Como está definida a Bíblia?

A própria palavra Bíblia provém do grego biblos e significa livros, o que bem demonstra não ser a Bíblia um livro único. Assim, quando usamos hoje a palavra "Bíblia" nos referimos a esse conjunto de 73 livros. Às vezes, também a chamamos de Sagradas Escrituras ou tão somente Escrituras e tratam de diversos assuntos: orações, rituais, história, sabedoria, exortações e até mesmo poesia... tudo em grande harmonia - já que inspirada por Deus - relacionando o homem com o único e verdadeiro Deus, e vice-versa.
A Bíblia é muito antiga: sua redação começou por volta do séc. XV a.C. e somente se encerrou no final do séc. I d.C.. A Bíblia foi escrita em três línguas diferentes: hebraico, aramaico e o grego (koiné).
No passado os cristãos tinham muita dúvida quanto à inspiração divina de muitos dos livros da Sagrada Escritura. A dúvida acabou quando a Igreja Católica Apostólica Romana em 08 de outubro de 393, durante o Concílio Ecumênico de Hipona, definiu o católogo sagrado ou catálogo canônico. Este catálogo também foi confirmado por Concílios posteriores como os Concílios de Cartago III (397 DC), Cartago IV (419 DC), Florença (1438-45 DC) , etc.
Desde então a Bíblia ficou dividida da seguinte forma:
No séc. III AC os livros que correspondem ao Antigo Testamento foram traduzidos do hebraico e aramaico para o grego. Este trabalho foi realizado em Alexandria (Egito) por setenta e dois sábios em setenta dias, e por esta razão esta tradução ficou conhecida como Septuaginta ou Versão dos Setenta. A razão da tradução deve-se à enorme comunidade judaica da época que não tinha mais conhecimento do hebraico e sim do grego, devido à conquista de todo o Oriente Médio pelo General Alexandre o Grande em 332 AC.