quinta-feira, 7 de julho de 2011

Carta resposta ao jornalista Marcos Rolim e Zero Hora (Porto Alegre)

Caríssimo senhores(as) jornalistas e jornal Zero Hora 

Estou encaminhando este email em razão da publicação no jornal, de matéria a meu respeito, baseada em textos de outras pessoas, que não exprimem a verdade. 

Sou jornalista, MTB 123. Sei como é fácil retirar uma palavra ou alguma expressão ou um trecho de um contexto escrito, ou de uma entrevista, ou distorcer e criar um fato polêmico com ela. A intenção de criar uma onda odiosa contra mim por parte da imprensa, por causa da defesa da vida, que fizemos nas eleições de 2010. 
Cristo foi crucificado, os apóstolos foram martirizados e os cristãos continuam a ser perseguidos. No ano passado, 50 pessoas ligadas à Igreja Católica – bispo, padres, religiosos - foram assassinadas no mundo, conforme registrado em Cristofobia em nosso blog (AQUI)
A  jornalista do Valor Econômico, que me entrevistou, distorceu o exemplo que dei, para diferenciar estupro de relação sexual consentida,  publicou informações erradas e incluiu falas que eu não disse. Por exemplo, leu errado e informou errado aos leitores quando publicou que afirmamos haver  uma “conspiração da Unesco transformará metade do mundo em homossexuais” . Quem disse isso foi o Cardeal Antonelli,  como está em nosso blog sob o título Bispo católico afirma haver conspiração da Unesco que transformará metade do mundo em homossexuais. (AQUI)
A jornalista afirmou que nós escrevíamos um artigo com este título - "A ditadura gay não vai poupar ninguém, nem mesmo nossos filhos”, que não estávamos escrevendo.  Pesquisando, descobrimos que o líder dos gays, Luiz Mott, em entrevista ao Jô Soares, foi quem disse que a ideologia gay precisa de todos os filhos das famílias brasileiras(Veja-se no vídeo a frase final) "Nós precisamos de vocês heterossexuais, amamos vocês, para que reproduzam filhos que se tornem homossexuais, novos gays, novas lésbicas."

Em relação ao aborto, o que queremos mostrar é a diferença entre o ato sexual forçado ou presumidamente forçado (estupro)  e o ato sexual consentido, no qual a mulher participa por vontade própria.  

Seria interessante a imprensa discutir e prestar relevantes serviços para as mulheres brasileiras esclarecendo o seguinte:  os(as) defensores da liberação do aborto falam em "gravidez indesejada", para justificar sua opção pela matança generalizada de crianças e para transformar as mulheres em assassinas de seus próprios filhos. 

A imprensa poderia esclarecer aos leitores que existem dois tipos de gravidez, para efeitos legais: a gravidez indesejada, decorrente do estupro, porque a vítima é forçada (o ato sexual acontece contra a vontade da vítima, um crime hediondo);  e a gravidez inesperada, que acontece quando a mulher participa da relação sexual por livre e espontânea vontade.   

Na gravidez indesejada, mediante o B.O e abertura do inquérito, para punir o agressor do crime hediondo praticado, a lei permite o abortamento depois da autorização judicial. 

Na gravidez inesperada, ninguém pode autorizar o abortamento, por vários motivos: não há previsão legal;  a relação sexual foi consentida, portanto não há crime; e a criança inocente e indefesa, em gestação, receberia e cumpriria uma pena de morte aplicada unilateralmente pela mãe. 

Mesmo no caso de estupro, a criança pode e merece ter vida.  Isso é o que a Igreja Católica defende. A vida para todos. 

O caso da deputada federal Fátima Pelaes é exemplo disso.  A mãe dela foi estuprada na prisão. Hoje, a bebê que seria abortada, é a deputada federal, que presta relevantes serviços ao Brasil. O depoimento da deputada está em vídeo na Internet (AQUI).   

Em nosso blog, em Bebê fruto de violência sexual contra a mãe menor é disputado na Justiça, temos a disputa judicial entre a mãe biológica e a mãe adotiva por uma criança gerada num crime sexual (AQUI).

Fizemos uma representação ao Ministério Público de Guarulhos, que a aceitou e mandou notificar o Conselho Regional de Medicina e o Sindicato dos Profissionais de Saúde locais da proibição de realizar abortos sem autorização judicial. (AQUI) 

A imprensa poderia esclarecer que a falta de atendimento médico e de exames, no período pré-natal,  são as causas principais da morte das mulheres no parto. Veja em nosso blog os casos da mulher que ficou com a criança morta em seu útero por oito dias e da mãe que recebeu o feto num vidro, ambos os casos na capital do país, Brasília. (AQUI) 

A imprensa poderia esclarecer que até 30% de todas as gravidezes não chegam ao final, a criança não nasce viva, mesmo com todos os exames e atendimentos do pré-natal, por causas naturais.  São abortos espontâneos, que abortistas transformam em números de abortos clandestinos, para assustar o povo.  Em 2009, as curetagens do SUS somaram 183.000, decorrentes de abortos espontâneos. 

Estou desenvolvendo um trabalho em defesa da vida, em defesa da mulher e em defesa dos valores morais, bastante relativizados nestes dias. O jornal  poderia visitar o meu blog  - www.domluizbergonzini.com.br e verificar que minha postura é totalmente contrária ao que foi publicado. 

Sei que nossa luta é difícil. O poder do inferno não prevalecerá sobre a Igreja. Lutarei um bom combate e guardarei a minha fé. 

Vamos publicar esta resposta em nosso blog. Gostaríamos que a publicassem no seu jornal  ZERO HORA, atendendo ao direito constitucional de resposta.  


As minhas bênçãos. 
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo Diocesano de Guarulhos