segunda-feira, 5 de setembro de 2011

PT quer implantar Censura a Imprensa no Brasil.


PT volta a acusar “conspiração mediática” e retoma a loucura de que a imprensa tentou “derrubar” Lula. Partido não quer “faxina” de Dilma


Na abertura de seu 4º congresso, nesta sexta-feira, o PT continua insistindo nos paranóicos termos “conspiração mediática” e “mídia conservadora” para se referir à imprensa que critica o governo Dilma.
Para a ocasião, o partido preparou um documento em que aponta o governo Lula — durante o qual, como se sabe, houve o mensalão — como “exemplo de combate à corrupção” e rejeita a “faxina” da presidente em seus ministérios.  Menciona novamente a loucura de que a “mídia conservadora” tentou “derrubar” Lula e volta a querer garrotear a imprensa, ao insistir num “marco regulatório da comunicação social” — embora a própria presidente já tenha deixado claro aos companheiros de partido de que não admitirá qualquer projeto que pretenda interferir no conteúdo dos veículos de comunicação.
A reportagem é de Vera Rosa, do Estadão. Mais detalhes sobre outras pautas do congresso, entre as quais a disputa pela prefeitura de São Paulo, vocês podem ler no site de VEJA.
Em documento, PT recusa ‘faxina’ de Dilma e pede reforma contra corrupção
Partido abre seu 4º Congresso, no qual apresentará resolução que evidencia incômodo com demissões promovidas nos ministérios sob suspeitas de irregularidades e desvios
BRASÍLIA – Em uma resolução política de 24 páginas, o PT não conseguiu esconder o incômodo com a chamada “faxina” promovida pelo governo da presidente Dilma Rousseff, que derrubou quatro ministros em dois meses e 12 dias. Sob o argumento de que a oposição, apoiada por uma “conspiração midiática”, quer dissolver a base parlamentar do governo, o documento que guiará os debates do 4.º Congresso do PT – desta sexta-feira, 2, a domingo, 4, em Brasília – não faz rodeios. A recomendação é para o partido repelir as “manobras” para promover a “criminalização generalizada” da base aliada.
O texto, obtido pelo Estado, diz que o núcleo de combate à corrupção reside na reforma política e do Estado. Não tece críticas à conduta de Dilma, mas faz questão de defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, citando as medidas tomadas por ele para o “combate implacável” à corrupção. Nos bastidores, petistas temem que ações de Dilma acabem carimbando o governo Lula como “corrupto”, já que todos os demitidos foram herdados da gestão passada.
O PT atribui a turbulência no governo, provocada pelas demissões na Esplanada e em repartições dos Transporte e da Agricultura, à oposição “e a seus aliados na mídia conservadora”. Para a cúpula petista, é mais do que necessário discutir no Congresso o marco regulatório da comunicação social.
“A oposição, apoiada – ou dirigida – pela conspiração midiática que tentou derrubar o presidente Lula, apresenta-se agora liderando uma campanha de ‘apoio’ à presidente Dilma, para que esta faça uma “faxina” no governo”, diz o texto.
Na sequência, o documento constata que políticos “sem credibilidade”, e “omissos” no combate à corrupção em seus próprios Estados, tentam agora “dissolver a base parlamentar do governo Dilma”, a fim de bloquear suas iniciativas.
Com sinal verde da Executiva Nacional do PT, reunida na quinta-feira, 1º, o texto ainda poderá sofrer emendas e mudanças no Congresso petista, amanhã. O encontro, a ser aberto nesta sexta com festa por Dilma e Lula, foi convocado para reformar o estatuto do PT.