terça-feira, 24 de maio de 2011

Cardeal Bagnasco: Um caso de abuso não obscurece a fidelidade e o sacrifício de outros sacerdotes


ROMA, 24 Mai. 11 (ACI/EWTN Noticias) .- O Arcebispo de Gênova e Presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Angelo Bagnasco, assinalou esta segunda-feira que embora um único caso de abuso sexual por parte de um membro do clero "seria muito", esse fato não chega a obscurecer o bem de outros sacerdotes que servem a Igreja com fidelidade e sacrifício.

Em seu discurso de abertura da 63° assembléia plenária da CEI, o Cardeal Bagnasco, disse: "repetimos hoje o grito que já ressoou na assembléia do ano passado: sobre a integridade de nossos sacerdotes não podemos transigir, custe o que custar. Inclusive um só caso (de abuso) em tal âmbito, seria muito".

As palavras do Cardeal também ocorrem logo da detenção, na sexta-feira passada, do sacerdote homossexual em Gênova, Pe. Ricardo Seppia, quem foi acusado de ter relações com um menor de idade de 17 anos em troca de drogas.

O Cardeal afirmou em seu discurso aos bispos italianos que "quando logo os casos se repetem, a dor é inexprimível e a humilhação é total. Mas as sombras, inclusive as mais graves e dolorosas, não podem obscurecer o bem que há" entre outros sacerdotes.

"Uma vez mais, então, nós os bispos, confirmamos a estima e a gratidão ao nosso clero que se prodigaliza com fidelidade, sacrifício e alegria, na cura das comunidades cristãs", sublinhou.

O Cardeal agradeceu logo ao Papa Bento XVI o trabalho que vem realizando a Congregação para a Doutrina da Fé que enviou há poucos dias a todos os bispos do mundo uma carta circular na que solicita que cada conferência episcopal redija um documento no qual precise a maneira específica do procedimento ante os casos de abuso.

O Arcebispo assinalou que uma equipe interdisciplinar, sob a autoridade da CEI, está trabalhando no documento para a Itália que busca enfrentar uma "infame emergência ainda não superada, que causa danos incalculáveis aos jovens e a suas famílias aos quais não deixamos de expressar nossa dor e nossa solidariedade incondicional".