quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O Espirirtismo é Cristão? Desmascarando o espiritismo em 16 passos. Parte III


5. A redenção
"É pelo sangue de Jesus Cristo que temos a redenção, a remissão dos pecados, segundo a riqueza de sua graça que ele derramou profusamente sobre nós", explicava São Paulo aos Efésios (1,7).
Nossa redenção pela paixão, morte e ressurreição de Jesus é outra verdade fundamental da fé cristã.
Nisso consiste propriamente a "Boa nova" ou o "Evangelho".
Mas nem esta verdade tão central entra no credo espírita. Segundo este, cada um deve ser seu próprio redentor através da procura desesperada por uma fuga do sistema de reencarnações.
Leão Denis o enuncia cruamente quando escreve: "Não, a missão de Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal. É o que os espíritas, aos milhares, afirmam em todos os pontos do mundo." (Cristianismo e espiritismo, p. 88).
Daí esta doutrina de Allan Kardec: "Toda falta cometida, todo mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser paga; se não for em uma existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes." ("O céu e o inferno, 88).
  
6. O Perdão
Dentro desta ótica, não há espaço no Espiritismo para o perdão. Pasmem: o perdão seria uma injustiça, pois quebraria a frieza do "olho por olho, dente por dente" que é a Lei do Karma. A lei do Karma é fatal: é ela quem "explica" as injustiças e desigualdades deste mundo. Se bem que ela é também quem ajuda a mantê-la. A Índia, "o país reencarcionista", com seus mais de 700 milhões de habitantes, bem demonstra tal fatalidade, com uma sociedade dividida em castas. Não é a toa que a mensagem cristã das Irmãs da Caridade e dos Jesuítas causou tanto impacto em um ambiente deste, de povo conformado com a lei do karma, de "se expiar para a vida posterior".
O Deus no Espiritismo é um fiscal, observando a "dívida contraída que deverá ser paga".
Ora, tudo recebemos de graça de Deus. Não temos como restitui-lo totalmente. É por isto que ele abre espaço para o perdão, pois quer "que todos se salvem".
 
 
7. A Confissão
Se não há o devido espaço para o perdão, também não poderia haver para o seu respectivo Sacramento. No entanto:
"Jesus disse-lhes de novo: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio". Após essas palavras, soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados serão perdoados. A quem não perdoardes os pecados não serão perdoados". (Jo 20,21-23)
Ignoram a estória da mulher adúltera, onde Jesus diz:
Erguendo-se, disse para a mulher: "Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?"  Ela respondeu: "Ninguém, Senhor". Jesus lhe disse: "Nem eu te condeno. Vai, e de agora em diante não peques". (Jo 10,10-11)
Jesus perdoou com o simples arrependimento. Arrependimento que, sendo sincero, apaga a falta e abre o cristão para uma nova vida: "não peques mais".
Em nenhum momento, Cristo impõe mais condições, do tipo vamos "renegociar a sua dívida".
 
 
8. O batismo
Jesus mandou aos apóstolos ir pelo mundo inteiro, ensinar a todos tudo quanto ele lhes ordenara, batizando a todos "em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19-20), esclarecendo:"Aquele que crer e for batizado será salvo; o que não crer será condenado" (Mc 16,16). No Brasil, os espíritas, fiéis à doutrina codificada por AK, já não batizam nem fazem batizar seus filhos. Nem teria sentido. Pois é pelas reencarnações que os homens devem alcançar a perfeição.