Educando os filhos na austeridade
É tempo de pobreza, de simplicidade, de trabalho, de oração. Precisamos nos educar e educar nossos filhos para esse tempo.

Na Segunda Grande Guerra, eu era garotinho e lembro que tivemos falta de tudo: havia filas enormes para comprar pão, leite, óleo, açúcar e tantas outras coisas. Tudo era racionado. Não era fácil conseguir roupas, calçados, gasolina. Tudo era destinado para a frente de guerra. Hoje há países em guerra que experimentam muito mais dor e sofrimento.

É preciso educar nossos filhos nessa austeridade. Não adianta perguntar quando vamos entrar em guerra, nem quando vai começar a tempestade: elas já são uma realidade! Já estamos nessa guerra!

O apelo do mundo, feito pela propaganda, é justamente para o supérfluo. Querem nos empurrar o supérfluo. Querem que vivamos uma vida “de sonhos”, como a que as novelas apresentam. Basta! Não podemos mais permitir que os nossos filhos vivam assim. Eles veem as propagandas e exigem, pois os colegas têm aquele tênis, aquela blusa de marca... Temos de treiná-los continuamente. Cultivar sonhos irrealizáveis é um absurdo, uma vez que já estamos em guerra.

Não tenha medo! Assim que mudarmos de mentalidade e agirmos diferentemente do sistema do mundo, nossos filhos também mudarão. Se não mudarmos agora, todos nós sofreremos muito e veremos nossos filhos sofrerem também. Tenhamos paz: o necessário não vai nos faltar. Deus cuidará de nós.

(Trecho do livro "Considerai como crescem os lírios" de Monsenhor Jonas Abib)

Monsenhor Jonas Abib

Mensagem do Dia

"É na dor que se reforça o amor." (Padre Pio de Pietrelcina)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Grupo Combatentes - dia 22/06/2010

Bom Dia irmãos e irmãs,

Em primeiro lugar quero me desculpar pela ausência na atualização de nosso blog. As atividades profissionais se avolumaram e dificultaram nossa ação. Mas estamos retornando com a graça de Deus.

Postaremos hoje o grupo da última terça-feira, na íntegra. Louvor, oração e pregação. Isto devido à greve de ônibus que tem afetado muitos irmãos que viram sua participação no nosso encontro semanal inviabilizada.

Louvemos, oremos e ouçamos a Palavra de Deus em unidade.

Unidos em Cristo e em sua Igreja.

Christian Moreira.


o link para donwload é
http://EmCristomaisquevencedores.4shared.com

Mensagem do Dia

"A Palavra de Deus tem o poder de unir teu coração cada vez mais estreitamente ao Coração de Jesus." (Padre Pio de Pietrelcina)

terça-feira, 8 de junho de 2010

Série Combate Espiritual

O que é Combate Espiritual?
São Paulo compara o cristão com um soldado
O ministério de libertação é uma força de apoio ao combate espiritual a que todo cristão é chamado a viver. Precisamos conhecer esse combate na vida e nas palavras de Jesus.

O Mestre sofreu tentações antes de começar Sua vida pública: cobiça, vaidade e orgulho! Venceu esses males e nos ensinou a pedir: Pai, não nos deixeis cair em tentação, MAS LIVRAI-NOS DO MAL. O Pai-Nosso é a principal oração de libertação. O Apóstolo Paulo falou muito de Combate Espiritual. O texto mais eloquente sobre esse tema está em Efésios 6,10-17: armadura do cristão. Cada versículo desse texto deve ser meditado com muita atenção.

A armadura de Deus é Jesus. Precisamos nos revestir de Cristo para estar a salvo dos ataques do inimigo. Isso significa permitir que o “homem novo” vá crescendo em nós, até o ponto de podermos dizer: já não sou eu que vivo, Cristo vive em mim.

Estar revestido de Cristo significa sentir como Ele sentia, fazer o que Ele fazia, falar como Ele falava, agir como Ele agia. É colocar a vontade amorosa de Deus como princípio e centro da nossa vida.

A Eucaristia é a expressão maior desse revestir-se de Cristo. É o melhor refúgio. Precisamos estar conscientes de que o inimigo de Deus existe e age. A Igreja afirma claramente que o demônio existe. Mas não é tão poderoso assim… é criatura, age só com a permissão de Deus.

É interessante conhecer as estratégias do maligno para que possamos resistir “no dia mau”, ou seja, na “hora H”. Santo Inácio de Loyola, com suas “regras de discernimento” nos ensina com sabedoria a perceber a voz do Espírito Santo, distinguindo-a da sedutora cantinela do inimigo.

Ao final do seu texto São Paulo compara o cristão com um soldado pronto para a guerra:
· o cinturão da verdade: Lembre-se de que o inimigo é o pai da mentira. É o príncipe das trevas. Portanto, não resiste à luz e à verdade. O Sacramento da Confissão é uma luz de verdade que deve ser utilizado como estratégia contra ele.
· a couraça da justiça: bastaria lembrar a Campanha da Fraternidade destes dois últimos anos. Justiça e Paz se abraçarão.
· calçado da prontidão para anunciar o Evangelho da Paz: a Nova Evangelização é uma estratégia de libertação. Quando nos fechamos em nós mesmos estamos à mercê dos ataques… mas quando nos colocamos a caminho…
· o capacete da salvação: na cabeça, um critério muito seguro que distingue as verdadeiras das falsas doutrinas: Jesus é o Salvador.
· a Espada do Espírito: é a Palavra de Deus, nosso instrumento de libertação.

QUESTÕES PARA REFLEXÃO PESSOAL
1. Conheço algo do Combate Espiritual na vida dos Santos? (Santo Agostinho, Antão, Bento…)
2. Já tive a curiosidade de pesquisar esse tema no Catecismo da Igreja Católica?
3. Conheço algum outro texto da Bíblia que frequentemente me anima no combate?
4. Tenho um diretor espiritual, ou, pelo menos, um confessor?
5. Tenho um projeto pessoal de vida? Escrito? Tenho metas? Ou meu combate consiste apenas em resolver problemas!?

Padre Joãozinho, SCJ

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mensagem do dia

"Muitos santos corretamente chamaram a vangloria de carcoma da santidade." (Padre Pio de Pietrelcina)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Série Combate Espiritual

Boa Tarde irmãos e irmãs combatentes,

Ontem, terça-feira iniciamos um novo ciclo temático: O Combate Espiritual. Identificamos a necessidade de nos posicionarmos frente o mundo e seus valores que negam os valores cristãos.

Percebemos que o Combate Espiritual não é extraordinário, mas ordinário e mais ainda, necessário a todos e a cada um.

São essas temáticas abordadas na pregação disponibilizada hoje. Façamos o donwload e façamos essa temática chegar a alguem que esta vivendo seu combate espiritual, mas sem saber nominá-lo.

Unidos em Cristo Jesus e em sua Igreja.

Christian Moreira

o link da pregação é

http://Emordemdebatalha.4shared.com

terça-feira, 1 de junho de 2010

Série - Combate Espiritual

Você conhece a história da Bíblia. Há um tempo das vacas gordas e outro das vacas magras (cf. Gn 41), ou seja, na vida há momentos de abundância e outros de carência; há um tempo de sucesso e outro de fracasso. Santo Inácio de Loyola chamava o tempo das vacas gordas de “consolação” e o das vacas magras de “desolação”. Seus “Exercícios Espirituais” escritos mais ou menos no tempo em que os portugueses chegavam ao Brasil, são construídos basicamente sobre esta luta constante que travamos em nosso interior para administrar estas duas situações. Uma de suas lições que mais me marcou é a seguinte: “Na desolação não mude o propósito”. Este é um dos nossos erros mais freqüentes. Quando nos vemos em situação de desolação, fracasso, carência, queremos mudar alguma coisa. Marido e mulher têm uma briga e na hora da revolta resolvem se separar. É a pior decisão. Na desolação não devemos mudar as coisas. Imagine que no meio da festa você ouve o primeiro trovão e em seguida o barulho da tempestade. Imediatamente resolve sair sem guarda-chuva. Vai se molhar. Qualquer pessoa com um mínimo de discernimento espera a chuva passar. Mas na vida nem sempre usamos esta sabedoria natural. Enfrentamos raios e trovões e acabamos tomando uma decisão precipitada.

Outra lição de Santo Inácio é que no tempo das vacas gordas devemos ajuntar reservas de esperança no celeiro do coração, sabendo que o tempo das vacas magras virá. Quando chegar teremos suprimentos para o inverno da vida. Mas no tempo das vacas magras é importante também lembrar sempre que um dia a fartura retornará. Não será inverno para sempre. Esta dupla atitude faz de nós pessoas sábias que nem se empolgam demais com o sucesso nem se desesperam com o fracasso.

Falando em sucesso, ele é bem diferente da fama. Uma psssoa famosa é apenas alguém muito conhecido e que neste momento tem um grande número de admiradores. Não é necessariamente uma pessoa que está fazendo as coisas do jeito certo. Há criminosos que são famosos. A fama não vale nada. É pura ilusão. É efêmera. O sucesso é diferente. Uma pessoa bem sucedida é aquela que faz as coisas bem feitas. Muitas pessoas alcançam a fama por causa do seu sucesso. Outras são produto do marketing ou de algum fenômeno sazonal, ou seja, é uma fama de estação, como algumas canções que duram apenas um verão.

Penso que o tempo das vacas magras é mais propício para o crescimento. É o tempo das podas. É o inverno quando as folhas caem, rareiam os frutos e a força da árvore vai para a raiz. É o momento ideal para fazer um retiro de silêncio e discernir caminhos para a vida. O tempo do sucesso costuma nos iludir e colocar a alma em risco. Não é raro ouvir os casais dizerem que foi no tempo do desemprego e da fome que seus laços de amor se fortaleceram mais. Famílias bem sucedidas, ricas, normalmente tem mais dificuldades na educação dos filhos e em manter estes laços de comunhão.

Vejo hoje movimentos na Igreja que estão tendo sucesso. É bom tomar cuidado com este tempo de vacas gordas, pois o o carisma pode estar sendo congelado pela fama. A intuição pode estar sendo refém da instituição.

Padre Joãozinho scj.

Fonte: http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/2007/11/14/combate-espiritual-no-tempo-das-vacas-magras/

Palavras do Pastor

Um Padre da Igreja, Orígenes, numa das suas Homilias sobre Jeremias, cita um dito atribuído a Jesus, não contido nas Sagradas Escrituras mas talvez autêntico, que reza assim: "Quem está comigo está junto do fogo" (Homilia sobre Jeremias l. I [III]). Com efeito, em Cristo habita a plenitude de Deus, que na Bíblia é comparado com o fogo. Há pouco pudemos observar que a chama do Espírito Santo arde mas não queima. E todavia, ela realiza uma transformação, e por isso deve consumir algo no homem, as escórias que o corrompem e o impedem nas suas relações com Deus e com o próximo. Porém, este efeito do fogo divino assusta-nos, temos medo de nos "queimar", preferiríamos permanecer assim como somos. Isto depende do facto que muitas vezes a nossa vida é delineada segundo a lógica do ter, do possuir, e não do doar-se. Muitas pessoas crêem em Deus e admiram a figura de Jesus Cristo, mas quando se lhes pede que abandonem algo de si mesmas, então elas recuam, têm medo das exigências da fé. Existe o temor de ter que renunciar a algo de bonito, ao que estamos apegados; o temor de que seguir Cristo nos prive da liberdade, de certas experiências, de uma parte de nós mesmos. Por um lado, queremos permanecer com Jesus, segui-lo de perto, e por outro temos medo das consequências que isto comporta.

Homilia do Papa na Missa de Pentecostes