quarta-feira, 31 de julho de 2013

Sua cruz está pesada? Veja isso!


Senhor , está muito pesada, vou cortar um pedaço

Senhor, cortarei mais um pedacinho só…
Eu assim poderei carrega-la melhor…

Senhor, obrigada, ficou mais leve

Ufa, cheguei!


A força irresistível de atração da VERDADE em 6 dias que marcaram o Brasil!


Elton Chitolina

Como reunir 3 milhões de jovens na praia numa manhã de domingo?

Como é que 3 milhões de jovens, vindos de 175 países, se reúnem na praia de Copacabana, entre uma noite de sábado e uma manhã de domingo, com infraestrutura precária, em pleno 2013, apesar de todos os ‘avanços’ damentalidade laica, apesar de todos os escândalos envolvendo a religião em geral e o catolicismo em particular, apesar de toda a informação disponível à distância de um clique para bilhões de pessoas, durante uma crise financeira, econômica, política, cívica e moral de proporções históricas, no Brasil e em todo o planeta, para participar, com um papa argentino de 76 anos de idade, em uma missa católica?

Questões de fé à parte, na medida em que é possível deixar a fé à parte num evento explicitamente religioso, é preciso no mínimo supor que o celebrante principal dessa missa exerça uma  liderança acima da média neste momento crítico da jornada humana, em que todos querem expor e impor opiniões de todos os tipos e com todos os elementos do marketing, mas poucos conseguem articular uma proposta, não digamos capaz de mobilizar, nem sequer de parecer convincente, mas pelo menos de soar interessante.
É evidente que a Igreja católica continua (e continuará) despertando profundas discordâncias, entre boa porcentagem inclusive dos católicos, e, portanto, expondo suas próprias e desconcertantes contradições.
No entanto, por baixo das fraturas, ela mantém, em substância, algo que gritantemente falta em todos os nossos partidos políticos, em todos os nossos supostos líderes laicos e em todas as correntes ideológicas que nos segregam em diversas facções permanentemente em combate: ela tem uma proposta capaz de mobilizar com naturalidade. Justo ela, tão associada ao imobilismo. E capaz de mobilizar o indivíduo, não somente as massas. E capaz de mobilizá-lo a partir dos seus anseios interiores, não das suas circunstâncias exteriores. Para maior perplexidade, a proposta mobilizadora da Igreja católica não é de natureza social nem psicológica: é de natureza espiritual.
Tornando o panorama ainda mais difícil de entender, trata-se de uma proposta cujos efeitos colaterais práticos levantam questões explosivas no cotidiano, todas vinculadas basicamente ao conceito de família: sexo, casamento, divórcio, anticoncepcionais, aborto, eutanásia e especificidade dos gêneros. Por sua vez, o conceito de família proposto pela Igreja católica deriva do seu conceito de vida humana, recebida como dom a ser retribuído e não como direito a ser mantido à própria disposição.
É em torno a estes dois conceitos, família e vida, que se concentra, portanto, praticamente toda a polêmica entre a Igreja católica e a chamada cultura liberal contemporânea.
A postura da Igreja se torna ainda mais “surreal” quando ela associa divórcio, aborto e sexo sem compromisso, por exemplo, com o que ela chama de “cultura do descarte”, que, a seu ver, seria própria da contemporaneidade liberal. São palavras fortes, como as da vovó para os netos mimados, avessos ao comprometimento duradouro e à transcendência de si próprios para além do próprio umbigo.
Interpretando-se a panorâmica a partir da perspectiva destes conceitos-chave de família e vida, não parece provável que a Igreja católica vá deixar de enxergar o aborto como um assassinato, já que, em seu conceito de vida humana, ela considera que a vida começa na fecundação natural do óvulo pelo espermatozoide, gerando um zigoto que já é, geneticamente, uma criatura nova.
Nem parece realista pretender que a Igreja passe a ver o divórcio como uma banalidade da vida, dada a sua concepção de família natural como célula indissolúvel de uma sociedade igualmente natural. Mais que focar em proibir o divórcio, na verdade, a Igreja parece focar em propor um conceito exigente de matrimônio, que envolve um grau de maturidade, consciência e firmeza de decisão quase incompatível com a pressa, a superficialidade e o “vamos ver no que dá”, típico, gostemos ou não de admitir, da nossa “cultura do descarte”.
Doeu e podemos discordar à vontade, mas é inegável que existe uma coerência entre as posições firmes da Igreja, evidentemente nada “modernas”, e o seu conceito fundamental sobre vida e família.
Doeu e talvez devamos pensar com mais imparcialidade a respeito disso tudo, soltando momentaneamente das nossas mãos “liberais” as pedras que gostamos de atirar em quem se atreve a contestar os nossos próprios dogmas de descartabilidade de tudoAté porque a “cultura do descarte”, afinal de contas, não está satisfazendo aqueles nossos tais “anseios interiores”. Reconheçamos.
Basta ver no Facebook os muros de lamentações sobre relacionamentos amorosos vazios, sobre a ânsia permanente para que chegue a sexta-feira, sobre a insatisfação quase patológica com o trabalho e com as amizades rasas, sobre o estresse cada vez mais avassalador, sobre as querelas em famílias desnorteadas, sobre a batalha de acusações entre facções ideológicas opostas. 
Basta ver a falta de propostas coesas. Aliás, quais são as propostas, propriamente ditas, com as quais contamos? Há mesmo alguma que não seja meramente mais um amontoado de objeções passionais contra as tentativas de propostas dos outros, que por sua vez são outros amontoados de palavras de ordem contra alguma terceira coisa a ser destruída? Em Copacabana, um grupo de manifestantes promoveu um espetáculo de pisoteamento de crucifixos e de espatifamento de imagens de Nossa Senhora: era, acaso, alguma proposta? De quê?

As impressionantes tomadas aéreas exibidas ao vivo na manhã deste histórico domingo, mostrando uma Copacabana tomada por 3 milhões de pessoas reunidas para ouvir as propostas de um idoso, batendo todos os recordes de reunião humana num único evento em uma mesma cidade em toda a história do Brasil, parece um indício de resposta para nós, que não entendemos direito o que foi aquilo.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Casamento civil e casamento religioso. Entenda essa relação.


Responde padre Edward McNamara, LC, professor de Teologia e diretor espiritual
A minha noiva quer casar-se com rito religioso católico. Ela é cidadã irlandesa e eu americano. Por motivos  burocráticos, estamos planejando nos casar primeiro civilmente  nos EUA e, em seguida, com rito católico na Irlanda. Tememos porém que a cerimônia civil possa comprometer o matrimônio religioso. O sacramento do matrimônio é muito importante para nós. Não queremos estragar tudo. Portanto, nossa questão é se a igreja permite que primeiro se case no civil antes de unir-se no matrimônio com rito religioso? – UE, Arlington, Massachusetts (EUA)
Publicamos abaixo a resposta do Padre McNamara:
Um primeiro princípio a ter em mente é que a Igreja não reconheça a validade do matrimônio civil entre dois católicos. Todos os católicos devem seguir os procedimentos descritos no Direito canônico, também se em casos especiais o bispo tem a autoridade de dispensar de alguns requisitos.
A questão da relação entre o casamento civil e a celebração sacramental depende das leis de cada País. Geralmente, as possibilidades são duas:
A primeira situação é aquela em que o matrimônio religioso, normalmente, tem efeitos civis. Este é o caso dos Estados Unidos, Irlanda, Itália e de muitos Países. Em cada País existe um processo específico que deve ser seguido pelas autoridades civis, mas no final há uma só cerimônia de casamento.
Há alguns casos em que a Igreja celebra um matrimônio com efeitos somente sacramentais. Por exemplo, quando um casal já unido pelo matrimônio civil sucessivamente deseja regularizar a sua situação diante de Deus. Desta forma poderão participar plenamente na vida da Igreja, e especialmente, poderão novamente receber a Comunhão.
Nas situações mencionadas acima, em que a celebração religiosa tem efeitos civis, o matrimônio civil não é uma válida opção para um católico. Ao mesmo tempo, uma união civil anterior não é, como tal, um impedimento para um casal que quer unir-se em matrimônio sacramental.
A situação é diferente nos Países onde a cerimônia religiosa não é civilmente reconhecida. Nestes casos, geralmente há duas “bodas”, uma civil e outra religiosa. Este é o caso em muitos países europeus e da América Latina.
Na maioria dos casos a celebração civil precede a religiosa. O intervalo entre as duas cerimônias pode ser de apenas algumas horas, alguns dias, mas ainda mais. Uma vez que a Igreja não reconhece a cerimônia civil, os católicos não devem começar a vida conjugal a não ser depois da celebração sacramental.
Embora não reconheça o casamento civil, em alguns países as autoridades eclesiásticas não permitem a celebração religiosa, até depois do casamento civil. Trata-se principalmente de uma decisão pastoral para garantir a plena protecção jurídica de ambas as partes, e a manutenção de eventuais filhos em caso de ruptura e separação.
Se esta precaução não fosse tomada, uma pessoa – homem ou mulher – poderia encontrar-se vinculada em consciência pela união matrimonial mas com limitados recursos legais para proteger a custódia dos filhos, bens ou outros responsabilidade compartilhadas decorrentes do seu casamento.
No que diz respeito ao caso particular do nosso leitor, eu acho que se ele cumpre bem com suas obrigações legais e fornece toda a documentação necessária, não haja nenhuma razão para que um casamento religioso civilmente reconhecido na Irlanda não seja reconhecido legalmente nos Estados Unidos.
No entanto, se há dificuldades específicas (por exemplo, se o processo burocrático do matrimônio em outro país envolve dificuldades, tempos e custos desproporcionados às possibilidades do casal), então pode-se consultar o seu bispo local para realizar a parte civil no seu próprio país.

A Igreja tem como provar a existência de Deus?

José Frazão Correia, sj
Que provas dá a Igreja da existência de Deus?, perguntaram-me há dias.

Como responder a uma pergunta, imagino que sincera, mas, em si mesma, tão insidiosa? Que dizer de significativo se, à partida, Deus fosse colocado como simples objeto de uma prova científica ou como demonstração de tipo matemático?
Existirá, na história do cristianismo, uma única pessoa que tenha chegado à fé, só porque alguém, particularmente inteligente e claro, lhe provou que Deus, de fato, existe? Ou, ao invés, haverá alguém que deixe de crer, simplesmente porque outro, igualmente inteligente e muito esclarecido, lhe prova que Deus, afinal, não existe?

Bastaria abrir uma só vez qualquer página da Escritura para perceber que, na tradição hebraico-cristã, a existência de Deus se coloca num registo totalmente diferente. Antes de mais, porque é o Deus de um povo, de homens e de mulheres de carne e osso.
Ou bastaria recordar que o cristianismo não se compreende sem a encarnação de Deus na história de Jesus. Portanto, que Deus não diz de Si senão enquanto Se dá a nós, dando-Se a reconhecer por dentro dos cumes e dos abismos da nossa humanidade, das nossas linguagens, dos nossos ritmos e lugares.
A fé cristã não professa simplesmente que Deus existe (seria tão pouco ou quase nada), mas, sim, que a Sua existência é radicalmente relevante para a nossa. Em Jesus, sim, professa que Deus existe, mas enquanto existe desde sempre para nós e que é para sempre connosco. Deus é enquanto Se dá e dá-Se enquanto Se dá ao reconhecimento dos nossos afetos e da nossa inteligência. No fundo, da nossa liberdade.
É verdade que o tema das provas da existência de Deus é muito antigo no pensamento cristão. Diz respeito ao «conjunto de procedimentos intelectuais pelos quais a razão humana se eleva até à formulação de Deus». Sobre ele escreveram pensadores de tanta relevância como S. Agostinho, S. Anselmo, S. Tomás, Kant ou Hegel.
Em 1870, foi um Concílio, o Vaticano I, a afirmar que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido e, portanto, demonstrado a partir «das obras visíveis da criação», tal como uma causa é conhecida pelos seus efeitos. Não é pouco o que aqui se declara. Trata-se da relação íntima e inseparável que, no cristianismo, se estabelece entre criação, fé, inteligência e procura da verdade.Ou, de outro modo, da afirmação de que Deus, Aquele que na fé Se professa e Se adora, não é estranho à razão que partilhamos enquanto seres humanos.
O Papa Bento XVI não se tem cansado de o recordar. Sabemos, porém, que colocar, hoje, a questão de Deus em termos de provas irrefutáveis, ilude, antes de mais, a dinâmica e a
fecundidade existencial da fé que é sempre visceral e dramática. Sendo questão de vida, não pode não implicar a totalidade de uma vida e uma vida toda. Além disso, não é difícil encontrar quem, por meio de provas irrefutáveis, pretenda argumentar a não existência de Deus. Basta recordar R. Dawkins (A ilusão de Deus) – autor que recentemente escreveu sobre as «razões para não crer». Colocando-se no campo das provas, pretendeu provar, finalmente, que Deus é apenas uma ilusão. Mas, dito isto, sobre Deus e sobre a fé, não ficou ainda (quase) tudo por dizer?
Voltando à pergunta inicial – que provas dá a Igreja da existência de Deus? –responderei que a Igreja não prova, testemunha. A primeira testemunha é o próprio Jesus que, na história da sua vida entre nós, realiza a reciprocidade mais perfeita que um homem pode desejar ter com a sua própria origem. A esta chamou Pai. Assim é para cada cristão. Pela configuração da sua vida ao Evangelho de Jesus, cada qual, segundo a sua medida, diz quem Deus é, garantindo que quer ser para nós, mas não sem implicar a nossa liberdade. Depois, por serem testemunhas, nem os cristãos, nem os mártires entre eles, são cópias ou repetidores. Por darem uma configuração particular e única à «verdade que é a vida de todos e de sempre»; por lhe darem corpo e biografia, cada qual testemunhará sempre a originalidade de um encontro único, dizendo, por isso, algo de singular sobre a infinita riqueza de Deus que é para nós.

Para aprofundar este tema:
J. I. G. FAUS – I. SOTELO, Deus e a Fé, Casa das Letras, 2005.
E. SALMANN, La palabra partida: Cristianismo y cultura postmoderna, PPC, 1999.
P. SEQUERI, La idea de la fé, Sigueme, 2007.

Aprovação parcial do “estatuto do nascituro” JÁ GERA reações dos abortistas.


Jorge Fereraz
De ontem para hoje, por conta da sua aprovação na CFT da Câmara dos Deputados, multiplicaram-se internet afora as críticas ao Estatuto do Nascituro. A maior parte delas está francamente empenhada em lhe conferir um rótulo odioso por meio do recurso exaustivo à expressão “bolsa-estupro”, atribuída pejorativamente ao projeto de lei. Um rótulo odioso, como nos ensina Schopenhauer, é um estratagema de falsa retórica que pretende desqualificar um argumento por meio de sua (indevida) vinculação a uma«categoria geralmente detestada». Ou seja, torna-se desnecessário entrar no mérito do argumento: basta lançar-lhe alguma pecha detestável, que a repulsa àquela categoria transmite-se naturalmente para o objeto rotulado. Aplicando a falácia ao caso em prática, temos o seguinte: o estupro é socialmente detestável, e com razão. Então, se associamos o PL 478/2007 ao estupro, a repulsa ao crime transfere-se automaticamente para o Projeto de Lei e não temos necessidade de fazer mais nada contra ele porque já o tornamos socialmente rejeitado. Não por ele ter sido refutado na esfera dos argumentos, mas somente porque se tornou odiado no âmbito das impressões subjetivas.
Vê-se, desde logo, que se trata de expediente típico de quem não tem argumentos. Mas como se defender dessa canalhice? A primeira e mais urgente coisa a ser feita é negar o apodo: não existe nenhuma «bolsa-estupro». A segunda, é demonstrar a má-fé da construção da alcunha: o texto ora em trâmite do PL 478/2007 (que é um substitutivo) tem 14 artigos, dos quais somente um trata da violência sexual; de sorte que a expressão «bolsa-estupro» é de um reducionismo oportunista grosseiro. A terceira é esclarecer o que o Estatuto do Nascituro realmente dispõe: não se trata de revogar artigo algum do Código Penal e nem muito menos de obrigar a mulher a sustentar o filho do estuprador, mas tão-somente de, caso ela o deseje, ajudá-la a criar o próprio filho.
E com duas ligeiras considerações desmascaremos este rasgar de vestes hipócrita. Primeira: sob qual absurdo pretexto alguém pode ser contra o custeio pelo Estado de uma criança cuja mãe não tem condições de a sustentar? Então a pobre da mulher, além de sofrer violência sexual, se não quiser assassinar o próprio filho tem que ser obrigada a cuidar dele sem nenhum tipo de ajuda dos Poderes Públicos? Veja-se o tamanho da monstruosidade que a ideologia abortista leva as pessoas a defenderem!
Segunda: os defensores do aborto são os primeiros a se dizerem a favor da “escolha” da mulher [pro-choice] e pela sua liberdade de fazer o que bem entender com o próprio corpo. Deveriam, portanto, por coerência, apoiar com entusiasmo o Art. 13 do Estatuto do Nascituro, que, dispondo sobre o auxílio psicológico e financeiro à mulher vítima de estupro que opte pela não-interrupção da gravidez, dá as condições necessárias para o efetivo exercício da sua liberdade. Afinal de contas, liberdade só existe quando se pode escolher entre dois caminhos possíveis. A mulher que não tem condições de criar um filho, assim, é na verdade constrangida ao aborto pelas circunstâncias em que se encontra. Dizer que uma vítima de estupro pobre e assustada está sendo «livre» quando opta pelo aborto é uma piada de muito mau gosto: se ela não tem condições financeiras ou psicológicas de ter aquela criança, é óbvio que não cabe falar em escolha alguma aqui. O PL 478/2007, prevendo o «acompanhamento psicológico da mãe» e os «meios econômicos suficientes para cuidar da vida, da saúde do desenvolvimento e da educação da criança», está assim restabelecendo a autonomia da mulher e garantindo-lhe o legítimo direito de decidir. Afinal, há de se convir que não se exerce «direito de escolha» algum quando se opta por uma coisa porque não se tem condições de fazer a outra.
Não se enganem os leitores: este levante orquestrado contra o Estatuto do Nascituro não é fruto de humanismo ou de compaixão pelas mulheres. Não se baseia em nobres ideais de progresso e liberdade e não está nem um pouco preocupado com as vidas daquelas que ele diz defender. Muito pelo contrário, é o debater-se de uma ideologia assassina que, sob o pretexto de defender a liberdade, condena as mulheres à solução fácil do aborto e não tolera nada que venha dar opções verdadeiras às vítimas de violência sexual. É disso que se trata. Não dêem ouvidos a esta hipocrisia.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Genética e homossexualidade: as pessoas nascem homossexuais? Parte I



Richard L. Deem é biólogo com mestrado em microbiologia pela Califórnia State University de Los Angeles, e tem se dedicado à pesquisa científica desde 1976. Ele é autor e co-autor de vários estudos em diversas áreas da biologia molecular e genética, imunologia, doença inflamatória intestinal, células exterminadoras naturais e doenças infecciosas. Seu trabalho tem sido apresentado a inúmeros congressos internacionais.
***
Introdução:
As pessoas já nascem naturalmente homossexuais ou heterossexuais? Grande parte da mídia atual acredita que esta questão é um problema científico já resolvido, com toda evidência apontando para uma causa biológica (provavelmente genética) para a orientação homossexual.
Ao contrário do que esta percepção alega, o problema tem sido mal estudado (ou estudado mal), apesar de haver alguma evidência para ambos os lados desta questão. Além disso, muitos dos estudos mais antigos, que têm sido enormemente elogiados pela mídia como sendo “prova” de uma causa biológica para a homossexualidade, têm sido contrariados por estudos mais recentes e mais aprofundados.
Essa evidência recai em quatro categorias básicas:
1. Estrutura cerebral
2. Possível influência hormonal
3. Concordância da homossexualidade em gêmeos
4. Concordância de marcadores genéticos em irmãos
Por que isso importa?
Até alguns anos atrás, o termo “orientação sexual” era conhecido como “preferência sexual”. Obviamente, os dois termos denotam uma diferença significativa na maneira como a sexualidade se desenvolve: uma preferência é algo que se escolhe, enquanto que uma orientação é algo que nos define. As diferenças são potencialmente importantes quanto à maneira pela qual as leis se aplicam àqueles que são homossexuais. Se a homossexualidade não é uma escolha, mas na verdade uma característica biologicamente determinada sob a qual nós não temos como escapar, então as leis não deveriam tratar os homossexuais e os heterossexuais diferentemente, uma vez que a homossexualidade seria comparável a uma raça, sobre a qual não temos como escolher.
Orientação sexual – estudos sobre a estrutura cerebral:
Como a atração sexual começa no cérebro, os pesquisadores iniciaram a investigação da questão da orientação sexual primeiramente pela comparação entre a anatomia dos cérebros dos homens e das mulheres. Estes estudos demonstraram que o cérebro humano apresenta dimorfismo sexual na área pré-óptica do hipotálamo, onde os homens demonstraram possuir mais do que o dobro do número de células do que as mulheres, além desta área também apresentar nos homens um volume maior do que duas vezes o volume encontrado nas mulheres.(1) Um segundo estudo demonstrou que dois dos quatro núcleos intersticiais do hipotálamo anterior (INAH) são pelo menos duas vezes maiores em homens do que em mulheres.(2) Como os INAH estão envolvidos no dimorfismo sexual, Simon LeVay levantou a hipótese de que deveria haver diferenças nesta região do cérebro entre os homens homossexuais e os homens heterossexuais. Exames anatomopatológicos realizados nos cérebros de pacientes com AIDS comparados com indivíduos de controle masculinos (presumidamente heterossexuais) demonstrou que os homens presumidamente heterossexuais da população de controle apresentavam INAH3 duas vezes maiores em tamanho do que as mulheres e do que os homens presumidamente homossexuais que morreram de AIDS(3). O estudo tem sido criticado pela incerteza sobre a orientação sexual dos pacientes, e pelas potenciais complicações causadas pelo vírus da AIDS (o qual também infecta o cérebro humano), bem como pelo nível mais baixo de testosterona encontrado em pacientes com AIDS.
Uma reportagem de capa da revista Newsweek (FOTO ACIMA)  que se tornou muito popular, intitulada “Esta criança é gay?” (Is This Child Gay?)(4)caracterizava LeVay como um “campeão do lado da genética”, apesar de que este estudo não envolvia dado genético algum.
Um estudo posterior, realizado por Byne, et. al., investigou a questão do tamanho do INAH3 com base no sexo, orientação sexual e presença ou não do vírus HIV. (5) O estudo encontrou uma grande diferença no volume do INAH3 com base no sexo (com o INAH3 masculino sendo maior do que o INAH3 feminino). No entanto, o volume do INAH3 era menor nos homens heterossexuais que haviam contraído AIDS (0,108 mm³, comparados com 0,123 mm³ na população de controle masculina). Nenhuma diferença estatisticamente significativa foi encontrada entre os volumes do INAH3 dos homens heterossexuais e dos homens homossexuais que haviam contraído a AIDS (0,108 mm³ contra 0,096 mm³, respectivamente). O estudo também descobriu que não havia diferença entre o número de neurônios no INAH3 de homossexuais e no INAH3 de heterossexuais; porém os pesquisadores encontraram diferenças significativas entre homens e mulheres em outros estudos(5). Ficou óbvio a partir deste estudo que a pesquisa de LeVay utilizava uma metodologia falha e que seu resultado foi comprometido pela complicação ocasionada pelo vírus da AIDS, e que não havia diferenças no INAH3 de homossexuais e de heterossexuais.
O papel do hipotálamo na orientação sexual também foi estudado por Swaab, et. al. Outros pesquisadores levantaram a hipótese de que haveria uma diferenciação no hipotálamo antes do nascimento. No entanto, o estudo de Swaab demonstrou que o núcleo dimórfico sexual (SDN) de mais de 100 indivíduos estudados diminuía em volume e em número de células nas mulheres de somente 2 a 4 anos após o nascimento. Esta descoberta complicou as conclusões dos estudos sobre o cérebro, uma vez que não apenas fatores químicos e hormonais, mas também fatores sociais podem influenciar o processo. (6)
Um estudo realizado por Allen e Gorski examinou a comissura anterior do cérebro, descobrindo que homens homossexuais e mulheres apresentavam uma comissura anterior maior do que os homens heterossexuais(7). No entanto, estudos posteriores realizados em populações amostrais maiores não encontraram tal diferença. (8)
Para complicar ainda mais o problema da diferença cerebral entre homossexuais e heterossexuais, existe o fato de que as próprias experiências sexuais podem afetar a estrutura cerebral(9). Assim, a questão sempre será se as práticas homossexuais modificam o cérebro ou se a estrutura cerebral ocasiona as práticas homossexuais.

Renúncia do Papa: falta compreensão dos aspectos religiosos à imprensa.



fevereiro 22nd, 2013
Nazário Moisés
A mídia em geral tem cometido alguns erros na cobertura da renúncia e da sucessão papal. O mais grave deles é a sua abordagem do assunto a partir de um ponto de vista exclusivamente laico. Não se deve esperar, claro, que a imprensa trate o caso da forma como o faria um teólogo; mas certamente não é correta a cobertura que está sendo feita, que se assemelha à de uma eleição comum. Essa visão excessivamente laica é demonstrada na falta de compreensão do processo e nos temas que os jornalistas destacam, monotonamente, como relevantes para o futuro pontificado.

Em razão da inexperiência, da falta de conhecimentos mínimos sobre a Igreja e dos vieses ideológicos, os jornalistas enxergam o papa como se fosse o presidente de uma multinacional e os cardeais ora como se fossem executivos integrantes do conselho diretor de uma empresa, ora como candidatos ávidos por votos disputando uma eleição de cidade interiorana.

É de se crer que nem todos os cardeais ajam corretamente. Mas também é má-fé imaginar que todos sejam carreiristas, oportunistas, ambiciosos que sonham em sentar no trono de São Pedro. Muitos cardeais, provavelmente a maioria, não devem ter nenhuma vontade de calçar as sandálias do pescador. O papado traz poder, mas traz também imensas responsabilidades, além de superexposição a uma mídia cada vez mais hostil, a necessidade de realizar muitas viagens e de se posicionar a respeito de inúmeros assuntos, religiosos e seculares, sem falar de outras dificuldades.

Doutrina milenar
O preconceito se deixa mostrar nas análises da renúncia de Bento XVI: o ato de deixar o cargo, para alguns comentaristas, demonstraria apego ao poder, e não o contrário. A imagem do Joseph Ratzingercarreirista foi forjada pelos desafetos do antigo cardeal e aceita pelos jornalistas, que de resto não costumam ter outras fontes a não ser esses desafetos – tanto é que eles reaparecem agora em todos os jornais, sempre as mesmas pessoas.

A cobertura da mídia enriqueceria bastante se ela se abrisse para os aspectos mais propriamente religiosos do processo que está em curso e se levasse em consideração a dinâmica própria da Igreja –suas regras e suas crenças. Se compreendesse que o papa não é um CEO de uma megacorporação, mas um líder que desempenha um serviço pesado sem qualquer perspectiva de ganho real e defende uma doutrina de dois mil anos. Se considerasse que os cardeais e demais integrantes da cúria podem, sim, estar realmente desejosos de desempenhar da melhor forma possível seus trabalhos, e não apenas buscar o poder a qualquer custo. Não há contradição entre noticiar livremente todo o processo e manter o espírito aberto.

Além disso, assim como ocorreu em 2005, muitos jornais voltam a propor ao próximo papa uma pauta completamente irrealista, baseada tão somente nos interesses dos próprios jornalistas. Segundo muitos veículos, o futuro pontífice deverá lidar com questões como casamento homossexual, ordenação de mulheres e aborto. Na realidade, não há motivo algum para que isso aconteça: são questões já resolvidas pela Igreja. Suas posturas quanto a tais assuntos já foram afirmadas e reafirmadas ao longo dos séculos sem qualquer possibilidade de mudança, uma vez que estão alicerçadas em documentos considerados sagrados.

O fato de parte da sociedade atual pensar diferente daquilo que prega a Igreja não significa que a Igreja deva mudar sua doutrina. Aqui, os jornalistas confundem a instituição com uma empresa que busca disponibilizar produtos ao gosto do grande público. Incapazes de compreender seu papel, chegam a dar conselhos para que conquiste mais fiéis. Goste-se disso ou não, acredite-se nisso ou não, a Igreja existe para defender e divulgar um corpo doutrinário estabelecido há milênios. Qualquer mudança nisso seria uma traição aos seus princípios e nenhum papa poderá fazê-lo.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Governo do PT prepara cartilha para mulher que decide abortar




Ivanaldo Santos
Filósofo

No mês de junho de 2012 a grande mídia noticiou que o governo, na gestão da presidente Dilma Roussef (PT), pretendia criar uma espécie de “Kit Aborto”, ou seja, um conjunto formado por remédios e uma cartilha que, em tese, orientariam a mulher que pretende abortar a cometer um aborto de forma “segura”, como se houvesse algum tipo de aborto que seja realmente seguro. Apesar de, no Brasil, ser crime a prática do aborto, o governo do PT afirmou, na época, que tudo não passava de um projeto e que, na verdade, o que se tencionava era fazer uma “política de redução de riscos” sobre o aborto.

O ano de 2012 passou e o assunto parecia esquecido. O governo, o Ministério da Saúde e outros órgãos afins, não consultaram a população sobre o tal “Kit Aborto” e nem houve uma “consulta as bases” para saber o que a maioria da população brasileira pensa sobre esse projeto.
Vale lembrar que constitucionalmente o Brasil é uma democracia e não uma ditadura socialista ou um regime de tecnocratas. Até o dia de hoje, no Brasil a população ainda precisa ser consultada.
No entanto, para espanto, no final de 2012 o Ministério da Saúde lançou a cartilha “Protocolo Misoprostol”, com instruções para o uso desse medicamento abortivo, mais conhecido pela marca Cytotec, cuja comercialização é proibida no Brasil.
O responsável pela publicação é o Departamento de Ações Programáticas Estratégicas da Secretaria de Atenção à Saúde e o texto também se encontra disponível na Biblioteca Virtual do Ministério.
Segundo o próprio texto da cartilha, o “Protocolo Misoprostol” tem por objetivo a “utilização de Misoprostol em Obstetrí­cia, em linguagem técnica, dirigido a profissio­nais de saúde em serviços especializados, para agilizar os procedimentos e atendimentos, o que resultará certamente, em benefícios à saú­de da mulher” (BRASIL, 2012, p. 2). Apesar desse objetivo aparentemente “científico” a referida cartilha destina-se ao “esvaziamento uterino” (BRASIL, 2012, p. 3), ou seja, o verdadeiro objetivo da cartilha é a promoção e realização do aborto.
Na página 7 da cartilha se ensina detalhadamente a usar o medicamento abortivo Cytotec, que é proibido no Brasil.
Diante da cartilha publicada pelo Ministério da Saúde, realizam-se cinco observações.
Primeira, o governo do PT está cumprindo a promessa que fez em junho de 2012, ou seja, de criar um conjunto de ações para promover o aborto. Entre essas ações estão a distribuição de uma cartilha que ensina e promove a prática do aborto.
A situação é parecida com aquela situação pitoresca dos campos de futebol brasileiros, quando o “dono da bola”, por algum motivo, se zanga e diz: “Vou levar a bola embora”. Ora, se ele levar a bola acaba o jogo. Todos pensam que é só brincadeira, mas para não ficar com fama de “medroso” o “dono da bola” pega a bola e, com isso, acaba o jogo. A mesma situação aconteceu com o governo do PT. Ele disse que ia fazer cartilha do aborto, uma espécie de “cartilha da morte”. Muita gente pensou que era só uma “brincadeira” de um governo que está louco para impor o aborto ao povo brasileiro, mas, quando menos se esperava, a cartilha pró-aborto foi publicada.
Segundo, no Brasil o Cytotec é proibido, justamente o remédio que o governo está incentivando com a cartilha “Protocolo Misoprostol”. Como a população vai confiar em um governo e, ao mesmo tempo, cumprir as leis, se o próprio governo promove o crime e, ainda por cima, publica cartilhas ensinando a como descumprir a Lei? Como é que a sociedade vai condenar a corrupção, os mensaleiros, o crime organizado, etc; se o próprio governo é o primeiro a incentivar a prática de um delito criminal?
Terceiro, a cartilha “Protocolo Misoprostol é um bom exemplo da democracia que anda sendo construída pelo governo do PT nos bastidores do poder. Trata-se de uma cartilha que foi feita em silêncio, quase uma “missão secreta”. A grande população nada soube.
Onde anda aquele discurso do PT de “consulta as bases”? Parece que a tal “consulta as bases” só existe quando é para concordar com a ideologia do partido. Quando a população é contrária aos valores dessa ideologia, como é o caso do aborto, ela é sumariamente ignorada. Quando a população é contra aos valores ideológicos do PT a população é rotulada de “conservadora” e “fundamentalista” e, baseado nesse discurso, a democracia é simplesmente esquecida.
Quarto, onde está a presidente Dilma Rousseff (PT) que só se elegeu porque, entre outras coisas, prometeu que, em seu mandato, não haveria qualquer tentativa de patrocinar e legalizar o aborto? Pelo conteúdo da cartilha “Protocolo Misoprostol” o discurso da então candidata Dilma Rousseff (PT) era apenas discurso. Ao virar presidente, ela esqueceu o que prometeu.
Quinto, num país com tantos problemas sociais, não tinha outra coisa para o Ministério da Saúde investir os poucos recursos financeiros existentes? Só para se ter uma ideia dos problema do país, hoje em dia temos: 12 milhões de nordestinos que literalmente estão morrendo de sede, a transposição do rio São Francisco está parada (promessa do governo do PT), temos o caos nos hospitais públicos, temos enchentes no Sudeste, uma onda de violência urbana em São Paulo e uma geração de jovens que estão morrendo nas cracolândias.
Com todos esses problemas o governo do PT não tinha outra coisa para investir o dinheiro público? Tinha realmente que criar uma “cartilha da morte”, uma cartilha que ensina a abortar?
Por fim, afirma-se que a situação é muito grave. De um lado, o governo do PT não está cumprindo a promessa de não tentar legalizar o aborto. Do outro lado, além de não cumprir o prometido, está usando o pouco dinheiro disponível não para resolver ou encaminhar os graves problemas sociais do país, mas para promover uma agenda de morte, uma agenda que incentiva o aborto.
Para o atual governo incentivar e patrocinar o aborto é mais importante do que salvar pessoas que estão morrendo de sede no Nordeste ou os pacientes que estão abandonados nos hospitais públicos.
Fonte http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2012/06/07/governo-prepara-cartilha-para-mulher-que-decide-abortar.htm
Fontes bibliográficas:
BRASIL. Protocolo Misoprostol. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.CRUZ, LUIZ CARLOS LODI. Do “Kit Gay” ao “Kit Aborto”: nova investida do governo Dilma para promover o aborto. In: Pró-Vida de Anápoles. Disponível em http://www.providaanapolis.org.br/kitaborto.htm. Acessado em 30/01/2013
GOVERNO PREPARA CARTILHA PARA MULHER QUE DECIDE ABORTAR. In: Estadão, 07 de junho de 2012. Disponível em http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2012/06/07/governo-prepara-cartilha-para-mulher-que-decide-abortar.htm. Acessado em 12 de junho de 2012.
SANTOS, Ivanaldo. Governo do PT pretende criar o “kit Aborto”. In: Mídia Sem Mascara, 14 de junho de 2012.
SANTOS, Ivanaldo. O PT não esquece o aborto. In: Mídia Sem Mascara, 13 de fevereiro de 2012.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Que eu veja!



Todos precisamos pedir fé
Todos os milagres que Cristo fez, nos corpos ou nos elementos materiais, simbolizam os que Ele faz nas almas mediante a graça do Espírito Santo. Por isso, São João chama sinais os milagres de Jesus.

Dentre eles, as curas dos cegos simbolizam a luz da fé que Cristo traz aos olhos da alma. Assim o lembrava Bento XVI na homilia de encerramento do Sínodo dos Bispos, em 28 de outubro de 2012: "Sabemos que a condição de cegueira tem um significado denso nos Evangelhos. Representa o homem que tem necessidade da luz de Deus – a luz da fé – para conhecer verdadeiramente a realidade e caminhar pela estrada da vida".

Vejamos brevemente o sinal da cura do cego de Jericó, a que o Papa se refere nessa homilia. Estava Jesus de passagem pela cidade de Jericó. À porta da cidade, achava-se um mendigo cego chamado Bartimeu, pedindo esmola. Ouvindo a multidão que passava – acompanhando Jesus –, perguntou o que havia. Responderam-lhe: “É Jesus de Nazaré que passa”. Ele, então, exclamou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim” (Lc 18,36-38).

Quando os olhos da alma estão cegos e não vemos a luz de Deus, somos semelhantes a Bartimeu. Só temos noções imperfeitas das coisas da vida e do mundo: somos cegos, ainda que pensemos que enxergamos tudo bem; ficamos parados, ainda que creiamos que avançamos rumo à realização; não conseguimos usufruir os verdadeiros bens e belezas da vida, por mais que procuremos espremer os prazeres até a última gota; e não percebemos que tudo o que apanhamos não passa de migalhas de «mendigo do sentido da vida»…

Podemos dizer que estamos satisfeitos? Não é verdade que, muitas vezes, na solidão e no silêncio, temos vontade de chorar sem saber o porquê, pois sentimos um estranho vazio, uma pobreza interior, uma escuridão inexplicável? Talvez Santo Agostinho possa projetar luz sobre a nossa amarga cegueira. Lembremo-nos só das palavras que citávamos na meditação anterior: «Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração estará inquieto enquanto não descansar em ti».

O Catecismo da Igreja Católica, que Bento XVI aconselha como chave-de-luz para este Ano da Fé, diz uma grande verdade: «O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Ele não cessa de atrair o homem a si e somente no Senhor o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar» (n. 27).

Assista também: "O que mais Jesus devia ter feito por você?", com mons. Jonas Abib

O primeiro passo para sairmos da cegueira que frustra o coração consiste em não sufocar o desejo de Deus que todos nós temos, desperto ou abafado, no fundo da alma; isso seria arrancar as nossas próprias raízes. Para tanto, precisamos a humildade de reconhecer a nossa indigência: «Condição essencial – dizia o Papa na homilia citada – é reconhecer-se cego, necessitado dessa luz; caso contrário, permanece-se cego para sempre (cf. Jo 9,34-41)».

Bartimeu desejava ardentemente ver: pediu, insistiu, e não parou até conseguir que Jesus o atendesse. “Que queres que te faça?” – Respondeu-lhe: “Senhor, que eu veja”. Jesus lhe disse: “Vê: a tua fé te salvou”. E imediatamente ficou vendo, e seguia Jesus, glorificando a Deus (Lc 18,41-43). Você não quer pedir “Faz com que eu veja”? Creia que não há ninguém que o tenha pedido com sinceridade e tenha ficado sem uma resposta.

Santo Agostinho, antes da conversão, rezava assim: «A ti, meu Deus, elevam-se meus suspiros, e peço-te uma e outra vez asas para subir até ti. Se tu me abandonares, logo a morte se abaterá sobre mim…» (Solilóquios, n.6). Pedia, porque reconhecia que precisava de Deus, ainda que não tivesse a coragem de abraçar a fé e de seguir-lhe o caminho. Da mesma forma, São Clemente de Alexandria, que o Papa cita, fazia a seguinte oração: «Até agora andei errante na esperança de encontrar Deus, mas porque tu me iluminais, ó Senhor Jesus, encontro Deus por meio de ti, e de ti recebo o Pai, torno-me herdeiro contigo, porque não te envergonhaste de me ter por irmão. Cancelemos, portanto, cancelemos o esquecimento da verdade, a ignorância…» (Protréptico, 113 ss.)

Nos tempos modernos, vale a pena evocar a conversão do Beato Charles de Foucauld. Esse aristocrata ateu foi um devasso esbanjador; estudou a carreira militar na Academia de Saint Cyr, e foi oficial, explorador científico e aventureiro no norte da África. Após anos de vida intensa e de toda a sorte de experiências, o vazio da sua alma revelou-se de maneira aguda e o derrubou (Deus agia na noite do seu coração). Voltou à França e estando em Paris, em 1886, sentiu um tremendo puxão interior que o impelia, mesmo descrente, a ir a uma igreja. «Comecei a ir à igreja sem ter fé. Experimentei que só me sentia bem lá, ficando longas horas a repetir essa estranha prece: “Meu Deus, se tu existes, faz com que eu te conheça”».

A graça da fé o invadiu e, um dia, com a ajuda do padre Huvelin, converteu-se e entregou-se totalmente a Deus, o Amor descoberto. Viveu bastantes anos, pobre, paupérrimo, desprendido de tudo, como monge eremita, exercendo a caridade no meio das tribos tuaregs do Sahara. Ninguém o acompanhou. Hoje, milhares de cristãos em todo o mundo o têm como mestre e padroeiro.

Agradecido pelo grande dom da fé, fazia esta oração: «Como és bom, meu Deus, como me guardaste, como me agasalhaste à sombra das tuas asas quando eu nem acreditava na tua existência! … Como estou feliz! Meu Senhor Jesus, tu puseste em mim esse amor por ti, tão terno e crescente, esse gosto pela oração, essa fé na tua Palavra, esse sentimento profundo do dever da caridade, esse desejo de imitar-te, essa sede de oferecer-te em sacrifício o melhor que eu puder dar-te… Como tens sido bom! Como sou feliz!

Neste começo do Ano da Fé, vamos examinar os porões da nossa alma. Alguns dos que leiam estas palavras talvez não tenham fé. Outros a temos, mas que espécie de fé é a nossa? Será que já experimentamos, como consequência da fé, aquela alegria que ninguém pode tirar (cf. Jo 16,22)? Não? Então a nossa fé é fraca, pobre ou doente: é ainda uma “fé-mendigo”, que deve pedir esmola como o cego de Jericó. Sendo assim pobres, façamos como os pedintes. Supliquemos com Bartimeu: “Jesus, tem piedade de mim…, que eu veja!”.

Esta é, realmente, a primeira coisa que precisamos fazer, porque a fé é um dom divino. Nestes começos do Ano da Fé, Bento XVI recorda-nos uma verdade que os catecismos já nos explicavam desde a nossa infância: «Perguntemo-nos – dizia o Papa na quarta-feira, 24 de outubro de 2012 –: de onde haure o homem a abertura do coração e da mente para acreditar no Deus que se tornou visível em Jesus Cristo, morto e ressuscitado, para acolher a sua salvação, de tal modo que Ele e o Seu Evangelho sejam guia e luz da existência? Resposta: só podemos crer em Deus, porque Ele se aproxima de nós e nos toca, porque o Espírito Santo, dom do Ressuscitado, nos torna capazes de acolher o Deus vivo. Quer dizer que a fé é, antes de tudo, uma dádiva sobrenatural, um dom de Deus».

Acrescenta o Papa que «a fé é dom divino, mas é também ato profundamente livre e humano». Nesta meditação, ficaremos só na primeira parte: o dom de Deus; sobre a segunda – o que o homem, além de pedir, deve fazer – trataremos nas próximas meditações. Que eu veja! Tomara que nos decidamos a “querer”, a rezar, a pedir, ainda que seja com a oração descrente com que Foucauld começou. Os Salmos oferecem-nos muitas súplicas “prontas”, maravilhosas. Transcrevo agora, para concluir, apenas algumas que talvez o possam ajudar:

Como a corça anseia pelas fontes das águas, assim minha alma suspira por ti, ó meu Deus. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo! Quando irei ver a face de Deus? (Sl 41[42], 2-3).

– Escuta, Senhor, a voz da minha oração. Tem piedade de mim e ouve-me. Fala-te o meu coração; a minha face te procura. A tua face, ó Senhor, eu a procuro. Não escondas de mim o teu rosto (Sl 26[27], 7-9). – Tenha, Deus, compaixão de nós e nos abençoe. Faça resplandecer sobre nós a luz da Sua face! (Sl 66[67], 2).

Egito: família presa por converter-se ao cristianismo.




A Corte Penal de Beni Suef – 115 km ao sul do Cairo -, condenou à prisão toda uma família por ter se convertido ao cristianismo.
Nadia Mohamed Ali e seus filhos Mohab, Maged, Sherif, Amira, Amir, e Nancy Ahmed Mohamed abdel-Wahab, foram condenados a 15 anos de prisão. Outras sete pessoas envolvidas no caso pegaram penas de cinco anos.
O caso de Nadia Mohamed teve início em 2004 quando, após sua conversão, ela e seus filhos decidiram trocar os nomes muçulmanos por nomes cristãos, com a ajuda de 7 funcionários do Escritório de Identificação, além de mudar de residência.
Nascida cristã, Nadia mudou de religião devido ao seu casamento. Com a morte do marido em 1991, decidiu retornar à religião de origem, incentivando seus 7 filhos a fazerem o mesmo. Em 2006 ela foi levada a um centro de informações da cidade, onde, após longo interrogatório, confessou a sua conversão e a mudança de nome. Foi então presa, junto com seus filhos e os 7 funcionários, responsáveis pela mudança no documento.
Na carteira de identidade egípcia é indicada a religião. Os cristãos convertidos ao islamismo e que posteriormente tentam retornar às suas religiões de origem, encontram enormes dificuldades para alterar seus nomes nos documentos, muitas vezes com ameaças de prisão. Já o processo inverso, isto é, passar do cristianismo ao Islã, não encontra nenhum obstáculo. (JE)
http://www.asianews.it/news-en/Egypt,-15-years-in-prison-for-mother-and-seven-children,-converts-to-Christianity-26860.html

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Eu estava errado. Perdoe-me!



Por qual motivo temos dificuldade de pedir perdão?
Em muitas situações de desentendimento e desconfiança nos relacionamentos humanos, bem como nas separações, brigas no trabalho e nos ambientes sociais, é importante reconhecermos uma de nossas grandes falhas: a falta de um pedido de perdão. Não reconhecermos nossos erros é um grande obstáculo na qualidade do convívio. 

Por qual motivo temos estas dificuldades? Um deles é admitir a “perda da nossa dignidade”, ter de passar por cima do nosso orgulho, sentirmo-nos ameaçados ao expormos nossos pontos fracos, ou que, ao pedirmos desculpas, o outro “nos 'passe na cara' ou use isto como uma vingança”, ou ainda que “seja lembrado pelos erros ou punido por ser honesto”. (Powell, J. 1985). Acho que, muitas vezes, você já viveu isto, não é mesmo? 

Em várias situações, sentimo-nos inferiores ao pedir desculpas; temos a necessidade de passar parte de nossa vida provando que somos sempre certos, que somos sempre capazes, que somos fortes e invencíveis. De alguma forma, esta necessidade vai sendo imposta a nós e pode ser uma grande armadilha em nossas vidas. 

Em outras situações, posso usar o seguinte pensamento: "se não recebi as desculpas do outro, por que eu vou me sujeitar a pedir desculpas?”. Isto nada mais é do que um grande processo de imaturidade, ao deixarmos que os comportamentos da outra pessoa possam determinar os nossos comportamentos e atitudes. É como achar certo roubar, porque alguém já roubou, não foi descoberto e nunca foi punido. 

Assista também: "O perdão é o caminho para a cura", com o saudoso padre Rufus 

Para que possamos chegar ao ponto de pedir desculpas, é válido encontrar um ponto de honestidade com nós mesmos, assumindo falhas e limitações. Esta honestidade interior faz com que vejamos, verdadeiramente, nossa responsabilidade nas situações, possamos reconhecer o que fizemos e entrar numa atitude de reconciliação com o outro. Talvez, nem sempre consigamos perdão, mas a atitude de reconhecer é totalmente sua e, certamente, muito libertadora. 

Peça desculpas, mas livre-se dos que levam você a pensar: “você provocou isto”, “só reagi assim, porque você é culpado”, “estou tratando você como fui tratado por você”. Tais formas “racionais” de explicar um fato, apenas alimentam em nós mais raiva e mais ressentimento. Faz com que cubramos nossos erros e não permite que, honestamente, possamos admitir o que foi feito de errado. 

“O perdão é instrumento de vida” (Cencini, A . 2005) e “força que pode mudar o ser humano”. Certamente, “a falha em pedir desculpas”  e em perdoar só servirão para prolongar a separação entre duas pessoas. Para isto, “a verdade precisa estar presente em todos os sinceros pedidos de desculpa” (Powell, J. 1985), compreendendo a extensão dos prejuízos que nossas atitudes, por vezes desordenadas e desmedidas, possam ter provocado na vida do outro. 

Por vezes, precisamos quebrar nossas barreiras interiores e realizarmos um grande esforço ao dizer: “Eu estava errado, perdoe-me!”, pois este esforço fará sua vida muito melhor, mesmo que o outro não aceite, de imediato, seu pedido, mas sua vida já foi mudada a partir deste gesto.


Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com

Multidão em Paris contra “casamento” gay e feministas tiram a roupa no Vaticano.



Várias centenas de milhares de pessoas se concentraram neste domingo diante da Torre Eiffel, em Paris, para protestar contra o plano do presidente François Hollande de legalizar até junho o casamento entre homossexuais e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo.
Três colunas de manifestantes, com bandeiras rosa e azul, mostrando figuras de pai, mãe e dois filhos, convergiram para o cartão postal de Paris vindos de diferentes pontos da cidade. Muitos chegaram ao local após longas viagens de trem e ônibus das províncias.
Hollande se comprometeu a levar a lei à aprovação do Parlamento, onde os socialistas têm maioria, mas a campanha dos opositores do casamento gay vem conquistando apoio público e obrigou os deputados a adiar a votação de uma proposta que permitiria a casais de lésbicas o acesso à inseminação artificial.
O Campo de Marte, parque ao redor da Torre Eiffel, ficou lotado, mas as estimativas de comparecimento variam muito. Os organizadores afirmam ter reunido 800 mil manifestantes enquanto a polícia estimava o número em 340 mil — um nível elevado de participação mesmo para a França, país onde os protestos de massa são frequentes.
“Ninguém esperava por isto há dois ou três meses”, disse Frigide Barjot, uma talentosa comediante que lidera o movimento nacional contra o casamento gay. No comício, ela leu uma carta a Hollande na qual pedia que retire o projeto de lei da pauta e amplie o debate público sobre a questão.
Fortemente apoiada pela hierarquia da Igreja Católica, Barjot e grupos que trabalham com ela mobilizaram para o protesto famílias de frequentadoras da igreja e pessoas do campo conservador, bem como muçulmanos, evangélicos e até mesmo homossexuais que se opõem ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O gabinete de Hollande informou que o comparecimento na manifestação foi “substancial”, mas não iria mudar a sua determinação de efetuar a reforma.

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Quatro militantes do grupo Femen protagonizaram hoje na Praça São Pedro, no Vaticano, mais uma manifestação em “topless”. 

As integrantes do movimento em favor do direito das mulheres e dos homossexuais exibiram mensagens de protesto no momento em que o papa Bento 16 veio à público.

As quatro mulheres estavam posicionadas ao lado da Árvore de Natal na praça, diante da Basílica de São Pedro. Quando o papa apareceu em sua janela para o Angelus, elas começaram a se despir, e em segundos mostraram os seios no meio dos fiéis.

As militantes exibiam no peito a expressão “Cale a boca” e nas costas “In gay we trust”, alusão a “In god we trust” [Em Deus confiamos, lema oficial dos Estados Unidos]. Algumas exibiam cartazes nos quais estava escrito em letras garrafais “Cale a boca”. 

O protesto durou apenas alguns minutos, até que elas fossem detidas por policiais. 

O Femen é conhecido desde 2010 por suas ações de “topless”, principalmente na Rússia, na Ucrânia e na Inglaterra. Em setembro, elas criaram em Paris “o primeiro centro de treinamento” do “novo feminismo”. 

O grupo defende também a democracia e o combate à corrupção. 

No na passado, simpatizantes do movimento criaram um braço do Femen no Brasil. Desde então, o número de integrantes no país passou a crescer, assim como os protestos feitos pelas mulheres, que tem perto de 20 anos, na maioria. 

A fundadora da unidade brasileira passou por testes e treinamento na Europa, onde as mulheres são treinadas até a reagir quando abordadas pelos policiais.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A terceira ”religião” do mundo é dos agnósticos e ateus, afirma pesquisa mundial.



Angelo Aquaro - La Repubblica.
O culto em ascensão no mundo hoje  leva o nome de ateísmo. Sim, uma em cada seis pessoas sobre a Terra é sem Deus: ou ao menos não acredita no Deus de uma Igreja particular.
A primeira é a dos cristãos: 2,2 bilhões de pessoas. A segunda é uma mesquita: os muçulmanos são 1,6 bilhão. Ao terceiro lugar do pódio, portanto, sobem os não crentes: 1,1 bilhão. 

O que acontece? Depois de conhecer uma sociedade sem pais, como haviam profetizado os sociólogos há 60 anos, decidimos também aposentar o Pai Eterno?

Na verdade, o quadro oferecido pelos pesquisadores do Pew, o instituto de pesquisas mais prestigiado dos Estados Unidos, é um pouco mais complexo, assim como demanda o assunto. Tanto é que a definição que os estudiosos propõem para os ateus do Terceiro Milênio é a mais flexível: unaffiliated, que poderia ser traduzida como não adeptos, aqueles justamente que não participam ativamente de um culto. Uma não Igreja muito mais do que variada. 

“Os não adeptos incluem os ateus, os agnósticos e aqueles que não se identificam com nenhuma religião particular”, lê-se nas 81 páginas dessa The Global Religious Landscape. Mas os autores do relatório logo se adiantam para unir também as mãos desses bem-aventurados não adeptos. Muitos deles, de fato, “têm alguma forma de crença religiosa”. O que isso significa? Que, “por exemplo, a fé em Deus ou em um poder qualquer é compartilhado por 7% dos chineses, por 30% dos franceses e por 68% dos norte-americanos”, sempre na categoria “unaffiliated“.

E mais: “Alguns deles participam de algum modo de certas práticas religiosas. Por exemplo, 7% na França e 27% nos Estados Unidos revelam presenciar um serviço religioso ao menos uma vez por ano”. Isso naturalmente não basta para considerá-los crentes: muitas vezes, por exemplo, a participação também está ligada a ritos civis, como casamentos e funerais. Ou ao menos aquele sentimento que muito raramente os leva à igreja, à mesquita, à sinagoga, ou também ao menos aquilo que é classificado mais como busca do espírito, do que sentido religioso propriamente dito.
Obviamente, as curiosidades não faltam. Ainda com relação aos não adeptos, trata-se de 16% da população mundial: a mesma porcentagem dos católicos. Três quartos vivem na Ásia: segue a Europa(12%, 134,8 milhões), a América do Norte (5%, 59,04 milhões) e o restante. Entre as grandes religiões, os hindus seguem o cristianismo e o Islã com 1 bilhão de fiéis; os budistas com meio bilhão; e os judeus, com 12 milhões. 

No total, os crentes são 84% da população mundial: calculada em 2010, ano da pesquisa, 5,8 bilhões.

O professor Conrad Hackett, um dos pilares do estudo, disse ao New York Times que “é a primeira vez que os números se baseiam em uma pesquisa analisada de modo rigoroso e científico”: 2.500 fontes em 232 países. Pode ser.
No entanto, olhando bem, falta uma “religião” : com 1,01 bilhão, aquela da web chamada Facebook já não superou os amigos hindus?