domingo, 29 de maio de 2011

Leigos católicos devem participar da política sem sucumbir à sede de poder, afirmou o Papa


VATICANO, 27 Mai. 11 (ACI/EWTN Noticias) .- O Papa Bento XVI assinalou esta tarde que os leigos católicos devem participar, em primeira pessoa, na vida pública e política para oferecer sua necessária contribuição à sociedade, formados a partir da Doutrina Social da Igreja que os purifique da "sede de poder".

Assim o indicou o Papa em seu discurso logo depois de presidir a oração do Terço com os bispos italianos pela ocasião do 150° aniversário da unidade do país, no qual se meditou os mistérios luminosos instituídos pelo Beato João Paulo II.

O Santo Padre disse também aos bispos: "não duvidem em estimular aos fiéis leigos a vencerem todo espírito de fechamento, distração e indiferença e a participar de primeira pessoa na vida pública".

Aos prelados que celebravam sua assembléia plenária desde a segunda-feira, o Papa os alentou a "animar as iniciativas de formação inspiradas na Doutrina Social da Igreja, para quem está chamado à responsabilidade política e administrativa não seja vítima da tentação de explorar a própria posição para interesses pessoais ou sede de poder".

Na Basílica romana de Santa Maria Maior, indica a nota de Rádio Vaticano, Bento XVI destacou que cada um dos católicos membros da Igreja deve promover e tutelar a vida humana em todas suas fases e sustentar a família.

Deste modo exortou os que participam da política e do mundo empresarial a que façam tudo o que esteja a seu alcance para superar a precariedade no trabalho, "que nos jovens compromete a serenidade de um projeto de vida familiar, com um grave dano para um autêntico desenvolvimento e harmônico da sociedade".

O Papa também ressaltou a necessidade da oração na vida cotidiana como fonte de todos estes esforços, e pôs como exemplo a própria Virgem Maria com quem "fomos convidados a compartilhar os passos de Jesus".

"Que a oração nos ajude a reconhecer nele o centro de nossa vida, a permanecer em sua presença, a conformar nossa vontade à sua, a fazer 'o que ele lhes diga' seguros de sua fidelidade".

Finalmente o Papa fez votos para que "o exemplo de Maria abra o caminho a uma sociedade mais justa, amadurecida e responsável, capaz de redescobrir os profundos valores do coração humano".

"Que a Mãe de Deus –concluiu– anime os jovens, sustente as famílias, console os doentes , implore a cada um a reconhecer e a seguir também neste tempo o Senhor, que é o verdadeiro bem da vida, porque é a vida mesma ".